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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

09
Nov23

A jogada suja de Netanyahu e Bolsonaro para afrontar Lula e a Justiça

Talis Andrade
 
 
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por Moisés Mendes

A reunião de Bolsonaro com o embaixador de Israel, na Câmara dos Deputados, não teria acontecido se o anfitrião já estivesse preso ou pelo menos se sentisse sem cara e sem forças para aparições públicas.

Mas Bolsonaro anda por aí com desenvoltura e apareceu de terno e gravata para o encontro, dentro do Congresso, com suporte de gente da bancada de extrema direita. Foi assim que deu exposição cerimoniosa ao evento.

Bolsonaro e o embaixador afrontaram Lula, o governo, o Itamaraty, toda a diplomacia, o Ministério Público, o Judiciário, o Congresso, as instituições e o Brasil. Tudo com roteiro e liturgia e numa sala do Parlamento.

Uma afronta com um detalhe só aparentemente insignificante. Assessores e fotógrafos fizeram registros protocolares e foram retirados da sala, porque o resto ninguém poderia ver.

O Bolsonaro moribundo, que frequenta rodas de conversa no PL, cultos e entrevistas, agora se encontra em reunião fechada no Congresso com o embaixador de um país empenhado em destruir um povo.

A afronta cumpre seu objetivo de desafiar a autoridade de Lula e também o de mostrar que Bolsonaro é um fora da lei avariado, mas ainda vivo e temeroso.

A diplomacia de guerra de Daniel Zohar Zonshine ajuda na sobrevida de Bolsonaro, que se oferece como escada para que Israel tente colocar o dedo na cara de Lula.

Podem dizer que não faz sentido, se Bolsonaro não tem mandato e foi derrotado em duas tentativas de se manter no governo, numa eleição e num golpe tabajara.

A reunião executa o plano de jogar para a torcida e mantê-la acordada, ao mesmo tempo em que Benjamin Netanyahu manda dizer que seu emissário conversa com Bolsonaro.

Foi uma troca. Israel contribui para a sensação de normalidade na vida de Bolsonaro, e o sujeito lhe oferece a vitrine para o desaforo. Netanyahu mandou dizer que Bolsonaro ainda tem poder interno e de interlocução internacional.

Como foi alcançado até agora apenas pela Justiça Eleitoral, Bolsonaro é o elefante que qualquer um enxerga como quiser, apalpando isoladamente a tromba, a orelha, a barriga, o Pix ou o rabo.

Não se tem ideia do conjunto e da sua utilidade política. O que Bolsonaro ainda é capaz de fazer? O sistema de Justiça não o alcançou pelos crimes que cometeu. A inelegibilidade é um dano, mas ainda falta imobilizá-lo criminalmente.

Bolsonaro poderia estar morto politicamente, depois da eleição e da invasão de 8 de janeiro, se já tivesse sido submetido ao código penal, e não só ao código eleitoral.

A punição eleitoral é o que temos para as circunstâncias, porque a base para decisões mais drásticas é tão nebulosa quanto o poder real de Bolsonaro. Ainda não há lastro na sociedade para que ele seja condenado e contido numa prisão.

Por isso combinaram a reunião. Para que uma autoridade estrangeira também dissesse que Bolsonaro vive e circula à vontade, cumprindo compromissos, com terno e gravata, desta vez com a diplomacia de um país mergulhado no sangue de crianças palestinas.

Duas expressões do que existe de pior no mundo hoje confraternizam, numa reunião que parece não ter sentido, pela só aparente impossibilidade de efeitos práticos imediatos.

O efeito é este: o embaixador decidiu dizer aqui, como andam dizendo em outros lugares, que Israel vai manter o massacre e mantém por quanto tempo quiser os reféns brasileiros no sul de Gaza.

Judeus progressistas podem admitir que é constrangedor ver um embaixador de Israel sentado ao lado de uma figura que já tirou fotos com nazistas e tem parte do entorno e da base social com conexões comprovadas com essa gente.

Mas hoje nada mais constrange ninguém. A afronta está feita. O embaixador afrontou o presidente da República e as instituições brasileiras. E Bolsonaro apenas continuou afrontando o Ministério Público e o Judiciário.

