Sinopse: Resultado de mais de três anos de apuração, O Negócio do Jair: A história proibida do clã Bolsonaro desvenda o passado secreto da família que hoje comanda o Brasil. A jornalista Juliana Dal Piva parte do escândalo das rachadinhas exposto pelo caso Queiroz, a partir de dezembro de 2018, para contar uma história que remonta à entrada de Jair Bolsonaro na política na década de 1990.
No centro do passado que o clã tenta abafar, está um esquema de corrupção conhecido entre os participantes como o “Negócio do Jair”. O arranjo ocorria nos gabinetes funcionais ocupados pela família de Bolsonaro em seus mandatos políticos, seja de vereador, deputado estadual ou federal, e envolvia seus três filhos mais velhos, as duas ex-esposas e a atual, amigos, familiares ― muitos deles atuando como funcionários fantasmas ―, além de advogados e milicianos.
Com base em depoimentos exclusivos, cópias sigilosas dos autos judiciais, mais de cinquenta entrevistas, mil páginas em documentos, vídeos e gravações de áudio, a autora demonstra como, à sombra dos grandes esquemas partidários, o clã acumulou milhões de reais e construiu o projeto político autoritário e regressivo que conduziria o chefe da família ao posto mais alto da República.
Resenha: Lançado pouco antes das eleições de 2022, O Negócio do Jair é o resultado de uma pesquisa investigativa minuciosa feita pela jornalista investigativa Juliana Dal Piva sobre a família Bolsonaro e tudo aquilo que tentam camuflar. Logo no início a jornalista já evidencia algumas cenas presenciadas por ela mesma, descrevendo situações ocorridas desde 2013 envolvendo Jair Bolsonaro enquanto deputado federal e ex-capitão do exército.
Em 2018, com a candidatura de Jair à presidência da república, Juliana passou a investigar melhor a fim de levantar as evidências no que diz respeito à vida de Bolsonaro e quem é esse homem, que foi deputado por mais de trinta anos e que, até então, ninguém sabia nada sobre ele. O conteúdo aborda os inúmeros esquemas de enriquecimento ilícito dos integrantes dessa família, assim como as manobras políticas que fazem usando o poder que têm para saírem ilesos dos crimes de corrupção que cometem. Além dos filhos, do esquema de lavagem de dinheiro da loja de chocolates de um deles, há também os fatos acerca das outras figuras presentes nos bastidores desses esquemas, como a família Nóbrega, os Queiroz, a ex-esposa, e até mesmo a atual esposa.
O livro é narrado de forma cronológica mostrando os acontecimento mais importantes, ilegais e imorais da ascensão de Bolsonaro e família, e vemos o que está por trás das supostas motivações que os mantém como uma das famílias mais poderosas do país.
Os fatos levantados no livro já são de conhecimento público, porém são trazidos de forma clara e com uma riqueza de detalhes impressionante, como a negligência em relação a pandemia e as vítimas, a forma como ele trata a imprensa, o escândalo das rachadinhas e dos funcionários fantasmas que já vinham ocorrendo há anos e anos, as dezenas de imóveis comprados com dinheiro vivo, a constante troca de delegados da polícia federal, ministros e procuradores que engavetam processos, ou interrompem as investigações que resultariam na prisão dos envolvidos (mesmo que haja pilhas e pilhas de provas), e muito mais. Saber que um candidato chegou ao poder com a promessa de combater a corrupção, quando ele é um dos maiores líderes de um esquema de corrupção descarado é uma vergonha, ainda mais quando milhões de brasileiros se recusam a enxergar a verdade em nome do fanatismo político e acreditam que ele é o único que pode salvar o Brasil. Ao final, a sensação de indignação e impotência é enorme, principalmente porque ninguém sabe qual será o desfecho de tudo isso.
Eu, como brasileira, e na falta de uma terceira via, me sinto descrente e desanimada com a política nesse país. Ao finalizar a leitura, o sentimento de trocar seis por meia dúzia é inevitável, pois os escândalos vem de todos os lados e não temos pra onde fugir.
O Negócio do Jair, ao meu ver, é um livro necessário que faz um grande "exposed" de Bolsonaro e família. Eu gostaria muito de indicar a leitura desse livro, assim como vários outros que tratam com imparcialidade e verdade os feitos de determinados políticos, pra todos os brasileiros conhecerem mais sobre os candidato e assim poderem votar com consciência, mas é complicado quando boa parte da população tem a convicção de que qualquer informação contra seu político de estimação é "fake news".
Só tenho que parabenizar a autora pela coragem de trazer tais informações, e por fazer com que o leitor possa tirar as próprias conclusões diante desses fatos.
O livro “O Negócio do Jair - A história proibida do clã Bolsonaro”, da jornalista Juliana Dal Piva, é o trabalho de uma vida. Antes que se diga qualquer coisa, é bom lembrar que é digno de qualquer prêmio jornalístico que apareça pela frente. Sem exageros, está para o Brasil como está para os EUA a série de reportagens que Bob Woodward e Carl Bernstein fizeram na década de 70, para o Washington Post, sobre o caso Watergate, que culminou com a queda do presidente Richard Nixon.
É um livro que teve o mesmo efeito demolidor, nas eleições presidenciais, que a famosa entrevista que o jornalista Luís Costa Pinto fez, em 1992, com Pedro Collor, em que ele faz acusações ao irmão, o então presidente Fernando Collor de Mello.
Algum incauto pode dizer que o livro de Dal Piva não traz nada de novo, o que de fato é verdade. Mas é bom não esquecer que tudo – ou quase tudo, que é revelado ali, foi descoberto pela própria jornalista e colegas devidamente creditados e contado em reportagens ao longo dos últimos anos.
Documento para ler e guardar
“O Negócio do Jair” é, sobretudo, um documento histórico para ler, anotar e guardar como a memoria de um tempo paupérrimo da nossa política. O livro desvenda um esquema, aparentemente medíocre e comezinho feito a partir de contratações de contraparentes, amigos policiais e parentes de amigos policiais, que levantou milhões e milhões de reais para o clã Bolsonaro.
