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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

24
Nov22

Casca: Bolsonarista invade escritório e agride advogada que denunciou perseguição a petistas

Talis Andrade

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Janaíra Ramos sofreu lesões no braço e nas pernas 

 

Advogada, responsável por denunciar movimento contra comerciantes que votaram em Lula, disse ao Sul21 que agressões continuaram em plena rua

 

 

Por Luís Gomes /Sul21

 

 

A advogada Janaíra Ramos registrou nesta quarta-feira (23) um boletim de ocorrência na 6ª Delegacia de Polícia Regional, em Casca, contra um bolsonarista que invadiu seu escritório, a agrediu e a ameaçou de morte. A advogada foi responsável por denunciar no início do mês o movimento promovido por bolsonaristas da cidade contra comerciantes que votaram no presidente eleito Lula (PT), em que os seguidores do atual presidente defenderam pintar estrelas nos estabelecimentos dos opositores.

À polícia, Janaíra afirmou que estava em seu local de trabalho quando o agressor tocou o interfone do escritório. Sem reconhecer o homem, ela o deixou entrar. O agressor então teria se identificado e dito que precisava falar com a advogada, que recusou, quando então ele começou a agredi-la.

Janaíra disse ter recebido tapas e chutes, além de ter sido ofendida e ameaçada de morte se não saísse da cidade.

Após as agressões, a advogada realizou exame médico, que constatou um edema no seu joelho esquerdo e escoriações no antebraço.

Na sequência, ela pediu uma medida cautelar protetiva contra o agressor. A Vara Judicial da Comarca de Casca acatou o pedido e determinou que o agressor está proibido de se aproximar a uma distância de menos de 100 metros, de manter contato com a advogada, mesmo que indiretamente, de ir ao escritório e à residência dela ou de fazer qualquer postagem ou menção à vítima em redes sociais.

Em conversa com o Sul21 nesta quinta-feira (24), Janaíra conta que não tinha nenhuma relação com o agressor, apenas havia visto ele nas manifestações bolsonaristas à beira de estradas, mas que não o reconheceu quando ele foi ao seu escritório e abriu a porta. “Ele entrou na antessala, eu terminei de atender o meu colega e fui falar com ele. Ele disse: ‘preciso uns 20 minutinhos para falar com a senhora’. Eu digo: ‘quem é o senhor? Não quero conversa, faz favor e se retire do meu escritório”.

O homem então teria se recusado a deixar o local, mesmo após reiterados pedidos de Janaíra. “Aí ele me disse: ‘Por enquanto eu vim te avisar, depois eu vou te matar’”.

Janaíra conta que, então, saiu da sala em que estavam, enquanto o homem tentava impedi-la. Quando chegaram no portão externo, ele desferiu um tapa contra ela nas costas. A advogada diz que machucou os braços ao se apoiar depois da agressão. “Eu achei que ele ia me matar. Eu saí para morrer na rua e não dentro do escritório”.

Ela conta que, depois do tapa, recebeu um chute e começou a ser ofendida, com o homem dizendo que ela “seria a primeira” e que o “PT vai ser limpado daqui”.

A advogada conseguiu se abrigar em uma vizinha e acionou a polícia. Inicialmente, o homem teria deixado o local, mas retornou na sequência e tentou forçar a porta do escritório. Janaíra foi acompanhada pela polícia até o hospital para ser examinada e depois registrou a ocorrência. O agressor, que já estava no local, prestou depoimento e foi liberado.

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Nas redes sociais, o homem disse que tudo o que fez foi dar um “chute na bundinha”. Ainda assim, ele diz que não a agrediu e que a advogada mentiu sobras as ameaças. Ele afirma que irá processar Janaíra por calúnia a difamação. Contudo, posteriormente, apagou a postagem e fechou perfis em redes sociais.

“Eu vou ter que provar o quê, se eu estou toda lesionada. Tem laudo”, disse Janaíra ao Sul21. “Mas, aqui, como a maioria é bolsonarista, coitadinho dele”.