Embaixador de Israel se reúne com Bolsonaro

13
Out23

VÍDEO: Mulher resgatada de Israel pelo governo Lula agradece ao prefeito bolsonarista de Sorocaba 

Talis Andrade

 

Ao desembarcar do avião da FAB, enrolada em uma bandeira do Brasil, repatriada "se esqueceu" que operação de resgate de brasileiros no Oriente Médio foi encampada pelo governo federal

 

por Ivan Longo

Revista Forum

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Uma das brasileiras resgatadas de Israel no primeiro voo de repatriação viabilizado pelo governo Lula, em meio à guerra com o Hamas, chamou a atenção de usuários das redes sociais e telespectadores ao fazer seus agradecimentos por ter retornado ao Brasil. 

Identificada como Mainara da Silva, a repatriada estava no avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com outros 210 brasileiros. A aeronave decolou de Tel Aviv no início da tarde de terça-feira (10) e pousou em Brasília na madrugada desta quarta-feira (11).

A maior parte dos passageiros compunha um grupo que foi à Jerusalém fazer turismo religioso, entre eles 3 pessoas de Sorocaba (SP). A prefeitura da cidade do interior de São Paulo, então, enviou um avião particular à capital federal para buscar o trio, entre eles Mainara, que deu uma entrevista ao jornal "Hora 1", da Globo, logo após desembarcar no Dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, que Jair Bolsonaro, este ano, esqueceu de celebrar. 

Ao expressar sua felicidade de estar em solo brasileiro, a repatriada agradeceu à prefeitura de Sorocaba pelo resgate, "se esquecendo" que a operação no Oriente Médio foi encampada pelo governo federal.

‘Resgate’ de Manga em Israel vira piada e Sorocaba vai parar no trending topics do Twitter

No geral, as críticas lembram que foi a Força Aérea Brasileira quem trouxe os brasileiros de volta, e que a FAB é comandada pelo presidente Lula, não pelo prefeito de Sorocaba

por Paulo Andrade (Portal Porque)*
 

O “resgate” dos sorocabanos em Israel, armado pelo prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), virou piada nacional e colocou a cidade nos trending topics do Twitter, a lista dos assuntos mais comentados da rede social, nesta quinta-feira (12). No geral, as críticas lembram que foi a Força Aérea Brasileira quem trouxe os brasileiros de volta, e que a FAB é comandada pelo presidente Lula, não pelo prefeito de Sorocaba.

>> Ouça a música que viralizou, satirizando o “resgate” de Manga em Israel

>> Veja a paródia da entrevista da evangélica, que agradeceu Manga pelo avião da FAB 

O máximo que Manga fez foi embarcar, junto com sua equipe de marketing, em um jatinho cedido pela empresa NHR, para buscar alguns moradores da região, inclusive pastores amigos dele, em Brasília, após desembarcarem do voo da FAB.

As críticas ao marketing da “participação” do prefeito de Sorocaba no “resgate” dos brasileiros que estavam na zona de conflito foi parar foi um dos assuntos mais comentados no Instagram, no Facebook e no YouTube, além do Twitter.

Em um dos vídeos, uma influencer com mais de 319 mil seguidores imita a evangélica “resgatada” de Israel, que agradece o prefeito Manga nas entrevistas para as redes nacionais de televisão. A humorista diz que estava em Israel rezando pelo fim do comunismo no Brasil e agradece o prefeito Manga por trazê-la de volta. Uma única repercussão irônica desse vídeo, que se espalhou pelo Brasil, teve 26 mil curtidas e centenas de comentários.

Para o Portal DCM (Diário do Centro do Mundo), “Bolsonarista investigado por corrupção, prefeito de Sorocaba é o herói fake do resgate dos brasileiros de Israel”. Essa foi manchete nesta quinta-feira (12).

 

Dia da Criança ou da Mentira?

“Hoje é Dia da Criança, mas tem gente achando que é Dia da Mentira. Tenho lido nas redes sociais que a vinda de sorocabanos lá de Israel aconteceu por causa da intervenção do Manga. Hahaha. Já existe FAB sorocabana?”, escreveu o jornalista e humorista de Sorocaba, Celso Ribeiro Marvadão, em sua página.

Num outro vídeo, de uma sorocabana notadamente bolsonarista e seguidora do Manga, um dos comentários foi “Não precisa agradecer o Lula. É obrigação dele. Mas inventar um responsável aleatório [Manga] pelo seu resgate pé demais”.

Já em um único canal do You Tube, “Tocamente a frente”, com 222 mil inscritos, o comentarista disse que “rachou o bico” de rir ao assistir o vídeo da sorocabana bolsonarista creditando ao prefeito Manga a volta dela ao Brasil. “É para acabar, galera. Não tem nada a ver [com Manga]. Não querem dar o braço a torcer e dizer que foi o governo Lula que trouxe”.

