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Procurador de MS é investigado por terrorismo e ameaça golpista
A Corregedoria da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) investiga a conduta do procurador de Mato Grosso do Sul, Felipe Marcelo Gimenez, que aparece em um vídeo postado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na madrugada desta quarta-feira (11), com informações falsas e ataques ao sistema eleitoral. A postagem foi apagada cerca de duas horas depois.
No vídeo, Gimenez defendeu que as Forças Armadas devem “intervir no sistema político para restabelecer a ordem”. O ato é proibido pela Constituição Federal. O procurador também divulgou teses infundadas e já desmentidas sobre as eleições de outubro e afirmou que o povo brasileiro não tem "poder" sobre o processo de apuração dos votos.
Em nota, a Procuradoria-Geral do Estado informou que o caso foi encaminhado para a Corregedoria, que instaurou uma investigação. A PGE reafirmou a confiança no processo eleitoral e respeito às autoridades responsáveis pela realização do pleito.
A Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul, instituição essencial ao bom funcionamento do Estado Democrático, reafirma sua confiança no processo eleitoral e o respeito às autoridades estaduais e nacionais responsáveis pela sua realização, não representando a posição desse órgão eventuais manifestações individuais de integrantes de seus quadros”.
A apuração eleitoral dos votos é pública e já foi detalhada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diversas vezes. Os boletins de urna foram divulgados na internet e não houve, até o momento, uma única suspeita de fraude detectada.
A PGE informou ainda que a posição de Gimenez é individual e não representa a do órgão. “A PGE esclarece também que o procurador Felipe Gimenez não representa e não fala em nome da PGE e que não ocupa nenhuma função ou cargo de chefia, nem tem assento no Conselho Superior eleito ou qualquer outra instância deliberativa da Instituição”, diz a nota.
Bolsonaro compartilhou o vídeo a partir da postagem de uma apoiadora – o link original seguia no ar até a manhã desta quarta. De acordo com o sistema da rede social, a postagem original contabilizava 110 mil visualizações.
Conforme consta no Portal da Transparência do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), Felipe Marcelo Gimenez recebe o sálario de R$ 33.159,83. Ao g1, o procurador disse que prefere não se pronunciar.