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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

26
Jun23

Roberto Campos Neto um fator “especialmente severo para os 10% mais pobres” por privilegiar ativos dos mais ricos

Talis Andrade

 

Estudo publicado pelo Banco Mundial liga independência do BC ao aumento da desigualdade. Roberto Campos joga contra o Brasil

 

O Banco Mundial publicou um estudo que critica a independência dos Bancos Centrais dos países. De acordo com o material, a ausência de elo efetivo entre o governo federal e o BC restringe a aplicação das políticas fiscais. Assim, como consequência, fica mais difícil alcançar a igualdade material e uma distribuição de renda eficaz. Um dos exemplos mais evidentes desta relação conflituosa acontece neste momento no Brasil.

O governo federal vem estruturando soluções econômicas consideradas eficazes pelo mercado e com resultados práticos na vida das pessoas. Entre elas, redução do preço do dólar, controle da inflação, fortalecimento de programas sociais, injeção de recursos em Educação, Ciência e Tecnologia, investimentos massivos em infraestrutura. Contudo, o BC atua como um freio para a resolução da geração de empregos e da elevação do consumo com sua política intransigente de manutenção de elevadas taxas de juros.

De acordo com economistas e com membros do governo federal, não se justifica a manutenção da taxa Selic no atual patamar de 13,75%. No ano passado, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), a inflação estava na casa de 10% e os juros no mesmo patamar do atual: agora, com a inflação em torno de 5% e expectativas de crescimento econômico. Entretanto, mesmo assim o BC, liderado por Roberto Campos Neto, segue impedindo a queda dos juros, o que aqueceria a economia, sob pretextos inflacionários. “Jogam contra o país”, define o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

O estudo

estudo publicado pelo Banco Mundial há dois anos caminha nesse sentido. Ele é de autoria dos economistas Michael Aklin (Universidade de Pittsburgh), Andreas Kern (Universidade Georgetown) e Mario Negre (Banco Mundial). Um dos principais argumentos é de que a independência do BC provoca uma desregulação da economia. Desta forma, dá liberdade total aos mais ricos, explodindo o valor dos ativos no mercado, privilegiando exclusivamente estas classes.

“Observe que, neste modelo, a desigualdade é um efeito colateral e não um objetivo em si. Não estamos afirmando que o BC Independente está causando desigualdade. Em vez disso, estamos postulando que ele modifica os incentivos dos formuladores de políticas para adotar políticas de compensação”, explicam os economistas.

O estudo analisou dados de 121 países, no período de 1980 a 2013, e descobriu que durante esse intervalo de tempo os mais ricos aumentaram sua fatia na renda total dessas nações, em prejuízo das camadas de menor renda. “O impacto foi especialmente severo para os 10% mais pobres, mas também foi negativo e estatisticamente significativo para os 60% da população com menor renda”.

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Durante a audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Senador Cid Gomes (PDT-CE) deu uma verdadeira aula, com quadro e giz, sobre os impactos dos juros altos na economia brasileira.

Cid Gomes mostrou que economizaríamos R$ 510 bilhões se o Banco Central não tivesse elevado a taxa básica de juros SELIC ao abusivo patamar de 13,75% ao ano.

"Daria para triplicar o valor do Bolsa Família; fazer 3,6 milhões de habitações populares; fazer 134 mil escolas por ano; aumentar o salário mínimo em 180%... teríamos um salário de quase 4 mil reais", afirmou o senador, que finalizou sua fala pedindo a saída de Campos Neto do cargo.

Para a coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorelli, “a aula de Cid Gomes foi um importantíssimo contraponto ao tecnicismo cínico e sem respaldo científico algum apresentado por Campos Neto".

27
Abr23

Bob Fields Neto insiste em sabotar a economia

Talis Andrade

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Fabiano Contarato confrontou o presidente do Banco Central. Questionou se sabe “quanto custa um litro de leite”

por Altamiro Borges

- - -
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira (25), o abutre financeiro que chefia o Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a explicitar que não dará trégua ao presidente Lula, sabotando o crescimento da economia com sua política de juros pornográficos. 