 

Mais cinco voos da FAB

A logística do Governo Federal, em conjunto com a Força Aérea Brasileira, programou outros cinco voos para resgatar brasileiros em Tel Aviv até o domingo (15), na Operação Voltando em Paz.

Além do marketing que virou “tiro no pé”, o prefeito optou por um lado da guerra, Israel, e até hasteou uma bandeira do país em frente ao Paço Municipal. Em uma matéria do Portal Porque sobre o assunto, uma leitora questionou: “Se era para hastear uma bandeira sobre a guerra, por que não hasteou uma branca, pedindo paz?”

* Colaborou Fábio Jammal Makhoul

30
Set23

Fala golpista de Paulo Bilynskyj quatro dias antes dos atos terroristas de 8 de janeiro

Talis Andrade

 

Deputado delegado Paulo Bilynskyj volta ameaçar Lula de morte (segunda parte)

 

Paulo Bilynskyj no dia 4 de janeiro provoca. No quarto dia da terceira presidência de Lula da Silva, no X, o ex-delegado, expulso da Polícia de São Paulo, critica a decisão do governo de desvendar os mandantes do assassinato de Marielle Franco. E interpela as Forças Armadas se vão "deixar acontecer" que o governo reprima manifestações que reivindicam intervenção militar golpista. O deputado bolsonarista da extrema direira critica entrevista do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino:

Delegado Paulo Bilynskyj
Ministro da Justiça de Lula ameaça acionar polícias de outros países caso policiais brasileiros não aceitem reprimir as manifestações. E ai, Forças Armadas. Vão deixar isso acontecer?

As provocações mentirosas de Paulo Bilynskyl antes da posse de Lula:
Avisa que não vai ter ninguém na posse. (continua)
 
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"Não vai ter ninguém na posse". Bilynskyj também falhou na convocação terrorista de 8 de janeiro:

Policial bolsonarista de SP sofre nova punição

por Altamiro Borges

Na segunda punição em poucos dias, o Conselho da Polícia Civil de São Paulo aprovou na semana passada a demissão do delegado Paulo Bilynskyj pela difusão nas redes sociais de mensagens que fazem apologia aos crimes de estupro e racismo. Pouco antes, o policial teve a sua arma apreendida após postar um vídeo em que aparece atirando, atacando a esquerda e convocando seus seguidores a participarem dos atos golpistas de apoio ao fascista Jair Bolsonaro no 7 de Setembro. 

No caso do pedido de demissão, a postagem criminosa faz parte do material promocional dos cursos online ministrados pelo delegado. Ela usa imagens de uma moça branca sendo carregada por homens negros e, na legenda, frases do tipo que a “situação fica preta” para quem não se prepara adequadamente para concursos. 

Criminoso é candidato a deputado pelo PL

“A demissão, proposta pela Corregedoria, foi aprovada pelo Conselho na semana passada. O processo administrativo com a decisão foi enviado à Secretaria da Segurança e, agora, deve seguir para o governador Rodrigo Garcia (PSDB), quem tem a palavra final de exonerá-lo”, informou a Folha nesta sexta-feira (29). 

O jornal lembra que “Paulo Bilynskyj, que tem mais de 700 mil seguidores nas redes sociais, está afastado das funções para concorrer a deputado federal pelo PL... De acordo com integrantes da cúpula da segurança paulista, a punição ocorre porque, em maio de 2020, Bilynskyj publicou um vídeo nas redes sociais, pela Estratégia Concursos, com conteúdo considerado ilegal”. 

Cortar na carne para servir de exemplo

“O ouvidor da Polícia de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, disse que a decisão é um exemplo a ser seguido pelas polícias de todo o país e por outras instituições... ‘Precisa cortar na carne, mesmo, para mostrar para todo mundo, para toda a sociedade, que a população negra é merecedora de respeito. A população negra não pode ser aviltada em sua dignidade’, afirmou”. 

Segundo delegados que participaram da reunião do Conselho, a recomendação pela demissão foi aprovada por unanimidade. Teria pesado na decisão um histórico de problemas disciplinares do policial bolsonarista. “O delegado ganhou espaço no noticiário em 2020, quando a sua então namorada, Priscila Barrios, disparou seis vezes contra ele. Investigações posteriores concluíram que ela se matou com um tiro no peito após ter atirado contra o namorado, por conta de questões amorosas entre eles”. 

