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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

21
Out22

O amor cristão e o ódio do deputado bolsonarista que ameaça queimar estudantes como aconteceu na boite kiss

Talis Andrade

Veja a íntegra da leitura da carta de Lula aos evangélicos - Vídeo  DailymotionNexo Jornal

Um menino reza pelo Brasil, pela vitória de Lula, na leitura da Carta aos Evangélicos. Outro pergunta ao Papa Francisco se o pai ateu, "um bom bom" que morreu recentemente, está no céu.

Dois lindos momentos do cristianismo. Quando o malígno deseja que os estudantes de Santa Maria, porque denunciaram a corrupção do orçamento secreto no Ministério da Educação, sejam queimados vivos como aconteceu na boite Kiss.

Deputado diz que estudantes têm de ser queimados vivos

O deputado federal bolsonarista Bibo Nunes (PL-RS) critica um protesto feito pelos universitários de Santa Maria contra o bloqueio de verbas do MEC (Ministério da Educação) promovido pelo governo Bolsonaro. Ele também cita os alunos da Universidade Federal de Pelotas, usa termos como vergonha, escória do mundo, miseráveis e coitados para se referir aos estudantes e faz referência a uma cena do filme “Tropa de elite”. “É o filme Tropa de elite. Sabe o que aconteceu. Olha o um. Olha o filme um. Pegaram aqueles coitadinhos. Que coitadinhos? Aqueles riquinhos, ajudando pobre, se deram mal. Queimaram vivo dentro de pneus! Queimaram vivo dentro de pneus! E é isso que esses estudantes alienados, filhos de papai, que têm grana, merecem”, diz o parlamentar, com o tom de voz bastante elevado.

Foi na cidade gaúcha de Santa Maria que ocorreu o incêndio na boate Kiss, em janeiro de 2013. Na ocasião, chamas causadas por fogos de artifício detonados dentro da danceteria se alastraram de forma descontrolada, o que resultou na morte de 242 pessoas. Entre as vítimas, havia 113 estudantes da universidade citada por Nunes no vídeo

Nesta sexta, a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) anunciou que vai denunciar Nunes ao Conselho de Ética da Câmara e ao Ministério Público. “Inadmissível fazer uma ameaça sórdida de que os estudantes da UFSM deveriam ser queimados vivos, ainda mais na cidade que sofreu a tragédia da Boate Kiss”, afirmou a parlamentar. Também houve reação do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Maria, Paulo Burmann, que foi candidato a deputado federal pelo PDT, mas não se elegeu. Ele postou um vídeo nas redes sociais classificando as falas do bolsonarista como “um ataque arrogante, carregado de ódio, sem nenhum sentimento humano”.

Antes de entrar para a política, o gaúcho Bibo Nunes trabalhou como apresentador e repórter em diversos veículos de imprensa do Rio Grande do Sul, como a RBS TV Cruz Alta, o jornal Zero Hora e a TVE RS. Concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSD, em 2014, e a ao cargo de vereador de Porto Alegre pelo PMDB, em 2016, mas não obteve sucesso em nenhuma das ocasiões. Em 2018, se associou ao bolsonarismo e foi eleito deputado federal pelo PSL, com mais de 91 mil votos. Migrou para o PL em 2021 e tentou a reeleição em 2022, mas não conseguiu.

Discurso de ódio bolsonarista na boca malígna de Bibo Nunes

Papa consola criança que perguntou se seu pai ateu estava no céu

Cidade do Vaticano - O papa Francisco afirmou neste domingo que Deus não abandona as pessoas boas, ao responder a uma pergunta feita por um menino que queria saber se seu pai, que era ateu e morreu há pouco tempo, estava no céu.

Durante uma visita à paróquia do bairro de Corviale, na periferia de Roma, Francisco respondeu às perguntas dos fiéis, entre os quais estava Emanuele, um menino de oito anos, cuja voz estava embargada pelo choro.

Diante desta situação, o papa lhe encorajou a fazer sua pergunta perto de seu ouvido, lhe abraçou e ambos conversaram durante alguns minutos. Posteriormente, o pontífice pediu permissão ao menino para revelar sua inquietação.

Francisco explicou então que Emanuele lhe contou que seu pai havia morrido há pouco tempo e que, embora não fosse crente, tinha batizado seus quatro filhos, mas sua dúvida era "se o papai estava no céu".

