Que desgoverno fez o Brasil parar? O golpe contra Dilma, a destruíção das grandes empresas pela Lava Jato, a ponte que leva nada a lugar nenhum de Michel Temer, as pinturas de meio-fio dos generais bem pagos de Bolsonaro, os guias de calçadas?
O líder do governo no Senado Federal, Carlos Portinho (PL-RJ), protocolou, nesta terça-feira (28/6), um requerimento solicitando que o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) cumpra a ordem cronológica e dê prosseguimento à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades e crimes na condução de obras financiadas pelo Ministério da Educação (MEC) nos governos do PT.
Michel Temer assumiu em 12 de maio de 2016. E elegeu Jair Bolsonaro sucessor.
Segundo o autor do requerimento, o objetivo da CPI governista é apurar eventual irregularidade e crimes na condução de obras de edificações. O requerimento se baseia, de acordo com o governista, em um relatório fantasma de 2021 do Executivo federal, que listou a existência de mais de 2,6 mil obras inacabadas orçadas em R$ 2,4 bilhões. Quem parou as obras?
Além disso, o senador quer apurar, em paralelo, suspeitas relacionadas ao uso do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Portinho cita suposto esquema para desviar R$ 1 bilhão para 20 instituições de ensino superior. Falta citar as instituições. Que tal os gastos da intervencão militar de Temer no Rio de Janeiro? E os gastos com a vida sexual do efetivo das forças armadas com Viagra, lubrificante íntimo e próteses penianas de tamanho gigante, 25 cm no mínimo.
O Tribunal Superior Eleitoral precisa realizar uma campanha nacional de crença na Democracia. Mostrar porquê as urnas são confiáveis. As campanhas são necessárias, pela propaganda de descrédito do presidente Bolsonaro que pretende instalar uma ditadura militar, e pelo discurso da extrema direita nazi-fascista, que prega uma guerra civil, que todo golpe tem listas estaduais de presos políticos e listas de lideranças marcadas para morrer.
Você confia na urna eletrônica? Veja a opinião dos eleitores do DF, segundo pesquisa Metrópoles/Ideia
Em Brasília, 46,6% acreditam na lisura do instrumento eletrônico. Outros 43,7% dos eleitores dizem não confiar no equipamento
Em meio às constantes dúvidas levantadas sobre a credibilidade das urnas eletrônicas, o brasiliense se divide na hora de dizer o que pensa a respeito da confiabilidade do equipamento. Segundo pesquisa exclusiva Metrópoles/Ideia, para 46,6% dos eleitores do Distrito Federal, o aparato é seguro. Outros 43,7% afirmaram não confiar no instrumento de voto popular.
Como a margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos, há empate técnico nas opiniões. Mesmo assim, os dados apontam que um em cada quatro brasilienses não confia na forma como são apurados os votos nas eleições.
Esse o resultado do discurso de ódio de Bolsonaro, que dia sim dia não faz uma ameaça golpista, afirmando que as urnas não são confiáveis, e comprando, com o orçamento secreto, o Congresso, o centrão, e oferecendo aos militares armas e uma vida boa e fácil com filé, picanha, salmão, vinhos, licores, Viagra, próteses penianas de 25 cm e lubrificante íntimo, enquanto a população civil passa fome, são 33 milhões com fome.
Os sucessivos golpes urdidos pelos filhos do obscurantismo ao longo da história do Brasil nos devem ensinar. A democracia é um valor em si
por Alberto Cantalice
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A derrota dos aprendizes de autocratas, viúvas do golpe civil-militar de 1964, se aproxima. Cupins da Coisa Pública: desmontaram o Ibama, o Instituto Chico Mendes, a Funai e os setores responsáveis pela fiscalização do trabalho escravo, do desmatamento da Amazônia, da grilagem e do garimpo clandestino nas terras dos indígenas.