De forma arrogante, o neto do ministro da ditadura militar – que ficou famoso pelo seu entreguismo e, por isso, ganhou o apelido de Bob Fields – chantageou o novo governo afirmando que a taxa básica de juros, a Selic, só será reduzida quando forem implementadas medidas de austericídio fiscal, com corte de gasto e investimento. 

“É muito importante a gente entender que não tem mágica. Infelizmente, não tem bala de prata. Se a gente não tiver as contas em dia, a gente não consegue melhorar”, decretou Bob Fields Neto, que foi imposto no comando do BC “autônomo” pelo fascista Jair Bolsonaro. Ele não demonstrou qualquer sensibilidade com a maior taxa de juros do mundo, que asfixia o crédito, reduz o consumo, trava a produção e gera desemprego e queda de renda. 

Infiltrado bolsonarista no Banco Central

O infiltrado bolsonarista na direção do BC também não mostrou qualquer temor diante das críticas recorrentes do presidente Lula à política monetária ortodoxa. Na prática, ele segue desafiando o novo governo, contando com o apoio dos banqueiros e da mídia rentista – como a Folha, que publicou editorial bajulando a postura do abutre na audiência no Senado. 

Diante dos seus desaforos na audiência, o senador Cid Gomes (PDT-CE) fez uma sugestão inusitada e deu um presente ao abutre financeiro. Ele sugeriu que Bob Fields Neto “peça para sair” do BC e entregou-lhe um boné do Santander – já que o serviçal bolsonarista foi membro do conselho executivo do banco no Brasil até 2018. 

“A política, por mais que o senhor não deseje, está presente. O senhor fez manifestações públicas em defesa do presidente Bolsonaro, vestindo camisinha amarela, uma declaração pública, notória”, fustigou o senador, que rechaçou sua falsa neutralidade técnica. Também lembrou que “no Banco Central, as pessoas vêm do mercado financeiro e voltam para o mercado financeiro”. Ao final, ironizou: “Com todo respeito, presidente, me perdoe, mas, nessa hora, eu queria lhe fazer uma sugestão. Pegue seu bonezinho [do Santander] e peça para sair”.

27
Abr23

Cid Gomes usa quadro e giz para mostrar o roubo dos altos juros de Campos Neto

Talis Andrade
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O senador Cid Gomes (PDT-CE) utilizou um quadro e giz para criticar a taxa básica, a Selic, em audiência pública com o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto.

Ao fim de sua fala, entregou um boné para o economista com a logomarca do banco Santander Brasil, onde Campos Neto trabalhou por 18 anos, de 2000 a 2018, e pediu que deixe a presidência da autoridade monetária.

Cid Gomes disse que economia é um tema árduo, mas há pessoas que procuram se esconder na complexidade para se esquivar de coisas “simples e objetivas”. Ele comparou os juros e a inflação do Brasil com os números dos Estados Unidos e disse não haver razoabilidade na diferença entre eles.

“A inflação do Brasil em 2022 foi de 5,8%. A nossa taxa de juro terminou o ano com 13,75%”, disse o congressista. “[Nos Estados Unidos,] inflação de 6,5%. Taxa de juros ao final do ano […] 4,5% ao ano”, completou.

Ele afirmou que o desemprego norte-americano foi de 3,5% em 2022, enquanto no Brasil foi de 9,3%.

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“Sabe onde é que vai incidir esses 13,75%? Na nossa dívida. Na dívida do governo federal que, em março, [tinha] R$ 7,3 trilhões”, declarou Cid Gomes. Disse que, em 2022, os juros aumentaram a dívida em R$ 802 bilhões. Defendeu que o valor é uma “bola de neve”. Calculou que a dívida do Brasil subiria para R$ 292 bilhões se os juros fossem os mesmos ao dos EUA.

“Isso seria uma economia […] de R$ 510 bilhões se praticasse a taxa de juros da meca do capitalismo, dos Estados Unidos”, declarou. “Quem passou a ser beneficiário no ano passado de R$ 510 bilhões? […] Vai cair na conta do tal rentista”, completou.

