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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

11
Out23

A supremacia branca visa esmagar a representação dos negros e trabalhadores na política paranaense

Talis Andrade

 

PARANÁ DAS CÉLULAS NAZISTAS CCC E KKK

Renato Freitas vereador era alvo de ataques racistas na Câmara de Curitiba e ameaçado de cassação.

Renato Freitas deputado é alvo de ataques racistas na Assembleia do Paraná e ameaçado de cassação

 

Durante a sessão da Assembleia Legislativa do Paraná desta terça-feira (10), o deputado estadual Renato Freitas, representante do PT, foi alvo de um repugnante comentário racista proferido por uma espectadora na galeria. Uma liderança religiosa, ainda não identificada, insultou o deputado, que teve o microfone cortado após ter sido interrompido pelo presidente da casa, Ademar Traiano, do PSD.

Freitas solicitou a continuação de seu tempo de fala, mas teve seu pedido negado pelo presidente, que alegou que o “tempo estava congelado”. No entanto, o deputado ainda possuía segundos, e mesmo assim não pôde concluir o pronunciamento.

O grupo evangélico foi convidado por parlamentares de extrema-direita para pressionar contra o debate sobre o aborto, que tramita no Supremo Tribunal Federal, apesar de ter sido suspenso o julgamento sobre a questão.

Ao se dirigir às lideranças religiosas presentes e a parlamentares contra o direito das mulheres, o deputado fez referência ao discurso de Jesus em Mateus, quando falou aos fariseus sobre obras e fé. “Hipócritas”, afirmou Freitas, enquanto era vaiado e xingado pelas lideranças extremistas.

Ademar Traiano solicitou à Comissão de Ética que abrisse uma investigação contra Renato Freitas, mesmo sem apresentar qualquer motivo. A decisão foi questionada pelo deputado Zeca Dirceu (PT), que pediu para que o presidente informasse sobre qual artigo do regimento interno ele estaria incluindo Freitas.

Por que Renato Freitas incomoda o sistema? Lições de Vida que mudarão seu olhar sobre a política

01
Out23

Bomba: Secretaria de Educação do Ratinho Junior Paraná divulga material com conteúdo golpista

Talis Andrade

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Pinochet, Ustra e outros monstros heróis de Bolsonaro. Ilustração Gilmar

 

I - OS LOBOS SEDENTOS BOLSONARISTAS 

Os governadores do Sul são fanáticos da extrema direita bolsonarista. Importante lembrar os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná abrigam a denominada Liga da Justiça da Lava Jato, células nazistas, e preferem eleger para os legislativos estaduais e da União parlamentares militares e policiais e pastores fundamentalistas e capitães-do-mato do agronegócio, grileiros de terras e exploradores do trabalho escravo, ou como eles dizem trabalho análogo 'a escravidão. Coronéis que recentemente promoveram uma CPI sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Nada de importante temos como exemplo. Na justiça, no combate insano e safado e circense 'a corrupção, a mágica do desaparecimentos de bilhões de moedas, botijas arrecadadas nos acordos de leniência das grandes empresas nacionais e multas das delações super premiadas, criando os novos ricos da Lava Jato das Festas da Cueca em hotéis de luxo. 

 

Operação Condor



Investigar, perseguir, torturar e matar eram os procedimentos da Operação Condor, um pacto letal firmado nos anos 1970 entre os governos militares de nações sul-americanas, inclusive o Brasil, com o objetivo de eliminar indivíduos que se opunham ao regime golpista.

Conforme um slide fornecido pela Secretaria da Educação do Paraná (Seed) para ser compartilhado por professores com os alunos, as pessoas que sofreram os horrores da ditadura eram classificadas como “antipatriotas” e “esquerdistas”.

Segundo uma captura de tela recebida pelo App Sindicado (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná), é possível ver diversos usuários visualizando a apresentação.

 

 

A Secretária Educacional da APP-Sindicato, Vanda Santana, caracteriza a situação como extremamente séria, uma vez que observa que o texto reflete as inclinações políticas e ideológicas de quem elaborou o material, que está acessível a todos os professores da rede estadual.

A líder sindical critica a abordagem adotada pelo sistema educacional do Paraná na criação de materiais didáticos, uma vez que esse método permite que a perspectiva de uma única pessoa se torne uma referência no processo de ensino.

“Por isso nós temos reforçado constantemente a importância da autonomia no trabalho docente, desde o seu planejamento, produção de material e o encaminhamento das aulas”.

Vanda ressalta que a APP-Sindicato defende o conhecimento científico que tenha passado pelo rigoroso processo de pesquisa e validação realizado por instituições acadêmicas e inúmeros pesquisadores. “Portanto, não podemos aceitar esse negacionismo e revisionismo histórico que esse tipo de slide apresenta”, argumenta.

A denúncia sobre o conteúdo do material se espalhou por grupos de mensagens. Algumas horas mais tarde, o texto foi modificado. Na nova versão, as vítimas da ditadura são descritas como “opositores e pessoas consideradas subversivas à ordem estabelecida”.

 

 

Segundo a professora, a alteração no texto ainda é problemática, pois mantém uma orientação ideológica que defende um Estado sob regimes autoritários, sem democracia, e continua a estigmatizar qualquer perspectiva política que seja diferente dos partidos conservadores.

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O caso já aconteceu outra vez

Este não é um incidente isolado ou a primeira ocorrência desse tipo. Em fevereiro deste ano, o sindicato já havia denunciado outro material fornecido pela Seed que apresentava abordagens inadequadas. O conteúdo destinado às aulas de Educação Financeira continha slides que estigmatizavam a pobreza e culpabilizavam os estudantes por sua condição social.

O professor aposentado, Luis Claudio Pereira, que acumulou mais de 32 anos de experiência no ensino da disciplina de História tanto na rede pública quanto privada, considera o que aconteceu como algo inaceitável. Ele acredita que isso expõe claramente a influência da ideologia bolsonarista que parece ter se infiltrado na educação pública do Paraná sob a gestão de Ratinho Jr. e Renato Feder.