Ato golpista do 7 de Setembro

Já no caso da retirada da arma e do distintivo do delegado, a decisão foi tomada logo após a divulgação do vídeo convocando os seus seguidores para o ato golpista no Dia da Independência. “A Corregedoria da Polícia Civil fez a solicitação e o delegado-geral, Osvaldo Nico Gonçalves, concordou com a medida nesta quinta-feira (28). Ele ficará sem a arma e o distintivo até a conclusão das investigações”, relata o site UOL. 

“Nos vídeos, Bilynskyj, que também é instrutor de tiro, publica fotos em que aparece com a bandeira do Brasil sobre os ombros, segura um fuzil e diz que seu plano é ‘lutar com toda força para que não dê merda’ nas eleições, em referência a possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)... Em vídeo mais recente, ele aparece em um treinamento de tiro disparando contra alvos. A gravação é uma resposta a um seguidor que perguntou se ele participará do 7 de setembro de Jair Bolsonaro e sobre um ‘possível ataque’ no dia. O delegado escreveu que estará lá e classificou como ‘fracote’ quem não comparecer”. (In 31 julho 2022) Continua

27
Set23

As possíveis consequências para Bolsonaro e generais por reunião do golpe

Talis Andrade
 
 
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por BBC News

A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deverá ser um dos principais temas das próximas reuniões da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro, que terão sessões ao longo desta semana.

Aguardada com ansiedade tanto por apoiadores quanto por opositores de Bolsonaro, a delação foi fechada com a Polícia Federal (PF) e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Cid teria narrado à PF que Bolsonaro teria participado de uma suposta reunião com militares do alto escalão, de acordo com reportagens do portal UOL e do jornal O Globo, na qual se teria discutido uma minuta de um ato presidencial para convocar novas eleições e prender adversários.

A suposta reunião teria ocorrido em 24 de novembro, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições em que Bolsonaro foi derrotado.

As reportagens não apontam os nomes de todos os oficiais que teriam participado dessa reunião. Mas afirmam, citando a delação de Cid, que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, teria demonstrado apoio à suposta tentativa de impedir a posse de Lula.

Almir Garnier fardado e discursando no microfone

CRÉDITO, MARCOS CORRÊA/PR. Almir Garnier comandou a Marinha até o final do governo Bolsonaro

 

A BBC News Brasil não conseguiu localizar os contatos do militar e não identificou os contatos de sua defesa.

Procurada pela BBC News Brasil, a Marinha disse em nota que não teve acesso à delação de Cid e que não se manifesta sobre processos investigatórios que tramitam no Judiciário.

Afirmou ainda que "eventuais atos e opiniões individuais não representam o posicionamento oficial da Força" e que a Marinha está à disposição da Justiça para contribuir com as investigações.

Em nota publicada na semana passada após a divulgação dos relatos de Cid, advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente "jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição" e que, ao longo dos quatro anos de seu mandato, "sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal".

Mauro Cid olha para baixo durante depoimento em CPI

CRÉDITO, REUTERS. A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid deverá ser um dos principais temas das próximas reuniões da CPMI dos atos de 8 de janeiro

 

Após a publicação das reportagens sobre a delação de Mauro Cid, o atual ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse querer que o episódio seja esclarecido e admitiu que pudesse haver oficiais favoráveis a um possível golpe de Estado.

"Essa questão do golpe, acho que eram questões isoladas. Podia o Garnier querer, mas a Marinha não queria", disse o ministro em entrevista à Revista Veja.

Múcio disse ainda esperar que a delação premiada possa ajudar a identificar eventuais "infratores" envolvidos em uma suposta tentativa de golpe.

"Torço para que as delações aconteçam e tenho certeza de que as Forças Armadas irão se antecipar e tomar suas posições com relação a todos os pretensos infratores. Vai ser bom para as Forças e vai ser bom para o Brasil. As Forças Armadas estão ao lado da sociedade", disse o ministro na mesma entrevista.

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que, caso seja confirmado que a reunião ocorreu e que foi discutido de fato um plano para mudar o resultado das eleições, os participantes do suposto encontro teriam cometido crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição ao Estado democrático de direito e prevaricação (quando um funcionário público tem conhecimento de uma irregularidade, mas não toma medidas para impedi-la).

