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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

01
Fev20

Miliciano ligado a Flávio Bolsonaro é poupado por Moro de lista de 'mais procurados'

Talis Andrade

 

milicia bolsonaro queiroz.jpeg

 

Jornal do Brasil

O Ministério da Justiça e Segurança Pública não incluiu na lista dos mais procurados do Brasil o capitão Adriano da Nóbrega, acusado de comandar a mais antiga milícia do Rio de Janeiro que reúne um grupo de assassinos profissionais do estado.

Foragido há mais de um ano, o PM desertor também é citado na investigação que apura a prática de "rachadinha" no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

De acordo com o Ministério Público, contas bancárias controladas por ele foram usadas para abastecer Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador, suposto operador do esquema no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro. Queiroz é amigo do presidente da República.

Adriano teve duas parentes nomeadas no antigo gabinete do senador Flávio. Mensagens interceptadas com autorização judicial mostram ele discutindo a exoneração da mulher, Danielle da Nóbrega, do cargo.

Ele também foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro em discurso na Câmara dos Deputados, em 2005, quando foi condenado por um homicídio. O ex-capitão seria absolvido depois em novo julgamento.

Enquanto estava preso preventivamente pelo crime, foi condecorado por Flávio com a Medalha Tiradentes.

O ministro Sérgio Moro divulgou a lista sem o acusado em sua rede social. "A SEOPI/MJSP [Secretaria de Operações Integradas da pasta] elaborou, com critérios técnicos e consulta aos Estados, a lista dos criminosos mais procurados. A lista ajudará na captura, e segue a orientação do PR @jairbolsonaro de sermos firmes contra o crime organizado", diz o texto no perfil do ministro no Twitter.

De acordo com o Ministério da Justiça, o ex-capitão não foi incluído porque "as acusações contra ele não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional".

De fato, 25 dos 27 que compõem a lista são apresentados pelo ministério como tendo uma atuação regional ou nacional.

Há na lista de Moro, porém, dois integrantes de uma milícia de outro bairro da zona oeste. Em seus perfis publicados na página da pasta, sua área de atuação indicada é apenas o Rio de Janeiro. São eles: Wellington da Silva Braga, o Ecko, e Danilo Dias Lima, o Tandera, seu braço direito. Os dois atuavam em Campo Grande.

Não é a primeira vez que o ex-PM fica fora de uma lista de foragidos. Ele esteve por meses fora do programa "Procurados", do Disque-Denúncia, que oferece recompensa pela informação de criminosos. Sua inclusão ocorreu apenas depois de o jornal Folha de S.Paulo apontar a ausência.

Adriano é investigado de participação em diversos homicídios no Rio de Janeiro, suspeito de ser sócio no jogo de máquinas caça-níqueis e chamado de "patrão" por integrantes da milícia de Rio das Pedras, a mais antiga e estruturada do Rio de Janeiro.

Ele está foragido desde janeiro de 2019 quando foi deflagrada a Operação Os Intocáveis, contra acusados de integrar a milícia de Rio das Pedras.

Meses antes da operação, ele trocou mensagens com a mulher Danielle da Nóbrega sobre sua exoneração do cargo. Quando a ex-assessora de Flávio se queixa de sua exoneração em novembro, Adriano afirma que "contava com o que vinha do seu tmbm [também]". Para o Ministério Público, a frase revela que o ex-capitão também ficava com parte do salário dela.

Em outro diálogo, Adriano afirma que iria conversar com Queiroz sobre a exoneração, a fim de evitá-la. O ex-assessor de Flávio é chamado apenas de "amigo".

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Apesar das transações financeiras, as mensagens também mostram que a família Bolsonaro se preocupava com a eventual vinculação do gabinete de Flávio com o ex-capitão.