“É assustador. O governo cria uma narrativa justificando um posicionamento ideológico da direita. Isso é nocivo para a democracia e nos afasta de uma visão de mundo pautada nos direitos humanos”.

O regime militar no Brasil perdurou por 21 anos. A ditadura começou após o golpe militar que destituiu o então presidente João Goulart em 31 de março de 1964. Além do autoritarismo e das violações dos direitos humanos, esse período se caracterizou pela ausência de eleições diretas para a presidência, pelo fechamento do Congresso Nacional e pela prática da censura à imprensa e à sociedade.

Conforme o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, as sérias violações aos direitos humanos cometidas durante o regime militar no Brasil resultaram em 434 mortes e desaparecimentos políticos. Além disso, um levantamento divulgado pela Human Rights Watch aponta que aproximadamente 20 mil pessoas foram submetidas à tortura, e 4.841 representantes eleitos pelo povo foram destituídos de seus cargos durante esse período. Publicado no portal O Cafezinho (continua)

13
Mai23

Secretaria de Educação em cidade catarinense exibe símbolos nazistas

Talis Andrade
 
Fotografia com simpatizantes do nazismo que integra acervo da secretaria de Educação de Dona Emma, município com pouco mais de quatro mil habitantes em Santa Catarina -

 

Município de Dona Emma abrigou células nazistas no passado e está em região com histórico de extremismo


por Matheus Santino /Agência Pública


* Imagens mostram bandeiras com a suástica e simpatizantes de Hitler
* Lei brasileira criminaliza veiculação de símbolos nazistas

 

Quem visita o prédio da secretaria de Educação de Dona Emma, município com pouco mais de quatro mil habitantes em Santa Catarina, se depara com uma parede repleta de quadros com fotos históricas de famílias da cidade, logo no hall de entrada. Entre elas há imagens de bandeiras com a suástica nazista.

Uma das fotos mostra crianças e um homem em frente a uma escola. Ao fundo, estão hasteadas uma bandeira do Brasil e uma da Alemanha nazista. A imagem está acompanhada da legenda “A escola particular Alemã era mantida pelos pais dos alunos com recursos vindos da Alemanha”.

Em outra foto, sete homens aparecem posando enquanto um deles segura uma bandeira nazista. Na legenda, eles são descritos como “simpatizantes de Hitler em Nova Esperança”, um bairro de Dona Emma. As fotos que ostentam símbolos nazistas se misturam com imagens das famílias que fundaram a região, mas, nas que a suástica aparece não há indicação dos nomes das pessoas.

Segundo a Lei 7716/1989 é crime “veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, tendo pena de dois a cinco anos de reclusão e multa”.

 

Imagens expostas na Secretaria de Educação de Dona Emma mostram bandeiras com a suástica e simpatizantes de Hitler
Imagens expostas na Secretaria de Educação de Dona Emma mostram bandeiras com a suástica e simpatizantes de Hitler (foto: Giuliano Bianco)

 

Carlos Bartel é professor de História do Instituto Federal Catarinense (IFC), no campus de Ibirama, município vizinho à Dona Emma. Ele também é autor de um artigo sobre nazismo em Ibirama, chamado "O nazismo está nas ruas: nazismo e Estado Novo no município de Hamônia/Ibirama (1933-1945)", que conta um pouco sobre o passado de alguns municípios da região do Alto Vale do Itajaí. Ele explica que a região tem um forte histórico da presença de núcleos nazistas. 

Segundo o professor, Dona Emma fazia parte do município de Hamônia, que tinha esse nome em homenagem à cidade de Hamburgo. A região foi ocupada por uma colonização privada liderada pela Sociedade Colonizadora Hanseática, do norte da Alemanha, que tinha sede na cidade de Hamburgo.

"No município de Hamônia haviam várias células do partido nazista. O personagem mais importante da região era o médico Friedrich Kröner, que eu cito no meu artigo. Ele era um médico que foi trazido para cá pela Sociedade Colonizadora Hanseática e era membro do partido nazista – tinha carteirinha e tudo. Ele conseguiu financiamento com o partido nazista para construir o hospital da Colônia Hamônia e depois da cidade de Hamônia, da qual Dona Emma fazia parte", conta.

Bartel explica que muitos grupos nazistas foram desmanchados durante Estado Novo, na década de 30, e algumas pessoas foram presas, incluindo o médico Friedrich. 

Santa Catarina é o segundo estado com o maior número de células nazistas do país, atrás de São Paulo, segundo pesquisa feita pela historiadora Adriana Dias, que foi uma das maiores referências em pesquisa sobre neonazismo no Brasil. Considerando a população dos dois estados, SC ficaria em primeiro lugar em termos proporcionais.

Mesmo que sejam um registro histórico de famílias do local, as fotos não poderiam estar expostas em um prédio público, na avaliação do professor Carlos Bartel. Para ele, as fotos deveriam, pelo menos, estar acompanhadas de um contexto ou explicação. "Poderiam colocar alguma legenda crítica, falando que infelizmente no passado do município isso existiu. Até um tempo atrás, tentava-se apagar essa história aqui da região e agora se faz questão de exibi-la de modo orgulhoso", diz o professor.

A Agência Pública entrou em contato com a prefeitura de Dona Emma pedindo explicações sobre as fotos, mas não obteve retorno até o momento da publicação.

Discursos extremistas ganharam força na região

O professor Carlos Bartel conta que os discursos extremistas estão ganhando cada vez mais força na região de Dona Emma, e que casos de racismo e neonazismo são frequentes, mas muitas vezes relativizados ou minimizados pelos gestores, o que pode ser considerado como racismo recreativo.