Além de aplausos, Dal Piva merecia bem um detox após a conclusão da obra. Há três anos ela persegue e investiga todo e qualquer fato ou pessoa que possa ter ligação com o esquema das “rachadinhas” que explodiu no colo de Flávio Bolsonaro. Um esquema que, como diz o texto de divulgação do livro, envolve gabinetes funcionais ocupados pela família de Bolsonaro em seus mandatos políticos, seja de vereador, deputado estadual ou federal, e envolvia seus três filhos mais velhos, as duas ex-esposas e a atual, amigos, familiares.
Cada centavo
A jornalista revela em detalhes cada casa, apartamento, enfim, cada bem comprado pelo clã esmiuçado em centavos. Todos pagos comprovadamente da maneira como de fato foram, ou seja, em dinheiro vivo, cheque administrativo, transferência bancária, com ou sem comprovação de renda e declaração na Receita.
Juliana Dal Piva consultou milhares de documentos desde a década de 90, pegou chuva e sol na porta de envolvidos, ouviu fontes declaradas e anônimas e, três anos depois, entregou um dossiê impecável. Nele, além de desvendar todo o esquema, ainda mostra o passo a passo do peso da caneta de Bolsonaro para desmontar as acusações contra o primogênito, tanto no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) quanto no próprio Supremo Tribunal Federal (STF).
No final das contas, apesar do desalento com a anulação das provas contra Flávio no STF, Juliana deixa claro e cristalino feito água que, assim que encerrar o mandato presidencial de Bolsonaro, o castelo de cartas do clã desmorona.
O elogio de Queiroz
O livro termina no momento em que tanto Flávio Bolsonaro quanto Fabrício Queiroz voltam a se movimentar com desenvoltura pelos escaninhos da política. O senador coordenando a campanha do pai e com uma mansão de R$ 6 milhões recém-comprada em uma área nobre de Brasília. O outro, ex-segurança, ex-motorista e ex-operador do esquema das “rachadinhas”, preparando sua candidatura à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Neste interim, a jornalista afirma ter perguntado a Queiroz a que partido pretendia se filiar. Ela mesma conta a história que, apesar do tom de deboche do ex-policial, não deixa de revelar uma profunda verdade: “ele me escreveu uma mensagem no WhatsApp dizendo que tinha prometido à família que nunca falaria comigo devido às minhas reportagens desde 2019. Apesar da promessa, ele ainda disse: ‘Você é terrível, Ju. Boa jornalista. Faz bem seu trabalho’”.
"A mensagem irônica", prossegue Juliana, "me soou como uma admissão tácita de tudo que foi reportado até aquele momento".
Desde 2015, despencou de 76% para 26% o número de crianças que têm café da manhã, almoço e jantar todos os dias, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde. As informações foram obtidas pela TV Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação, e divulgadas na segunda-feira 15.
O levantamento envolve menores de 2 a 9 anos. Segundo a emissora, o número começou a diminuir em 2016, quando o percentual caiu de 76% para 42%. Na sequência, o Brasil registrou 46% em 2017, 62% em 2018, 28% em 2019 e 21% em 2020, até chegar a 26% neste ano.
O Ministério da Saúde obtém esses índices a partir de questionários preenchidos por aqueles que procuram serviços de saúde. A pasta também identificou que 85% das crianças consome alimentos ultraprocessados, percentual superior aos 77% que comem frutas e aos 66% que têm verduras no cardápio.
Os dados corroboram com o diagnóstico de que o problema da fome está pior no governo de Jair Bolsonaro. No fim de 2020, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) havia apontado a quantidade de 20 milhões de brasileiros com falta de acesso à alimentação por 24 horas ou mais.
A organização havia mostrado também que 116,8 milhões de pessoas conviveram com algum grau de insegurança alimentar no ano passado, o que representava 55% dos lares do País.
No último mês, o preço da cesta básica havia marcado a alta de 30%, ultrapassando os 600 reais em diferentes capitais, de acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estudos Econômicos Sociais, o Dieese. A instituição avaliou que o salário mínimo deveria estar no valor de 5,8 mil reais, se acompanhasse de fato o aumento da inflação.
Nesta carta, Eliane Brum, idealizadora e cofundadora de SUMAÚMA, mostra por que esta semana é a mais importante de nossas vidas
Querida Comunidade Sumaúma,
Esta é a semana mais importante de nossas vidas, como coletivo, como gente que se conjuga no plural. Para muitas e muitos, aqui na floresta, é bem mais do que isso: é a decisão sobre se têm chance de viver ou se as balas que, nestes últimos 4 anos procuraram a sua cabeça e a de seus filhos, os alcançarão a partir de 1 de novembro. É o que acontecerá se Jair Bolsonaro for reeleito. Isso não é exagero nem discurso de eleição. Só acha que é hipérbole quem não consegue enxergar além de seus privilégios. Essa é a realidade na floresta amazônica e também em outros enclaves da natureza, como o Cerrado e o Pantanal. Nós, de SUMAÚMA, afirmamos e comprovamos isso a cada reportagem.
Na semana que passou, houve dias em que eu, pessoalmente, senti um peso tão forte no peito ao ver o sol sanguíneo produzido pelos incêndios criminosos da base de Bolsonaro na Amazônia que achei difícil caminhar. Mas caminhei, caminhamos. Me sinto impotente por me descobrir incapaz de fazer as pessoas compreenderem que é a vida delas que está em risco de morte. Não apenas a vida dos defensores da floresta que estão na linha de frente dessa guerra movida contra a natureza, mas também a minha e a sua. Sem a Amazônia, não será possível viver com alguma qualidade neste planeta. É ela a grande reguladora do clima. A floresta é muito, mas muito mais do que isso, mas, ainda que for por egoísmo, lute por cada voto por Lula porque dele depende o futuro bem próximo da Amazônia e, portanto, a sua vida e a das crianças perto de você.