As penas, segundo os especialistas, variam de quatro a doze anos de prisão.

Mas estes mesmos especialistas enfatizam que ainda é cedo para afirmar categoricamente que esses crimes foram cometidos.

Segundo eles, é preciso que a PF aprofunde as investigações e encontre elementos que corroborem a versão dada por Mauro Cid.

Investigadores da PF ouvidos pela reportagem vão na mesma linha e ressaltam que uma delação é apenas uma parte da investigação e que precisa ser comprovada ao longo do inquérito (continua)

 
22
Set23

Ex-comandante do Exército ameaçou Bolsonaro de prisão

Talis Andrade

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Bolsonaro e Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Foto Estevam Costa/PR

 

“Se o senhor for em frente com isso (o golpe da extrema direita), serei obrigado a prendê-lo”, avisou o general Freire Gomes a Bolsonaro. Militar sabia que uma ditadura bolsonarista não tinha apoio de comandos regionais e dos EUA, segundo Mauro Cid.

 

por Plinio Teodoro, Revista Forum

Principal alvo da pressão de bolsonaristas radicais, o general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, teria ameaçado dar voz de prisão a Jair Bolsonaro (PL) na reunião em que o ex-presidente buscou apoio da cúpula das Forças Armadas para dar um golpe de Estado e prender opositores e o atual presidente, Lula, vencedor nas urnas.

A informação teria sido revelada na delação premiada do tenente coronel Mauro Cid, que afirma que o almirante Almir Garnier, da Marinha, teria sido o único entre os comandantes das três Forças a colocar as tropas à disposição do golpe de Bolsonaro - o brigadeiro Carlos Batista, da Aeronáutica, teria ficado calado.

A reação de Freire Gomes teria ocorrido no dia 24 de novembro quando, em reunião fora da agenda no Palácio do Planalto, Bolsonaro perguntou aos comandantes das três forças se estariam fechados com ele para contestar o resultado das urnas.

Garnier teria aderido prontamente. Já Freire Gomes afirmou que não compactuava com o plano e foi além: “Se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo”.

Segundo reportagem de Maria Cristina Fernandes, no Valor, o general tinha conhecimento de que não havia condições para o golpe dentro do Exército. Ele sabia que os comandantes do Sul (Fernando Soares), do Sudeste (Thomaz Paiva), do Leste (André Novaes) e do Nordeste (Richard Nunes) não apoiariam quaisquer aventuras golpistas de Bolsonaro.

Além disso, Freire Gomes estaria ciente de que um golpe dado por Bolsonaro não teria apoio dos Estados Unidos de Joe Biden, tanto de militares, quando de civis. Seis comitivas estadunidenses já teriam vindo ao Brasil em 2022 para dar esse recado a Bolsonaro e às Forças Armadas.

Favores a Bolsonaro

Na delação, Cid ainda teria revelado que Garnier aderiu ao golpe por dever favores a Bolsonaro. Ele foi alçado ao comando da Marinha pelo ex-presidente sem ter comandado nenhuma das esquadras da força - uma pré-condição para se chegar ao topo da carreira.

Garnier também teve a esposa Selma Foligne Crespio de Pinho contratada pelo governo de Jair Bolsonaro na Secretaria-Geral da Presidência poucos meses depois de se aposentar da Marinha, em abril de 2019. 

Filho do casal, o advogado Almir Garnier Santos Junior foi contratado pela Engepron em 29 de julho de 2019, no segundo semestre do governo de Jair Bolsonaro, seis meses depois do pai ser alçado ao segundo posto de comando do Ministério da Defesa.

Segundo a reportagem do Valor, um mês após a reunião, um amigo encontrou Garnier numa sala da Marinha "à paisana, com a barba por fazer, indisposto a participar da cerimônia de transmissão do cargo".

De fato, o então comandante da Aeronáutica foi o único a não passar o bastão para seu sucessor, o almirante Marcos Olsen, no governo Lula.

Caso seja confirmada a delação de Cid, Garnier - que estaria com problemas de saúde - pode responder por ao menos dois crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

Na Justiça militar, o almirante pode perder a patente. E mesmo que venha a ser deposto do quadro de oficiais, seu salário será pago na conta da esposa.

Pressão sobre Freire Gomes

Sócio de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Braz Global Holding, empresa criada em maio do ano passado em Arlington, no Texas, Paulo Generoso antecipou pela rede X (antigo Twitter) o encontro entre Bolsonaro e a cúpula das Forças Armadas, revelado em delação premiada pelo tenente coronel Mauro Cid.

