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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

03
Mai23

Flávio Dino 'janta' Dallagnol: 'suas declarações comprovam a necessidade de um projeto sobre fake news' (vídeo)

Talis Andrade

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247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deu uma invertida no deputado federal Deltan Dallagnol, latifundiário da Bancada do Boi, após o parlamentar afirmar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoia ditaduras. 

"O senhor comprova a necessidade de projeto sobre fake news. Há uma ideia de repetir uma mentira para ver se ela vira verdade", disse o ministro. "O senhor parte de um sistema de crenças que não tem aderência na realidade. Nosso governo foi eleito pela população, mantém relações diplomáticas. O presidente Lula não recebeu presentes de ditadura, joias". 

O deputado do Podemos-PR afirmou que governo Lula "apoia ditaduras" e esteve envolvido nos "maiores escândalos de corrupção da face da terra para manter o poder".

Em março de 2022, Dallagnol, ex-procurador da Operação Lava Jato, foi condenado em março de 2022 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a indenizar Lula em R$ 75 mil por causa da apresentação do PowerPoint em 2016. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou a suspeição do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Lava Jato. 

Escândalo das joias

Na resposta a Dallagnol, o ministro da Justiça fez referência às joias recebidas de forma ilegal pela família Bolsonaro. De acordo com a legislação, presentes são patrimônio do Estado brasileiro e não bens pessoais. 

Um dos pacotes tinha joias avaliadas em cerca de R$ 16,5 milhões. Iriam para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em outro pacote eram produtos estimados em cerca de R$ 400 mil, que teriam o político do PL como destino. Em um terceiro conjunto estavam materiais estimados em R$ 500 mil. Policiais federais investigam e enviarão as conclusões a promotores, que decidirão se denunciam ou não os envolvidos no esquema. 

03
Mai23

OUÇA: Titãs põe Bolsonaro em letra histórica que cita ditadores e assassinos

Talis Andrade
 
 
 
 
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Nome do ex-presidente de extrema direita que tentou demolir democracia brasileira foi parar na icônica “Nome aos Bois”, de 1987. Só que ele não deve ter gostado nada da “justa homenagem”

 

por Henrique Rodrigues /Revista Forum

Os Titãs resolveram fazer uma “homenagem” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o líder de extrema direita que tentou dar um golpe de Estado no Brasil, mas que acabou sendo impedido pela força das urnas. A banda, que após 30 anos volta a uma turnê com sua formação clássica, se apresentou no sábado em Belo Horizonte (MG) e para surpresa do público acrescentou o nome do político bufão ultrarreacionário na lista de assassinos e ditadores de “Nome aos Bois”, canção de 1987, lançada no LP “Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas”.

A letra, muito conhecida, tem também alguns nomes controversos, que não teriam propriamente sido ditadores ou matado pessoas, que Naldo Reis, um dos compositores da música, explicou, há dois anos, que foram parar na relação por molecagem da juventude ou até mesmo por circunstâncias da época, num Brasil que havia acabado de sair da Ditadura Militar (1964-1984).

Em “Nome aos Bois”, Jair Bolsonaro foi colocado ao lado de figuras execráveis e funestas como Hilter, Mussolini, Pinochet, Franco, Papa Doc, Baby Doc, entre outros.

 

 

28
Abr23

SBPC propõe a criação do Dia Nacional de Defesa da Democracia

Talis Andrade

Democracia voto Fadi Abou Hassan.jpg

 

por Cristina Serra

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e um grupo de mais de 80 entidades ligadas à defesa das liberdades, dos direitos humanos e da ciência convocam a sociedade civil, partidos políticos, entidades e democratas em geral para uma mobilização de grande importância: uma campanha pela criação de uma data nacional de defesa da democracia. A Associação Brasileira de Imprensa e a Comissão Arns estão entre as entidades signatárias. A proposta vem em boa hora, num momento em que o país ainda lida (e lidará por muito tempo) com as consequências de quatro anos de extrema direita no poder.

