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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

11
Abr22

A derrocada moral do MEC

Talis Andrade

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por Clarissa De Franco

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Primeiro, foi o olavista e defensor do programa Escola Sem Partido, Ricardo Vélez Rodríguez, que, sem um programa organizado para a gestão do setor educacional, saiu com menos de quatro meses de governo. Em seguida, tivemos como ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro, o economista Abraham Weintraub, que gritou com indígena, ofendeu de forma racista a China, tentou privatizar as universidades públicas do país, promoveu cortes orçamentários brutais para este setor, chamou membros/as do STF de vagabundos/as, acusou as universidades públicas de promoverem balbúrdia e manterem laboratórios e plantações e drogas, defendeu a família tradicional e uma “ideologia de gênesis”, que ataca os estudos de gênero e defende valores cristãos conservadores no campo moral. Saiu, fugido para os EUA, onde, aliás, sua chegada ao Banco Mundial despertou muitas dúvidas. Foi o ministro desbocado e mal-educado da Educação.

O terceiro ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro, cujo perfil mais parece o de um administrador de empresas que de uma figura pública ligada à educação, estreou “a volta dos que não foram”. Carlos Alberto Decotelli teve a legitimidade de sua formação de pós-graduação questionada publicamente, entre mestrado, doutorado e pós-doutorado, tendo sido acusado de plágio e declaração falsa no currículo lattes. Em um intervalo relâmpago entre a nomeação e a exoneração, saiu humilhado e com sua imagem profissional esfacelada.

Chegamos ao quarto e também polêmico ministro da Educação: Milton Ribeiro, pastor presbiteriano que assumiu sob suspeitas de bagunçar os limites da laicidade de Estado, e foi posto para fora justamente pelos motivos que o conduziram ao cargo: o favorecimento de determinados nichos, grupos e figuras religiosas. Vamos deixar para um outro momento nossa conversa sobre o recém-empossado ministro Victor Godoy, que foi secretário-executivo da pasta da Educação durante a gestão de Milton Ribeiro e, portanto, apenas dará continuidade à forma de condução de seu antecessor. Interessa-nos agora reagir criticamente ao gabinete paralelo que se instalou no Ministério da Educação desde o princípio do governo de Jair Bolsonaro em 2019.Pode ser um desenho animado de 1 pessoa e texto que diz "NÃO FALAVA NÃO SABIA PORTUGUÊS ESCREVER NEI LIMa FALSIFICOU PASTOR CURRÍCULO LADRÃO"

Conforme pudemos observar, há um padrão que perdura desde a gestão de Vélez, passando pelos demais ministros: uma mistura vulgar entre perspectivas mercadológico-administrativas da educação com o tempero de uma moral conservadora e reacionária cristã que exalta publicamente os “bons costumes da família tradicional”, lançando o que pode ser chamado de “as bases de uma verdadeira prática cristã” para a lama nos porões do Congresso. O repasse de verbas do ministério para municípios específicos, intermediado por pastores pentecostais assembleianos, ação que, segundo Milton Ribeiro, foi incentivada pelo presidente, é a ponta de um longo processo de relações espúrias que envolvem o mercado, a religião e o Estado, utilizando a educação como arena de disputa ideológica, sob o manto da moral puritana. CPI do MEC, aguardamos com urgência e atenção os seus passos. 

O escândalo do kit robótica

 
 

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26
Mar22

‘Os amigos do pastor Gilmar’

Talis Andrade

mec milton ribeiro bolsonaro bezerro de ouro por b

 

por Cristina Serra

- - -

 

Dois dos ministérios de maior alcance social, Educação e Saúde, são os mais prejudicados no desgoverno Bolsonaro por uma combinação perversa de trambicagem político-religiosa, corrupção em grande escala e incompetência na gestão de políticas públicas.

As duas pastas estão no quarto titular. Pela Saúde passaram Mandetta, o cometa Teich, o capacho Eduardo “um manda, outro obedece” Pazuello e hoje é ocupada pelo sonegador de vacina para crianças, Marcelo Queiroga.

A Educação estreou com o despreparado Ricardo Vélez Rodríguez e foi rebaixada com o fugitivo Abraham Weintraub. Carlos Decotelli mentiu sobre o currículo e não pôde assumir. Assim chegamos a Milton Ribeiro, aos pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura e aos amigos de ambos, a quem o ministro, pressuroso, empenhava-se em atender, como Bolsonaro determinara.

Os pastores não ocupavam cargos oficiais, mas tinham o que interessa a quem disputa o butim: o poder de abrir portas, a agenda do ministro e a chave do cofre do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), além da preferência de marcar encontros em hotéis ou restaurantes.