"Que lindo que um filho diga que seu pai era bom. Um lindo testemunho daquele homem para que seus filhos possam dizer dele que era um homem bom. Se esse homem foi capaz de ter filhos assim, é verdade que era um grande homem", declarou o papa.

Francisco ressaltou que embora este homem "não tivesse o dom da fé, não fosse crente, fez batizar os filhos" e, perante a dúvida de Emanuele, respondeu: "Quem diz quem vai para o céu é Deus".

Então Francisco perguntou aos presentes: "Deus abandona seus filhos quando são bons?", ao que responderam "não" em coro.

"Bom, Emanuele, esta é a resposta. Deus seguramente estava orgulhoso do seu pai, porque é mais fácil batizar os filhos sendo crente que batizá-los não sendo crente. E seguramente Deus gostou muito disso", acrescentou.

E concluiu: "Fale com seu pai, reza ao seu pai. Obrigado, Emanuele, pela sua valentia ".

Outra das perguntas ao papa foi se todos, "inclusive os não batizados", somos "filhos de Deus", ao que Francisco explicou: "Somos todos filhos de Deus, inclusive os que são de outras religiões distantes".

"Inclusive os mafiosos, embora estes prefiram comportar-se como filhos do diabo", completou.

As crianças também lhe questionaram sobre o que sentiu quando foi escolhido papa e Francisco respondeu que "não sentiu medo, nem uma grande alegria (...), mas uma grande paz". EFE

Campanhas de Lula lançam cartas aos evangélicos desde 1989; veja a primeira
A liberdade religiosa era o compromisso número 1 da carta lançada na eleição contra Collor. Veja íntegra do exemplar obtido por CartaCapital


A carta aos evangélicos lançada na quarta-feira 19 pelo ex-presidente Lula (PT) não foi a primeira a ser divulgada por uma campanha do petista ao Palácio do Planalto: a iniciativa pioneira ocorreu em 1989, na campanha que disputou contra Fernando Collor, que lançou as mesmas mentiras hoje repetidas por Jair Bolsonaro de fechar igrejas. 

Carta de Lula aos religiosos rebate fake news dos fariseus e cita Evangelho de São João

por Vinicius do Valle 

Depois de semanas de discussão e especulação sobre a possibilidade de Lula lançar uma carta para evangélicos, saiu ontem, no dia em que se comemora Nossa Senhora Aparecida, um documento da campanha petista, assinado por Lula, destinado aos religiosos do Brasil. O documento sai após uma versão anterior, destinada especificamente aos evangélicos, ter sido vazada para a imprensa – revelando a dificuldade da campanha petista em lidar com o tema de forma interna.

Para muitos do comitê eleitoral petista, a campanha de Lula deveria focar na agenda econômica e social, as quais Lula teria muito a mostrar, ao invés de alimentar a agenda moral e religiosa. No entanto, a enxurrada de fake news de conteúdo religioso e o alívio relativo nas condições de vida de parcela da população, gerado pelo auxílio Brasil turbinado e redução do preço da gasolina – feitos sob medida para a campanha bolsonarista e com prazo de duração limitado — tornaram a agenda moral inescapável.

A versão final do documento parece, nesse sentido, ter ficado no “meio termo” entre a posição de não entrar no embate religioso e a de um documento voltado especificamente ao segmento evangélico, com compromissos específicos e fechados. Na carta, Lula afirma o respeito ao direito à religião e à liberdade religiosa. Reconhece o papel das religiões na sociedade brasileira, e se compromete a respeitar a Constituição, todas as religiões, os templos e locais de culto, públicos ou privados. Cita ainda o evangelho de João, capítulo 10 e versículo 10, manifestando o desejo de construir uma sociedade em “que todos tenham vida em abundância”.

 

05
Mar22

"Vejam no que deu a antipolítica lavajatista"

Talis Andrade

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"Eu contei, sã 12 policiais deusas. Que você casa e faz tudo que ela quiser. Eu estou mal cara, não tenho nem palavras para expressar. Quatro dessas eram minas que você se ela cagar você limpa o c* dela com a língua. Inacreditável. Assim que essa guerra passar eu vou voltar para cá”, prometeu o deputado estadual "Mamãe Falei" Artur do Val, MBL, São Paulo, candidato de Sergio Moro a governador.