A SBPC – presidida pelo filósofo, ex-ministro da Educação e professor da USP, Renato Janine Ribeiro – e a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP) explicam no documento abaixo a importância de termos no Brasil uma data que celebre a democracia e que repudie a ditadura e seu cortejo de horrores, como a tortura e a censura. A seguir, a íntegra do documento:

 

                                                   POR UM DIA NACIONAL DE DEFESA DA DEMOCRACIA

 

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), as demais entidades que compõem a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP) e as sociedades científicas abaixo assinadas convidam outras entidades da sociedade civil, além de partidos políticos e eleitos em geral, bem como todos os democratas, a criar um Dia Nacional de Defesa da Democracia, a ser comemorado anualmente, celebrando esse regime e também repudiando a ditadura, ao evocar aqueles que foram torturados ou mortos por regimes autoritários, bem como todos os que sofreram pela supressão de liberdades essenciais à vida privada ou pública.

Propomos que a sociedade civil escolha, por suas entidades, a data mais propícia para essa celebração. Lembramos que na Argentina o Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça se comemora exatamente na data em que foi desferido o infame golpe de Estado de 24 de março de 1976, levando ao assassinato de milhares de cidadãos pela ditadura, a qual só cairia depois da aventura também assassina da guerra das Malvinas.

Recordamos igualmente como opções a data do assassinato de Vladimir Herzog, em 25 de outubro de 1975, e no dia 31 do mesmo mês a primeira grande manifestação nas ruas contra o nefando Ato Institucional número 5, ocasião de uma celebração ecumênica, entre cristãos de várias denominações e judeus, pelo jornalista assassinado nas dependências da polícia política.

Passamos pelo horror, várias vezes em nossa História: colônia, escravatura, seguidas ditaduras e ainda, nos últimos anos, o elogio constante a regimes de exceção e de barbárie. Há poucos meses, assistimos a tentativas de fraudar e, depois, de negar os resultados da eleição de 2022. Nada disso pode ser aceito. Nossa sociedade precisa da cura que só a democracia pode trazer para as feridas que marcaram sua alma.

Entendemos que a própria discussão desta iniciativa, de seu nome e data a escolher, deve constituir um forte fator de mobilização da sociedade brasileira na defesa da democracia e no repúdio ao autoritarismo e injustiça. Tendemos a eleger a data de 31 de outubro, por representar uma manifestação suprapartidária contra uma ditadura desumana, que censurou, torturou e matou inocentes, apenas porque defendiam os direitos e liberdades que caracterizam a democracia.

Nunca Mais! foi o brado erguido pela sociedade civil, denunciando as torturas e infâmias cometidas na Argentina. Nunca Mais! foi o grito dos brasileiros, ao fazer seu esse protesto e denúncia.

Para deixar claro a todos os brasileiros que os crimes praticados pelo Estado, em especial pelos que se apoderam dele para seus fins escusos, são inaceitáveis, propomos à sociedade que faça um dia anual de luta e de reflexão, com forte componente pedagógico, de modo a esclarecer que tortura, censura e ditadura rimam, mas são algo que não se pode tolerar. E que esta data seja, também, um dia de promoção da democracia, de seus significados e de sua cultura.

A jornalista Laís Gouveia informa detalhes sobre o atentado terrorista que quase explodiu o aeroporto de Brasília.

Homem que plantou bomba escreveu a Bolsonaro: A carta estava no celular de George Washington de Oliveira, que atribuía a Jair Bolsonaro (PL) a inspiração para suas ações nos acampamentos bolsonaristas. O documento foi obtido pela Polícia Federal após perícia no telefone de George e divulgado pelo portal Metrópoles. No UOL News, o colunista Leonardo Sakamoto comenta o assunto.

27
Abr23

Na capa do El País, Lula defende que só quem está fora da guerra pode pará-la

Talis Andrade
www.brasil247.com - Vladimir Putin, Lula e Volodymyr Zelensky


'Não tenho dúvidas de que Bolsonaro tentou dar um golpe'




247 - Voz quase que solitária na real busca pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente Lula (PT) foi destaque nesta quinta-feira (27) na edição impressa do jornal espanhol El País. Lula esteve na Espanha nos últimos dias para agendas com empresários locais, com o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e com o rei, Filipe VI.

Em destaque na capa, a frase do presidente: "só os que estão fora da guerra podem pará-la". Sempre que perguntado acerca da guerra, Lula reafirma que condena a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia, mas destaca ser necessário concentrar esforços para retomar o diálogo entre os dois países em conflito. O plano do presidente brasileiro é montar um clube de países neutros que possam intermedirar o fim da guerra. “Só quem está de fora pode ajudar a construir uma engenharia capaz de frear essa guerra”, afirmou o mandatário ao El País.