"Em Ibirama, houve um caso emblemático em que um aluno desenhou uma suástica no quadro e escreveu que o nazismo tinha que ter matado muito mais. Levei  à direção do campus e a direção disse que era ‘coisa de adolescente’, que a gente estava exagerando", conta. A reportagem procurou o campus Ibirama, que respondeu: "Em nossos registros não consta denúncia formalizada. Ressaltamos que IFC Campus Ibirama tem como princípio a formação humanística e cidadã, prezamos pelo respeito e pela responsabilização dos atos de ilegalidade e crime. Além de promover ações de sensibilização e conscientização no âmbito do Ensino com o amparo dos Núcleos de Diversidade e Inclusão (NEABI, NEGES e NAPNE)".

O extremismo fez com que a sala de aula se tornasse um lugar de tensão, de acordo com o professor, com docentes sofrendo perseguições e pedindo afastamento de suas funções.

 

Município de Dona Emma abrigou células nazistas no passado e está em região com histórico de extremismo
Município de Dona Emma abrigou células nazistas no passado e está em região com histórico de extremismo(foto: Giuliano Bianco)

 

No ano passado, a Pública mostrou como uma rede de políticos da região articulou ataques virtuais contra professores. Na época, um funcionário da prefeitura de Dona Emma, o advogado Pablo Ideker, que ainda ocupa a função de assessor jurídico, participou da campanha de difamação e perseguição contra os docentes, entre eles Carlos Bartel, ajudando a impulsionar mensagens de ódio nas redes sociais. 

No ano passado, a Pública mostrou como uma rede de políticos da região articulou ataques virtuais contra professores. Na época, um funcionário da prefeitura de Dona Emma, o advogado Pablo Ideker, que ainda ocupa a função de assessor jurídico, participou da campanha de difamação e perseguição contra os docentes, entre eles Carlos Bartel, ajudando a impulsionar mensagens de ódio nas redes sociais. 

Os ataques aconteceram depois que professores do Instituto Federal Catarinense (IFC), no campus de Ibirama, protestaram contra o bloqueio de 14,5% do orçamento de universidades e institutos federais de ensino, determinado pelo governo Bolsonaro. Ideker moveu um processo contra Bartel alegando infrações ou irregularidades no exercício da função pública. 

Segundo o professor Bartel, a Comissão de Ética da reitoria do campus de Ibirama acatou a denúncia, mesmo com orientação contrária do Ministério Público em Santa Catarina. O processo foi arquivado em dezembro de 2022, após uma pressão de instituições e professores, mas Bartel não foi comunicado e só soube do arquivamento em abril deste ano. Ideker foi procurado, mas disse que só responderia após a publicação da reportagem.

“Ficamos com essa sombra nos ameaçando. É uma situação bastante difícil do ponto de vista psicológico, porque estamos ali pra dar aula e não para se preocupar com questões de ordem criminal. Daqui a pouco temos que ganhar adicional por risco de vida”, desabafa. 

Na época dos protestos, os professores de Ibirama e região também foram atacados pelo Deputado Estadual Jessé Lopes (PL-SC), que fez postagens ofendendo o professor Bartel no dia 10 de abril deste ano. Na publicação, Jessé chama Carlos de “canalha” e “militante esquerdista disfarçado de professor”. As redes sociais do deputado são repletas de ataques a instituições de ensino e professores de Santa Catarina.

 
Deputado Jessé Lopes
10 de abr
 

O professor explica que busca trabalhar a questão de discursos de ódio e violência nas escolas com os estudantes durante as aulas. O ataque do parlamentar teria sido motivado por uma declaração dele em sala de aula, gravada por um aluno e compartilhada em grupos extremistas que compartilham conteúdos armamentistas nas redes. Ele conta que, ao desejar feliz Páscoa, disse que a região do Vale do Itajaí não tinha muito o que comemorar, em função do ataque praticado à creche de Blumenau que deixou quatro crianças mortas em abril. 

Carlos Bartel conta que o caso foi levado até a direção do campus de Ibirama, que fez uma nota dizendo que a estudante compartilhou a gravação de modo impensado. “Esse deputado incita a população a nos violentar e agredir. Nós estamos em um município de origem nazista e integralista, isso aí é como tu botar fogo num barril de pólvora. Isso não é impensado, se ela me grava de manhã e durante à tarde já viralizou nas redes sociais, isso é uma articulação muito bem planejada e muito bem coordenada”, completa.

“Fiz toda uma fala sobre esses grupos extremistas dizendo que o bolsonarismo, a incitação ao ódio e a violência são parte do problema e não parte da solução. Uma estudante gravou a minha fala, que eu não vejo nenhum problema, é uma fala pública. O problema é gravar e entregar para grupos extremistas montarem uma peça de fake news e promoverem mais um linchamento nas redes sociais”, diz.

“Como explodiram esses casos de violência fica muito difícil separar o que é grave do que não é, mas se o aluno está com uma arma e consumindo material extremista, isso tem que ser resolvido em outro departamento”, diz Bartel, confessando receio por sua segurança. No momento que um deputado, que um vereador ou que um presidente te xinga publicamente, estão autorizando discurso de ódio e servindo de exemplo pra outras pessoas fazerem como ele”, completa. O deputado Jessé Lopes foi procurado, mas não respondeu os questionamentos da reportagem.

 
 
Reação de deputado ao atacar obra prova que charge estava certa, diz  cartunista - 20/11/2019 - Poder - Folha
 
 
ARRUMAMOS A CHARGE Agora sim está... - Deputado Jessé Lopes | Facebook
 
Covarde, sim. Republicou a charge apagando o rosto do ministro do STF]
 
ARRUMAMOS A CHARGE Agora sim está... - Deputado Jessé Lopes | Facebook
 
09
Abr23

A mídia incensou Bolsonaro e quer esconder o seu exército de violentos. Perderam. As redes mostram

Talis Andrade
 
Assassino de Blumenau era Bolsonarista - Brasil - BCharts Fórum
Que esperar de um presidente cuja campanha teve como símbolo fazer arminha com as mãos?
 