Janaíra está sendo perseguida por bolsonaristas de Casca nas redes sociais desde quando denunciou o movimento de boicote aos comerciantes petistas, que comparou a práticas de nazistas contra judeus na Alemanha dos anos 1930, e o fato de eleitores de Lula terem sido agredidos ao comemorarem o resultado do segundo turno.

Ela havia denunciado o movimento dos bolsonaristas à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e, na terça-feira (22), se reuniu com o chefe da Polícia Civil no Estado, delegado Fábio Motta Lopes, em conjunto com as deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna para tratar de casos de violência política que estão ocorrendo no Rio Grande do Sul após as eleições.

A advogada diz que agora está estudando o que fazer, se continuará trabalhando na cidade nos próximos dias ou não. Ela teme que o homem possa voltar armado ao local. Por outro lado, diz que deixar a cidade seria permitir que os bolsonaristas alcançassem seu objetivo. “É o que eles querem. Eu estou reagindo e resistindo, mas tenho medo”.

O homem acusado da agressão é um arquiteto com registro no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS). Nesta quinta, o conselho divulgou uma nota em que repudia a agressão e diz que irá acompanhar o desdobramento das apurações sobre o caso, mesmo ele não tendo vinculação com o exercício profissional.

“O CAU/RS manifesta à sociedade gaúcha que tem compromisso e atua diariamente para garantir que as divergências políticas, naturais e legítimas em uma sociedade democrática, sejam resolvidas com diálogo e dentro da lei sem colocar em risco a integridade física ou moral das pessoas”, diz a nota da entidade.

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O nazista agressor 

 

18
Nov22

Veja quem financia atos antidemocráticos pelo país, segundo investigações

Talis Andrade

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por Yahoo!

Relatórios enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal) revelaram o perfil dos líderes e financiadores de manifestações e bloqueios antidemocráticos realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitam a derrota e questionam o resultado das urnas.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, os documentos foram encaminhados pelas Polícias Militar, Civil e Federal e pelo Ministério Público, e produzidos a pedido do ministro Alexandre de Moraes. O veículo teve acesso aos documentos.

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No Acre, relatório de inteligência aponta que dois fazendeiros locais estariam entre os financiadores dos protestos em defesa de uma intervenção militar: Jorge José de Moura, conhecido como “rei da soja”, e Henrique Neto. Danilo Lovisaro do Nascimento, procurador-geral de Justiça do estado, afirmou que STF que tem “certeza de que os atos antidemocráticos estão sendo financiados pelos fazendeiros do agronegócio”.

Em Goiás, de acordo com o Estadão, os empresários Tales Cardoso Machado, dono de uma panificadora, e Pedro Sanches Roja Neto; o ex-vereador de São Miguel do Araguaia Leonardo Rodrigues de Jesus Soares; o corretor e candidato derrotado a prefeito da cidade em 2020 Sandro Lopes (PRTB); e o ruralista Hernani José Alves são citados pela Polícia Civil de Goiás como lideranças dos bloqueios na zona rural de São Miguel do Araguaia, onde uma das rodovias chegou a ser fechada com pneus incendiados.

Em Goianésia (GO), o relatório mostra que caminhoneiros e moradores “que atuam principalmente no agronegócio” mobilizaram os bloqueios, e dois nomes foram apontados pela polícia: Jamil El Hosni e Rafael Luiz Ottoni Peixoto.

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Golpista Jamil El Hosni

 

No Maranhão, o investigador de polícia Marcelo Thadeu Penha Cardoso e candidato a deputado estadual em 2022 Claudio Rogerio Silva Raposo (PTB) foram apontados pela polícia como responsáveis pelos atos que ocorreram em frente ao quartel do 24º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em São Luís.

Em Mato Grosso do Sul, a médica Sirlei Faustino Ratier, a servidora da Câmara Municipal de Campo Grande Juliana Caloso Pontes, o comerciante Julio Augusto Gomes Nunes, o agricultor Germano Francisco Bellan, o ex-prefeito de Costa Rica Waldeli dos Santos Rosa e os pecuaristas Rene Miranda Alves e Renato Nascimento Oliveira, conhecido como Renato Merem, foram identificados pela Secretaria de Segurança Pública do estado.

