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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

21
Set23

Corte de juros não pode ser feito a conta-gotas, critica Gleisi após anúncio do Copom

Talis Andrade

 

Roberto Campos favorável aos altos juros para o povo e empresas offshore livres de impostos

 

Com empresas offshore nos paraísos fiscais, Roberto Campos Neto é contra impostos para os ricos, e favorável aos mais altos juros do planeta para os pobres do Brasil. 

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), cobrou nesta quarta-feira (20), pelo Twitter, mais redução da Selic, a taxa básica de juros, após o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central (BC), diminuir o índice em 0,5 ponto percentual

"O processo de redução da maior taxa de juros do planeta começou tarde e não pode ser feito a conta-gotas, como indica o comunicado do Copom desta quarta-feira. O Brasil perdeu tempo demais com uma política monetária errada, imposta por um governo irresponsável e um BC sem compromisso com o País. O País tem pressa e precisa voltar urgentemente  à normalidade", afirmou a parlamentar.

Este ano, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vêm pressionando o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a baixar a taxa de juros, para facilitar o acesso da população ao crédito, aumentar o poder de consumo e ajudar no crescimento da economia.  

Hora do Senado cobrar do bolsonarista Roberto Campos um Banco Central alinhado com uma política econômica voltada para o povo em geral, e para o bem do Brasil, que deixou de ser pária, e parte do Terceiro Mundo, presidido por um corrupto que recebia joias como agrado, um país 'a venda. 

O Roberto Campos de Bolsonaro, que compra toneladas de ouro no Brasil do tráfico de ouro e de pedras preciosas, não pode ser o mesmo presidente do Banco Central de um Brasil do Primeiro Mundo, o Brasil de Lula. 

16
Ago23

Juros imorais, sindicalismo, terraplanismo econômico e o teste do Pudim

Talis Andrade
 

Terraplanismo econômico é quando se lida com a economia como fosse da área de EXATAS deixando de fora das análises e previsões o SER HUMANO

por Danilo Caser

1 – A imoralidade do Juros – https://www.poder360.com.br/brasil/andre-esteves-do-btg-diz-ser-consultado-por-campos-neto-sobre-piso-de-juros/

Comentário – O CIDADÃO presidente do Banco Central se aconselha com banqueiros, mas nunca,  pelo que consta, consultou o movimento sindical dos trabalhadores! 

Suposições: Por sua ignorância elitista e seu TERRAPLANISMO ECONÔMICO não deve saber que são os sindicatos que negociam salários, buscam todos os dias melhores condições de trabalho e empregos, atuam na defesa dos direitos dos trabalhadores e em suas lutas históricas conquistaram benefícios como jornada de trabalho de 8 horas/dia, férias, 13º salário, licenças, seguros e muitos outros. Por isso o sindicato é a correia de transmissão direta das necessidades e da realidade financeira e econômica dos trabalhadores diante do mercado de consumo. 

Não conhecendo a função dos sindicatos, consulta somente banqueiros que são remunerados pelas taxas de juros abusivas definidas pelo Banco Central que por sua vez destroem o poder de compra e consumo do salário dos trabalhadores.

2 – O TERRAPLANISMO ECONÔMICO E O TESTE DO PUDIM.

Economia é uma disciplina da área das Humanidades.  TERRAPLANISMO ECONÔMICO é quando o economista lida com a economia como se fosse da área de EXATAS deixando de fora de seus estudos, análises e previsões o SER HUMANO.

Na década de 90 o Jornalista  Luis Nassif escreveu um livro chamado ” CABEÇAS DE PLANILHA” para explicar esse comportamento de uma parte dos economistas brasileiros. Os CABEÇAS DE PLANILHA usam o embuste cientificista para defender teses que não se sustentam diante da realidade quando se considera o Ser Humano em todas as suas complexidades. Esses economistas que trabalham no conforto dos seus escritórios climatizados,  se fazem cegos ou simplesmente não tem interesse em analisar a realidade concreta dos trabalhadores assalariados, nunca desceram ao chão das fábricas, nunca visitaram o dia a dia das donas de casa no controle dos orçamentos domésticos, não conhecem a realidade dos aposentados que são arrimos de família, contabilizam a saúde pelo adoecimento, pela quantidade de procedimentos realizados e medicamentos vendidos mais nunca pela prevenção das doenças que reduzem os gastos dos sistemas de saúde, para citar apenas alguns simples exemplos. 

Falta a esses economistas, seja por falta de interesse, má fé ou outro motivo não declarado, fazer o TESTE DO PUDIM, que o mesmo Jornalista Luis Nassif explica como o teste, na prática, da aprovação ou não do sabor do quitute, no caso a política econômica do momento propagada pela mídia como um mantra a ser seguido sem nenhuma crítica ou a possibilidade de contraposições.