Nem precisou dizer que as 12 policiais ucranianas eram brancas. Brancas como a neve e louras, quando no Brasil o deputado misógino, sexista e racista, não pretende usar a língua como papel higiênico. 

Desfile militar em salto alto lança polémica na Ucrânia

Defile militar de saltos altos na Ucrânia de 2021

 

𝐺𝑙𝑜𝑟𝑖𝑎 ♪ 𝑖𝑛 𝑡𝑒 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑒 ♪ 🦛

@PotamusGloria

Não basta ser cretino e escroto com as ucranianas, tem que ser também com as brasileiras... e ainda tem um monte que dá bola pra uns macho tóxico desse, que sempre reduzem a mulher a aparência. Precário e nojento. Mas o que esperar de machistas, né?

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O ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) questionou Sergio Moro sobre o episódio. "Outra gafe verbal, Moro?", disse o petista nas redes sociais ao lembrar que o ex-juiz havia afirmado que as falas sobre o nazismo do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) em um podcast no mês passado foram "gafe verbal".

O pré-candidato ao Planalto e governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também criticou a declaração atribuída ao representante do MBL. "Repudiante a fala do deputado Arthur do Val sobre as mulheres ucranianas. Inaceitável! Vergonhoso!", disse o tucano. Já Guilherme Boulos (Psol) classificou o episódio como "asqueroso".

"Deputado paulista vai para a Ucrânia se fingir de combatente mas, pelo visto, foi fazer turismo sexual, cheio de preconceito social e machismo... O MBL sempre foi humanamente desprezível. Inventaram fake news sobre Marielle e atacaram Padre Júlio. Mas o áudio de Mamãe Falei ultrapassa qualquer limite de indignidade moral. Ir para um país em guerra para assediar mulheres desesperadas é nojento demais!", disse Boulos no Twitter.

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Márcia Rios
@profmarciarios
Quando o cara compara prof a vagabundo e se volta contra o padre Júlio Lancelotti que acolhe pessoas em situação de rua bom sujeito não é. Ficou provado após sua ida a Ucrânia. Turismo sexual já é errado façam ideia num país em guerra é nojento 2x. #foraarthurdovalImage

Fernanda Melchionna
Nojento e asqueroso esse comentário, nada surpreendente, vindo do Mamãe Falei. Objetifica mulheres ucranianas que estão em extrema vulnerabilidade por conta da guerra. Repúdio a esse machista que sexualiza mulheres que em meio a tamanha tragédia!
Socorro
@Socorrofpb
Replying to
Sim, objetificar mulheres é nojento.Image
Leia aqui os testemunhais de Manuela Davila e Natália Bonavides
AMAROSpdl22
@AServelhere
NOJENTO o vídeo do Mamãe falhei, sobre as mulheres ucranianas. As mulheres brasileiras exigem esse ser ignóbil fora da longe da vida pública.Image
Lenio Luiz Streck
@LenioStreck
Vejam no que deu a antipolítica lavajatista: Mamãe Phalhei, Zambeli, Campagnolo, Daniel bombado, Boca Aberta, Bibo Nunes, Bolsonaro e quejandos. Que nível. O que diriam Ulisses? Tancredo? F. Nobre? Parabéns Moro e Dallagnol. Viva a “nova direita”! E Weintraub vem aí.Image
Blog do Noblat
@BlogdoNoblat
O senador Álvaro Dias (PODEMOS-PR) disse que Arthur do Val, o Mamãe Falei, disse "besteiras" sobre as mulheres ucranianas. Besteiras, senador? Só besteiras?Image
Christian Lynch
@CECLynch
Deputado de São Paulo estava na Ucrânia e disse que "ucranianas são fáceis porque são pobres". De volta ao Brasil, Arthur do Val comenta áudios vazados: "Peço só que entendam o contexto". O contexto:ImageImage
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Hendrix Careta🎸
@Hendrix_Careta
que merecem os adversários do Padre Júlio Lancellotti?Image
 
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 Ele disse que a língua dele é papel higiênico usado

Lado Esquerdo, Lado Forte! 🚩✊🏽✊🏿✊🏼

@GikaKsar

Para quem ainda não conhece esses dois:

**Kim Kataguiri (Deputado Federal - Podemos)

**Mamãe Falei (Arthur do Val, Deputado Estadual, Podemos - SP)

Reveja seus conceitos.