 

 

 

A mídia tradicional não avaliou que atrás dele viria a horda que pulou da panela dos horrores, com tiro, porrada e bomba

 

por Denise Assis /Brasil 247

Quatro crianças mortas a golpes de machadinha. Não me apontem o dedo dizendo que estou sendo rude. Rude é o fato em si. Rude é a situação em que nos metemos. Desta vez, com arma branca. Não importa. A arma mais letal é o ódio. “Um fato isolado”, como se apressou em concluir, imediatamente após o crime horrendo, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, responsável pelo crime, acontecido em Blumenau.

Às vésperas da Páscoa, quando esperavam ansiosas a visita do coelhinho, as crianças: Bernardo Cunha Machado (de 5 anos); Bernardo Pabst da Cunha (4 anos); Larissa Maia Toldo (7 anos) e Enzo Marchesin (4 anos), não mais estarão aqui, para receber os tradicionais ovos de chocolate. Alguém pulou o muro da creche onde elas estavam, - pensavam os pais, em segurança -, e com golpes violentos interrompeu as suas vidas.

Quando disse acima, “alguém”, estou falando de Luiz Lima, 25 anos, sim, um bolsonarista, que coincidentemente escolheu o dia do depoimento de Bolsonaro, seu “mito”, à Polícia Federal, sobre as joias de 16,5 milhões, das quais tentou se apossar. Tal como naquele 6 de setembro de 2018, quando a pauta da eleição no noticiário foi substituída pelo “atentado” em Juiz de Fora (MG), nessa quarta-feira passou a ser a tragédia de Blumenau.

Nos últimos quatro anos, o que se observou foi o destampar da panela do ódio e da violência, onde fervilhavam todos os sentimentos reprimidos, os egos doloridos, os recalques e preconceitos. Esses demônios, libertos pelas mãos e o discurso do ex-presidente, levaram a que praticamente todos os episódios de violência tivessem como responsáveis os seus seguidores. Era noticiar um crime, e lá estava o autor, de camisa amarela, fazendo arminha com as mãos, nas redes sociais.

Nesta semana, quando tivemos ações coordenadas na mídia, com o jornal Folha de São Paulo declarando em editorial que com menos fel no coração, até que Bolsonaro poderia ser reciclado, e outros veículos dando destaque à pesquisa que o colocam ainda “bem na fita”, apesar de todas as notícias ruins em torno dele, essa “coincidência” não foi bem digerida. Mais um assassino confesso, seguidor de Bolsonaro.

Diante do aumento dos ataques a escolas (o último foi há menos de um mês depois que um adolescente de 13 anos matou uma professora a facadas em uma escola estadual em São Paulo, no dia 27 de março), a professora Luciene Tognetta, do Departamento de Psicologia da Educação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), líder de um grupo de estudos de convivência nas escolas, disse ao Globo:

“Quando acontece algo assim, chama a atenção. Isso também explica, em parte, porque os ataques têm aumentado em intensidade e frequência”. O que a professora apontou ecoa a teoria do pensador francês, Guy Debord, que nos falou do fenômeno em “A Sociedade do Espetáculo”, em 1967.  “O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. Enquanto parte da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a consciência”, escreveu.

De posse da convicção e do conceito emitido pela professora Tognetta, O Globo e a grande mídia de modo geral decidiu que não vai mais mostrar fotos ou tampouco maiores informações em torno dos assassinos desse tipo de ataques. Não vai permitir, como definiu Debord, que o espetáculo concentre todo o olhar e toda a consciência. Uma atitude com alguns anos de atraso e um quê de ingenuidade.

Esses monstros, que até então habitavam a deep web e eram alimentados apenas por seus pares, na ânsia de projeção, agora afloraram nas redes, que se incumbem de difundir vídeos, imagens e os recados dessa gente. Não há como impedi-los de ganhar espaço. Tivessem pensado antes de incensar uma candidatura fascista, como foi a de Bolsonaro e não teríamos hoje o discurso de ódio escancarado.

Dados da ONG Anti-Defamation League (ADL) exibidos pela pesquisadora Adriana Dias, Doutora em Antropologia pela Universidade de Campinas (Unicamp) – falecida recentemente -, em entrevista à jornalista Janaína Figueiredo, em 27 de fevereiro de 2022, mostram que hoje o Brasil é o país no mundo onde mais cresce o número de grupos de extrema direita. O estudo mostrava que eles estão concentrados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A pesquisadora dava conta de que havia em todo o país, naquele ano, mais de 530 células extremistas, que Adriana dividiu em categorias, de acordo com as ideologias do grupo, como Hitlerista/Nazista, Negação do Holocausto, Ultranacionalista Branco, Radical Catolicismo, Fascismo, Supremacista, Criatividade Brasil, Masculinismo Supremacia Misógina e Neo-Paganismo racista. Em 2019, a especialista detectou 334 células. A mesma conclusão a que está chegando o ministro Flávio Dino, que mandou mapear com urgência os núcleos nazistas existentes no Brasil.

Quanto ao procedimento da mídia em tentar agora não dar palco para os seguidores do “mito” que perpetram crimes monstruosos País afora, melhor repensar a inutilidade da iniciativa, ante a sociedade do espetáculo das redes. Ao empurrar Bolsonaro rumo à ribalta, em 2019, ela não avaliou que atrás dele viria essa horda que pulou da panela dos horrores, disposta a ganhar espaço à base do tiro, porrada e bomba. Agora, eles são notícia em suas páginas, telas, ou na web. Inevitavelmente.

07
Abr23

Crueldade de ataque a creche em Blumenau caracteriza violência na sociedade atual

Talis Andrade
 
Família faz oração durante homenagem às vítimas do ataque na creche Cantinho do Bom Pastor em Blumenau, Santa Catarina, em 5 de abril de 2023.
Família faz oração durante homenagem às vítimas do ataque na creche Cantinho do Bom Pastor em Blumenau, Santa Catarina, em 5 de abril de 2023. REUTERS - STRINGER

O ataque a uma creche na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, que matou quatro crianças com idades entre 3 e 7 anos, é o décimo a uma instituição educacional no Brasil nos últimos oito meses, acendendo o alerta sobre a recorrência destes casos no país. Para especialista, a crueldade do crime caracteriza a violência na sociedade atual.