Nesta quarta newsletter, as jornalistas Carla Jimenez, Verónica Goyzueta e eu fizemos uma entrevista com Marina Silva, na visão de SUMAÚMA a política mais importante da frente ampla de apoio a Lula. Contamos ali por que entendemos que a deputada federal eleita ocupa um lugar muito singular e muito novo na história brasileira – e terá um papel fundamental no destino do Brasil dos próximos anos. Mas, principalmente, Marina nos conta por que perdemos o direito de ser estúpidos. Ela nos instiga a alargar a paisagem de nossa mente e lutar. Leia. E lute.
A jornalista Catarina Barbosa foi até o arquipélago do Marajó, onde está o pior Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, para checar as denúncias que Damares Alves fez em 8 de outubro, em um culto eleitoreiro, sobre as crianças dos 17 municípios. Como é o hábito da ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos de Bolsonaro, Damares atira horrores ao vento, com o objetivo de reeleger seu chefe, sempre contando com a impunidade que o bolsonarismo ampliou no Brasil ao ocupar o poder. Diante disso, SUMAÚMA esteve no Marajó para fazer o que o bom jornalismo faz: buscar a verdade. E a verdade que encontramos é que a senadora eleita pelos Republicanos em 2 de outubro mente. E sua mentira oculta várias verdades sobre a desastrosa atuação do governo Bolsonaro nessa região amazônica.
Ilana Katz é uma das mais importantes pesquisadoras das infâncias, no campo da psicanálise, o que a faz atuar tanto com as crianças das Redes da Maré, no Rio de Janeiro, quanto com as crianças do bairro Santa Benedita, um dos mais pobres da periferia da cidade amazônica de Altamira, no Pará, como conselheira da organização Aldeias. Com essas credenciais de ponte entre mundos e entre infâncias, Ilana se debruçou sobre os fatos, os atos, as políticas e os vetos de Jair Bolsonaro nestes quase quatro anos de governo. Em artigo de opinião, ela nos mostra como Bolsonaro determinou quem são as meninas e os meninos matáveis do Brasil e como essa escolha afeta todas as crianças, inclusive as filhas e filhos da minoria privilegiada do país.
Carolina Santana, assessora jurídica do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (OPI), escreveu um texto doído sobre como a violação dos corpos dos indígenas continua a acontecer mesmo após a sua morte. Segundo informações obtidas por Carolina e organizações indígenas, o homem conhecido como “índio do buraco” foi reduzido a duas caixas de ossos e segue insepulto quase dois meses após sua morte. Depois de viver sozinho por 25 anos, porque seu povo inteiro foi exterminado por grileiros e madeireiros, ele se ornamentou para morrer. Sozinho. Mas sequer sua morte foi respeitada.
Não se esqueça de ver o que Guariba tem a nos dizer no traço de Pablito, nosso jornalista em quadrinhos. Guariba, que não pode votar, mas que será profundamente afetado pela eleição do próximo domingo. Possivelmente mais afetado do que nós.
Deveríamos estar debatendo uma democracia que vá além das pessoas humanas, que contemple os direitos da natureza, mas Bolsonaro, os 51 milhões que votaram nele e tudo o que ele representa, nos condenam a apenas lutar para que o Brasil continue sendo pelo menos uma democracia incompleta após 30 de outubro. Uma democracia em que a desvinculação da taxa real de inflação no reajuste do salário mínimo e dos benefícios da previdência não seja tramada a portas fechadas para depois das eleições; uma democracia em que o presidente não seja um extremista de direita que estimule o armamento da população, multiplicando o número de armas circulando no Brasil, com os resultados que acompanhamos dia após dia. Uma democracia incompleta é imensamente melhor do que uma ditadura. E eu falo não só do que estudei e me contaram, mas do que vivi na ditadura empresarial-militar que se estendeu por 21 anos no Brasil.
Todas, todes, todos temos uma única missão até o próximo domingo. Lutar pelo voto dos indecisos, dos que votaram em branco ou anularam o voto, dos que não compareceram às urnas. Não há espaço ético para ficar em cima do muro. Omissão é ação em momentos-limite como o que vivemos. Pegue o que você sabe fazer e se coloque a serviço da democracia. Não conseguiremos convencer um bolsonarista convicto, como nos ensina Elisa Estronioli, jornalista e militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que deixou sua casa e sua família na periferia de Altamira e foi para Belém se somar à luta pelo voto dos indecisos. Mas conseguimos, com fatos, provas, argumentos legítimos, mostrar por que precisamos impedir a reeleição de Bolsonaro. É ela quem nos lembra da frase de Carlos Marighella, que enfrentou a ditadura e foi executado por seus agentes: “A única luta que se perde é aquela que se abandona”.
A frase dita pelo presidenteJair Bolsonaro (PL) sobre adolescentes venezuelanasmerece ser explicada, o que não aconteceu até o momento. A avaliação é do comentarista daGloboNewse colunista dog1Octavio Guedes.
Agora, a frase do Bolsonaro é abjeta, asquerosa, nojenta e até agora não foi explicada. Não tem nada a ver com o que o Código Penal diz de pedofilia", afirmou Octavio Guedes.
A entrevista foi dada nesta sexta-feira (14) a influenciadores de torcidas de futebol. O trecho com a fala gerou repercussão no sábado (15). No momento da declaração, Bolsonaro falava sobre a situação daVenezuelae a vinda de venezuelanos para o Brasil.
Na sexta-feira (14), Bolsonaro disse a um podcast:
Eu estava em Brasília, na comunidade de São Sebastião, se eu não me engano, em um sábado de moto [...] parei a moto em uma esquina, tirei o capacete, e olhei umas menininhas... Três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas, num sábado, em uma comunidade, e vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. 'Posso entrar na sua casa?' Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando, todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos, se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida", disse o presidente.
Na madrugada de domingo (16), Bolsonaro fez uma live em suas redes sociais para se defender. Ele disse que as declarações sobre o encontro com as meninas foram deturpadas.