"Sobre seu sobrenome... Não querem correrem risco, tendo em vista que estão concorrendo e visibilidade que estão. Eu disse que vc está separada e está se divorciando", escreveu Queiroz para Danielle em dezembro de 2017. (Italo Nogueira/FolhaPressSNG)

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17
Mar19

O POVO ACORDOU O sinal vem das ruas

Talis Andrade

O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), afirmou em artigo que o comportamento de Jair Bolsonaro nas redes sociais tem deixado o Brasil perplexo e que as críticas observadas contra o presidente durante o carnaval demonstram que a população começou a reagir aos desmandos, à incompetência e aos retrocessos propostos pelo governo Bolsonaro.

“O sinal vem das ruas. O povo brasileiro percebe de forma crescente o desmonte da Constituição, o ataque a direitos históricos e começa a reagir. Antes que tudo desmorone a mando de um governo irresponsável, antinacional e antipopular, é preciso reagir”.

Brasil reage aos desmandos de Bolsonaro

por Paulo Pimenta

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O Brasil está perplexo com o comportamento do presidente Jair Bolsonaro, que em vez de governar e anunciar medidas para gerar empregos e renda, prefere ficar nas redes sociais atacando as pessoas e até postando vídeo obsceno.

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O quadro piora com novas denúncias sobre o envolvimento da família Bolsonaro com milicianos do Rio de Janeiro, inclusive com os matadores da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

O carnaval que passou deixou claras a irreverência e a crítica do povo aos esquemas do Queiroz, ao laranjal do PSL e aos desmandos e à incompetência de Bolsonaro. O tom laranja prevaleceu entre as fantasias.

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A Estação Primeira de Mangueira foi a grande campeã do Carnaval 2019 do Rio de Janeiro, conquistando seu 20º título contando a história do Brasil pela ótica dos heróis negros e indígenas. Um dos grandes destaques do desfile foi a homenagem a Marielle.

Ao condomínio de luxo onde Bolsonaro tem casa no Rio (vizinho de um PM acusado de assassinar Marielle), o bloco Eu Avisei foi e, certeiro e premonitório, cantou a marchinha de protesto: “Doutor/ Eu não me engano/ O Bolsonaro é miliciano”.

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Em Olinda (PE), bonecos gigantes do presidente e sua esposa, a primeira dama Michelle Bolsonaro, foram vaiados e alvos de uma chuva de latas jogadas pelos foliões.

O povo mostrou também em todas as regiões do País que quer a libertação de Lula, condenado de forma arbitrária e injusta por um ex-juiz que virou político.

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Nunca se viu um carnaval tão politizado, com os foliões clamando contra Bolsonaro e seu governo que, em dois meses, não conseguiu dar uma única notícia boa para o povo brasileiro.

Logo após o Carnaval, veio o 8 de Março, o Dia Internacional de Luta das Mulheres. Milhares delas foram às ruas se manifestar em defesa de seus direitos, contra o retrocesso civilizatório patrocinado por Bolsonaro. Defenderam a libertação de Lula, punição aos assassinatos de Marielle e condenaram a reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso Nacional.

O sinal vem das ruas. O povo brasileiro percebe de forma crescente o desmonte da Constituição, o ataque a direitos históricos e começa a reagir. Antes que tudo desmorone a mando de um governo irresponsável, antinacional e antipopular, é preciso reagir.

Umas das principais ameaças é a Reforma da Previdência (PEC 6/2019), cruel contra o povo e covarde com os privilegiados.

As ruas no carnaval e no 8 de março deram um recado: vamos resistir, defender as conquistas históricas e derrubar a reforma da Previdência.

 

24
Fev19

Com divulgação de cheques de Valdenice, a Quarto Elemento fica mais próxima do senador Flávio Bolsonaro e de ligações dele com a “família nota mil”

Talis Andrade

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A revista IstoÉ deste final de semana circula com revelações do ex-ministro Bebianno sobre a família Bolsonaro, além da reprodução de cheques assinados por Valdenice de Oliveira Meliga, a Val, em nome do senador eleito Flávio Bolsonaro.

Val foi tesoureira do PSL no Rio de Janeiro e fez pagamentos do gabinete de Flávio, onde era lotada com salário de R$ 6.490,00, a supostos fornecedores da campanha ao Senado.

