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29
Jul22

Bolsonaro é necrófilo, como Hitler

Talis Andrade

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O ódio é a palavra que define melhor tanto Bolsonaro quanto seu governo, que é a sua cara

 

Por Alex Solnik 

É estarrecedor constatar que as atitudes, comportamento, ideias e declarações de Bolsonaro, seu ódio, sua fixação na morte, seu desprezo pela vida, seus elogios à tortura, sua obsessão pela volta do passado se encaixam perfeitamente nas características de um necrófilo, definidas pelo filósofo e psicólogo social Erich Fromm, no artigo “Adolf Hitler: um caso clínico de necrofilia”, que faz parte de seu livro “Anatomia da Destrutividade Humana”. 

De acordo com Fromm, “a necrofilia social é uma orientação geral para o ódio à vida e o amor pelos mortos, inanimados. É a mais dolorosa e perigosa de todas as orientações de vida".

O ódio é a palavra que define melhor tanto Bolsonaro quanto seu governo, que é a sua cara. 

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“A necrofilia não se reduz a uma única característica, mesmo a mais essencial, caracteriza-se por todo um complexo de signos, que inclui o desejo pelos mortos e a sua honra, a necessidade de matar, a submissão à força, o desejo de transformar o orgânico em inorgânico pela força, sadismo, crueldade, destrutividade”. 

“A vida é caracterizada pelo crescimento funcional e estruturado, mas os necrófilos amam tudo o que não cresce, tudo o que é mecânico”. 

“Hitler era um tipo claro de necrófilo social. Fascinado pela destruição, escolheu entre todas as opções para resolver certas questões aquela que estava associada à destruição em grande escala (a ‘solução final da questão judaica’)”. 

Também fascinado pela destruição, Bolsonaro já falou em guerra civil para matar 30 mil brasileiros, em metralhar a petralhada, mandar os adversários para a ponta da praia, considera clubes de tiro mais importantes que bibliotecas, faz propaganda explícita de armas. Ele só não conseguiu (ainda) colocar seus planos em prática, ao contrário de Hitler. 

“Uma dimensão especial da necrofilia de Hitler é sua atitude em relação ao passado. Para ele, não era um tesouro de experiência, nem lições para o futuro, nem uma soma de possibilidades realizadas e não realizadas, algumas das quais merecem ser continuadas e incorporadas, outras devem ser rejeitadas, mas um modelo claramente definido ao qual o futuro deve ser adaptado. Não foi por acaso que a Alemanha se autodenominou Terceiro Reich, a perfeita reprodução e conclusão do que foi feito nos dois primeiros impérios alemães”. 

Não por acaso, o que Bolsonaro mais almeja é a volta da ditadura militar de 1964 e tem saudades do Império, colocando os filhos a governar junto com ele, no papel de príncipes.

“Em geral, os necrófilos estão orientados não apenas para o passado, mas para o passado ‘ossificado’ como valor principal da vida, como algo que deve ser reproduzido para sempre nas novas gerações, como modelo e cânone para todos os seres vivos. E sentem um prazer quase sexual da desgraça alheia, da dor e da morte”.

Essa última frase parece ter sido inspirada em Bolsonaro. Mas Erich Fromm a escreveu em 1973.

NAZIL: cartunistas estrangeiros comparam Brasil de Bolsonaro ao nazismo -  Socialista MorenaImage

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22
Mai22

Lançamento da campanha de Lula em Paris recebe apoio da esquerda francesa

Talis Andrade

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Lançamento da pré-campanha de Lula (PT) em Paris conta com representantes dos partidos políticos da esquerda francesa. © Paloma Varón/ RFI

 

O núcleo do Partido dos Trabalhadores (PT) em Paris organizou na manhã deste sábado (7) o lançamento da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Brasil. Representantes de partidos da esquerda francesa estiveram presentes para mostrar o seu apoio ao ex-presidente, que tenta um terceiro mandato depois de 12 anos longe do cargo. 