[Bolsonaro é um mito...maníaco. Toda estória que conta sempre é mentirosa. Ele sempre é imbrochável, incomível. Mas existem assuntos intocáveis: Rachadinhas, laranjal, funcionários fantasmas, imobiliária Bolsonaro, milícia, Escritório do Crime, Adriano da Nóbrega, Aristides, Ronnie Lessa, Marielle Franco, orçamento secreto, pec kamikaze, bolsolão da vacina, bolsolão do bu$ão, bolsolão do sus, máfia da merenda, máfia da saúde, máfia das armas, máfia das creches, máfia do asfalto, cpi da covid, kit cloroquina me engana, imunidade de rebanho, vacinas bilionário comércio, prisão de Milton Ribeiro, prisão de Fabrício Queiroz, fora genocida, nazismo, fascismo, integralismo, caixa de Pandora dos sigilos de cem anos, a prisão no Exército por terrorismo]
Legado de destruição vai desde o superfaturamento de ônibus escolares a interferência na Polícia Federal com o intuito de frear investigações contra os filhos.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito promovendo um inflamado discurso sobre anticorrupção, mas a verdade é que ele não consegue passar um único dia sem se envolver em escândalos criminosos – dos quais tenta veementemente se safar.
O legado de destruição de seu governo vai desde o superfaturamento de ônibus escolares a interferência na Polícia Federal com o intuito de frear investigações contra os filhos.
Aqui, estão reunidos apenas alguns dos mais expressivos casos de deturpação e que não devem ser esquecidos.
Vale lembrar ainda que, em meados de setembro, um coletivo independente e apartidário, o mesmo que atuou auxiliando os senadores na CPI da Covid, criou a ‘enciclopédia do bolsonarismo’.A Bolsopédia, como é chamada, traz uma memória do governo Bolsonaro com informações verificáveis sobre temas de grande relevância para os brasileiros, contendo tudo o que o presidente fez durante sua gestão – e não quer que ninguém saiba. A enciclopédia virtual foi construída a partir de matérias da imprensa organizadas por tópicos e em ordem cronológica e pode ser conferidaaqui.
Agora, veja abaixo, 17 escândalos de corrupção no governo Bolsonaro:
O primeiro caso veio à tona no final de 2018, quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Com os Bolsonaro, a corrupção é negócio de família.
Posteriormente, investigações judiciais e da imprensa revelaram que a prática é comum não apenas a Flávio, mas a toda a família, incluindo o próprio Jair, quando era deputado federal, e agora, na presidência da República.
Só as rachadinhas de Flávio desviaram mais de R$ 6 milhões. Rachadinha é um esquema de corrupção. O mau uso do dinheiro público é peculato, o uso sistemático disso organizado é organização criminosa.
2 – Funcionários fantasmas
Outra prática usual do clã Bolsonaro é a contratação de funcionários-fantasma. Durante seu último mandato como deputado federal, Jair Bolsonaro empregou pelo menos cinco assessoras que nunca colocaram os pés nas dependências da Câmara dos Deputados.
O caso mais notório é o de Walderice Santos da Conceição, conhecida como Wal do Açaí, contratada como secretária parlamentar, mas que vivia do comércio de açaí em Angra dos Reis, na rua da casa de veraneio do presidente.
É pública a relação dos Bolsonaro com Adriano Nóbrega, que chefiou o grupo criminoso conhecido como Escritório do Crime, responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco. Nóbrega é amigo de Queiroz, o operador das rachadinhas.
4 – Os cheques de Queiroz à Michelle Bolsonaro no valor total de R$ 89 mil
Por falar nele, uma pergunta que continua sem resposta: por que Fabrício Queiroz depositou R$ 89 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro? De 2011 a 2016, foram depositados pelo assessor de Flávio Bolsonaro e amigo pessoal de Jair, 27 cheques, com valores cheios, múltiplos de 1000 na conta da primeira-dama. Também houveram repasses do mesmo Fabrício para outra pessoa diretamente ligada ao presidente Bolsonaro e 1.512 repasses feitos por Queiroz para a loja de chocolates de Flávio Bolsonaro.
Até hoje, nenhuma explicação plausível foi dada pela família. Indagado por um repórter à época, o presidente declarou, com a usual agressividade: “Vontade de encher sua boca de porrada”. Quer mais escândalos de corrupção de Bolsonaro?
5 – Bolsonaros dando uma forcinha para esconder Queiroz
Peça chave na investigação das rachadinhas contra Flávio, o amigão de Bolsonaro, Queiroz, foi preso, em 18 de junho de 2020, em um sítio em Atibaia (SP), propriedade do advogado do presidente e de seu filho Flávio, Frederick Wassef.
6 – Ministro do Meio Ambiente investigado por envolvimento em contrabando de madeira ilegal
Todo mundo sabe que os ministérios do governo Bolsonaro foram ocupados por gente altamente desqualificada. Mas o cúmulo da inadequação, para se dizer o mínimo, é um criminoso ambiental na cadeira do Ministério do Meio Ambiente.
O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, exonerado pelo presidente, foi um dos alvos da operação Akuanduba da Polícia Federal, que apuram suspeita de facilitação à exportação ilegal de madeira do Brasil para os Estados Unidos e Europa. Não se esperava nada diferente de um ministro que sugeriu passar a boiada nas regras ambientais no meio da pandemia.
A CPI da Covid do Senado apontou indícios de prevaricação pelo presidente da República no caso por não ter acionado a Polícia Federal ao ser informado das denúncias envolvendo a negociação da Covaxin. E tema mais. Um representante de uma vendedora de vacinas afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose da AstraZeneca em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. O pedido teria partido de Roberto Dias, diretor do Ministério da Saúde. Um dos mais graves escândalos de corrupção de Bolsonaro.