Em países como os Estados Unidos, há tempos os estabelecimentos escolares se tornaram alvos de ataques armados. Desde os anos 1970, os norte-americanos registraram mais de 2000 tiroteios em escolas, muitas vezes executados pelos próprios alunos ou ex-alunos.

Ainda que menos comuns, as escolas europeias também foram palco de agressões. O último caso na França foi a de uma professora de espanhol, apunhalada diante da classe por um de seus alunos, de 16 anos, em uma escola em Saint-Jean-de-Luz, no sul do país.

Os estabelecimentos escolares são símbolos fortes e importantes para os agressores, pois simbolizam o Estado e suas instituições. O ambiente escolar também pode ser sinônimo de maus-tratos para vítimas de bullying.

O Brasil, que parecia até agora poupado deste tipo de violência, começa a temer a “importação” deste modelo de violência. O drama de Santa Catarina aconteceu apenas algumas semanas após uma professora ser assassinada a facadas por um aluno de 13 anos dentro de uma escola, em São Paulo.  

Segundo o sociólogo César Barreira, fundador do Observatório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará, o problema ainda não pode ser considerado como fenômeno comum, mas começa a gerar preocupações.

Para ele, o caso da creche do Bom Pastor, em Blumenau, traz dois aspectos que chamam a atenção e caracterizam a violência na sociedade atual: a crueldade e o fato de ser uma violência difusa, podendo atingir a todos.

Crimes cruéis

“O primeiro é a questão da crueldade, que não é uma categoria sociológica, mas que é uma característica muito forte nessas ações de violência”, diz. “É como se a gente tivesse uma exacerbação da violência. Ela é exacerbada e passa a haver ações de crueldade ou crimes de crueldade que fogem praticamente de uma explicação social. A gente quase não consegue entender porque é que determinadas ações ocorrem”, analisa.

Ele cita como exemplo assassinatos durante assaltos, em que a vítima já entregou os bens. “Esse ataque agora é muito carregado disso, de crueldade. São ações que não têm muita explicação social”, diz.

Para Barreira, a arma usada no ataque, a machadinha, ainda que menos letal que uma arma de fogo como as utilizadas em matanças nos Estados Unidos, é um símbolo desta crueldade.

“A gente observa a sociedade como se fosse uma sequência – ainda que ela não seja assim tão lógica. Você tem conflitos sociais, estes conflitos sociais se exacerbam e tornam-se violência. A violência agora se exacerba e se torna crueldade”, explica.  Além disso, ele lembra que essa violência contra crianças é “moralmente negada”, já que os menores pertencem a uma categoria “que deve ser protegida”.  

 

Uma pessoa se recolhe diante do memorial em homenagem às vítimas do massacre na escola Robb de Uvalde, no Texas, em 26 de maio de 2022.
Uma pessoa se recolhe diante do memorial em homenagem às vítimas do massacre na escola Robb de Uvalde, no Texas, em 26 de maio de 2022. AP - Kin Man Hui

 

Violência difusa

Outra característica apontada pelo sociólogo no caso é a “violência difusa” que existe na sociedade contemporânea. Ela se manifesta através da sensação de que todas as pessoas são passíveis de serem vítimas. “Você não tem mais aqueles ‘lugares sagrados’. Nós tínhamos a casa, a escola – que é um bom exemplo disso –, a igreja. Esses lugares deixaram de ser ‘sagrados’, de serem seguros”, diz.

Mas, apesar da existência deste tipo de violência, ele lembra que as pessoas que mais sofrem agressões e crimes no Brasil continuam sendo negros, jovens e pobres. Além disso, as mortes em massacres e chacinas são comuns no país.

“Os massacres, que são caracterizados quando há assassinato de mais de três pessoas, às vezes da mesma família, são cometidos contra pessoas normalmente pobres e moradores de favela e colocados nessa vala comum do tráfico de drogas. Aí já não se busca entender porque houve mortes”, salienta. “As pessoas só vão se preocupar, e isso é outra característica da violência, quando a violência lhes atinge”, diz.

O especialista também não descarta o “bolsonarismo” como um elemento “impulsionador”. “Essa questão do ódio e de que todo mundo deve andar armado, todo mundo sabe que circulação de arma, principalmente a arma de fogo, propicia mais violência”, diz.

“O ódio é uma palavra muito forte. Na sociologia a gente não gosta muito de usar. Primeiro porque é quase indefinível, mas nós, estudiosos dessa temática de violência, nos deparamos com essa questão do ódio”, reconhece.

Redes sociais e crueldade

No caso específico do que aconteceu em Santa Catarina, ele aponta também para o aspecto do uso das redes sociais, que criam a possibilidade deste tipo de fenômeno existir.  “As redes sociais, nós sabemos, propiciam essa discussão do ódio, da vingança”, diz.

Em seus trabalhos ele comprovou, além do ódio, a circulação de discursos de crueldade nas plataformas.  “A pessoa tem que ser presa, mas depois de ser presa, essa pessoa tem que ser torturada. Aí essa pessoa tem que ser morta, em uma sequência de violência”, analisa.

Barreira diz que concorda com a decisão de alguns veículos de comunicação de não publicar o nome, fotos, vídeos do autor do ataque, que poderia influenciar novos atos de violência. “Eu acho que essa discussão é muito interessante, porque às vezes existe uma certa irresponsabilidade na divulgação de como ocorreu, com muitos detalhes. Nós sabemos que alguns casos as pessoas terminam imitando, isso é fato”, afirma.

Alguns países, como o Canadá, não informam a identidade de suspeitos e detalhes de atos de terrorismo. A ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, também anunciou, em 2019, que não diria o nome do atirador que matou 50 pessoas em duas mesquitas em Christchurch para não fazer publicidade da ação do terrorista. 