"O Brasil condena porque a Rússia não tem o direito de invadir o território ucraniano. Então os russos estão errados. Ou você alimenta a guerra ou tenta acabar com ela. Para mim é mais interessante falar sobre acabar com esta guerra. E ninguém fala de paz, só eu. Fui falar com Joe Biden, com Olaf Scholz, com Xi Jinping, com Emmanuel Macron. É preciso se encontrar para acabar com esse conflito. E isso só pode ser feito se dois negociarem em uma mesa. É o que eu defendo", detalhou Lula.

O presidente ainda sugeriu que o conflito russo-ucraniano possa estar ligado a "interesses eleitorais". "Putin acredita que tem razão, e Volodymyr Zelensky, invadido, tem o direito de se defender. Então, quem vai acabar com a guerra? Preocupa-me que esta guerra esteja ligada a interesses político-eleitorais. Isso já aconteceu outras vezes no mundo e não acho justo que haja uma guerra sem que ninguém construa a paz. Vou tentar fazer isso".
Lula
@LulaOficial
Bom dia. Hoje, na capa do Estamos trazendo o Brasil de volta ao mundo e dialogando por um planeta em paz. Com menos guerra e mais cooperação, desenvolvimento e combate à fome e às mudanças climáticas.
 
 
Imagem de capa do jornal El País. Em espanhol, o destaque traz o texto "Só os que estão fora da guerra podem pará-la". No centro, foto de Lula falando com as mãos unidas
 
"Tudo foi organizado por Bolsonaro e sua equipe", disse Lula sobre os atentados terroristas de 8 de janeiro em entrevista que estampa a capa do jornal espanhol desta quinta-feira
 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ao jornal espanhol El País que não tem dúvidas sobre a participação de Jair Bolsonaro (PL) na intentona golpista que culminou com os atentados terroristas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

“Não tenho dúvidas de que ele tentou dar um golpe. Isso ia acontecer desde o primeiro dia da minha posse, mas como havia muita gente, ele esperou uma semana”, disse Lula na entrevista que estampa a capa do jornal espanhol nesta quinta-feira (27).

“Vi tudo na televisão, agrediram o Palácio do Planalto, houve negligência por parte de quem guardava e entrava no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal e no Palácio. Agora há pessoas na cadeia. Procuramos também quem financiou, quem pagou, por exemplo, os veículos que transportaram [os bolsonaristas]. Agora, o secretário de Segurança de Brasília [Anderson Torres] está preso”,  ressaltou o petista. 

Na entrevista, Lula disse estar convencido de que “tudo foi organizado por Bolsonaro e sua equipe. Ele foi alvo de 34 acusações e mais serão feitas, principalmente em processos internacionais. Ele é acusado da morte de mais de 300 mil pessoas, por causa das mais de 700 mil que morreram no Brasil [na pandemia], ele é responsável pela morte de mais da metade por não ter comprado as vacinas necessárias e por comprar medicamentos que são inúteis”.

O mandatário brasileiro também destacou ser preciso “salvar a democracia em todo o mundo” do avanço da extrema direita. “Não é só no Brasil. Temos de salvar a democracia em todo o mundo, porque há também a extrema direita na Espanha, em Portugal, na França, na Alemanha... Somente com a democracia o direito do povo de ir e vir pode ser estabelecido, somente com ela um metalúrgico pode se tornar presidente da República. A Espanha sabe o que é autoritarismo. Em Portugal havia apenas oito pessoas fazendo barulho nesse dia. Não sei como essas pessoas se sentiriam quando conversassem com seus filhos se os vissem na TV nesse papel ridículo. O que vemos às vezes com a extrema direita é barbárie, vimos isso com Hitler. Isso é fascismo e pode existir em qualquer país do mundo”, afirmou. 

04
Abr23

A terra dos bandidos golpistas

Talis Andrade
aram da tentativa de golpe em Brasília
 

Conheça paranaenses nazi-fascistas que participaram da tentativa de golpe em Brasília

Paranaenses participaram dos atos golpistas desse domingo (08) em Brasília – DF. É o que mostra o perfil no Instagram chamado “Contragolpe Brasil”, que identifica os terroristas que atacaram os prédios dos três poderes, e também apuração feita pelo Parágrafo 2 em grupos golpistas do Telegram.