8 – Ministro da Educação envolvido em caso de propina com pastores
Inúmeras denúncias inundaram o Ministério da Educação na gestão de Bolsonaro. Na mais inacreditável delas, o ex-ministro Milton Ribeiro foi exonerado do cargo em 28 de março, uma semana após a revelação de uma gravação na qual ele afirma que repassava verbas do ministério para prefeituras indicadas por dois pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Com acesso e influência, os pastores negociavam o pagamento de propinas (até em barras de ouro e contratos de compra de Bíblia!) com prefeitos em troca de facilitação no acesso às verbas federais.
Não foi a primeira vez, não mesmo, que Bolsonaro interferiu na Polícia Federal para favorecer amigos e parentes. Vira e mexe vêm à tona notícias de troca de delegados da corporação para barrar investigações, especialmente contra seus filhos. Na fatídica reunião ministerial ocorrida em abril de 2020, ele confessou interferência na PF e intenção de “proteger a família”. A interferência também travou investigações sobre as rachadinhas de Flávio.
10 – Tratores e equipamentos agrícolas superfaturados
À frente da pasta desde abril de 2019, ele também é o principal sócio da FW Comunicação e Marketing, que mantém contratos com ao menos cinco empresas que recebem do governo, entre elas a Band e a Record, cujas participações na verba publicitária da Secom vêm crescendo.
12 – Ônibus escolares com sobrepreço
Você se lembra do Bolsolão dos ônibus? Mais um item na lista de superfaturados pelo governo. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) autorizou a licitação bilionária para a compra de ônibus escolares com preços inflados. Indicados por Valdemar da Costa Neto e Ciro Nogueira (presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, e ministro da Casa Civil, respectivamente), os diretores aceitaram pagar até R$ 480 mil por cada ônibus que deveria custar no máximo R$ 270,6 mil. O preço total pulou de R$ 1,3 bi para 2,04 bi, um aumento de até 55% ou R$ 732 milhões, segundo noticiou o Estadão.
Pego no pulo, mesmo após o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pedir a suspensão do processo, o FNDE realizou o pregão com R$ 500 milhões a menos. O ônibus que seria vendido a R$ 438 mil passou, de uma hora para outra, a ser cotado por R$ 338 mil. Os preços estavam inflados a ponto de as empresas reduzirem o valor do contrato em MEIO BILHÃO. O TCU, porém, suspendeu o resultado para verificar os valores.
Entre as empresas está a Codevasf, que já conhecemos do escândalo de asfalto, a Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e a Codevasf. Na nova modalidade de despejar recursos do orçamento federal em compactadores de lixo, os movimentos são desconexos: veículos comprados com preços diferentes pelo mesmo órgão público no intervalo de apenas um mês; cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum.
Importantes programas do Ministério da Educação foram prejudicados sob o atual governo porque o dinheiro que deveria compor as verbas discricionárias do MEC foi parar nas mãos de parlamentares em troca de apoio a Jair Bolsonaro. Ao menos 18 iniciativas foram prejudicadas pela destinação de R$ 3,7 bilhões ao orçamento secreto, como a Política Nacional de Alfabetização, os Exames e Avaliações Nacionais da Educação Básica e Superior (entre eles o Enem), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e a Concessão de Bolsas de Estudos no Ensino Superior (Capes). Este é apenas um dos efeitos nefastos do orçamento secreto de Bolsonaro.
15 – Sigilos de 100 anos
Se todos esses casos revelados já causam revolta na população, inclusive na parcela que votou em Bolsonaro pelo discurso anticorrupção, imagine o que virá à tona quando os sigilos de 100 anos forem derrubados.
A família Bolsonaro, quando for varrida da vida política do país, pode passar a fazer a vida oferecendo cursos do tipo “como se tornar um milionário com o salário de funcionário público”.
E por falar em mansão e prosperidade, a família Bolsonaro também deve explicações sobre os 51 imóveis pagos totalmente ou parcialmente em dinheiro vivo ao longo de 30 anos. Em valores corrigidos pela inflação, foram gastos R$ 25,6 milhões na compra desses imóveis.
Vídeo antigo de Bolsonaro numa loja maçônica causou polêmica em razão das críticas de grupos evangélicos. Fake news que circula nas redes sociais associa Lula a satanismo. Escute as piores frases de Bolsonaro (vídeos)
Por g1
A primeira semana da campanha eleitoral para o segundo turno foi marcada por vídeos contra o ex-presidenteLula(PT) e o atual,Jair Bolsonaro(PL), candidato à reeleição. A segunda etapa da corrida presidencial estámarcada para o dia 30 deste mês.
As publicações viralizaram nas redes sociais e um dos vídeos foi usado em uma peça de propaganda eleitoral petista.
Maçonaria
Um vídeo antigo mostraBolsonaro discursando numa loja maçônica em uma fase pré-campanha de 2018, quando ele ainda não havia se lançado oficialmente à Presidência, mas já percorria o país. A polêmica se deve ao fato de que as igrejas evangélicas, grupo ao qual Bolsonaro faz acenos constantes em busca de votos, serem críticas à maçonaria. Em outro vídeo, Silas Malafaia, uma das influentes lideranças evangélicas que apoiam a sua reeleição, associa a maçonaria a "trevas".
Depois de esse vídeo vir à tona, passou a circular nas redes sociais umprint falso de uma publicação no Twitter atribuída a Bolsonaro em que ele diz: "Maçonaria será maior que o cristianismo no Brasil, por isso buscamos o apoio dessa gente. Cristãos, em sua maioria, são pobres e precisamos dos maçons que são ricos para bancar nossa campanha até o dia 30". A conta oficial de Jair Bolsonaro no Twitter não publicou o conteúdo atribuído a ele no print falso.Essa segunda imagem é uma montagem.
O próprio Vicky Vanilla divulgou um vídeo desmentindo o boato. "Esse pronunciamento faz parte de uma live que fiz e está sendo usado fora de contexto", diz. "O vídeo está sendo espalhado como uma fake news a meu respeito e a respeito do candidato Lula, que não tem qualquer ligação com a nossa casa espiritual", acrescenta.