A razia produzida pelo desgoverno Bolsonaro deixará marcas profundas na história do país. Entreguistas, venderam a BR Distribuidora na bacia das almas, privatizaram a refinaria da Petrobras na Bahia, querem queimar a Eletrobras no saldão de fim de feira, ao mesmo tempo que tentam privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
Vergonhosamente, um grupo de militares apresenta um “documento” intitulado Brasil 2035, denotando o desejo de permanecer no poder e propondo com a cara mais lavada do mundo o enfraquecimento do Sistema Único de Saúde e a cobrança de mensalidades em Universidades Públicas. É a velha e surrada “tutela militar” – sempre que a democracia brasileira desperta ela aparece. É uma verdadeira Espada de Dâmocles sobre a cabeça da nação.
Os ataques desferidos pelo aprendiz de autocrata ao Supremo Tribunal Federal e às urnas eletrônicas não passam de “tiros de festim”. Ele tenta desesperadamente inverter a pauta que interessa de imediato ao povo trabalhador: A carestia, a miséria, o desemprego e a inflação. Mesmo assim parte do mercado financeiro e da mídia nacional-totalmente divorciados das agruras em que vive a maioria da população- apostam em uma reviravolta que tire o inominável da situação periclitante eleitoral em que se encontra.
Diferentemente do mote implantado pelo ex-presidente Juscelino Kubistchek (50 anos em 5 de crescimento econômico-social, o país viveu a partir de 2016 um período tenebroso de decréscimo econômico de 5 em 50 anos). O privilégio do fiscalismo e a contração da economia nacional nos lega 16 milhões de desempregados e mais de 20 milhões de brasileiras e brasileiros passando fome.
Esse cenário catastrófico exige das forças democráticas atitudes enérgicas em defesa do futuro da nação. Não é admissível que setores lúcidos e de boa-fé brinquem de fazer política. A hora de derrotar a autocracia e a falta de empatia popular é agora. A chamada “terceira via” nada mais é do que criar embaraços para um novo governo progressista encabeçados por Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmim.
Quanto mais forte for a chapa progressista, mais força terá para reconstruir a nação e ajudar na formação de uma ampla bancada no parlamento que dê sustentação ao futuro governo. Os sucessivos golpes urdidos pelos filhos do obscurantismo ao longo da história do Brasil nos devem ensinar. A democracia é um valor em si. Tem que ser principalizada e não pode ser negligenciada. O restabelecimento do Estado democrático de direito é o início do caminho para construção de uma verdadeira democracia inclusiva e distributiva. O contrário é a barbárie!
Estarrecedora a notícia daFolhasobre os valores do repasse do Governo Federal para a merenda escolar.
50 centavos por criança da pré-escola. 36 centavos por criança do ensino fundamental e adolescentes do ensino médio.
Não é necessário dramatizar dizendo quanta gramas de arroz, feijão, batata e carne se pode comprar com isso, dispensa-se o uso de balanças de precisão.
É com isso que se pretende “alimentar” – e só durante 200 dos 365 dias do ano – 42 milhões de crianças e jovens do Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Segundonota técnicado Observatório da Alimentação Escolar e da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação, a perda tem sido brutal:
Entre 2014 e 2019, e tendo em conta os valores reais, os recursos do programa transferidos a estados e municípios decresceram. Houve uma queda acentuada em 2016, não recuperada nos anos seguintes de modo a permitir o retorno aos patamares de 2014 e 2015. Foram repassados R$ 5,95 bilhões em 2014 e R$ 4,82 bilhões em 2019, ou seja, decréscimo de R$ 1,13 bilhão (-19%).
Segundo especialistas do setor, seria necessário praticamente dobrar os valores para que, com a complementação – 55% do total gasto em merenda – que é feita por Estados e Municípios, pudesse haver o atendimento desta população jovem, nas escolas públicas.
Acontece, porém que o subsídio que se fará ao óleo diesel, além de outros combustíveis, vai reduzir a capacidade de governadores e prefeitos de aumentarem os repasses à merenda que o governo central não reajusta, reduzindo qualidade e quantidade da merenda.