Milhares de bolsonaristas invadiram e depredaram prédios do poderes legislativo, executivo e judiciário na tarde deste domingo. A tentativa de golpe – que contou com a conivência do governo do Distrito Federal – se concretizou com a chegada de cerca de 100 ônibus à capital durante todo o final de semana. Entre eles, estavam ônibus vindos de cidades paranaenses.

O perfil “Contragolpe Brasil” tem identificado, desde a noite de ontem, dezenas de terroristas por meio de fotos, colocando seus nomes e, por vezes, cidade e estado onde moram. Lá, é possível encontrar ao menos seis paranaenses:

Jessiel Carrara – Assessor Pedagógico da Prefeitura Municipal de Ortigueira:

 

Alir José Minuzzo – Professor da rede estadual:

Adriano Kommer – Empresário que trabalha com placas de energia solar:

Jefferson Martins:

Cleiton Bortolini:

No Telegram

O Parágrafo 2 identificou três grupos da rede social Telegram que são reduto de golpistas paranaenses: Direita Paraná, Direita Curitiba e Saúde, Religião, História e Política.

A maioria dos participantes destes grupos não foi à Capital Federal. Apenas engrossam por meio do aplicativo as praticas golpistas e Fake News costumeiras. Alguns, no entanto, fizeram as malas e embarcaram na viagem insana da extrema direita.

No grupo “Direita Curitiba”, Priscila Bertotti é figura atuante e desde sábado destacava que estava com a malas prontas ruma à Brasília.

De lá, Priscila abasteceu o grupo com fotos e vídeos da invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF), comemorando inclusive a depredação ao prédio:

“arrancaram a porta do gabinete do ovo”, diz em mensagem se referindo à porta do gabinete do Ministro Alexandre de Moraes.

No grupo “Direita Paraná” o mais atuante é Givanildo de Jesus Oliveira, mais conhecido como “Giva Curitiba” . Ele foi candidato a deputado estadual na última eleição concorrendo pelo Progressistas (PP). Não é possível perceber se Giva foi à Brasília, mas sua atuação no grupo golpista é de total incentivo aos atos terroristas.

 Adriano Azevedo é o criador do grupo golpista do Telegram “Saúde, Religião, História e Política”. Lá, há atualizações constantes sobre a situação em Brasília e o incentivo para que os protestos não parem.

 
31
Mar23

Polícia do Paraná faz operação contra marqueteiro da campanha de Moro ao Senado

Talis Andrade

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A investigação envolve um grande esquema de corrupção com agências de propaganda

 

247 - O Ministério Público do Paraná deflagrou nesta sexta-feira (31) uma operação contra possíveis crimes de corrupção, fraude em licitações e falsidade ideológica eleitoral supostamente praticados por candidaturas em campanhas eleitorais de 2014, 2016 e 2018.

Segundo site Paraná Portal, entre os alvos da operação está Marcelo Catani, que já foi secretário estadual e da prefeitura de Curitiba e que na última eleição fez a campanha do ex-juiz suspeito Sergio Moro ao Senado.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, sendo 15 em Curitiba e um em Campo Magro, na Região Metropolitana da capital, em endereços de residências e empresas relacionadas aos investigados.

 

Notícias outras na vara de Moro

 

bonat propaganda pessoal misturada com propaganda

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página de propaganda de bonat e governo contra s

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Deputada do MT está na mira por golpismo.

Por querer a dita dura

 
 

Deputada de SC exibe pau de fogo para metralhar

Lula 

31
Mar23

Manifestação por golpe militar é crime, mesmo desarmada

Talis Andrade

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Por Fernando Augusto Fernandes

 

A democracia fez o novo presidente da República eleito, Lula, por mais de 60 milhões de votos, derrotando Bolsonaro, que obteve pouco mais de 58 milhões de votos. Mas, terminada a eleição, se viu grupos nas ruas pedindo golpe militar.

Tratei, no artigo "Homicídio terrorista: assassinato por ódio de um integrante do PT", da necessidade de aperfeiçoamento da legislação de defesa do Estado democrático de Direito, para inclusão das motivações políticas. Continuo a defender a necessidade de modificação da lei.