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17
Fev22

Bolsonaristas querem proibir em lei a denúncia de nazistas

Talis Andrade

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Deputada Bia Kicis (PSL-DF) encabeça as assinaturas do projeto

 

por Hora do Povo

Um grupo de deputados bolsonaristas, liderados por Bia Kicis (PSL-DF), apresentou um projeto de lei que torna crime “acusar alguém, falsamente, de ser nazista”.

Com certeza, trata-se de um álibi pró-nazista. Denúncia falsa é crime já previsto na lei e como o problema hoje não é “denúncia falsa”, mas sim as manifestações nazistas que se proliferam sob este governo, percebe-se que os bolsonaristas, com esse projeto, estão incomodados com a repulsa da sociedade ao nazismo e estão saindo em sua defesa.

O projeto prevê prisão de 2 a 5 anos mais multa para quem “acusar alguém, falsamente, por qualquer meio, de ser nazista”.

O texto não explica exatamente o que deveria ser considerado denúncia falsa ou não.

Se há projeto urgente a ser elaborado, tem que haver um para coibir as manifestações nazistas. Mas os bolsonaristas querem abafar o repúdio ao nazismo. 

E mais : querem intimidar a condenação contra o nazi-fascismo, que o Brasil num grande momento da sua história, através da Força Expedicionária Brasileira, foi combater na Itália.

O objetivo é dar argumentos na lei, se por acaso esse projeto for aprovado, o que é difícil, para os nazistas se safarem alegando que é “denúncia falsa”. E quem denunciou ou condenou iria amargar a cadeia no lugar dos criminosos nazistas. O nazismo foi responsável por dezenas de milhões de mortos, muitos nas atrocidades das câmaras de gás hitleristas.

Assim, o ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, que imitou Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha Nazista, em um vídeo institucional, estaria até hoje no cargo e condecorado como heroi.

Roberto Alvim foi demitido depois da reação negativa da sociedade ao vídeo.

O ex-secretário de Cultura de Jair Bolsonaro imitou a postura corporal de Goebbels e colocou o quadro de Jair Bolsonaro no mesmo lugar em que o nazista mantinha o de Hitler. O secretário bolsonarista ainda repetiu, com poucas alterações, uma fala de Goebbels sobre a “arte nacional”.Roberto Alvim diz desconfiar de 'ação satânica' por trás de vídeo e de sua  demissão - 20/01/2020 - Ilustrada - FolhaAlvim expôs como nunca lado autoritário do governo Bolsonaro, avaliam  especialistas - Politica - Estado de MinasFolha de S.Paulo on Twitter: "Essa é a charge de @LaerteCoutinho1 feita  nesta sexta (17) sobre o vídeo de Roberto Alvim, o secretário de Cultura  demitido por Bolsonaro, após discurso em que

O comentarista Adrilles Jorge, demitido da Jovem Pan por ter feito uma saudação nazista no final do programa em que o tema foi discutido, poderia condenar quem criticou seu gesto nazista.

Ao invés de condenar a apologia nefasta, os bolsonaristas saíram em defesa do comentarista e disseram que o gesto foi “deturpado”.

No momento em que o programa estava sendo encerrado, Adrilles levantou o braço da mesma forma como os nazistas faziam para saudar Hitler, conhecida como “Sieg Heil”.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, defendeu Adrilles Jorge, argumentando que ele fez apenas um “tchau” com o braço. No vídeo que publicou sobre o caso, Eduardo cortou o momento em que o apresentador William Travassos falou que aquilo era “surreal”.

Segundo Eduardo Bolsonaro, “Adrilles não incentivou nazismo ou defendeu a criação de um partido nazista. Aproveitadores na esteira de polêmicas recentes se aproveitam para cancelá-lo”.

Eduardo ainda utilizou a hashtag #AdrillesDeVolta e compartilhou o vídeo em que o comentarista argumenta que era apenas um “tchauzinho”.Depois de ganhar mídia ao fazer gesto interpretado como saudação nazista,  Adrilles diz que vai se candidatar a deputado - Brasil 247

 

O Projeto de Lei é de autoria de Bia Kicis (PSL-DF), com coautoria de Carla Zambelli (PSL-SP), Alê Silva (PSL-MG), Bibo Nunes (PSL-RS), Junio Amaral (PSL-MG), Daniel Silveira (PSL-RJ) e Guiga Peixoto (PSL-SP).