E merenda escolar é uma das mais baratas – quem é que pode achar caro R$ 1 real por prato? – e eficiente ferramentas do combate à fome, não só porque atende à camada mais comprometida pela falta de alimento, as crianças, como porque alivia as famílias mais pobres de parte dos gastos com sua alimentação.
Não dá ainda para saber se se vai pagar para baratear cada litro de diesel com tanto dinheiro público quanto se dá para que as crianças comem na escola, mesmo sendo tão pouco.
Mas sabe-se que crianças não votam, embora nós possamos votar por elas.
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ministro da Defesa, disse que o golpe militar da deposição de Jango, que criou a ditadura militar de 1964, foi um "movimento democrático"
Por Murillo Camarotto
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, defendeu ontem que a aquisição de Viagra e de próteses penianas pelas Forças Armadas foi legal e visou atender demandas legítimas dos militares.
O depoimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Seguridade da Câmara dos Deputados, provocou bate-boca entre os parlamentares sobre uma possível participação das Forças Armadas em uma ruptura institucional. Deputados de oposição questionaram o general sobre a disposição dos militares em apoiar uma tentativa golpista por parte do presidente Jair Bolsonaro, em caso de derrota na sua tentativa de reeleição.
“O resultado que for proclamado nas eleições de outubro será respeitado pelas Forças Armadas brasileiras?”, perguntou o deputado Léo de Brito (PT), causando revolta nos governistas.
“Ele está aqui para falar do Viagra", reagiu a deputada [da extrema direita] Bia Kicis (PL-DF), uma das mais ferrenhas defensoras de Bolsonaro no parlamento. “Não vão poder fazer o que pensam que vão fazer”, reforçou o delegado Éder Mauro (PL-PA), outro bolsonarista [assassino confesso]
Em outra fala, o deputado Ivan Valente (Psol-SP) fez críticas à ditadura militar e cobrou explicações de Nogueira sobre a falta de punição ao general Eduardo Pazuello, que participou de um ato político-partidário em abril de 2021, enquanto militar da ativa, o que é proibido.
O tumulto demorou a ser controlado pela mesa diretora, que após o fim das intervenções devolveu a palavra ao general. Nogueira, em um primeiro momento, se limitou a segurar um exemplar da Constituição e a ler o Artigo 142, que trata do papel das Forças Armadas na garantia dos poderes constitucionais.
“É isso que as Forças Armadas vão estar sempre em condições de fazer", resumiu ele.
Em seguida, contudo, ele chamou o golpe militar de 64 de “movimento democrático de 31 de março” e disse que o caso Pazuello “foi resolvido pelo então comandante do Exército à luz do processo legal”. À época do ocorrido, Nogueira era o comandante do Exército e, pressionado por Bolsonaro, absolveu Pazuello e decretou sigilo de 100 anos sobre o processo disciplinar interno.
Nogueira argumentou que a compra de Viagra está prevista em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para tratamento de hipertensão arterial pulmonar e esclerose sistêmica.
Sobre as próteses penianas, disse que as aquisições são feitas com base em prescrição médica, “destinando-se a suprir as demandas de uso de em pacientes acometidos de patologias cujo tratamento assim recomenda”.
Em abril deste ano, veio a público a informação de que as Forças Armadas haviam aprovado a compra de pouco mais de 35 mil comprimidos de Viagra, medicamento normalmente usado para disfunção erétil. Além das pílulas, foram adquiridas 60 unidades de próteses penianas.
“Todas as aquisições das Forças Armadas são regidas pela lisura, pela transparência, pela eficiência administrativa, pela legalidade e pela correção”, disse Nogueira aos deputados.
Apesar disso, ele preferiu não entrar nos detalhes dos contratos, alegando que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica já o teriam feito.
O SUS não distribui Viagra, nem lubrificante íntimo, nem próteses penianas para civis (Vide vídeo)
A deputada federal Vivi Reis (PSOL) apresentou nesta terça-feira (7) requerimentos nas comissões de Direitos Humanos e Minorias e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia da Câmara pedindo a convocação urgente do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para que ele explique a atuação do Ministério e das Forças Armadas nas buscas ao indigenista Bruno Araújo Pereira e ao jornalista Dom Phillips.