Bolsonaro, no seu discurso irônico e perdedor, mantém esse movimento golpista ao assim se manifestar: "Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir…."

A Lei nº 14.197/21, inclusive aprovada por Bolsonaro, traz definição de crimes contra "o Estado democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais, com emprego de violência ou grave ameaça" — é o que cita o Artigo 359-L, com pena de reclusão de quatro a oito anos, além da pena correspondente à violência. E o Artigo 359-M — tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído — prevê pena de reclusão, de quatro a 12 anos, além da pena correspondente à violência [1].

Atos que não usam a violência, mas ameaçam a democracia com pedidos de uso de violência pelas Forças Armadas, também são crime.

Há previsão legal do crime de "incitação ao crime" do D.L. nº 2.848, e o parágrafo único dos Artigos 286 e 287, que prevê a criação de "animosidade entre as Forças Armadas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade", é bem claro e objetivo (2).

Essas "manifestações" se iniciaram bloqueando estradas em todo o país. As manifestações ofenderam o direito de ir de vir constitucionalmente, conforme o inciso XV do Artigo 5 — é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens [3].

Elas se desdobraram, após omissão e participação de agentes do Estado, em frente a quartéis do Exército. Apesar da garantia constitucional de livre reunião do Artigo 5 no termo XVI [4]. Também podemos incluir as práticas do Decreto Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, os Artigos 319 e 320. [5].

De toda forma, o Judiciário precisa ser instado a proibir tais manifestações, que desvirtuam a ordem constitucional. Evidente que elas não estão isentas de proibição, conforme cita o Artigo 5 nos termos constitucionais, XVIII, XIX e XXXV [6].

Para advogados que eventualmente postam, participam ou incentivam, tais atos devem ser punidos. É dever, pelo artigo 2º do Código de Ética: "V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis". O artigo 34 veda advogar contra literal disposição de lei (VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior) [7].

Aqueles advogados que se referem à decisão do STF no caso Lula — que anulou seus processos — com deselegância e desrespeito, postando, falando em público descumprem o dever de zelar pela justiça (XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes). Acima de tudo, advogado que incentiva, participa ou divulga atos antidemocráticos mantém atividade incompatível com a advocacia (XXV - manter conduta incompatível com a advocacia).

O incentivo de golpe militar é crime, mesmo sendo desarmado! A tentativa é crime contra o estado democrático. A omissão de atitudes ou a participação prevaricação. Aos advogados, infração ética.

Todos que desrespeitam a constituição devem ser punidos. Se agentes públicos, demitidos ou exonerados. Os demais, impedidos de participar de concurso público. Os advogados, suspensos por processo ético na OAB. Não é possível deixar de aplicar as punições com as leis vigentes

_____________________________________

[1] https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.197-de-1-de-setembro-de-2021-342334198

[2] https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm

Incitação ao crime

Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem incita, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade. Incluído pela Lei nº 14.197, de 2021) (Vigência);

Apologia de crime ou criminoso

Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.

[3] https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

[4] https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

[5] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: (Vide ADPF 881) Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.). Além indulgência criminosa em relação àquele superior hierárquico que não tomar providências quanto aos que praticarem crimes (Condescendência criminosa).

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.)

[6] https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

[7] https://www.oab.org.br/content/pdf/legislacaooab/codigodeetica.pdf

30
Mar23

Fantasias masculinas: o reflexo abjeto de Nikole e Bolsonara

Talis Andrade
 
Quem é Nikolas Ferreira, o deputado que discursou de peruca na Câmara, e o  que é transfobia | Política | Valor Econômico
 
 

 

por Renato Duarte Caetano, Gabrielle dos Santos Marques e Ricardo Fabrino Mendonça /Cult

 

Eis aqui a mulher do bolsonarismo: ela veste terno, usa uma peruca gema de ovo de quinta categoria e brada histericamente a paranoica ladainha de seu deplorável kit básico da intolerância: “homens têm pipi, mulheres têm pepeca, pessoas trans têm uma agenda oculta que visa abusar das nossas inocentes criancinhas, e eu sou oprimida por falar o óbvio”. O nível de ressentimento, ódio e medo presente em seu discurso deixa evidente a vitimização que é tão marcante nos caminhos que levaram à ascensão da extrema direita no Brasil.