Pelas redes sociais, Bia Kicis, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, disse que “a liberdade de expressão não pode ser franqueada a ponto de sua garantia ser um instrumento para ofensas pessoais e, muito menos, para permitir acusações falaciosas, que impliquem consequências nefastas, notadamente na vida particular e no trabalho de quem se torna alvo desse tipo de abuso”.

Segundo ela, estão acontecendo “assassinatos de reputações” e os “brasileiros já estão com medo de se manifestar, de dar opinião (…) e serem tachados, em massa, para sempre e sem direito de defesa, de nazista”.

Todo mundo sabe que os bolsonaristas defendem uma ditadura no país que é a negação da liberdade de expressão, de manifestação, da democracia. Sem falar que ditadura é a maior expressão do “assassinato de reputação”.

Em julho do ano passado, a deputada nazista alemã, Beatrix Von Storch, teve encontros com a deputada federal Bia Kicis, com o deputado Eduardo Bolsonaro e com o presidente Bolsonaro (este último a recepcionou em encontro fora da agenda).Quem é a líder da extrema-direita da Alemanha que esteve com BolsonaroAltamiro Borges: Bolsonaro e o neonazismo

Beatrix von storchBeatrix von Storch: quem é a líder da extrema-direita alemã que se reuniu  com BolsonaroFolha de S.Paulo on Twitter: "Instituto Brasil-Israel diz que encontro  entre Bolsonaro e Beatrix von Storch afeta a memória do Holocausto  https://t.co/JJvm8qVlBa" / TwitterBia Kicis envia carta ao CONIB e defende deputada da ultradireita alemã -  Politica - Estado de Minas

 

14 entidades judaicas se somaram à Confederação Israelita do Brasil (Conib) no repúdio à recepção da deputada nazista. Duas das mais destacadas entidades judaicas norte-americanas, o American Jewish Committee (AJC) e a Anti-Defamation League (ADL) se uniram solidariamente à Conib no protesto.

Se por infâmia o projeto de Bia Kicis estivesse em voga, essas entidades e personalidades que repudiaram o encontro macabro teriam que responder na Justiça por isso e ir para a prisão.

Adrilles e Monark: medíocres alçados à fama defecam ao vivo e se dão mal -  Ricardo Kertzman - Estado de Minas

Adrilles faz gesto parecido com o Sieg Heil

O mapeamento do nazismo no Brasil

 
 

Os nazistas e a lacração nas redes sociais

 
 
 
02
Set21

Prefeito de Cerro Grande, flagrado com R$ 505 mil para gastar no 7 de Setembro dos golpistas, ameaçou produtora da CNN

Talis Andrade

PF flagra prefeito com R$ 505 mil; senador denuncia “esquema criminoso  contra a democracia” - Hora do Povo

 

O prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (PSL), conhecido como "Gringo Loco", que foi flagrado pela Polícia Federal (PF) carregando mala com R$ 505 mill no aeroporto da Congonhas (SP), ameaçou a jornalista Daniela Lima da CNN.

“Prefeito de Cerro Grande ameaçou a produtora da CNN por 2 vezes. ‘Cuidado com o que vai falar’, disse”, afirmou a jornalista nas redes sociais, lembrando que “Gringo Loco” é presidente do PSL na “cidade de 12 mil habitantes, eleito com 2 mil votos. Orçamento total de menos de 30 milhões. Ele tinha meio milhão na mala". 

A CPI da Covid no Senado encaminhou nesta quarta-feira, 1, denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o prefeito de Cerro Grande do Sul.

O dinheiro desviado - de origem desconhecida - seria para financiar atos antidemocráticos, que os bolsonaristas marcaram para o dia 7 de setembro. 

PF abre inquérito

CPI diz que prefeito levava dinheiro para financiar atos de 7 de Setembro

por Caio Junqueira /CNN

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A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba. Ele foi abordado pelos policiais quando tentava entrar em São Paulo pelo aeroporto de Congonhas, no dia 26 de agosto, com R$ 505 mil em caixas de papelão na sua bagagem de mão.

Alba, conhecido como Gringo Loco, prestou um depoimento aos policiais no qual teria dito que a origem do dinheiro era lícita, mas não especificou de onde ela vinha.