Ainda sobre esse tema, outro vídeo que ganhou repercussão foi um publicado pela então vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil em Uberlândia, Flávia Aparecida Moraes, na quarta (6) dizendo que"não vai mais alimentar quem vive de migalhas", se referindo aos moradores da região Nordeste do Brasil, que votaram em peso em Lula no primeiro turno. Após a repercussão da declaração, ela pediu licença do cargo.
Canibalismo
Propaganda do PT na volta do horário eleitoral resgata vídeo de 2016 em que Bolsonaro diz que comeria um indígena
O vídeo é de uma entrevista de Bolsonaro a um jornalista do "New York Times" em 2016, época em que o presidente ainda era deputado federal. A entrevista completa está nas redes sociais do presidente.
O presidente relata que um indígena que havia morrido estava sendo cozido pela aldeia. "É para comer. Cozinha por dois, três dias, e come com banana. Eu queria ver o índio sendo cozinhado. Aí o cara: 'Se for, tem que comer'. Eu como! Aí, a comitiva, ninguém quis ir", contou Bolsonaro.
Agressão a mulheres
Outro vídeo que ganhou repercussão nas redes sociais traz um trecho de uma entrevista antiga de Bolsonaro ao extinto programa humorístico da Band CQC - Custe o que Custar em que questionado se "já deu uns sopapos em alguma mulher alguma vez", ele responde: "Já".
É longa a lista de mulheres agredidas por Bolsonaro (vide tags): Conceição Aparecida Aguiar, Marinor Brito, Vera Magalhães, Preta Gil, Maria do Rosário, Patrícia Campos Mello, Daniela Lima
Este colunista supõe que há valores e preços no voto em Jair Bolsonaro, consideradas as pessoas que votam com sinceridade. Os sinceros merecem reflexão e a primavera está chegando…
Um dos valores é que o sistema brasileiro de justiça não concluiu por ações de corrupção de Jair Bolsonaro e seus familiares, pois os órgãos oficiais nada publicaram como coisa definitiva. É voz corrente que o procurador geral Augusto Aras será julgado mais tarde se não arrumar logo logo outro alto posto na justiça do governo Bolsonaro. Ao contrário, o ex-presidente Lula foi julgado com incrível rapidez e caiu na prisão, ficando ausente das eleições de 2018. Porém, a própria justiça o fez recuperar seus direitos e mostrar os erros da Lavajato. Portanto, os processos que caminham pelo sistema contra Jair e filhos podem chegar a decisões em breve e corrupções podem ser conhecidas. Mas as pessoas e as famílias não vivem de disque-disque, nem de justiça pela metade. A ver.
Outro valor é que o presidente aparece em público como imbrochável, viril, impetuoso, uma espécie de super-homem dos trópicos. Lembra os casos dos conquistadores de antigamente e os agentes secretos americanos, que sempre vencem e matam um monte de gente pelo caminho. Quando se pensa que ele vai falar da família e que a divindade dele está acima de tudo, entra ele com a coisa da brocha. Mistura complicada, mas comum no presidente. Quem está acima de tudo, Deus ou Ele, o imbrochável?
Claro que essa história é subjetiva, pessoal, pois ninguém sabe se D. Michelle aceita e garante toda a impetuosidade e a imbrochabilidade do seu marido. Será que muita gente pensa que para ser uma boa família tem de ter um imbrochável? Dá uma forte impressão de que só é família prá valer aquela que tem seus imbrocháveis. Parece que o imbrochável é o que tem um montão de terra, um montão de lojas e muito poder para não ser culpado de nada. Naquele palanque do sete de setembro, o pobre presidente de Portugal (alguém viu ele?) ficou murcho e quase invisível ao lado de dois imbrocháveis, Jair e o véio da Havan. Dona Michele, coitada, parecia uma personagem daquela brincadeira chamada João Bobo, jogada de um lado para o outro.
Será que esse assunto não é somente coisa de homem? As mulheres ficam de lado, não? Alguns jornalistas mostraram que D. Michelle andou encrencando com esse assunto na boca do marido, mas ela não vai reclamar em público, porque não é louca e precisa garimpar votos. Os pastores, donos de boa parte da comunicação brasileira, estão sempre de olho nela. Será que tudo isso é mentira? Então, qual é a verdade?
Por ser fiel aos pastores e por timidez a esposa do presidente não dirá nada, ainda que tudo seja “prá inglês ver” ou prá dar impressão forte sobre eleitores. Mas esse negócio de brochar ou não brochar não é assunto do evangelho e parece que pouca gente pensa em por que o presidente mistura assuntos evangélicos com a estória da brocha. Será que algum profeta ou sábio daBíbliatratou desse assunto? Não parece possível ou justo. Mas vale perguntar aos pastores e às pastoras.
Mas tem uma coisa que é definitiva: Jair Bolsonaro esnobou a vacinação do povo nos meses iniciais da pandemia porque achou que todo mundo deveria ser meio super-homem, tipo imbrochável e teria de aguentar a gripe. Mas não era gripe. Este colunista perdeu sete amigos e tem vários familiares com sequelas pesadas.
Será que realmente morreram quase 700 mil brasileiros e brasileiras ou tem aí alguma maldade dos jornais e do pessoal da saúde? Conheço um eleitor do Jair Messias que diz que tudo é mentira, mas não acredito que esses 30% dos eleitores do Jair sejam iguais a esse eleitor que conheço. Para ele, não há verdade em nada, mesmo nas fotografias e nos áudios. Então, aquela falação, aquele espetáculo do sete de setembro com Jair e o véio da Havan também é mentira?
Talvez ainda haja outra coisa que leva a votar no Jair Messias: ele mete a cara e resolve as coisas. Por exemplo, o caso dos preços dos combustíveis. Pena que os preços só caíram agora em setembro, porque a população já vinha pagando preços altos de combustível, comida, produtos de limpeza e construção, serviços em geral há muito tempo, mais de dois anos. Será que dá prá compensar a fome e todas as dificuldades para viver bem até a eleição em 2 de outubro?