27
Jul23

A autonomia do Banco Central

Talis Andrade
 
Imagem: Caroline Cagnin

 

A política do Banco Central está em conflito aberto com os objetivos pelos quais Lula foi eleito

por Fernando Netto Safatle 

- - -

Desde quando surgiu, anos atrás, uma onda avassaladora neoliberal varrendo o mundo, ocorreu uma cantilena sistemática nos principais órgãos de comunicação no país defendendo as teses sacrossantas da Faria Lima. Temas como autonomia do Banco Central recebiam um tratamento privilegiado, mas sem o contraditório convocado para discutir e explanar, somente economistas ligados aos bancos e instituições financeiras.

Sempre foi assim. Ninguém era chamado para contra-argumentar. Afinal, era preciso deixar a impressão para a opinião pública de que sobre temas como esse não existisse divergências, tinha quase unanimidade. Para eles não existe pensamentos econômicos diferentes sobre temas diversos. Existe uma visão única, como se fosse uma estrada de mão única. Ou seja, a visão do mercado tinha que prevalecer. E assim tem sido feito quando se trata de temas de interesse do mercado, como o da autonomia do Banco Central.

Aprovado em 2019, durante o governo Bolsonaro, na calada da noite, sem muita discussão, dando a entender como se tivesse obtido aprovação geral. Contribuiu para isso, é claro, uma desmobilização das centrais sindicais e dos movimentos sociais e dos partidos de oposição. Mesmo porque uma boa parte da chamada esquerda sofre forte influência das teses neoliberais. Assim vai passando a boiada. Comeram mosca, quando acordaram já era governo do Lula sofrendo todos os constrangimentos e sortilégios do entulho neoliberal deixado por Jair Bolsonaro.

Mesmo assim, ainda não aprenderam a lição. Nessa discussão sobre a taxa de juros, 13,25% da Selic, por incrível que pareça, quem dá o tom é o Roberto Campos Neto. Diz com todas as letras que a sua decisão de manutenção das taxas de juros é essencialmente técnica. Ou seja, não tem discussão. Ninguém questiona! Ora, não tem nada de técnica e sim puramente política. Seria técnica se não tivesse visões distintas sobre as causas da inflação e de soluções alternativas para combatê-la. O que, evidentemente, não é o caso.

Há quase um consenso de que a inflação não é de demanda, mas sim de custos. Portanto, não cabe usar indevidamente a elevação das taxas de juros para conter o consumo com medidas restritivas ao crédito. São medidas que vão na contramão e agravam ainda mais a retomada do crescimento. Além de achatar a demanda por bens e produtos inibe os investimentos ao elevar os custos financeiros.

A política do Banco Central está em conflito aberto com os objetivos pelos quais Lula foi eleito, quais sejam, sair da recessão e gerar empregos e rendas. Ainda, com as taxas de juros elevadas conflita também com a política de austeridade fiscal, tão apregoada pela Faria Lima. Cada 1% de aumento nos juros acresce R$ 38 bilhões na dívida pública. É como enxugar gelo. Não pode haver essa desarmonia entre a política fiscal e a política monetária. Essa autonomia do Banco Central provocou isso, é um contrassenso. É uma contradição antagônica. Não se pode contemporizar com isso, sob o risco de naufragar e ficar permanentemente a reboque do Banco Central.

Mesmo com todas as dificuldades dessa armadilha é necessário tomar a iniciativa política e mobilizar a população para ir para rua e mudar não só o presidente do Banco Central, mas tirar a sua autonomia. É difícil politicamente, sim, especialmente com esse Congresso. Mesmo o Artur Lira dizendo que a quebra da autonomia não passa é importante pôr isso na pauta e convocar a população para ir para rua.

Se ficar dependendo somente de negociações de bastidores, para cada projeto que precisa ser aprovado ceder ministérios e emendas, não se muda a correlação de forças e o governo vai ter que ir cedendo cada vez mais, pois o apetite do Centrão é insaciável. Em momentos como esse, quando há quase unanimidade em torno da queda da taxa de juros é importante mobilizar a população e mudar a correlação de forças. Para isso precisa politizar essa discussão e retira lá do círculo de giz tecnocrático no qual foi colocada por Roberto Campos Neto.

A quatro dias do início da reunião do Copom, a redução da inflação e outras boas notícias na economia, além da irritação crescente do governo, redobraram as pressões sobre o presidente do BC, Campos Neto. Se ele não baixar ao menos em 0,5 pp a taxa Selic - expectativa do mercado -, vai parecer voluntarismo e politizará de vez a questão. Ao mesmo tempo, avançam as investigações do caso Marielle e aumenta claramente o nervosismo de Jair Bolsonaro. Apresentação Helena Chagas e Mario Vitor Santos, nesta quinta-feira substituído por Luís Costa Pinto.

25
Jul23

TCU abre investigação contra Campos Neto, presidente do Banco Central

Talis Andrade

Selic a 13,75%

por Ninja

Além do MP, nove partidos, entre eles o PT, PSOL, PSB e PCdoB, pedem que Campos Neto seja investigado por ‘prejudicar a economia brasileira’

 

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu início a uma investigação preliminar após as declarações do Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que manifestou apoio à terceirização da gestão de ativos do BC. A investigação visa apurar indícios de irregularidades relacionadas ao interesse de Campos Neto em terceirizar a administração das reservas internacionais do Brasil, o que prejudica a economia brasileira.