Chamou atenção o fato de ele ter dito que o valor era de R$ 1,4 milhão, o triplo do que havia dentro de sua bagagem. O inquérito aberto pela PF tem como um dos objetivos apurar de onde veio o dinheiro e para onde ia.

O prefeito foi um dos que coordenaram a campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018 e é ligado politicamente ao deputado federal Bibo Nunes que, como ele, também é do PSL do Rio Grande do Sul. Bibo é um dos organizadores das manifestações de 7 de Setembro a favor de Bolsonaro (sem partido).

Foram esses elos políticos que fizeram com que, na manhã desta quarta-feira, o caso chegasse a CPI da Pandemia. O deputado federal Paulo Pimenta, do PT-RS, e o senador Humberto Costa, do PT-PE, reuniram-se a portas fechadas com o presidente da CPIOmar Aziz, e pediram que ele intercedesse junto ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para que o caso deixasse São Paulo e fosse remetido a Brasília junto com a investigação que Alexandre comanda sobre os organizadores dos atos de 7 de Setembro.

por Brasil de Fato

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“Gringo Loco” foi pego pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas com várias caixas de papelão cheias de dinheiro. Ele informou que estaria levando R$ 1,4 milhão, mas a PF conferiu a disse ter somente R$ 505 mil. O que não foi informado foi a origem do dinheiro.

Carregar dinheiro em espécie pelo país não é crime, mas não informar a origem do papel moeda pode configurar lavagem de dinheiro. Bolsonarista fanático, o Gringo Loco estava em voo fretado com destino a Brasília, onde na próxima terça-feira (7) acontecerá uma manifestação com pautas golpistas que pedirá, entre outras coisas, o fechamento do Supremo Tribunal Federal.

Por este correspondente

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Vários partidários da extrema direita, em diferentes cidades, estão oferecendo passagem, alimentação e hospedagem (tudo gratis) para os eventos golpistas de Bolsonaro em Brasília e São Paulo. 

Bolsonaro pretende juntar 4 milhões de pessoas em Brasília.

Sobra dinheiro para as motociatas, para as festanças golpistas, parada de tanques e 7 de setembro da ditadura policial-militar. 

Falta comida na mesa do pobre. 

Milhões de brasileiros sem alimentos, água, luz, saneamento

20
Fev21

Daniel Silveira expõe oito bolsonaristas

Talis Andrade

 

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por Altamiro Borges

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O futuro do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) ainda está indefinido. Cassação do mandato, cadeia por longo tempo ou impunidade? Mas sua prisão já teve um efeito prático. A Mesa Diretora da Câmara Federal determinou a reativação imediata do Conselho de Ética para tratar do seu caso e de outros deputados encrencados. 

A retomada dos trabalhos da Comissão de Ética – que estavam suspensos há quase um ano sob a desculpa da Covid – pode levar até à indicação de cassação dos mandatos de parlamentares que respondem a representações no colegiado. Caso isso ocorra, a última palavra caberá ao plenário da Câmara Federal. 

Há nove deputados com ações contra os seus mandatos. Destes, não por acaso, oito são bolsonaristas hidrófobos, metidos à valentes e sem qualquer compostura: Daniel Silveira, Bibo Nunes (PSL-RS), Filipe Barros (PSL-PR), Alê Silva (PSL-MG), Carlos Jordy (PSL-RJ), Carla Zambelli (PSL-SP), Coronel Tadeu (PSL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) – o filhote 03 do presidente da República. 

A companhia da deputada Flordelis

O deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) é o único que não compõe formalmente a milícia. Há também acusações de quebra de decoro que ainda não foram formalizadas no Conselho de Ética. A mais famosa é a da deputada-pastora Flordelis dos Santos (PSD-RJ), também bolsonarista, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo. 

No geral, há representações por discursos de ódio, difusão de fake news, organização e financiamento de manifestações contra a democracia e incitação à violência. O próprio PSL – partido com oito dos nove nomes em análise no conselho – ingressou com pedido contra seis deputados filiados à legenda. 

A representação foi por quebra de decoro devido à exposição de conversas entre o chefão da sigla, Luciano Bivar, e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O próprio Daniel Silveira, agora preso por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), já estava com pedido de punição em análise no Conselho de Ética. 

Em 2021, o PSL voltou a representar contra 20 parlamentares que declararam apoio à eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara Federal. O partido integrou a base de apoio à candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), mas os bolsonaristas votaram no líder do Centrão por ordens do "capetão".