O lançamento em Paris ocorreu algumas horas antes do evento oficial realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, para apresentar a chapa formada por Lula e Geraldo Alckmin (PSB), candidatos à presidência e à vice-presidência.

Segundo a pesquisa Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) divulgada na sexta-feira (6), o ex-presidente Lula conta com 44% das intenções de voto na corrida pelo Palácio do Planalto. O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, tem 31%. O primeiro turno da eleição vai acontecer no dia 2 de outubro. 

Para a senadora Laurence Cohen, do Partido Comunista Francês (PCF), presidente do grupo de Amizade França-Brasil do Senado francês, é importante mostrar que Lula tem apoio das forças progressistas francesas e europeias: “Eu acabo de voltar de uma viagem à Amazônia e eu pude constatar mais uma vez os danos da política de Bolsonaro, com violações aos direitos humanos e ao meio ambiente. Então, é absolutamente importante que Lula possa ganhar esta eleição”, disse. 

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A senadora também defende a presença de observadores internacionais nas eleições brasileiras “para evitar que Bolsonaro dê um golpe contra a democracia”. “Lula já demonstrou, com Dilma Rousseff, que pode ter uma verdadeira política social, tirando milhões de brasileiros da pobreza. Ele tem uma outra concepção de relações humanas e também das relações com a Europa. Por todas essas razões, me parece importante estar aqui para apoiar a sua candidatura no Brasil”, concluiu Cohen à RFI

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Christian Rodríguez, coordenador de Relações Internacionais do partido A França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, e candidato a deputado pela América Latina e Caribe à Assembleia Nacional francesa pela Nova União Popular, Ecológica e Social (Nupes, um grupo lançado oficialmente também neste sábado e formado pelos partidos da esquerda francesa para as eleições legislativas de junho, na França), disse que hoje é um dia histórico: “A Justiça venceu, apesar de todas as perseguições a Lula, apesar de tudo o que ele sofreu, a prisão, a humilhação, as mentiras contra ele, Lula saiu vitorioso de tudo isso e eu acho que isso vai contar a seu favor para que ele volte a ser presidente”.

 

"Lula representa uma grande esperança" 

 

“Estou aqui para trazer o apoio de Jean-Luc Mélenchon e das forças progressistas e políticas e sociais da França, para os quais Lula representa uma grande esperança. Lula não é só do Brasil, ele é do mundo. O Brasil é uma potência e queremos que seja progressista. É preciso eliminar Bolsonaro, não é possível que o fascismo continue nesse país”, acrescentou Rodríguez.

Anne Joubert, da direção do partido ecológico Génération.s, disse que o seu partido apoia os “camaradas brasileiros” no lançamento da pré-campanha de Lula “porque é preciso colocar um fim à política de Bolsonaro, que é escandalosa, com destruição econômica e social do Brasil, desrespeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e aos povos indígenas”. 

O coordenador do núcleo do PT em Paris, Esdras Ribeiro, ressalta que Lula e o PT têm um grande apoio na capital francesa. “Nossos amigos e parceiros aqui estiveram com a gente na luta contra o impeachment da Dilma, a prisão do Lula, e a gente não poderia passar esta data sem fazer esta manifestação. Para a gente, é um momento de carinho, de compaixão com o povo brasileiro. Muitas vezes nós, brasileiros e franco-brasileiros, estamos aqui em situação mais confortável, mas acho importantes falarmos da fome e das dificuldades que o povo brasileiro vem atravessando”, salientou, agradecendo o apoio dos partidos políticos da esquerda francesa. 

Representantes de movimentos estudantis de brasileiros na França, do Partido Operário Independente (POI) francês e de outros movimentos sociais também marcaram presença.  

No Brasil, além as lideranças do PT e do PSB, a cerimônia contou com a presença dos partidos que já declararam apoio formal à chapa: PCdoB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede. Centrais sindicais, movimentos sociais e militância dos partidos também participaram.

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