O paladino da moral e dos bons costumes não usa armadura reluzente nem anda de espada em punho. Ele ostenta sua ferida. Aberta, sangrando, em necrose. Mas só isso não basta.

Para realmente conquistar os corações patriotas, é preciso adicionar à performance o tempero paródico do palhaço estereotipado. Sem ele, a performance não fingiria ser inclusiva e democrática. É rindo da mulher que caricatura que Nikolas expõe a feminilidade que entende ser possível, restrita à projeção do próprio olhar misógino. Não há ali vias para o deslocamento e encontro com o feminino. A mulher de Nikolas é a projeção de si mesmo. Nikole é um espelho que revela muito do bolsonarismo, de suas inseguranças, seus temores, suas projeções e suas impotências.

A deputada Nikole aprendeu essa receita com sua grande mentora, a candidata Bolsonara. Para quem não se lembra, durante o debate presidencial transmitido pela Globo em 29 de setembro de 2022, a candidata à presidência Simone Tebet chamou, por equívoco, sua adversária Soraya Thronicke de “candidata Bolsonara”. O então presidente Bolsonaro logo fez chacota, não apenas rindo ao vivo durante o debate, mas também no dia seguinte, quando postou uma foto em seu Instagram com um filtro que transformava seu rosto no de uma mulher.

 
Bolsonaro posta montagem para ironizar Tebet: 'Candidata Bolsonara'
 
 

Aqui se via, em primeira mão, a mulher do bolsonarismo, expressa no grotesco e burlesco autorretrato gerado por um filtro de Instagram. Enquanto criticam o pressuposto de que mulheres trans reduzem a categoria mulher a um sentimento teoricamente fortuito e efêmero, o bolsonarismo reclama um retorno ao que há de mais duradouro e estereotipado na representação das mulheres: fantasias masculinas. Projeções que se fazem caricatas a partir do barato e do banal: a peruca de plástico e o filtro de Instagram.

Criando uma versão abjeta da própria paródia de gênero mobilizada por drag queens, o bolsonarismo dobra sua aposta na chacota para reforçar estereótipos de gênero. Nikolas Ferreira não questiona nenhuma relação de poder ao se colocar como deputada Nikole. Tampouco o faz Bolsonaro ao “assumir-se” como candidata Bolsonara. Muito pelo contrário, o movimento realizado por ambos é o de reforçar hierarquias sociais que historicamente condenam certas mulheres e certos homens à condição de dejetos da sociedade.

Esse é o poder do ridículo que emana da grotesca paródia da extrema direita: o de relativizar o poder político, a seriedade e as conquistas de movimentos sociais que lutam pela inclusão de seus corpos na conta sempre malfeita da democracia, para lembrar os termos de Jacques Rancière. A violência contra mulheres trans e cis é uma realidade perversa que se constitui como parte fundante do pacto social brasileiro.

Ao convocarem o povo a rir de suas imagens travestidas, o que desejam Nikolas e Bolsonaro é reafirmar e renovar a dimensão violenta e excludente desse pacto. Como um jogo de espelhos tortos e deformados, o bolsonarismo busca refletir um horizonte político no qual só é possível vislumbrar uma imagem porca e suja do povo brasileiro. Uma imagem que revela a si mesmo.

Apesar de tudo, a performance carnavalesca da deputada Nikole nos coloca de frente a uma clássica e justa questão: o que é uma mulher? Sua resposta, óbvio, não tem nada a acrescentar ao antigo debate; ela é mais velha do que o próprio conceito, restringe-se a mulher à mãe. E como se não bastasse, ela é a mãe em perigo, a que precisa ser resgatada dos “homens de dois metros” que querem roubar seus, pasmem, banheiros!

Fôssemos nós psicanalistas, veríamos aqui uma versão barata do ilustre presidente Schreber. O alto nível de perversidade imbuído no delírio paranoico é inversamente proporcional à baixeza estética de sua performance. Mas deixemos a psicanálise aos analistas. De um ponto de vista político, o que está em jogo na cena que se desenrolou no último Dia Internacional da Mulher é um problema social com amplas repercussões: a ideia de que os movimentos LGBTQIAP+, em especial as pessoas trans, querem ditar a maneira pela qual as pessoas devem viver suas vidas. Ideia que arrebata corações, aplausos e simpatias ao alimentar temores e ansiedades das pessoas diante de um mundo tido como incerto.