23
Jan21

Cientistas e acadêmicos se mobilizam contra ataques ao professor Pedro Hallal

Talis Andrade

Reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) até o ano de 2020, Pedro Hallal coordena a pesquisa Epicovid, referência no mapeamento do avanço da doença em todo o País. Hallal é docente associado da UFPel no curso de graduação em Educação Física e nos programas de pós-graduação em Educação Física e Epidemiologia e ganhou grande reconhecimento nacional pela pesquisa durante a pandemia e pelo debate sempre pronto sobre as medidas de contenção da pandemia. Entretanto, tal atuação incomodou diversos grupos ligados ao governo federal, que agora promovem um linchamento público do professor após o mesmo ter afirmado estar com Covid-19. As agressões se deram pelo deputado Bibo Nunes (PSL-RS) em programa da Rádio Guaíba.

As agressões aparecem no momento em que o governo federal não quer nomear o candidato que obteve mais votos na consulta à comunidade acadêmica para reitoria da UFPel. Diante desse fato, os candidatos, que venceram a disputa planejam construir um gabinete paralelo em defesa da autonomia universitária.

Diante de tais agressões a comunidade científica e acadêmica se mobiliza em solidariedade ao professor Pedro Hallal e está coletando assinaturas à nota de apoio que disponibilizamos na íntegra abaixo:

NOTA DE APOIO DE CIENTISTAS BRASILEIROS AO PROFESSOR PEDRO RODRIGUES CURI HALLAL

A comunidade científica brasileira vem assistindo nos últimos dias um processo deplorável e injustificável de ataques ao Prof. Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas. O Prof. Pedro Hallal é um dos inúmeros cientistas brasileiros que, mesmo diante das inúmeras dificuldades para se fazer ciência no Brasil, liderou o maior inquérito sobre a prevalência de infecção por Covid-19 no país e, a partir da interpretação dos achados do referido estudo, vem prestando aos diversos veículos de comunicação os esclarecimentos acerca da evolução da pandemia em território brasileiro, sem eximir-se de apontar as inúmeras falhas na coordenação política do enfrentamento a esta importante crise sanitária.

A crítica é práxis científica e atitude necessária para o desenvolvimento e enfrentamento dos problemas de um país, pois é a partir da adequada interpretação dos achados científicos que se pode apontar os caminhos a serem seguidos e chamar atenção aos desvios que estão sendo cometidos. O Prof. Pedro Hallal, a exemplo de tantos outros especialistas, que atuam e recomendam com base no conhecimento científico, destacou a impropriedade da ação adotada por alguns políticos brasileiros que, ao longo dos últimos 10 meses, insistiram em desrespeitar as orientações mais básicas para o controle da pandemia de Covid-19, como o uso de máscaras e o distanciamento social.

Esta NOTA é uma MANIFESTAÇÃO DE APOIO ao Prof. Pedro, que siga sempre inabalável na sua missão de auxiliar o desenvolvimento social a partir da atividade científica. É, também, por outro Iado, uma expressão de repúdio da comunidade científica brasileira às ações difamatórias, caluniosas, desrespeitosas e injuriosas que vem sendo desferidas por figuras dos mais altos escalões da república. Em um estado democrático não se pode admitir que aspectos políticos e ideológicos sejam justificativa para coagir cientistas que alertam para ações impróprias ou para inações por parte de agentes públicos dos diferentes níveis de governo.

23
Jan21

Artigo na Lancet escancara ataques à ciência do governo Bolsonaro na pandemia de Covid-19

Talis Andrade

Infectologista Pedro Hallal

"Até o último dia 21 de janeiro, são mais de 150 mil vidas perdidas no país devido à condução abaixo do esperado da pandemia"

Por Ana Bottallo, da Folhapress

 “S.O.S.: A ciência brasileira está sob ataque”. Esse é o título de um artigo publicado na prestigiosa revista científica The Lancet nesta sexta-feira (22), escrito pelo epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pedro Hallal.

No texto, escrito para a seção Correspondências da revista, o pesquisador elenca diversos eventos de descrédito à ciência e ataques diretos aos pesquisadores brasileiros orquestrados pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores.