Vivi Reis traçou um paralelo entre a rapidez na hora de comprar viagra e a morosidade nas buscas dos desaparecidos na Amazônia. Confira neste vídeo:
Eliane Brum
@brumelianebrum
Deputada Federal Vivi Reis questiona enfaticamente ministro da Defesa sobre a demora deliberada nas buscas por Bruno Pereira e Dom Phillips. Para Viagra tem avião… Clique aqui
A equipe desaparecida, bem como outros membros técnicos da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), vinha recebendo ameaças em campo, uma vez que a região é palco frequente de conflitos causados pelo tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo.
No requerimento encaminhado às comissões da Câmara, Vivi Reis lembrou que, em 2019, um servidor da FUNAI que trabalhava na frente de proteção etnoambiental do Vale do Javari foi assassinado na cidade de Tabatinga (AM).
“Mesmo diante de todo este contexto, as ações do governo brasileiro, especialmente por meio do Ministério da Defesa, são absolutamente insuficientes. O Exército brasileiro, por meio do Comando Militar da Amazônia, emitiu uma nota afirmando que, embora capaz de executar a missão de busca e salvamento necessária, apenas agiria ‘mediante acionamento por parte do Escalão Superior”, aponta um dos trechos dos requerimentos.
O acesso a alimentos não foi considerado um problema em apenas 35% dos lares chefiados por pessoas pretas ou pardas
Em um ano, salta de 19 milhões para 33,1 milhões o número de pessoas que não têm o que comer. A fome tem cor e mora nas favelas das chacinas dos policiais militares
Em 2022, mais da metade da população brasileira – 58,7% – vive com algum tipo de insegurança alimentar. O número de pessoas passando fome passou de 19 milhões para 33,1 milhões em pouco mais de um ano no Brasil. Os dados divulgados nesta quarta-feira (8) são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). A pesquisa mostra que o Brasil regrediu para um patamar de insegurança alimentar equivalente ao da década de 1990.
Isso significa que 15,5% da população no país está sem ter o que comer. O acesso pleno à alimentação se tornou exceção: essa é a realidade para apenas quatro de cada 10 famílias.
A pesquisa foi realizada em campo, pelo Instituto Vox Populi, com entrevistas em 12.745 domicílios de 577 municípios de todos os estados brasileiros.
Em números absolutos, 125,2 milhões de pessoas no Brasil estão passando por algum nível de insegurança alimentar. Essa classificação inclui pessoas que estão passando fome e aquelas que estão preocupadas por não saber se terão o que comer no dia seguinte. O número de pessoas nessa situação aumentou 7,2% desde 2020, e 60% desde 2018.
“Os caminhos escolhidos para a política econômica e a gestão inconsequente da pandemia só poderiam levar ao aumento ainda mais escandaloso da desigualdade social e da fome no nosso país”, destaca Ana Maria Segall, médica epidemiologista e pesquisadora da Rede Penssan.
Desigualdades históricas se acentuam
A fome no Brasil tem cor, gênero, idade, geografia e classe. O Norte e o Nordeste do Brasil são as regiões mais atingidas pela falta de comida no prato, com 25,7% e 21% das famílias, respectivamente, passando fome.
A desigualdade regional foi constatada também no contraste entre o campo e a cidade. Nas áreas rurais do Brasil, a insegurança alimentar é vivida em 60% das casas. Destas, 18,6% estão em situação grave. Nem mesmo quem produz alimentos escapou. A fome atingiu 21,8% dos domicílios de agricultores familiares e pequenos produtores.
Em 53,2% das casas onde a pessoa de referência se autodeclara branca, o acesso a comida não foi considerado um problema. O mesmo aconteceu em 67% dos domicílios com renda maior que um salário mínimo por pessoa. Já entre os lares em que a pessoa responsável se autodeclara preta ou parda, o índice cai para 35%. Comparando com a edição anterior do Inquérito da Rede Penssan, entre lares comandados por pessoas negras, a fome aumentou de 10,4% para 18,1%.
