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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

02
Nov20

Nhonho o toureador do boi bombeiro

Talis Andrade

lápis de memória: tourada

A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, recomendou soltar na Amazônia, no Pantanal, o boi bombeiro para apagar as queimadas.

Ao comer mato, galhos, folhas secas, matéria orgânica inflamável, segundo ela, o boi acabaria prevenindo o avanço do fogo.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, o sabe tudo, também denunciou que a  perseguição dos índios e das ongs à criação de gado solto na região seria uma das razões para a piora das queimadas, além das restrições ao manejo do fogo em pastagens e em reservas ambientais.
 
Para que os campos de pastagens avancem, que aconteçam os desmatamentos, para o plantio dos capinzais.
 
Deixem a boiaba passar, aconselha Salles contra os argumentos de Maria Fofoca e Nhonho. 
 
Deixem a boiada solta no verde da paisagem.
 
Nhonho e Salles são os mais recentes apelidos criados por Salles. 
 
Recentemente, o ministro do Meio Ambiente negou essa sua criatividade palaciana. 

salles madeira.jpg

Salles fala em conta hackeada e parlamentares não acreditam após xingar Maia no Twitter

salles fogo na amazonia.jpg

 

Nas redes sociais, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chamou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de 'Nhonho', um personagem do seriado mexicano 'A Turma do Chaves'. O ministro afirma não ser ele o autor da postagem e que sua conta no Twitter pode ter sido hackeada. A postagem foi feita em resposta a um tweet de Maia que critica Salles sobre o desmatamento e a má relação com o governo.

 

Print da resposta de Ricardo Salles a Rodrigo Maia no Twitter. Foto: Reprodução/ Redes Sociais (Crédito: )

briga salles.jpg

 
 
 
31
Out20

A fraude do boi bombeiro

Talis Andrade

boi .jpg

 

A ministra da Agricultura tenta dar algum verniz de credibilidade às barbaridades ditas por seu colega do Meio Ambiente

 

por Cristina Serra

- - -

Discreta e cordial no trato, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tenta dar algum verniz de credibilidade às mesmas barbaridades ditas por seu colega do Meio Ambiente, o desclassificado Ricardo Salles. Ambos são sócios na novilíngua bolsonarista que criou um tal de “boi bombeiro”.

Isso é conversa para boi dormir. Em português cristalino, é mentira que o fogo no Pantanal se deva à falta de boi para comer o mato seco. O rebanho na região aumentou nos últimos 20 anos. A verdade é que o governo não tomou medidas de prevenção adequadas, não deu importância aos alertas da ciência sobre secas mais intensas e a polícia investiga a origem das queimadas em grandes fazendas. É preciso dar nome aos bois.

Quando deputada e presidente da frente parlamentar da agropecuária —conhecida como bancada do boi—, a ministra se notabilizou pela pauta anti-indígena, no que faz jus ao DNA familiar. Conforme reportagem do site “De olho nos ruralistas”, a história de seus antepassados se confunde com o poder em Mato Grosso desde o fim do século 19 (o estado foi dividido em dois em 1977 e ela fez carreira política em Mato Grosso do Sul).

 

O avô da ministra, Fernando Correa da Costa, quando governador, fez o que pôde para evitar a demarcação do Parque Indígena do Xingu, proposto pelos irmãos Villas Boas.

No governo, a ministra tem executado a pauta do setor mais atrasado do agronegócio. Ela chama agrotóxicos —liberados em quantidade recorde sob Bolsonaro— de “remédio de planta”. Recentemente, investiu contra o Guia Alimentar para a população brasileira, válido desde 2014, que desencoraja o consumo de produtos ultraprocessados.

O documento foi elaborado pelo Ministério da Saúde com base em estudos científicos que a ministra tenta desqualificar. Como diz o ditado popular, boi sonso é que derruba a cerca. E onde passa boi, passa “boiada”.

 

 

14
Out20

Um país ou uma piada trágica?

Talis Andrade

 

boi bombeiro.jpg

 

por Fernando Brito

- - -

O Brasil virou uma piada trágica e é muito difícil escrever sobre política sem cair no vergonhoso deboche de nós mesmos.

Em lugar do Boi Bumbá, temos agora o Boi Bombeiro, fantástica criação dos ministros do Meio Ambiente e da Agricultura, cujo ruminar lento e solene há de impedir as queimadas no pantanal.

boi bombeiro.jpg

 

O país passa de 150 mil mortes, a disponibilidade de vacina vai sendo adiada, não há dinheiro para manter o auxílio que está fazendo com que milhões possam comer e que acaba em 60 dias e o que fazem os deputados governistas?

Pressionam o presidente da Câmara para colocar em votação o porte de armas, o “homeschooling” (o “direito de os pais não mandarem os filhos à escola, o como se já não estivéssemos assim), a excludente de ilicitude nas operações de garantia da Lei e da Ordem (recordam do músico fuzilado com mais de 80 tiros, em Guadalupe, no passado?) e, sim, a decisiva “MP do Futebol”, que cuida dos direitos de transmissão esportiva que, aliás, está deixando o Brasil sem ver o jogo da seleção.

bonecodevudu.png

Num país assim, quem vai se espantar que um idiota vestido de pateta patrocine a confecção de bonecos de si mesmo, como este papagaio da fotografia, proclamando-se patriota – embora condenado por sonegação, lavagem de dinheiro e evasão de divisas – debaixo de fakesda Estátua de Liberdade dos EUA?

Só mesmo se for para usar como boneco de vudu.

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