ANAUÊ! O INTEGRALISMO E O NAZISMO NA REGIÃO DE BLUMENAU

Com depoimentos de acadêmicos e descendentes de alemães da região de Blumenau, o documentário revisita o que aconteceu no período da Segunda Guerra Mundial àquela sociedade: o envolvimento ideológico com o nazismo e integralismo; as informações que tinham sobre o holocausto; como foi tratada esta sociedade pela “nacionalização” e a relação que havia entre alemães e brasileiros natos. Direção e roteiro de Zeca Pires

06
Abr23

Estudantes de Blumenau se juntaram em foto para formar suástica nazista

Talis Andrade
 
 
 
MASSACRE EM BLUMENAU: FALHAMOS COMO PAÍS? - Tudo ok Notícias
Massacre em Blumenau de tradições nazistas 
 
 

 

Ideli Salvatti, ex=ministra dos Direitos Humanos diz que a propaganda neonazista está espalhada em Santa Catarina, sobretudo em Blumenau, onde houve ataque a creche. O assassino nazista filho de pai militar nazista bolsonarista, que atacou duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, tem proteção policial para uma confortável vida 

 

por Joaquim de Carvalho /Brasil 247

O ataque a uma creche de Blumenau chamou a atenção pela crueldade do assassino, que matou crianças com golpes de machado, mas não só por isso. A cidade e seu entorno têm sido notícias que as associam ao nazismo, a ideologia que tem o ódio como elemento central.

A ex-ministra dos Direitos Humanos Ideli Salvatti, que foi senadora por Santa Catarina, ouviu na semana passada o relato de que alunos de um câmpus do Instituto Federal de Ensino se fotografaram em posição que, no conjunto, formava a suástica.

"Os alunos deitaram no chão, fizeram a suástica com os próprios corpos e fotografaram como logo da escola", contou, em entrevista à TV 247. Segundo ela, o caso foi encaminhado para a procuradoria do Instituto Federal, para providências legais.

Ideli disse que o caso é mantido sob sigilo, porque poderá haver repercussão judicial junto aos pais dos adolescentes, que são menores de idade. Para ela, o caso revela que há uma ação organizada do movimento neonazista para cooptar os mais jovens.

"O movimento nazifascista bolsonarista está focado. Eles estão focados no ambiente escolar. Eles estão fazendo cooptação de juventude, de crianças e adolescentes, para operacionalizar as suas ações. Isso está visível. Então, tem que ter ação, ação de governo, e tem que ter ação não só do Executivo, do Judiciário, que tem que ser mais rápido, tem que ser mais ágil", comentou.

O Ministério Público de Santa Catarina já identificou mais de 500 células nazistas no estado. "Quantas que eles já desmontaram? Não dá para fazer assim: 'a gente está fazendo'. Fazendo para quando, cara pálida? Então, é urgente. E o Legislativo não dá para ser conivente mais", afirmou.

Santa Catarina é um dos estados em que Jair Bolsonaro teve proporcionalmente mais votos – 62,21% – e é governado por um ardoroso defensor da política armamentista, Jorginho Melo (PL).

No ano passado, quando era senador, Melo gravou vídeo de apoio ostensivo ao Proarmas, entidade que defende a liberação total do porte de armas e patrocina candidatos nas eleições, sobretudo parlamentares. Dirigindo-se aos participantes de uma convenção do Proarmas, ele disse que o presidente da entidade, Marcos Pollon, despachava em seu gabinete e mandava nele.

“Ele [Pollon] é senador, quando eu não estou no gabinete ele assume. Ele vai lá, ele faz emenda. Ele, de forma muito carinhosa; ele que é um dedicado, apaixonado pelo que faz… Então não precisa dizer muito que somos parceiros, ele que manda em mim. E a pauta dele é a minha pauta”, declarou.

Em Blumenau, Jorginho Melo teve 75,49% no segundo turno das eleições de 2022. A cidade já teve escolas com pichações de suástica e de apoio a Hitler. Em 2017, cartazes comemorativos do aniversário do líder nazista alemão foram afixados no centro da cidade.

"Heróis não morrem. Parabéns, Führer - 20/04/1889", dizia a propaganda, com foto de Hitler.

A ex-ministra Ideli Salvatti entende que o ataque à creche na cidade é fruto do disseminação do discurso de ódio e apologia do nazifascismo bolsonarista e, por isso, o movimento que ela ajudou a criar, o Humaniza, programou para segunda-feira, às 19 horas, reunião na cidade para definir ações específicas naquela região.

"Não dá para esperar. Precisamos agir, é urgente", disse.

.x.x.x.x.

 

Procurei o Instituto Federal de Ensino, mas, em razão do feriado (que foi estendido para esta quinta-feira), ninguém atendeu. Quando a instituição se manifestar, atualizaremos este artigo.

Recado desde correspondente, ex-professor de História (cursos de vestibular), e de Filosofia (Escola Normal de Natal) de Jornalismo, de Propaganda, de Publicidade, de Relações Públicas (Universidade Católica de Pernambuco): quem faz suruba nazista participa de orgia sexual. Meninas de 12, 13 anos, que ainda são virgens têm os nomes pichados, execrados.

Adolescente usa arma do pai e símbolo nazista em ataque a escolas

Filho de policial militar, jovem diz que planejava ação há dois anos

 
 
Folha de S.Paulo on Twitter: "Adolescente vítima de ataque a escolas em  Aracruz (ES) está intubada https://t.co/tdav50XIXs" / Twitter
O estudante admirador de Hitler autor do massacre em duas escolas em Aracruz, Espirito Santo, com o pai (que teve a identidade protegida) em uma motociada de Bolsonaro candidato a presidente em 2022
 
 
 
A Agência Brasil publicou condescendente reportagem, chorando pelos pais do adolescente psicopata, que aprendeu a atirar sozinho, a dirigir carro sozinho, a ler sozinho livros nazistas encontrados na biblioteca de casa e do quartel, inclusive a proibida autobiografia de Hitler. 
 