A falta de comida atingia, em 2020, 7% das casas em que mulheres são as responsáveis. Em 2022, passou para 11,9%. Também nesse período, a dificuldade em conseguir alimentos em famílias com crianças dobrou: a fome afetava 9,4% delas e, atualmente, é a realidade de 18,1%.
‘Pode guardar as panelas que hoje
o dinheiro não deu’
“Você sabe que a maré não está moleza não / E quem não fica dormindo de touca já sabe da situação / Eu sei que dói no coração falar do jeito que falei / Dizer que o pior aconteceu: pode guardar as panelas que hoje o dinheiro não deu”. Osamba de Paulinho da Violafoi lançado em 1979, mas, se fosse uma música de 2022, não haveria surpresa.
Para Renato Maluf, coordenador da Rede Penssan, “as medidas tomadas pelo governo para contenção da fome hoje são isoladas e insuficientes, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, do desemprego e da queda de renda da população”.
A pesquisa, que teve apoio da Ação da Cidadania, a ActionAid Brasil, a Fundação Friedrich Ebert Brasil, o Ibirapitanga, a Oxfam Brasil e o Sesc, coletou depoimentos entre novembro de 2021 e abril de 2022.
Neste 2º Inquérito, 8,2% das famílias relataram sentir vergonha, tristeza ou constrangimento pelos meios que estão tendo de usar para conseguir colocar comida na mesa. Segundo elas, a situação fere sua dignidade.
Aquisição teria sido feita entre 2020 e 2021 e entregue a hospitais militares de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Segundo documento, próteses infláveis custaram entre R$ 50 mil e R$ 60 mil cada. Reportagem de Caroline Cintra, g1 DF
o Exército brasileiro comprou R$ 3,5 mi em próteses penianas. O deputado Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmaram que vão acionar o MPF (Ministério Público Federal) e o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre os gastos.
Ao todo, segundo os parlamentares, foram adquiridas 60 próteses, que variam entre 10 e 25 centímetros. Os números foram encontrados no Portal da Transparência. Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército afirmou que apenas três próteses foram adquiridas em 2021. Elas foram destinadas a hospitais militares. Noticia Letícia Naísa, in Viva Bem/ UOL
Boa idéia para as forças armadas que gastam a grana do povo sem teto, sem terra, sem comida no prato, com próteses penianas tamanho gigante.
Dois hospitais das Forças Armadas em Recife (PE) e Campos Grande (MS) tentam justificar ao Tribunal de Contas da União (TCU) a compra de R$ 3,5 milhões em próteses penianas infláveis sob o pretexto de que os produtos são semelhantes à “ereção fisiológica”. Nos documentos que guardam semelhanças, as Forças Armadas alegam que as próteses maleáveis exigiriam do paciente ter que “dobrar o pênis para vestir uma roupa”.
As opções "maleáveis" têm preços 33 vezes menores e são autorizadas pelo Sistema única de Saúde (SUS) e pela Agência Nacional de Saúde (ANS).
As explicações enviadas foram divulgadas pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. O caso é relatado pelo ministro do TCU Vital do Rêgo, após pedido de apuração do deputado Elias Vaz (PSB-GO) e do senador Jorge Kajuru (Podemos-GO). Leia mais in Revista Forum, texto de Bruna Alessandra
O infectologista Marcos Caseiro afirmou que estão explodindo os casos de Covid-19 no país e que a responsabilidade é de Jair Bolsonaro que ameaça uma guerra civil. É um governo necrófilo. Morte pela peste. Morte pela fome. Morte pelas chacinas. Pelos massacres. Ameaça de golpe. Ameaça de guerra civil. Governador do Rio já começou a distribuição de armas
A fome grassa em 26 por cento dos lares. São 19 milhões de brasileiros sem o "pão nosso de cada dia". São 14 milhões de brasileiros desempregados.