Em sequência de tuites publicado no dia 20 de dezembro de 2022, Generoso confirma que "em reunião esta semana com o alto comando das Forças Armadas, Bolsonaro pediu apoio para barrar o avanço do judiciário sobre os outros poderes e pediu para que a posse de Lula fosse adiada por 6 meses, até que equipe de juristas fizesse uma investigação sobre favorecimento à (SIC) Lula".

Em seguida, o sócio de Eduardo Bolsonaro faz menção a uma resistência do então comandante do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes, que vinha sendo pressionado pela horda bolsonarista a apoiar a tentativa de golpe.

"Freire Gomes foi contra [o apoio ao golpe de Bolsonaro] e disse que não valia a pena ter 20 anos de problemas por 20 dias de glória e falou que não apoiaria ou atenderia o chamado do presidente para moderar a situação mesmo após Bolsonaro apresentar vários indícios de parcialidade em favor de Lula pelo TSE e STF", escreveu Generoso.

15
Set23

CPMI dos atos criminosos de 8 de janeiro precisa cortar na carne os senadores e deputados terroristas e golpistas

Talis Andrade

 

 (crédito:  Roque de Sá/Agência Senado)
Acusados de planejar um atentado terrorista em Brasília, os bolsonaristas Alan Diego e George Washington aparecem em fotos em Comissão do Senado.
Acusados de planejar e executar atentados terroristas em Brasília, os bolsonaristas Alan Diego e George Washington aparecem em fotos em Comissão do Senado. Foto Roque de Sá

 

 

No dia 30 de novembro de 2022, com Lula da Silva eleito presidente nos dois turnos, os bolsonaristas derrotados promoveram reunião no Senado Federal para decidir o dia do golpe. 

Na reunião, senadores, deputados federais e lideranças de acampamentos golpistas aquartelados marcaram a data do golpe, a Festa da Selva, ou a Festa da Selma. 

O Congresso precisa cortar na sua própria carne.

CPMI do dia 8 de Janeiro dos Atos Golpistas tem o dever cívico de denunciar os parlamentares participantes da trama de transformar Bolsonaro em ditador - o Herodes Tropical, o Idi Amin, a Jeanine Añez de farda, a repetição mambembe de Trump. 

A reunião da Festa da Selma, para quem acredita na lei do acaso, ajuntou sem querer, querendo, os líderes dos ataques terroristas das noites brasilienses dos incêndios do dia 12, da bomba no aeroporto da noite de 24 de dezembro de 2022 e, finalmente, o tramado e esperado dia 8 de janeiro de 2023, o domingo da infâmia, da invasão dos Três Poderes.

Os bolsonaristas George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego Rodrigues estiveram presentes na reunião, vendida pelos insurgentes como uma audiência pública no Senado Federal. A sessão oficial, camuflada e enganosamente "discutiu as denúncias da campanha de Bolsonaro, que afirmou que faltou isonomia nas inserções nas rádios durante o período eleitoral". Isso depois das derrotas nos dois turnos, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcar, para o dia 12 de dezembro a diplomação do presidente eleito Lula da Silva (PT) e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

Participou da sessão o ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Sebastião Coelho, hoje advogado dos terroristas. Que foi aplaudido de pé pelos deputados e senadores bolsonaristas, quando anunciou que Alexandre de Moraes deveria ser preso. Coelho também discursou no QG do Exército.

Convocada pelo senador da extrema direita Eduardo Girão (Podemos Ce), a reunião da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, pasmem, foi um farsa, um circo, um teatro obsceno para discutir a fiscalização das inserções de propagandas politicas eleitorais. E contou com a presença do jurista do golpe: Ives Gandra.

Com jeitinho safado, desonroso e cínico, deputados e senadores que participaram da reunião traiçoeira, inconfidente do dia 30 de novembro, hoje participam, covardes, camuflados, fingidores, impostores, da CPMI da Infâmia, da CPMI dos Atos Terroristas.

09
Set23

Golpista pega 22 anos de cadeia nos EUA. No Brasil serão condenados pelos atos golpistas terroristas...