As consequências dos ataques, diz Hallal, levaram o país a ocupar a trágica posição de segundo colocado em número absoluto de mortes por Covid-19 e terceiro em casos registrados no mundo. “Como cientista, tendo a não acreditar em coincidências.”

Apesar de ter acompanhado as políticas de condução da pandemia, que classifica serem muito piores do que as declarações do presidente, que já chamou de “gripezinha” a maior emergência sanitária do último século e disse “E daí? Não posso fazer nada”, em resposta a jornalistas após ser questionado sobre o recorde de mortes no país, em abril de 2020, Hallal resolveu escrever a carta à Lancet após sofrer ele mesmo ataques pessoais de Bolsonaro e de seus seguidores.

O agora ex-reitor da Ufpel (seu mandato acabou no último dia 8 de janeiro) conta que participou no último ano de três reuniões no Ministério da Saúde, as duas primeiras para discutir o Epicovid-19, estudo sorológico do coronavírus que encabeçava como pesquisador principal, e a última em dezembro para discutir ações não relacionadas à pesquisa (que acabou em junho). Quatro dias após a última reunião, em Brasília, apresentou sintomas da Covid-19.

“A minha infecção foi divulgada e usada por defensores do governo. Eu fui atacado pelo deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL-RS) por ser hipócrita, por falar para as pessoas fazerem uma coisa [o distanciamento social] e fazer outra. Fui questionado durante uma entrevista a uma rádio em Guaíba (RS) e o próprio presidente tuitou no dia 14 de janeiro o trecho da entrevista na qual sou atacado por esse assunto.”

O pesquisador diz que, após ver a derrocada de cientistas em cargos importantes que se posicionaram contrários ao que o governo pretendia disseminar, como o ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) Ricardo Galvão [que divulgou os dados de desmatamento em 2019 e foi exonerado por isso] e os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich [que não concordaram com as medidas de enfrentamento do vírus], não imaginava ser o próximo.

O Epicovid-19 já havia encontrado resistência no Ministério da Saúde ao apontar para a maior incidência da Covid-19 em indígenas entre os grupos de cor ou etnia autodeclarada. A pasta questionou os dados e cortou o financiamento do estudo após a segunda etapa –estavam previstas três fases.

Para o pesquisador, não é atacando a ciência que o país vai conseguir enfrentar a pandemia. As medidas adotadas até aqui pelo governo são desastrosas: faltam testes, não há rastreamento de contatos, a adesão ao distanciamento social está cada vez mais baixa. “Apesar de muito esforço dos cientistas do [Instituto] Butantan e da Fiocruz, fortemente envolvidos na corrida pela vacina, não houve por parte do governo esforços para a compra de seringas e agulhas para começar a campanha de vacinação”, diz o artigo.

O autor cita, inclusive, um editorial da mesma revista The Lancet, publicado em maio de 2020, em que os editores afirmam que “a maior ameaça à resposta do Brasil à Covid-19 parece ser seu presidente, Jair Bolsonaro, mais empenhado em uma guerra contra a ciência do que contra o novo vírus”.

“Coincidentemente ou não, no dia que o presidente Bolsonaro me atacou no Twitter, Manaus estava enfrentando a pior situação desde o início da pandemia, com a falta de oxigênio e pacientes morrendo asfixiados. Na mesma semana, o Ministério da Saúde teve uma publicação no Twitter marcada por violar as regras da plataforma ao disseminar informações enganosas e potencialmente danosas relacionadas à Covid-19.”

Para Hallal, os ataques do governo à ciência não começaram na pandemia, mas foram intensificados por ela. “Os cortes do presidente à ciência e tecnologia desde o início do seu governo e o negacionismo, inclusive dizendo –o único chefe de Estado que disse isso, para meu conhecimento– que não vai tomar a vacina [contra Covid-19], já eram preocupantes.”

“Essas políticas têm um preço. Se o Brasil, cuja população de 211 milhões de habitantes representa 2,7% da população mundial, tivesse contabilizado 2,7% do número de mortes global por Covid-19 [considerando a mortalidade de Covid em torno de 2,1%], 56.311 pessoas teriam morrido. No entanto, até o último dia 21 de janeiro, 212.893 brasileiros morreram por Covid-19. Em outras palavras, são mais de 150 mil vidas perdidas no país devido à condução abaixo do esperado da pandemia. Atacar os cientistas definitivamente não vai resolver o problema”, finaliza o artigo.

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