Anjo da morte, Bolsonaro prepara suas milícias para uma guerra civil. A última guerra civil do Brasil foi em 1930. Em 1964 teve uma ditadura sangrenta, com exílio, tortura de presos políticos e assassinato de lideranças civis e militares que lutaram pela Democracia, pela Liberdade, pela Fraternidade, pela Igualdade, pelo Amor Cristão.
O Brasil do Orçamento Secreto, do Orçamento Paralelo, do Centrão, do Sigilo de Cem Anos, dos "coronéis da vacina" superfaturada, do viagra, do lubrificante íntimo, das próteses penianas das forças armadas, do carrinho de supermercado ministerial, do carrinho do filé, da picanha, do salmão, do uísque, dos vinhos, dos licores, do leite condensado, do cartão corporativo presidencial de infinito fundo, dos pastores dos negócios da educação, ameaça uma guerra civil da mamata sem fim das castas militares e religiosas.
Ameaçou Jair Bolsonaro nesta terca-feira (3): “Nós todos aqui, e não apenas eu, temos problemas internos aqui no Brasil, onde hoje, não mais os ladrões de dinheiro do passado, surgiu uma nova classe de ladrão, que são aqueles que querem roubar a nossa liberdade”.
Durante o discurso, o presidente falou que o Brasil não pode seguir o caminho de outros países da América do Sul, como a Venezuela, a Argentina e o Chile, todos chefiados por governos de esquerda.
“Eu peço que vocês cada vez mais se interessem por esse assunto. Se precisar, iremos à guerra. Mas eu quero um povo ao meu lado consciente do que está fazendo e de por quem está lutando”, ressaltou o presidente.
No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro está distribuindo armas e munições para milicianos, ex= policiais militares da reserva.
Brasileiros morrem vítimas das doenças da pobreza, das pestes do Terceiro Mundo. Da covid. O país da imunidade de rebanho como política de saúde pública, tendo uma estratégia de propagação da Covid. Uma necropolítica responsável, com a militarização do Ministério da Saúde, por milhares e milhares de mortes evitáveis. O Brasil das catástrofes evitáveis. Do fogo nas florestas e matas. Das barragens da morte. Brumadinho, 270 mortes. Das inundações. Dos deslizamentos. Do fim do programa 'Minha Casa Minha Vida', e da construção de moradias em áreas de risco e penhora do único imóvel de uma família inadiplente
Estão explodindo casos de Covid-19
a responsabilidade é de Bolsonaro
Marcos Caseiro e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | REUTERS/Adriano Machado)
247 -Em entrevista ao Giro das Onze, da TV 247, o infectologista Marcos Caseiro advertiu que estão explodindo os casos de Covid-19 no país e disse que a responsabilidade pelas mortes é de Jair Bolsonaro e de seu governo.
“Não tínhamos nenhum caso no hospital, mas no último fim de semana tínhamos sete casos, dois na enfermaria e cinco na UTI. Tem aumentado o número de casos. E essa cepa que está circulando, uma variação da Ômicron, enquanto não garantimos vacinação para o mundo inteiro, e o continente africano entra nisso, vão continuar surgindo cepas mutantes, variantes e se espalhando pelo mundo”, enfatizou.
Caseiro disse que o responsável direto por essas mortes é Bolsonaro, pois se o Brasil tivesse comprado as vacinas no momento oportuno teria evitado
O Brasil totaliza hoje 667.019 mortes.
“Ele [Bolsonaro] tem culpa em todos os sentidos e tem que ser chamado de genocida porque uma grande parte de mortes que ocorreram tem um nome e responsável que é o governo federal”, afirmou. “Não só não comprou como jogou contra falando de efeito adversos dizendo que iria se transformar em jacaré. Não fez nenhum trabalho governamental. O programa vacinal do Brasil é o maior do mundo”, lembrou.
Para o médico, se não fosse a Covid, “o SUS já teria sido desmontado há muito tempo”. “Esse é o projeto desses caras que querem terceirizar tudo. O Brasil já chegou a aplicar num único dia 10 milhões de doses numa campanha de poliomielite. O Brasil sabe vacinar, temos salas de vacinação com pessoas treinadas no Brasil inteiro. O que aconteceu foi que naquele momento não tínhamos a vacina e não tivemos em nenhum momento o governo falando favoravelmente e fazendo campanha incentivando a vacinação”, denunciou.