Eis o texto de 25/11/22: 
 
Após ser apreendido como principal suspeito de autoria do ataque a duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, um adolescente de 16 anos confessou o crime, informou a Polícia Civil do estado. O jovem contou que vinha planejando a ação há pelo menos dois anos. O adolescente é filho de um policial militar.
 
"Os pais estavam destruídos e colaboraram muito com o nosso trabalho", disse o delegado da Polícia Civil, João Francisco Filho, que apresentou os detalhes da apreensão ao lado do governador Renato Casagrande, do secretário estadual de Educação, Vitor de Angelo, e do secretário de Segurança Pública, Marcio Celante. De acordo com o delegado, o adolescente foi encontrado em um dos imóveis da família no município. A operação foi tranquila e houve cooperação tanto dos pais quanto do autor do crime.
 

Já se sabe que o adolescente usou duas armas de responsabilidade do pai: um revólver de calibre .38, de propriedade privada e uma pistola .40 pertencente à Polícia Militar. Ele também levava três carregadores. O governador Renato Casagrande confirmou que, no momento do crime, o adolescente usava uma braçadeira com um símbolo nazista.

Imagens das câmeras de segurança registraram a ação. O atirador vestia roupa camuflada e uma máscara de esqueleto, similar à usada em fotos nas redes sociais por um dos autores do massacre ocorrido em 2019 na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, São Paulo.

 
A Agência Brasil esqueceu as vítimas do horrendo e covarde massacre:
 

O Setor Educação da Comissão Episcopal Pastoral para Cultura e Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota em solidariedade a comunidade escolar e aos familiares das vítimas do atentado a duas escolas em Aracruz (ES), que matou quatro pessoas e feriu 12.

As vítimas são a estudante Selena Sagrillo, de 12 anos, e as professoras Maria da Penha Pereira de Melo Banhos de 48 anos, Cybelle Passos Bezerra, de 45 anos e Flávia Amboss Merçon Leonardo. O corpo das vítimas já foram enterrados. De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, o assassino tem 16 anos, usou duas armas no ataque, uma do pai, outra da Polícia Militar. O adolescente está apreendido desde a tarde do crime.

06
Abr23

Dino determina que PF investigue organizações nazistas e neonazistas no Brasil

Talis Andrade
Comoção e revolta marcam velório coletivo de vítimas de chacina à creche de  Blumenau – Metro World News Brasil
 
 
 

A decisão surge logo após ataque à creche de Blumenau, que resultou na morte de quatro crianças ontem. “O presidente Lula estava muito impressionado. Viu o episódio como uma barbaridade, disse que temos que fazer programas como o Bolsa Família, mas que também quer cuidar da mente do povo brasileiro”

 

Na madrugada desta quinta-feira, 6, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou um decreto para a apuração pela Polícia Federal de organizações nazistas e neonazistas atuantes no Brasil. Segundo o ministro, “há indícios de atuação interestadual”.

A decisão surge logo após ataque à creche de Blumenau, que resultou na morte de quatro crianças.

O ministro passou a tarde de quarta-feira realizando reuniões com equipes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Diretório de Operações (Diop) e com presidentes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).

O encontro teve como objetivo a entrega do documento ‘Paz nas Escolas’ e dialogar sobre resoluções para os frequentes ataques que estão ocorrendo em escolas no Brasil nos últimos anos.

 

Lula diz ser necessário cuidar da mente do brasileiro


por Guilherme Seto

Candidato a governador de Santa Catarina em 2022, Décio Lima (PT) recebeu ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quarta-feira (5) pedindo que se dirigisse a Blumenau (SC), cidade da qual foi prefeito por oito anos e na qual um homem de 25 anos invadiu uma creche e matou quatro crianças.

Décio ficou encarregado de relatar ao presidente o que estava acontecendo. 

“O presidente Lula estava muito impressionado. Viu o episódio como uma barbaridade, disse que temos que fazer programas como o Bolsa Família, mas que também quer cuidar da mente do povo brasileiro”, afirma o ex-deputado.

Segundo ele, o presidente queria saber dos detalhes do ocorrido, perguntou das condições de crianças, familiares e educadores, e “expressou muitos valores, como uma tarefa para o país. Trazer de volta o amor, a paz, o perdão”, completa.

Lima, que deve assumir a presidência do Sebrae na próxima semana, afirma que está preocupado com o que chama de banalização do mal, em referência à filósofa Hannah Arendt.

“Virou normal esse tipo de tragédia. Temos um problema geracional gigante, e um desafio hercúleo para enfrentá-lo. São fatos que não nos pertencem como cultura de povo. Em Santa Catarina, temos uma maioria de povo de paz, ainda que agora estejamos enfrentando um problema com as células nazistas”, afirma.

O ex-deputado diz que o país precisa superar a cultura de violência estimulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O líder inspira pessoas, e ele incentiva o uso de armas, inclusive em eventos com crianças, fazendo sinais de armas com as mãos. Somos humanos, a política tem que mostrar que ainda que tenhamos divergências, podemos conversar, nos abraçar”, conclui.

 

Homem invade creche e mata quatro crianças 

 

Na manhã de ontem, quarta-feira (5), um homem invadiu a creche particular Bom Pastor, em Blumenau, Santa Catarina, com uma machadinha e atacou as crianças que estavam no local. Em seguida, se entregou no Batalhão da Polícia Militar.

Quatro crianças com idades entre 5 e 7 anos, sendo três meninos e uma menina, foram mortas no ataque. Há divergência quanto ao número de feridos que foram encaminhadas com machucados ao Hospital Santo Antônio, passando por suturas.

Todas as crianças que estavam na escola já foram retiradas e entregues aos pais. A Polícia Civil e a equipe do Instituto Médico Legal (IML) estão no local. O criminoso tem 25 anos, mas sua identidade e a motivação do crime não foram reveladas.