Cid Gomes disse que o BC faz um papel de Robin Hood “às inversas”, e que o dinheiro poderia ser usado para triplicar o Bolsa Família, fazer 3,6 milhões de habitações populares, 134 mil escolas por ano ou elevar o salário mínimo para R$ 4.000.

“Eu não sou radical, eu não sou comunista, eu não socialista, eu sou social democrata. Eu acredito na força e fundamental importância da iniciativa privada”, disse. “O melhor negócio no Brasil hoje é vender seu negócio e botar o seu dinheiro na aplicação financeira”, completou.

26
Abr23

Internautas repercutem alta dos juros e cobram a renúncia de Roberto Campos Neto

Talis Andrade
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'Esse bolsominion golpista não atingiu a meta da inflação e está trabalhando para f*** o país a mando do ladrão de jóias', disse um perfil em rede social

 

247 - Usuários das redes sociais cobram nesta terça-feira (25) a renúncia do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto,. Ele está no cargo desde 2019, no governo Jair Bolsonaro (PL), e vem sendo pressionado por políticos e pela sociedade a baixar a taxa de juros (Selic), em 13,75% atualmente. 

Um internauta disse que "esse bolsominion golpista não atingiu a meta da inflação e está trabalhando para f*** o país a mando do ladrão de jóias. Renuncia cidadão...".

"Pede renuncia e se junta a Paulo Guedes", escreveu outra pessoa. 
 
De acordo com um perfil no Twitter, "os Brasileiros conscientes querem a Renúncia de Campos Neto para que o País possa crescer!". "Chega de Bolsonarismo do Atraso!".
Eduardo Francisco
@eduardolima8209
Renuncia CAMPOS NETO
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WANIA POMPEU
@WaniaPompeu
Os Brasileiros conscientes querem a Renúncia de Campos Neto para que o País possa crescer! Chega de Bolsonarismo do Atraso!
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25
Abr23

Com lousa e giz, Cid Gomes dá mini aula de economia a Campos Neto e cobra demissão: "pegue seu bonezinho e peça para sair"

Talis Andrade
 
 
 
 
 
Sem regulação, bancos seguem aumentando juros apesar de Selic menor -  VermelhoSem regulação, bancos seguem aumentando juros apesar de Selic menor -  Vermelho
 
 

247 - O senador Cid Gomes (PDT-CE), durante participação em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal nesta terça-feira (25), cobrou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se demita.

O Banco Central mantém desde setembro de 2022 a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, comprometendo a retomada do crescimento econômico do país. Campos Neto foi ao Senado nesta terça para dar explicações sobre a Selic.

Cid Gomes, com o auxílio de uma lousa e um giz, explicou os motivos pelos quais a Selic em 13,75% prejudicam o país e afirmou que não há razões para juros tão altos.

Os juros altos, segundo ele, tiram dinheiro dos brasileiros e o repassam para o bolso dos rentistas por meio dos juros da dívida pública. "Juro alto, presidente, além de comprometer as finanças públicas, compromete a disposição da iniciativa privada de investir, e isso é que gera inflação de oferta”, acrescentou o senador.

Na sequência, ele lembrou da proximidade entre Campos Neto e Jair Bolsonaro (PL) e pediu que o presidente do BC deixe a autarquia. "O Brasil está ficando em uma situação que é a seguinte: você vê aqui pessoas que eram simpatizantes do governo Bolsonaro elogiando vossa excelência. Pessoas que desejaram uma mudança no Brasil criticam a sua posição. Então a política, por mais que o senhor não deseje, está presente nessas questões. O senhor fez manifestações públicas em defesa do presidente Bolsonaro, vestindo camisinha [sic] amarela. O Banco Central, é impressionante, e eu não acredito em coincidência. No Banco Central, as pessoas vêm do mercado financeiro e voltam para o mercado financeiro. De maneira, senhor presidente, com todo o respeito, me perdoe. Nessa hora, queria lhe fazer uma sugestão: pegue seu bonézinho e peça para sair".
 
Neste momento, Cid Gomes entregou um boné com a logomarca do banco Santander a Campos Neto.
 

 
 
 
 
 
 
 

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