No Paraná, o empresário Valmor Geronimo Ferro foi apontado pela PM como uma das lideranças dos protestos em Curitiba. Ele teria sido responsável por levar água e comida para os manifestantes. Já os empresários José Antonio Rosolen e Robson Leandro Calistro teriam “ascendência sobre as decisões” dos manifestantes em Cianorte.

Em Santa Catarina, a Polícia Civil nomeou ao menos onze lideranças autodeclaradas dos atos, incluindo empresários.ImageImage

 

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Neonazistas presos em SC são suspeitos e condenados por outros crimes; veja quais

Leonel Camasão 
@camasao50
Esses são 2 dos 8 neonazis presos em SC Laureano Vieira Toscani, condenado a 13 anos após espancar 3 judeus. Já foi preso por tentativa de homicídio motivada por racismo João Guilherme Correa, denunciado por duplo homicídio em disputa de lideranças de células neonazis no PRImage

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Golpistas das grandes transportadoras devedoras do fisco e bancos oficiais precisam sentir o gosto do cárcere que ameaçam para estudantes, jornalistas, cientistas, intelectuais, artistas, lideranças comunitárias, defensores dos direitos humanos, populações indígenas e quilombolas
Sâmia Bomfim
@samiabomfim
 
O ministro Alexandre de Moraes determinou ao Banco Central o bloqueio de contas bancárias de 43 suspeitos de financiar atos golpistas. Pedido de intervenção militar é crime, e todos os responsáveis pelos atos antidemocráticos precisam ser punidos.Image
25
Jul22

Verissimo: humor livre em praça pública

Talis Andrade

 

Nos seus 85 anos, o escritor, cronista e jazzista gaúcho, criador de Família Brasil, As Cobras e O analista de Bagé é retratado pelos melhores cartunistas do país – melhores depois dele, claro
 
 
Por Stela Pastore / Publicado em 6 de dezembro de 2021
 
 
Para marcar os 85 anos de Luis Fernando Verissimo, 85 caricaturas estarão numa mostra ao ar livre entre 9 e 11 de dezembro, na praça João Paulo I, no bairro Santana. Desenhistas de humor como Angeli, irmãos Caruso, Baptistão, Benett, Canini, Cau Gomes, Dalcio, Edgar Vasques, Fernandes, Jota Camelo entre tantos outros têm o colega gaúcho como alvo do seu traço nessa coleção reunida em 24 banners de 1,2m x 1,5m, que pode visitada das 14h às 19h.
 
 
“Não temos tamanho para presentear o Verissimo. Mas podemos em uma pequena praça da nossa cidade, da cidade dele, em um local que é público onde todos podem ter acesso, mostrar o quanto gostamos dele. Com a criatividade e a inteligência traduzida nas ilustrações dos cartunistas que vão retratá-lo”, resume Margareth Dornelles, proprietária do Baden Cafés Especiais e do Espaço Cultural Amelie, localizado em frente a praça, na esquina das ruas Jerônimo de Ornelas e Vieira de Castro.
 

 

“Não é necessário justificar o significado do escritor, poeta, desenhista, jazzista, caricaturista Luis Fernando Verissimo. Ele é um nome nacional, reconhecido internacionalmente e escolheu ficar aqui em Porto Alegre”, destaca Margarete Moraes, uma das curadoras do Espaço Amelie, juntamente com Leila Dalpiaz, que destacou o desejo antigo da ex-secretária de Cultura da capital gaúcha em homenagear esse multiartista gaúcho, filho do escritor Erico Verissimo.Verissimo: humor livre em praça pública

“Cada artista expressa em traços próprios como sente e enxerga LFV. São caricaturas inéditas, um presente para a população de Porto Alegre”, observa Fraga, curador convidado para a mostra ao ar livre Caríssimo Verissimo – Uma aclamação gráfica aos 85 anos de LFV.

