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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

20
Set21

Cristina Serra e o jantar de Temer, na veia

Talis Andrade

 

por Fernando Brito

- - -

Cristina Serra, sempre competente como jornalista em seus 40 anos de carreira, se supera também como cronista política vigorosa, a mostrar que existe vida ética fora do relativismo moral – por nossas bandas, frequentemente um “relativismo imoral” –

Dá o tratamento que merecem Michel Temer e seus comensais no regabofe do deboche onde, mal saído o país de um momento tenso de conflito institucional e mergulhado numa imensa crise, caíram às gargalhadas com a imitação do monstro que acabava de ser, temporária e parcialmente contido.

Tudo se torna mais forte porque aquilo que Cristina descreve no texto a cartunista Marília Marz traduz de forma crua e espetacular.

 

Riem do que, senhores?

 

por Cristina Serra, na Folha de S. Paulo

O vídeo do recente jantar em homenagem a Michel Temer lembrou-me uma cena do filme “O Poderoso Chefão 3”, o último sobre a saga da família Corleone, dirigido por Francis Ford Coppola e estrelado por Al Pacino. A ficção mostra um encontro de mafiosos, num ambiente cafona e decadente em cada detalhe da decoração: cristais, pratarias, taças, lustres.

Semelhante também é a disposição dos personagens na cena: senhores cheirando a naftalina, em torno de uma grande mesa para tratar de negócios. No caso, aqui, para celebrar o “business as usual”, depois que Temer afivelou uma focinheira em Bolsonaro e deixou claro quem controla as rédeas do processo golpista que se desdobra desde 2016.

No vídeo, a anormalidade institucional do país, os ataques de Bolsonaro à democracia, à legalidade e ao STF, enfim, tudo o que joga o país no chão é tratado com chocante naturalidade. Na imitação que faz do presidente, um animador de auditório fala em instrumentos de tortura usados na escravidão, como a chibata, e o pau de arara, símbolo da violência na ditadura. Seguem-se risadas e aplausos.

 
Nunca um presidente cometeu tantos crimes de responsabilidade contra o povo. Estamos chegando a 600 mil mortos pela Covid. Doença, desemprego e fome dilaceram os sonhos de milhões de brasileiros, lançados ao desespero pelo governo que essa gente ajuda a manter no Palácio do Planalto. Ainda que mal pergunte, riem do que, senhores?
01
Dez20

Por que ninguém encontra o perdido pedido de cooperação entre a Lava Jato e o governo dos Estados Unidos?

Talis Andrade

Loja Oropa França Bahia - Página inicial | Facebook

Tudo aconteceu na escuridão dos filmes policiais da guerra fria, no mistério fantástico dos filmes de ficção científica, com espionagem industrial, robôs, 5g.

Nenhum pedido de cooperação passou pelas mãos dos chanceleres de Dilma, Temer e Bolsonaro. Tudo aconteceu na moita. Entre a república de Curitiba e a CIA, o FBI & outros secretos serviços de inteligência, e tudo pago com dinheiro de conta gráfica. 

Com juízes, procuradores e delegados da Polícia Federal indo e voltando dos Estados Unidos. Num turismo muambeiro, numa farra maluca e principesca.  

Passavam pelos aeroportos entrevistados por correspondentes internacionais. Todos cornetavam a guerra internacional contra a corrupção. A guerra quente dos Estados contra a corrupção no Brasil.

Não se sabe ainda a razão dessa política dos gringos. Que teve a cooperação secreta da Lava Jato. Que entrou com o pessoal nativo e grana do judiciário ao deus-dará. Tudo encoberto pelos três reis Luís de Oropa, França e Bahia. 

É comum os grupos de Folia de reis, também chamados de Companhias de reis, visitarem as casas dos ricos, tocando músicas e dançando para celebrar o encontro com os três Reis. Pro povo muita chibata. Não nas ruas. Nas cadeias públicas. Do Brasil do excludente de ilicitude. 

 

 

13
Ago19

Estudantes nas ruas hoje sem medo da chibata de Sergio Moro o policial de Bolsonaro

Talis Andrade

aula rua estudante protesto educacão.jpg

 

 

Sputnik - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou a atuação da Força Nacional contra os protestos de estudantes marcados para esta terça-feira (13).

A medida foi publicada na portaria 686, no Diário Oficial da União, e prevê que os agentes vão poder "agir em caráter episódico e planejado”, a pedido do Ministério da Educação (MEC).