Quando tudo parece de ponta-cabeça, a estabilidade é buscada no retorno, mas como nos lembra Derrida, a violência do fantasma que retorna concentra-se em sua estética espectral. A fantasia masculina ressuscitada é mais grotesca e ridícula do que já foi antes, mas ela não deixa de partir do assombro e do horror.

Mas tranquilizemos a extrema direita. Não… a esquerda, o feminismo, as pessoas trans e outros fantasmas não querem invadir banheiros nem acabar com suas famílias. Não há porque imaginar que a existência dessas pessoas vá derreter a solidez da fantasia da família-padrão-margarina. Dessa forma, Nikole e Bolsonara podem despir-se de suas pseudofeminilidades indignas, que usam estética da afetação caricata para suavizar seus autoritarismos.

Até porque, o 8 de março de 2023 foi o primeiro em que duas mulheres trans, apesar de tudo e para o terror do referido deputado, puderam discursar em plenário sobre o significado da data. Muitas outras virão.

 

 

 

 

 


06
Fev23

Daniel Silveira pode apodrecer na cadeia

Talis Andrade

 

Charge: Amarildo

 

Por Altamiro Borges

O brutamonte bolsonarista Daniel Silveira corre o sério risco de apodrecer na cadeia, abandonado pelos seus comparsas e totalmente endividado. Um dia após perder sua imunidade parlamentar, o ex-deputado federal pelo PTB do Rio de Janeiro foi preso em Petrópolis, na quinta-feira (2), por descumprir 175 vezes medidas cautelares definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Poucas horas depois, o troglodita ainda foi dedurado friamente pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) de ter participado de uma patética trama golpista juntamente com o ex-presidente fujão. 

Multas de quase R$ 4,4 milhões

 
Na sentença que determinou originalmente a sua detenção, Daniel Silveira foi acusado pelo ministro Alexandre de Moraes de violar várias cautelares – como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de utilizar suas redes sociais e a concessão de entrevistas. Por essas violações, o ex-parlamentar já acumula multas de quase R$ 4,4 milhões, segundo balanço feito pelo STF em 15 de dezembro. No documento em que pede sua prisão, o ministro argumenta que o bolsonarista danificou o equipamento de monitoração eletrônica e que segue com seus ataques ao Supremo e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

“Como se vê, nem mesmo o elevado valor das multas acumuladas em seu desfavor foi suficiente para cessar o periculum libertatis do réu condenado, não se notando, do contexto fático-probatório, qualquer efeito intimidatório da medida cautelar pecuniária... As condutas do réu, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo Plenário do STF, revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário”, afirma a sentença. 

Pela decisão, Daniel Silveira fica proibido de receber visitas na cadeia, salvo dos seus advogados. Ele também não poderá conceder quaisquer entrevistas, somente mediante autorização expressa do STF. “A ordem de prisão foi acompanhada de busca e apreensão de armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como do passaporte dele. Moraes ainda expediu ofício à Polícia Federal (PF) para suspender seu porte de armas de fogo. O Exército também deverá suspender imediatamente certificados de registro como colecionador de armas”, relata o site Metrópoles. 

R$ 270 mil em espécie na residência do miliciano

A operação de busca e apreensão em sua residência ainda resultou em outro complicador para o bolsonarista. Segundo a Folha, a Polícia Federal encontrou R$ 270 mil em espécie no local. O seu advogado jura que “o dinheiro vivo achado é do salário como deputado”, mas o jornal desmascara a farsa: “Durante as eleições para concorrer a uma vaga no Senado em 2022, a referida quantia não foi declarada integralmente ao TSE. O então parlamentar informou à Justiça um total de R$ 327.002,39 em bens, sendo R$ 132 mil em espécie. O valor é R$ 138 mil menor do que foi encontrado em sua residência”. 

Já bastante enrascado, o brutamonte bolsonarista ainda foi surpreendido com a explícita delação do seu ex-compadre, o também militar Marcos do Val. O senador capixaba enviou mensagem ao ministro Alexandre de Moraes responsabilizando Daniel Silveira como autor do “golpe Tabajara” tramado juntamente com o ex-presidente da República. Ele até tenta livrar a cara de Jair Bolsonaro, depois de acusá-lo em entrevista à revista Veja, mais dedura integralmente o atual presidiário – o que pode agravar ainda mais a sua pena na cadeia. 