 

Cronista mais querido do Brasil  

Verissimo: humor livre em praça pública

Jornalista e humorista, editor de antologias e curador de exposições de humor, Fraga é o coletor das caricaturas e conta com apoio dos amigos Eugênio Neves, Hals e Fabio Zimbres no tratamento das imagens, design e montagem da exposição. “A proposta é um evento coletivo focado na sua figura: uma exposição de caricaturas, inclusive as dele mesmo, o seu talento gráfico menos lembrado, uma forma de celebrar a efeméride do cronista mais querido do Brasil”, destaca Fraga.

Para Margarete Moraes, o Espaço Amelie apesar de novo, compreende e busca potencializar o processo de criação artística, produção, difusão, fruição e consumo em Porto Alegre. Nesta proposta, valoriza a capacidade incessante de LFV em continuar atento, lúcido e cada vez mais criativo.

 

Como desenhista gráfico, Verissimo é mais conhecido por desenhar os quadrinhos da Família Brasil e As Cobras. Porém, tem importante produção de caricaturas que ilustraram crônicas de publicações nacionais nas décadas de 80 e 90, como a Veja ou os jornais Estado de São e Paulo e O Globo, que também farão parte da mostra ao ar livre.

“As atividades que fazemos, as pessoas que reunimos, são pessoas de quem gostamos e gostamos do que fazem. Aquele lado do bem com que nos identificamos. E o Verissimo talvez seja uma síntese de tudo isto. Da vida, da arte, da inteligência, da produção cultural (escreve, desenha, tem uma banda de jazz), e talvez algo muito, mas muito dele, a simplicidade!”, conclui Margareth Dornelles, informando que o homenageado estará presente com a família no último dia da mostra.

Verissimo: humor livre em praça pública

Verissimo: humor livre em praça pública

27
Jan22

A verdadeira cremação de Olavo

Talis Andrade

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por Eric Nepomuceno

Leio o anúncio do sepultamento do jornalista e astrólogo Olavo de Carvalho no cemitério St. Joseph na cidadezinha de Petersburg, estado de Virgínia, onde ele vivia refugiado há uns dezesseis anos. 

Leio e sinto que há no anúncio um grande equívoco.

 Aprendi com meu avô paterno, o velho patriarca José Augusto Nepomuceno, que não se deve celebrar morte de ninguém – exceto as de Adolf Hitler e Benito Mussolini.

Cada vez que, ao longo da minha já um tanto longa vida, senti vontade de festejar alguma das tantas mortes, lembrei do meu avô José Augusto. Assim que não vou festejar, para nada, o sumiço dessa figura dantesca e abominável chamada Olavo de Carvalho, que se autodenominou filósofo.
 

Tropecei com ele lá por 1967 ou 68, quando me juntei à equipe do então revolucionário, no sentido de formato e conteúdo, “Jornal da Tarde”. Foram contatos ocasionais, rapidíssimos, e mal e mal lembro dele. 

Tornei a tropeçar com essa figura quando ele desandou a publicar nos principais jornais e revistas deste pobre país, e foi demitido de um em um não só porque escrevia muito mal, mas porque era de um reacionarismo sem pé nem cabeça. E aí ele virou um fenômeno nas tenebrosas redes sociais.

Virou “o professor”, o “filósofo”, virou qualquer coisa que teve um espaço enorme dentro desta catástrofe que vivermos a cada segundo de cada minuto de cada dia das nossas vidas.

 É bem verdade que essa influência veio perdendo espaço no governo, mas entre os seus seguidores, não. E esses seguidores continuam absolutamente leais a Jair Messias, apesar do distanciamento.

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 O que Olavo de Carvalho fez depois que descobriu e utilizou de maneira intensa as redes sociais foi espalhar mentiras, absurdos, pura escatologia, cinismo soberano. E trouxe para a superfície um poderoso contingente de extremistas não apenas da direita, mas da elevadíssima ignorância que estava abrigada em armários e nos últimos anos saiu não para a luz do dia, mas as trevas do absurdo. 

Não, eu seguirei a lição de meu avô e não celebrarei a morte dessa figura abjeta e perigosa que deixa como herança um imenso bando de seguidores tão fanáticos quanto imbecis. 

Apenas corrijo o anúncio de seu funeral: depois de enterrado, Olavo de Carvalho será de imediato cremado no fogo do inferno. Que o Diabo o tenha para sempre.

 

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