Talis Andrade
 
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Capitólio de Bolsonaro repetição mambembe de Trump

Por Altamiro Borges

A agência Reuters noticia que o líder do grupo neofascista Proud Boys (“Meninos Orgulhosos”), Enrique Tarrio, acaba de ser condenado a 22 anos de prisão por orquestrar a violenta invasão do Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em janeiro de 2021. A ação golpista visou impedir a posse do presidente Joe Biden e foi insuflada pelo direitista derrotado Donald Trump, sob o falso argumento de que as eleições foram fraudadas. Dois anos depois, também em janeiro, os fascistas nativos tentaram repetir a dose em Brasília, invadindo e depredando as sedes dos Três Poderes. Os principais líderes dessa conspiração, porém, permanecem soltos. Só os bagrinhos golpistas foram detidos e boa parte já foi solta! 

Segundo a Reuters, a pena de 22 anos para Enrique Tarrio é a maior dada até agora para os 1.100 acusados do ataque ao Capitólio, que teve um saldo trágico de cinco mortos e centenas de feridos. “Foi um ato calculado de terrorismo. Ele praticou e endossou o uso de desinformação”, afirmaram os procuradores, que pediram uma pena ainda maior, de 33 anos, para o líder neofascista, durante a audiência no tribunal do distrito de Columbia. “Tarrio era o principal líder daquela conspiração, o principal organizador”, sentenciou o juiz Timothy Kelly.

 
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Grupo extremista prega ódio e violência

Para o FBI, a polícia federal ianque, o Proud Boys é uma organização “extremista com laços com o nacionalismo branco". O grupo foi criado em 2016 pelo empresário Gavin McInnes, cofundador da corporação Vice Media, e é conhecido por sua retórica inflamada de estímulo ao ódio e à violência. Em meados de 2020, durante debate da campanha eleitoral na televisão com Joe Biden, a seita de extrema-direita ganhou fama aos ser mencionada por Donald Trump – que hoje também é réu por quatro casos criminais na Justiça dos EUA. 

Além de Enrique Tarrio, outros psicopatas do grupo neofascista já foram punidos. Na quinta-feira passada (31), Joseph Biggs e Zachary Rehl foram condenados a 17 e 15 anos de prisão, respectivamente, pela participação na invasão. Um dia depois, Ethan Nordean, considerado um dos chefões do Proud Boys, pegou 18 anos de cadeia, e Dominic Pezzola, responsável por quebrar janelas do Capitólio usando um escudo policial roubado, pegou 10 anos. Em maio já havia sido condenado a 18 anos de cadeia Stewart Rhodes, líder de outro grupo de extrema direita, o Oath Keepers (Guardiões do Juramento), que também organizou o ataque ao parlamento dos EUA.

PF mira financiadores dos atos golpistas

 
 
06
Ago23

Bolsonaro retira direitos indígenas e homenageia ditadura

Talis Andrade

 

Para lideranças indígenas, o atual governo representa a maior ameaça desde a ditadura, como ouviu De Olho nos Ruralistas, em reportagem publicada em janeiro. Além de protagonizar medidas que ameaçam diretamente os direitos indígenas, o governo Bolsonaro divulgou, neste domingo (31), um vídeo em homenagem aos militares que protagonizaram o golpe de 1964. Segundo o apresentador, o Brasil, sem o golpe, teria sido tomado por comunistas – uma tese rejeitada por historiadores.

José Augusto Sampaio, da Anaí, diz que a principal diferença entre a atual conjuntura política e a de 55 anos atrás, em relação aos indígenas, é a construção de um movimento nacional. Por meio da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), povos de todo o país se mobilizaram contra o governo Bolsonaro, em pelo menos duas datas este ano.

No dia 31 de janeiro de 2019, foram realizadas cerca de 50 manifestações pelo Brasil e pelo mundo em defesa dos direitos indígenas ameaçados pelo governo. E manifestações por todo o país contra a municipalização da saúde indígena conseguiram barrar a extinção da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), como anunciou ailton krenak

“Na década de 1980 uma movimentação indígena era muito embrionária”, avalia Sampaio. “A gente teve o Ailton Krenak com a atuação impressionante na Constituinte, por exemplo.” Ele considera que esse tempo “ficou para trás”. “Se hoje o Ministro da Saúde anuncia a intenção de fechar a Sesai temos uma reação imediata impressionante”, ponderou.

Em sua fala na mesa de 40 anos do CTI, Gilberto Vieira dos Santos, coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), concordou que a atual estrutura do movimento indígena não é mais a mesma: “Há uma unidade supra étnica. O que eles chamam de ‘parentes’. Por isso, agora há uma possibilidade de reação muito mais forte do que na década de 1980, apesar de a resistência não ser de hoje.”