"Agir" contra as manifestações marcadas por entidades estudantis que têm como objetivo protestar contra a Reforma da Previdência, aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados, e contra o que chamam de "desmonte na educação".

"Autorizar o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio ao Ministério da Educação, nas ações de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, na defesa dos bens e dos próprios da União, diz o texto da portaria feita por Moro.

cartazes indignate.jpg

aula na rua estudante protesto.jpg

“O tsunami estudantil que ocupou as ruas de todo país no último mês de maio, volta agora no dia 13 de agosto para mostrar que a luta não para. A União Nacional dos Estudantes convoca todos os jovens a mostrar sua indignação contra os cortes na educação, a sair em defesa da autonomia universitária e contra o projeto Future-se do MEC, que pretende terceirizar o financiamento da educação pública ao mercado”, diz a convocatória da União Nacional dos Estudantes (UNE).

acorda povo estudante na rua .jpg

 

 

 
13
Ago19

Estudantes preparam novo ‘tsunami’ da educação neste 13 de agosto

Talis Andrade

greve estudante oprimido.jpg

 

 

RBA - Estudantes secundaristas, do ensino universitário e da pós-graduação realizam protestos, atos e passeatas, por todo o país, nesta terça-feira (13), contra os cortes do governo Bolsonaro na educação. O objetivo é retomar, com apoio de movimentos sociais, as manifestações de maio, que ficaram conhecidas como “tsunami”. Desde o início do ano, universidades e institutos federais perderam R$ 5,84 bilhões em verbas, ameaçando o funcionamento de alguns campi universitários, que podem ter que suspender suas atividades, a partir de outubro. A falta de recursos não atinge apenas o ensino superior, mas atinge também a educação básica.

As restrições orçamentárias também devem atingir as pesquisas, que também podem ser paralisadas a partir do mês, não apenas por conta do corte de 2.700 bolsas, anunciado pelo Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), mas também pela falta de recursos para manter os laboratórios funcionando.

Os estudantes também saem às ruas contra a projeto Future-se, apresentado pelo Ministério da Educação (MEC), que prevê a ampliação do financiamento privado no ensino superior, o que deve levar a um sucateamento ainda maior das universidades. 

“Parcerias com a iniciativa privada já existem em todas as universidades, e não pode suplantar o principal papel dessas instituições, que é produzir conhecimento para solucionar os problemas sociais do nosso país”, afirmou o presidente da UNE, Iago Montalvão, em alusão ao Future-se. “A universidade pública não vai conseguir sobreviver, se não houver investimentos públicos.” Na semana passada, o governo Bolsonaro retirou mais R$1 bilhão da educação para comprar votos de parlamentares pela aprovação da “reforma” da Previdência – tema que também pauta as manifestações do chamado #13A.

educacao liberdade estudante .jpg

 

Segundo o presidente da UNE, o corte de 30% nos recursos de custeio das universidades, decretado em maio pelo MEC, atingiu verbas que seriam utilizadas para pagar serviços básicos, como água, luz, limpeza, além de materiais de laboratório. “O que os reitores estão dizendo é que, até o próximo mês, muitas universidades podem parar de funcionar porque não têm recursos para pagar esses serviços básicos.”

Reunião e repressão

ensino tiro arma .jpg

 

Na última quarta-feira (6), representantes da UNE se reuniram com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para pressionar pela liberação de recursos para as universidades e institutos federais. Segundo, Montalvão, o ministro não apresentou qualquer solução para aquilo que o governo vem chamando de “contingenciamento”.

Em vez de aprofundar o diálogo, Weintraub preferiu requerer ao ministro da Justiça, Sergio Moro, a utilização da Guarda Nacional para coibir os protestos dos estudantes. Prevista para agir, inicialmente, na Esplanada dos Ministérios, os soldados da guarda poderão atuar também em campi das universidades federais em qualquer cidade do pais.

Para o presidente da UNE, a iniciativa é uma tentativa do governo para amedrontar as pessoas e desestimulá-las a participar das manifestações, mas poderá ter efeito contrário. “Quando fazem isso, deixam as pessoas ainda mais indignadas com os ataques à democracia, e vai fazer com que mais gente participe. Mas nós vamos procurar também ações jurídicas, ver se há possibilidade de contestar esse tipo de medida.”

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