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Os cheques, de setembro e outubro de 2018, somam R$ 8.500,00 e foram pagos à Ale Solução e Eventos Ltda. e à CRF Empreendimentos e Participações Societárias Ltda.

A primeira empresa pertence à contadora Alessandra Ferreira de Oliveira, outra assessora de Flávio na Alerj.

Segundo revelação da Folha de S. Paulo, a empresa recebeu R$ 55,300,00 de 42 candidatos do PSL no Rio; R$ 26 mil vieram de 33 candidatas.

A suspeita é de que eram “laranjas”, colocadas na chapa do PSL apenas para cumprir a cota de 30% reservada às mulheres, já que as 33 só receberam verba do diretório nacional, o dinheiro público do fundo partidário, quando faltavam poucos dias para a eleição.

Nota-se, portanto, uma confusão entre o PSL e o gabinete de Flávio, como se fossem a mesma coisa.

Este caso não se confunde com a apuração que está sendo feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sobre as movimentações bancárias de Fabrício Queiroz, apontado como tesoureiro informal da família Bolsonaro.

O primeiro assessor de Flávio a depor na investigação, o PM Agostinho Moraes da Silva, admitiu que todo mês transferia R$ 4.000,00 dos R$ 6.000,00 que recebia de salário para a conta de Queiroz.

A justificativa do policial foi bizarra: ele dava o dinheiro para que Fabricio fizesse rolos com automóveis e lucrava cerca de 500 a 700 reais por mês.

Só que jamais Queiroz lhe “devolveu” o dinheiro em cheque ou transferências bancárias.

Foi dinheiro vivo e, portanto, não há rastro desta segunda transação.

Flávio Bolsonaro e o pai são suspeitos de ficar com parte do salário dos assessores. No caso de Agostinho, mais de 65%.

Queiroz, o receptor, fez pelo menos um repasse de R$ 24 mil à primeira dama Michelle — Bolsonaro diz que foi parte do pagamento de um “empréstimo” de R$ 40 mil que ele, Jair, fez ao assessor milionário.

Twitter da deputada Sâmia Bonfim

Voltando ao caso dos gêmeos, Flávio admite que Val era um dos “pilares” de seu mandato no Rio de Janeiro, mas negou relação com os irmãos dela, os PMs Alan e Alex Rodrigues de Oliveira.

De acordo com o texto de Flávio que acompanhou a foto da festa de aniversário, postada no Instagram, eles formavam uma “família nota mil”.

Val, por sua vez, admitiu que os irmãos dela trabalharam informalmente na campanha de Flávio ao Senado, quando estavam de folga.

Os gêmeos foram presos numa das fases da Operação Quarto Elemento, que investigou extorsões cometidas por policiais cariocas contra estabelecimentos comerciais. São ações tipicamente ligadas às milícias do Rio de Janeiro.

Os gêmeos são acusados de “constituir, integrar, financiar e promover organização criminosa”. Eram donos de um loteamento irregular na Zona Oeste do Rio. Alan já tinha sido preso anteriormente por extração e venda ilegal de barro no bairro de Paciência.

Flávio Bolsonaro, enquanto deputado estadual, homenageou os irmãos Alan e Alex na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, além de outros três presos na Operação Quarto Elemento: os policiais militares Leonardo Ferreira de Andrade e Carlos Menezes de Lima e o policial civil Bruno Duarte Pinho.

Leandro foi acusado pelo GAECO do Rio de Janeiro de participar de “um bote” em um frigorífico que não tinha condições sanitárias adequadas e de exigir R$ 30 mil para que o dono não fosse preso em flagrante.

Na homenagem a Leandro na Alerj, Flávio escreveu que  “é prestada esta singela e sincera homenagem a verdadeiros heróis de todas as horas que, lançando mão de recursos limitados, esforço pessoal, enfrentando dificuldades e, não raro a incompreensão, atingem resultados eficazes — tão valiosos e necessários à sociedade”. In VIOMUNDO

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