Ex-deputado marombado vai levar a culpa sozinho?

Diante desse cenário, Chico Alves questiona no site UOL: “Daniel Silveira aceitará levar sozinho a culpa pela conspiração golpista?”. Para o jornalista, a situação do paquiderme é terrível. “Na segunda versão da confusa história de Marcos do Val, Silveira aparece praticamente como vilão único, o personagem que tentava convencer outros dois a grampear o ministro Alexandre de Moraes”. 

“É comum em tramas mafiosas e milicianas que, quando são flagrados pelos agentes da lei, criminosos convençam um elemento da quadrilha a carregar todas as culpas para livrar o chefe. Além de assistência jurídica, essas figuras recebem recompensa em dinheiro pelo tempo que eventualmente ficarem presas e outras benesses. Seria esse o caso de Daniel Silveira? O ex-deputado marombado, bolsonarista de carteirinha, vai aceitar levar sozinho e calado a culpa por mais essa acusação, ainda mais grave que as outras pelas quais está sendo processado?”.
04
Fev23

O cabo Silveira, o soldado do Val e a fuga do ex-capitão

Talis Andrade

 

por Fernando Brito

- - -

Quando Eduardo Bolsonaro disse que bastaria um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal, certamente não estava imaginando que seriam o cabo da PM Daniel (Lúcio) Silveira e o soldado Marcos do Val, do 38° Batalhão de Infantaria, hoje (ainda) senador, os personagens da comédia tosca que estão encenando para livrar Jair Bolsonaro do destino de punição que espera os golpistas fracassados.

Talvez se pudesse até acreditar, de tão toscos que são os Bolsonaro, que tudo que do Val relatou (e “desrelatou”, ao longo do dia) sobre a conversa que Daniel Silveira o teria levado a ter com Jair Bolsonaro, envolvendo uma armação para que o senador gravasse conversas em que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, eventualmente escorregasse, na intimidade, em declarações que o marcassem como suspeito na condução dos inquéritos que implica o ex-presidente em manobras golpistas.

Mas, para crê-lo, seria necessário um festival de ingenuidades.

Do Val apresenta-se como “próximo” de Moraes, – “com quem faço uns trabalhos“- e se poderia dizer até íntimo do ministro, tal a facilidade com que marca encontros por Zap a qualquer hora que queira, ou que se possa achar que Moraes, recebendo um senador sabida e abertamente integrante da “tropa de choque” bolsonarista para falar inconveniências e fazer rompantes.

Logo ele que, há quatro dias, gravou um vídeo (aqui, aos 10 min) dizendo que Moraes é uma “unanimidade” negativa entre os brasileiros e que “nem os ministros do Supremo estão aguentando mais ele”. Amigão, não é?

É evidente que se trata de uma manobra primária para desqualificar o presidente do TSE e tentar retirá-lo da relatoria dos inquéritos relativos à defesa da democracia contra o golpismo.

Esta é a “missão” que recebeu, agora que a vitória de Rodrigo Pacheco na eleição do Senado tornou impossível a “saída” de promover o impeachment de Moraes.

O senador nem precisa desistir da alegada renúncia que disse – e “desdisse” – iria apresentar. Vai perder o mandato e terá a honra de abrir a fila da Comissão de Ética nesta legislatura.

O cabo Silveira, em cana, vai ter de dar cambalhotas para justificar os R$ 270 mil achados em sua casa. O soldado do Val, já está levando tombos estrepitosos no primeiro dia de suas “denúncias”.

Mas estas suas manobras diversionistas para livrar Bolsonaro, tal como as declarações de Valdemar da Costa Neto de que “todo mundo tinha” minutas do decreto golpista para estabelecer “Estado de Defesa” e anular as eleições, só vão ajudando a transformar em comédia-pastelão as versões dos golpistas para escaparem às suas responsabilidades.

Até o final desta quinta-feira, depois do seu depoimento à PF, do Val estará completamente desmoralizado e de tudo só restará um Bolsonaro mais golpista e tosco, sem ter nem mesmo o um cabo e um soldado ao seu lado.

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