O evento foi concluído com um resumo de Gilberto Azanha, integrante do CTI. Na sua opinião, os povos indígenas no Brasil foram os “primeiros anticapitalistas possíveis”. Para ele, a atual oposição brasileira deve se espelhar nesses povos, como principal referência de resistência. “Estão há anos tentado desordenar o campo e não conseguiram. Quem está no poder agora também não vai conseguir.”

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25
Jul23

Senador bolsonarista parabeniza estudante e mãe surpreende com resposta

Talis Andrade

 

O senador Eduardo Girão foi surpreendido pela mãe do estudante brasileiro madalhista de ouro nas Olimpíadas Internacionais de Matemática -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
O senador Eduardo Girão foi surpreendido pela mãe do estudante brasileiro madalhista de ouro nas Olimpíadas Internacionais de Matemática. Meu filho "jamais apoiaria um governo teocrático e anticiência". (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 
 
Após homenagear um estudante que ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas internacionais de Matemática, o senador bolsonarista Eduardo Girão (Novo-CE) mereceu ser questionado pela mãe do jovem. Matheus Alencar de Moraes, de 16 anos, foi o vencedor do evento realizado no Japão, no último dia 13/7.
 
O estudante recebeu os parabéns por meio do perfil oficial do parlamentar.

"Um jovem brasileiro ganhou medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), que aconteceu no último dia 13 em Shiba, Japão. Era a primeira vez dele no torneio! Matheus Alencar de Moraes, de 16 anos, é o responsável pelo feito. Ele foi o primeiro cearense a ser contemplado com a premiação no evento, e a rotina até o prêmio envolveu longas horas de estudo e preparação. O garoto, que estuda no Colégio Farias Brito (CE), viajou acompanhado de amigos, que também participaram da competição. Além dele, mais dois alunos conquistaram medalhas. Rodrigo Salgado, ganhou medalha de prata, e Luiz Felipe Giglio, ficou com o bronze", escreveu Girão.

A alegação foi o suficiente para que a mãe de Matheus, Marcela Alencar, comentasse o post. Ela criticou o recorte da foto e o comentário feito pelo parlamentar. Marcela também afirmou que seu filho "jamais apoiaria um governo teocrático e anticiência".

“A imagem mostra a camisa que ele estava usando, a qual homenageia grandes nomes da MPB. Além disso, informo a todos os seguidores do ilustre senador que esse menino prodígio foi muito bem educado social e politicamente e, portanto, jamais apoiaria um governo militarizado, teocrático e anticiência. Lamento ver uma notícia tão feliz sendo usada de forma equivocada e politizada pelos seguidores”, escreveu Marcela.

De forma equivocada e politizada, Girão reuniu no Senado, no dia 30 novembro, um bando de golpistas, inclusive os terroristas que participaram da noite de terror do dia 12 de dezembro, e pretendiam explodir o Aeroporto de Brasília na Noite de Natal.

De forma politizada e enganosa, Girão foi para os Estados Unidos levar manifesto bolsonarista que considera vítimas os golpistas e terroristas presos pelos ataques 'as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. O mentiroso documento era endereçado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU — cuja sede é em Genebra. Um bando de giras e Girão:

 
Portinho, Van Hatten, Girão e Malta com Danese (C). Documento que levaram deveria ser entregue em Genebra -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
TURISTAS DO GOLPE. Portinho, Van Hatten, Girão e Malta com Danese (C). Documento que levaram aos Estados Unidos deveria ser entregue em Genebra (crédito: Reprodução/Redes sociais)

 

 

Os terroristas e parceiros George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego Rodrigues, estranha e misteriosamente estiveram presentes em uma reunião no Senado Federal, que ocorreu em 30 de novembro, e discutiu as denúncias de Bolsonaro, que afirmou que faltou isonomia nas inserções nas rádios durante o período eleitoral. 

Sentados no plenário, a parelha esteve junto de nomes importantes do bolsonarismo, como o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e o deputado cassado Daniel Silveira (PTB-RJ).
 
A derrota de Bolsonaro, nos dois turnos das eleições presidenciais, motivou a esdrúxula reunião de senadores e deputados golpistas na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, para discutir a fiscalização das inserções de propagandas políticas eleitorais. O requerimento foi do senador Eduardo Girão (PODEMOS/CE) orientado pelo jurista Ives Gandra.
 
 

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