Há dias, neste espaço (12/5), comparei Jair Bolsonaro àquele menino covarde que chuta um coleguinha pelas costas e, quando este reage, corre e vai pedir socorro ao irmão mais velho, chorando e dizendo-se agredido. Um garoto desses, se renitente na prática, será uma ameaça em adulto. No futuro, deem-lhe poder e um irmão mais velho —as Forças Armadas— e você terá Jair Bolsonaro.
Tenho alguma experiência na produção de biografias e me pergunto se e quando farão uma biografia à altura (ou à baixeza) de Bolsonaro. Primeiro será preciso encontrar um autor capaz de superar a revolta e repugnância que o personagem inspira, a fim de conferir ao trabalho a objetividade que a biografia exige. Depois, vencer a resistência das fontes de informações —muita gente sabe de horrores sobre ele, mas quantos se atreverão a contar? Bolsonaro é vingativo, sua índole é a do cão hidrófobo e, mesmo enjaulado e de focinheira, ainda terá força nos próximos anos para ir à forra contra quem o desagradar. Ou alguém duvida de que, mesmo sem ele, agentes avulsos de sua hidrofobia continuarão ativos?
Sempre acreditei que apenas a pessoa morta deveria ser biografada, e por um motivo óbvio: o de que só então sua história estará completa. Mas, no caso de Bolsonaro, é urgente a exceção. É preciso expô-lo o mais depressa possível, antes que a escalada de seu banditismo torne irrelevantes vilanias precoces. Tudo deve ser apurado, desde sua infância de menino covarde no interior de São Paulo até seu arrebatamento em desfilar de moto com 500 homens às suas costas, um deles atracado-lhe à garupa.
Informo desde já que não farei essa biografia. Ela exige um profissional mais jovem, com disponibilidade total e heroica determinação para chafurdar na merda.
Mas coloco-me à disposição para orientar, dar palpites e aconselhar a que se trabalhe de máscara, com o nariz tapado.
A mulher está parada diante da prateleira de café. Deve ter entre 30 e 40 anos. Veste uma blusa de lã bem surrada, legging e chinelos de dedo. Não carrega bolsa nem cestinha de compras nem carrinho. Mãos vazias.
Depois de um tempo ela pega um pacote. Faz um movimento de quem vai se afastar dali.
Mas em seguida devolve a mercadoria à prateleira e volta a percorrer com os olhos a exposição de cafés de diferentes marcas e tamanhos.
Por fim vira as costas e sai do corredor do mesmo jeito que chegou – de mãos vazias.
***
Irritada, ela diz que não. Toma o pacote de bolacha das mãos da filha pequena e recoloca na prateleira. A menina chora, a mãe a puxa pela mão com força em direção ao caixa, com meia dúzia de coisas no carrinho.
Não demora e elas voltam. “Escolha uma mais barata.” Com o rosto ainda molhado, a criança tenta duas ou três opções, até a mãe dizer que essa sim. Ninguém sorri.
***
Esforço-me para não olhar para o homem de ar triste e constrangido. De soslaio, percebo que ele não tira os olhos da tela da caixa registradora.
Começa a desistir de alguns itens. Deixa o queijo. Leva só um dos três refrigerantes mais baratos que tinha colocado no carrinho. Devolve o vidro de pepino e manda encerrar a compra.
Então começa a saga dos cartões. Por duas vezes o operador do caixa diz que o pagamento foi recusado. O homem pega um terceiro cartão. Tudo certo. Vai parcelar em três vezes a compra de cento e vinte reais.
***
Talvez a mulher que queria comprar café nem tenha 30 anos ainda. Talvez a moça irritada que deu um jeito de comprar a bolacha seja uma mãe carinhosa. Talvez o homem que parcelou as compras já tenha sido alegre.
Agora vivemos todos no país gigante assombrado pela fome. Não tem alegria que resista.