A investigação preliminar mostrou que ele pulou o muro da creche e atacado crianças aleatórias. Quando as professoras começaram a defender os alunos, ele fugiu em sua moto e foi direto se entregar para a polícia.

 

04
Abr23

A terra dos bandidos golpistas

Talis Andrade
aram da tentativa de golpe em Brasília
 

Conheça paranaenses nazi-fascistas que participaram da tentativa de golpe em Brasília

Paranaenses participaram dos atos golpistas desse domingo (08) em Brasília – DF. É o que mostra o perfil no Instagram chamado “Contragolpe Brasil”, que identifica os terroristas que atacaram os prédios dos três poderes, e também apuração feita pelo Parágrafo 2 em grupos golpistas do Telegram.

Milhares de bolsonaristas invadiram e depredaram prédios do poderes legislativo, executivo e judiciário na tarde deste domingo. A tentativa de golpe – que contou com a conivência do governo do Distrito Federal – se concretizou com a chegada de cerca de 100 ônibus à capital durante todo o final de semana. Entre eles, estavam ônibus vindos de cidades paranaenses.

O perfil “Contragolpe Brasil” tem identificado, desde a noite de ontem, dezenas de terroristas por meio de fotos, colocando seus nomes e, por vezes, cidade e estado onde moram. Lá, é possível encontrar ao menos seis paranaenses:

Jessiel Carrara – Assessor Pedagógico da Prefeitura Municipal de Ortigueira:

 

Alir José Minuzzo – Professor da rede estadual:

Adriano Kommer – Empresário que trabalha com placas de energia solar:

Jefferson Martins:

Cleiton Bortolini:

No Telegram

O Parágrafo 2 identificou três grupos da rede social Telegram que são reduto de golpistas paranaenses: Direita Paraná, Direita Curitiba e Saúde, Religião, História e Política.

A maioria dos participantes destes grupos não foi à Capital Federal. Apenas engrossam por meio do aplicativo as praticas golpistas e Fake News costumeiras. Alguns, no entanto, fizeram as malas e embarcaram na viagem insana da extrema direita.

No grupo “Direita Curitiba”, Priscila Bertotti é figura atuante e desde sábado destacava que estava com a malas prontas ruma à Brasília.

De lá, Priscila abasteceu o grupo com fotos e vídeos da invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF), comemorando inclusive a depredação ao prédio:

“arrancaram a porta do gabinete do ovo”, diz em mensagem se referindo à porta do gabinete do Ministro Alexandre de Moraes.

No grupo “Direita Paraná” o mais atuante é Givanildo de Jesus Oliveira, mais conhecido como “Giva Curitiba” . Ele foi candidato a deputado estadual na última eleição concorrendo pelo Progressistas (PP). Não é possível perceber se Giva foi à Brasília, mas sua atuação no grupo golpista é de total incentivo aos atos terroristas.

 Adriano Azevedo é o criador do grupo golpista do Telegram “Saúde, Religião, História e Política”. Lá, há atualizações constantes sobre a situação em Brasília e o incentivo para que os protestos não parem.

 
20
Mar23

Deputada Júlia Zanatta fez apologia ao crime, mas chance de punição é mínima, diz Josias (vídeo)

Talis Andrade
 

 

Júlia Zanatta
 
Júlia Zanatta condena o fim das Escolas militares | ND Mais
As Primeiras Três Emendas Da Deputada Júlia Zanatta - Blog Do Prisco

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) publicou nesta sexta (17), no Twitter, a imagem em que aparece segurando uma arma. A deputada aparece na foto vestindo uma camiseta estampada uma mão com quatro dedos alvejada por três tiros, em uma referência ao presidente Lula

 
Deputada de SC Júlia Zanatta, que insinuou morte de Lula em estampa de  camisa, agora se vitimiza: “sofro ameaças” - Brasil 247
 
 

 

27
Dez22

Dino: Lula espera fim "pactuado" de atos golpistas, mas não descarta retirada de bolsonaristas à força

Talis Andrade

terror.jpg

 

Futuro ministro da Justiça disse que a possibilidade de uma "retirada compulsória" não está descartada caso não haja uma solução de "modo pactuado, mediante conciliação"

 

247 - O senador eleito e futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse que o governo do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), espera que o acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, seja desmontado de uma forma "pactuada”, mas que também não descarta a possibilidade de uma "retirada compulsória", caso necessário, para efetivar a desmobilização dos extremistas. 

“Quanto mais se der de modo pactuado, mediante conciliação, melhor. Essa é a opção do presidente Lula neste momento. É claro que se não houver essa providência, outras serão tomadas, mas isso num segundo momento", disse Dino nesta terça-feira (27).

Ainda segundo ele, a equipe de Lula espera que os extremistas bolsonaristas façam uma "desocupação voluntária" do acampamento antes da posse, mas que “se isso não ocorrer, aí se abrem outras possibilidades de uma retirada compulsória". 
 

fascistas quartel.jpeg

 
[A turba acampanda na porta de quartéis não representa o povo que trabalha, nem os desempregados pela política econômica do paisano de Pinochet, o Paulo Guedes, que fica mais rico quando, ministro da Economia, aumenta o valor do dólar.
 
A gentalha é constituída por militares aposentados que ocupam cargos civis. E filhas de militares que recebem pensões para não trabalhar.
 
E bolsonaristas milicianos, recrutados em currais eleitorais da extrema direita, da supremacia branca que empestam os Estados do Sul notadamente, com sua células nazistas. 
 
São defensores do golpe sangrento, de um banho de sangue, via luta armada, atentados terrorista que proclamem Jair Bolsonaro ditador perpétuo do Brasil.
 
Os acampamentos terroristas visitados pelos generais

 

Os bolsonaristas suspeitos por terrorismo, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego Rodrigues, estiveram presentes em uma audiência pública no Senado Federal. A sessão ocorreu em 30 de novembro, e discutiu as denúncias da campanha de Bolsonaro que afirmou que faltou isonomia nas inserções nas rádios durante o período eleitoral

 

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