Não seria bom fazer as contas? Se você paga tudo a preço alto por dois anos e depois recebe descontos durante um mês e meio, o que é que vale?
O colunista não sabe de nenhum outro valor para votar no Bolsonaro. Mas sabe que o voto no presidente tem preço; melhor, tem preços. Se o eleitor ou a eleitora dele, a família não achar que é tudo mentira, vale a pena ver o preço do voto.
O primeiro preço é o da educação e da cultura das crianças, adolescentes e jovens, o que significa 53.759.457 com menos de dezoito anos. Cinquenta e dois por cento dessa juventude é descendente de África e sofre muito para se manter nas escolas e no sistema educacional. De fato, esse sistema muitas vezes expulsa crianças e adolescentes da escola. Nos últimos anos, muito mais e a pandemia não tem a culpa disso.
As famílias bolsonaristas talvez não devam dar atenção ao negócio do imbrochável, coisa do Bolsonaro desde que entrou no governo em 2019. Mas todas as famílias do Brasil têm crianças e jovens nas escolas, com certeza. Será que dá prá acreditar que os cientistas do Instituto de Estudos Socioeconômicos, baseados nos portais do próprio governo, por exemplo o Siga Brasil, estão certos ao mostrar que Bolsonaro deixou de entregar entre 2019 e 2021 o valor de 8 bilhões às crianças, adolescentes, professores, professoras e demais pessoal de apoio à educação? Era dinheiro obrigatório, garantido por Lei. E para 2022 já se sabe que os estudantes não receberão 6,2 bilhões. Palavra dos pesquisadores do mesmo instituto.
Noutras palavras, o dinheiro é da lei, mas deixa de ser mandado para as crianças do chamado sistema educacional. Para onde vai? Deve-se perguntar ao Paulo Guedes, ao Artur Lira (da Câmara dos Deputados) e ao próprio presidente. Os valores para educação com Bolsonaro são muito menores do que de anos anteriores. Recursos maiores garantiriam merenda, material didático, ações culturais na comunidade e transporte, por exemplo, nas 178 mil escolas públicas de educação básica do Brasil, espalhadas pelos quatro cantos do país. Mentira ou Verdade? Se verdade, quem é libertado por essa verdade, pois “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (livro doNovo Testamento de João8:32).
Seriam as famílias libertadas da obrigação de votar naquele que quer mais quatro anos e que prefere dar bilhões para deputados e diminuir os recursos dos estudantes brasileiros? Mas a educação precisa de recursos para fazer da escola um lugar bonito, bem arrumado, alegre, cultural e tendo como muito importante a valorização de professores e professoras. Do mesmo modo, com merenda de qualidade e especialmente com ensino de qualidade, o que deve ser visto e avaliado pelas famílias e pela sociedade brasileira. Também pelas famílias que pretendem votar em Bolsonaro. Sem famílias e comunidades, a escola fica capenga.
Tomara que não seja mentira outro preço alto a carregar nas costas pelo voto em Bolsonaro. Trata-se da saúde dos brasileiros e brasileiras.
Será que é mentira tudo o que dizem os jornais, revistas e artigos científicos sobre falta de remédios, falta de pessoal nos postos, muita distância entre as unidades de saúde pelo país afora e campanha contra a vacinação?
Será que não vacinar é evangélico? Este colunista estudou cultura e educação durante dois anos e meio em Israel e aproveitou a estadia para participar também das comunidades cristãs. Aprendeu hebraico e se vira em aramaico, línguas bíblicas. Nada há naBíbliainteira que impeça a vacinação. Imaginem se houvesse, pois a saúde era tratada de modo muito diferente do que conhecemos. Mas a “vacina” de Jesus era o exemplo de fé e de linguagem verdadeira Há nos textos bíblicos o contrário quando está presente a criança: é um baita pecado tirar o direito das crianças à saúde. Ora, na história do Brasil, do Ocidente e do Oriente, a maior garantia de saúde das crianças – e mesmo dos adultos – é a vacina. Remédio é bom para remediar quando já se ficou doente. Vacina previne. Uma carteira de vacinação completa é uma lindeza, orgulho da família.
Isso não é verdade? Se não é, a verdade não existe e qualquer um inventa qualquer coisa chamada de verdade. Até o presidente.
Por que diminuiu a vacinação no governo Bolsonaro, até a Vacina Sabin, contra paralisia? Coisa de louco? Não sei não, mas parece que é por causa também do imbrochável, por incrível que pareça. Mas já é outro sentido do imbrochável. Qualquer pessoa, criança ou adulta, não precisa de vacina porque o corpo aguenta. Aguenta? Se ele, o super-homem, diz que aguenta (mas muita gente garante que ele tomou vacina escondido e depois disse que era segredo por 100 anos) então qualquer um aguenta. Aguenta Covid? Aguenta paralisia infantil? Aguenta tétano?
Até este dia de setembro, somente 35% das crianças na faixa entre 1 e 5 anos tomaram a vacina contra paralisia. A esperança é que fossem 95%. Muitas vezes o Brasil alcançou essa meta. Temos no Brasil quase 15 milhões de crianças nessa faixa de idade. Este colunista, já velho, quando pequeno teve amigos e amigas que tiveram paralisia. Conheceu o sofrimento deles e delas. Depois o Brasil virou campeão de vacinação. Agora está derrapando na vacinação e tem bastante gente que faz campanha contra. Só pode ser pecado, que na língua hebraica significa erro, desvio, estar fora de um objetivo e por isso capaz de negar a própria verdade. Esse pecado precisa ser corrigido e a verdade restabelecida. Não será com este presidente, que tem horror a vacina. Quem aguenta?
Cientistas mostram que se tivéssemos vacina logo que os casos de Covid 19 cresceram no Brasil teríamos salvo entre 95 e 100 mil pessoas. Elas morreram. Ficou a dor e às vezes a frustração por não poder fazer nada.