Graças à CPI da pandemia no Senado, soubemos que negociações para compra de vacinas envolveram circunstâncias semelhantes, à margem dos canais formais, com a intermediação sorrateira de “facilitadores”. O leitor deve lembrar, por exemplo, de figuras como o cabo Dominghetti e o choroso pastor Amilton Gomes de Paula, e das conversas que combinavam na mesma frase as palavras vacina e propina, no restaurante de um shopping.

As políticas de educação definem um país. A saúde do seu povo o sustenta. A tragédia na Saúde pode ser contada nas 660 mil covas abertas para os mortos pela Covid. A crise na Educação será sentida por gerações. Como Darcy Ribeiro diagnosticou décadas atrás: “A crise de educação no Brasil não é uma crise; é um projeto”.

27
Jun20

Elio Gaspari e o novo Ministro da Educação

Talis Andrade

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por Fernando Brito

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Eu aguardaria a coluna dominical de Elio Gaspari antes de fazer considerações sobre o futuro do novo Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva.

Porque Gaspari, seguindo informações do repórter Aguirre Talento, de O Globo, pôs o dedo na ferida de uma licitação conduzida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento (FNDE), presidido por Locatelli, envolvendo a compra de R$ 3 bilhões em computadores.

Ele contou, em 8 de dezembro passado que:

No dia 21 de agosto o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, FNDE, anunciou que realizaria um pregão eletrônico (13/2019) para a compra de “equipamentos de tecnologia educacional para a rede pública de ensino”.
Os 
educatecas queriam comprar 1,3 milhão de computadores, notebooks e laptops. Até aí seria coisa de Primeiro Mundo, com a Boa Senhora gastando R$ 3 bilhões.
Alguém sentiu cheiro de queimado. O presidente do FNDE, nomeado em fevereiro, foi dispensado e seu sucessor, Rodrigo Dias, assumiu no dia 30 de agosto. Em 4 de setembro revogou preventivamente o edital.

Entre agosto e as duas primeiras semanas de setembro a Controladoria-Geral da União apontou “inconsistências” no edital. Põe inconsistência nisso.
Noves fora que o Ministério da Economia não foi consultado para uma licitação de R$ 3 bilhões, ficando-se só em dois pontos apontados pela CGU, via-se que:
Os 255 alunos da Escola Municipal Laura Queiroz, de Itabirito (MG), receberiam 30 mil laptops (118 para cada um). Poderia ter sido um erro de digitação, mas a CGU mostrou que 355 escolas receberiam mais de um laptop por aluno, e 46 delas, mais de dois. Cada jovem da Chiquita Mendes, de Santa Bárbara do Tugúrio (MG), receberia cinco.
Na outra ponta do negócio, o das empresas que ofereciam equipamentos, a CGU achou duas, a Daruma (de Taubaté) e a Movplan (de Ribeirão Preto). Ambas mandaram cartas de cinco linhas, com o mesmo fraseado e o mesmo erro de português: “Sem mais, para o momento, colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessária”
Logo em seguida, Decotelli foi demitido e o seu substituto cancelou a licitação. O link colocado por Gaspari para o site da CGU onde constava o relatório sumiu, mas o texto, a réplica do FNDE e a tréplica dos auditores podem ser lido aqui.

Em janeiro, Gaspari escreveu:

Numa atitude tão esquisita quanto a concepção do edital, passaram-se quatro meses e não se falou mais no assunto. Um governo que pretende combater a corrupção precisa perguntar quem botou aquele jabuti na árvore.(…) No caso do edital de R$ 3 bilhões, o negócio é bem outro. Até hoje não se sabe como o jabuti subiu na forquilha nem o nome do dono da árvore.

Não duvido que o velho jornalista esteja hoje aprofundando seus estudos sobre quelônios arborícolas.

26
Jun20

Reitor da Universidade de Rosário nega que Decotelli seja doutor pela faculdade

Talis Andrade

 

Franco Bartolacci, reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, publicou em sua página no Twitter nesta sexta-feira (26) que o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, não obteve o título de doutorado na instituição, como está em seu currículo.

Bartolacci confirmou à CNN que Decotelli jamais se doutorou em Administração pela faculdade de Ciências Econômicas na Universidade do Rosário. Segundo ele, Decotelli fez o curso de doutorado entre os anos 2008 e 2009, mas a tese foi reprovada e ele não tentou pela segunda vez.

Jair M. Bolsonaro
@jairbolsonaro
 
-Informo a nomeação do Professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de . -Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha.
 
Image
3:31 PM · Jun 25, 2020
 
Franco Bartolacci
@fbartolacci
Nos vemos en la necesidad de aclarar que Carlos Alberto Decotelli da Silva no ha obtenido en la titulación de Doctor que se menciona en esta comunicación.
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