De qualquer modo, continuamos a exigir a condição de cidadão e cidadã, pessoas que definem o rumo do Brasil.
Os médicos de confiança dizem que, dependendo da idade, a pessoa não aguenta nem as viroses mais comuns. Sofre muito. A vacina garante. Temos de voltar a ser o país exemplo de vacinação. Seremos!
Seria possível escrever muito sobre o preço do voto em Jair Bolsonaro. Mas para pensar no Brasil e no voto em 2 de outubro é suficiente porque foram mostrados aqui os fatos com dois assuntos fundamentais da vida humana: a educação e a saúde. Sem a educação/cultura, não se compreende bem o significado de tudo o que significa a saúde na vida do povo; sem saúde não há força ou vontade de se educar. Sem as duas a vida deixa de ser.
No governo Bolsonaro, é verdade que educação e saúde foram profundamente maltratadas em quantidade e qualidade, todos os anos. Há sinais e fatos por todo lado que provam. Isso é ou não é assunto das famílias brasileiras? Se não é, talvez se possa dizer que não há família no Brasil e o presidente está inventando famílias para ganhar votos.
As famílias, que o colunista acredita devam existir, têm decisões a tomar para o futuro breve. Pela educação e pela saúde do Brasil.
“A memória é o pilar da redenção e o esquecimento é o começo da morte”. Lembrar é preciso.
As análises políticas sobre a eleição e seus resultados podem ser resumidas em dois tipos principais. As que afirmam um único cenário, e as que analisam diversos cenários, mesmo admitindo a maior probabilidade de um deles.
Em geral, os analistas influenciados pelas ciências sociais estão acostumados a trabalhar com diversos cenários, muitas vezes comparando-os entre si. Trabalham, portanto, com a complexidade da conjuntura política, buscando averiguar o papel e o peso de seus principais atores.
Já os “políticos”, profissionais ou não, tendem a analisar um único cenário, e exagerar seus resultados para melhor obter proveito, seja ou não pessoal. Assim, é comum encontrarmos o golpe militar como único cenário pós-eleitoral, em caso de derrota de Bolsonaro. Sem dúvida, é um cenário possível, mas está longe de ser o único.
Os comandos superiores do Exército já se manifestaram contra qualquer aventura golpista. Dificilmente, policiais militares, milicianos ou sócios das CACs agiriam sem a cobertura militar. Isso não impede a possibilidade de ações isoladas, provavelmente a serem estimuladas pelo capitão perdedor. O que pode ocorrer é imprevisível, o presidente perdedor será tentado a imitar Donald Trump e sua invasão do Capitólio, mas, aconteça o que acontecer, não teria potencialidade de mudar o resultado eleitoral.
Claro que isso é uma hipótese. Mas trata-se de uma hipótese fundada na atuação firme da sociedade civil, com destaque para as manifestações Fora Bolsonaro do ano passado e para os diversos atos políticos este ano, como a Carta Pela Democracia que alcançou mais de um milhão de assinaturas. Além disso, é justo citar a atuação firme do STF em defesa do calendário eleitoral, e do TSE em defesa da urna eletrônica, barrando a tentativa de virar a mesa, por parte de alguns militares.
Last, but not least, o governo dos EUA tem pressionado em favor do processo eleitoral brasileiro. Já enviou três diplomatas para defender a urna eletrônica e dar um recado aos militares: nada de golpe! Mesmo a Procuradoria Geral da República – que desmoralizou o Ministério Público ao se transformar em escritório de defesa criminal de Bolsonaro – não se atreveu a intrometer-se no calendário eleitoral. Assim, tendo em vista a pressão da sociedade e a conjuntura internacional, a hipótese de ocorrer a eleição e seu resultado ser respeitado não pode ser afastada, como tem ocorrido com análises recentes que repercutem mais as bravatas do candidato B. do que a correlação de forças.
Os políticos, sejam ou não profissionais, comportam-se principalmente em função de duas características principais: a força e o interesse. Suas posições mudam com o tempo, uma vez que o interesse e a força são mutáveis. Assim, é comum um político mudar de posição ou de partido que, aliás, no Brasil não significa nada, é mera agremiação sem princípios.
Já aqueles que agem em função de suas ideias, mudam muito mais raramente, pois as ideias não mudam com a velocidade dos interesses e da correlação de forças. Mesmo em nosso meio, apoiando a campanha de Lula, encontramos companheiros que em 2018 defendiam Sergio Moro e apoiavam a prisão de Lula. Ou que se manifestaram no princípio deste ano contra a frente ampla para derrotar o presidente candidato, e agora apoiam com entusiasmo a frente ampla contra o fascismo.
Quando se trata de analisar a conjuntura política, os “políticos” mudam com muita facilidade em função de seus interesses e da nova correlação de forças. Já os “ideológicos” são mais fiéis a seus princípios e posições políticas. Os primeiros tendem a ser mais conclusivos em suas análises de cenário único, enquanto os segundos são mais cuidadosos e admitem vários cenários.
Mas há um elemento comum: o que Jair Bolsonaro vai dizer, todo mundo sabe. Vai dizer que venceu e que houve fraude na apuração. A questão no ar é o que farão os seus apoiadores. Uma das poucas certezas que podemos ter às vésperas da eleição é que a vitória de Lula no primeiro turno teria mais força para afastar qualquer tentativa de golpe, seja de que forma for, do que um penoso segundo turno, pleno de armadilhas e provável violência, mesmo com a vitória praticamente certa de Lula, segundo as pesquisas.
Nos últimos dias que antecedem a eleição, a campanha pelo voto útil dos eleitores de Ciro Gomes, de Simone Tebet e eleitores ainda indecisos torna-se a grande prioridade que pode garantir a vitória no primeiro turno. É a tarefa do momento.
Ciro Gomes está nervoso. Na reta final da campanha, o candidato do PDT lançou uma cruzada contra o votoútil. Há quatro anos, ele defendia essa opção em causa própria