O ministro Benjamin Zymler foi designado como relator do caso e terá a responsabilidade de conduzir a investigação. A abertura do processo foi feita a pedido do Ministério Público junto ao TCU, por meio do procurador Lucas Furtado.

Na representação, o procurador Lucas Furtado expressou preocupação com os possíveis riscos envolvidos na terceirização da gestão de ativos do Banco Central, especialmente em relação à administração das reservas internacionais do país. Ele ressaltou a importância da transparência e da estabilidade da política monetária brasileira e afirmou que a possibilidade de terceirização demanda uma apuração detalhada por parte do TCU.

“Dada a natureza delicada e arriscada da situação, é inadmissível terceirizar a gestão de ativos do Banco Central, especialmente no que diz respeito às reservas internacionais do Brasil. Diante disso, é imperativo que o Tribunal de Contas da União atue prontamente para determinar uma investigação minuciosa dos fatos”, declarou Furtado na representação.

Agora, a equipe técnica do TCU será responsável por elaborar relatórios detalhados sobre o caso, que serão repassados ao ministro Benjamin Zymler para análise. A decisão final sobre as medidas a serem tomadas caberá ao relator, considerando os resultados das investigações.

Campos Neto tem sido duramente criticado por manter no Banco Central a taxa de juros do Brasil em mais de 13,7%. Recentemente, circulou um comunicado da presidência do banco impondo regras para que diretores deem entrevistas. A medida foi vista como um ato de censura. Campos Neto afirmou que o comunicado “apenas estabelece diretrizes”.

Nove partidos, entre eles o PT, PSOL, PSB e PCdoB, pedem que Campos Neto seja investigado por, de acordo com eles, prejudicar a economia brasileira ao manter a taxa de juros mais alta do mundo.

25
Jul23

Roberto Campos Neto contra limitar juros de 455% ao ano do cartão de crédito

Talis Andrade
 

Preciso Pagar Agiota

Preciso Pagar Agiota
 
 

Os bancos brasileiros, apoiados por Roberto Campos Neto, estão empenhados em conter o avanço de um projeto de lei que busca limitar os juros no rotativo do cartão de crédito, uma das modalidades mais onerosas de empréstimo no país. A proposta enfrenta resistência da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), mas o relator do projeto, deputado Alencar Santana (PT-SP), assegura que o dispositivo será mantido em seu texto. O tema está previsto para ser discutido na Câmara dos Deputados a partir de agosto.

De acordo com dados do Banco Central, a taxa média de juros cobrada pelos bancos no rotativo do cartão de crédito atingiu o patamar de 455,1% ao ano em maio, o maior registrado em mais de seis anos. A modalidade do rotativo é acionada quando o cliente não paga o valor total da fatura até a data de vencimento. No mesmo mês, a inadimplência no rotativo para pessoas físicas alcançou 54%, a maior agiotagem já registrada desde março de 2011.

O projeto de lei, idealizado pelo deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), conta com o apoio de Santana, e visa instituir o Programa Nacional de Renegociação das Dívidas das Famílias (ReFamília), destinado a famílias com renda de até R$ 5.000, com crédito previsto de até R$ 20 mil por família. Além disso, o projeto estabelece que o CMN (Conselho Monetário Nacional) irá definir um limite para a cobrança de juros nos cartões de crédito.

O relator garante que esse ponto será mantido no texto, embora ainda não tenha uma definição técnica sobre como será tratado. "Esse é um tema que merece uma resposta do parlamento. Não dá para continuar com esse abuso, esses juros exorbitantes", diz Santana. "Fazer o Desenrola Brasil, garantindo dinheiro do governo para as famílias limparem os seus nomes, pagarem as suas dívidas e continuar com juros de cartão de crédito dessa maneira é tapar o sol com a peneira", completa.

Representantes da Febraban, da Abracs, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de São Paulo se reuniram com Santana para tratar do tema. Em abril, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) demonstrou preocupação com a ganancia, a especulaçao bancária, e ressaltou ser uma preocupação do presidente Lula. O presidente, por sua vez,  já criticou a cobrança de juros altos, chegando a classificá-la como um "roubo". O Banco Central nem aí.

 

24
Jul23

Lava Jato Lado B, uma série sobre a influência dos EUA e o traiçoeiro mando dos quinta-colunas

Talis Andrade

 

Como combater supostas corrupções roubando o Brasil e falindo as grandes empresas nacionais para a dominação do capital estrangeiro. Sergio Moro fez na justiça o que Roberto Campos Neto realiza no Banco Central. A indústria do compliance e a política dos juros nas alturas

 

Jornal GGN – A série “Lava Lado B – A influência dos EUA e a indústria do compliance”, produzida pela equipe do GGN com o financiamento coletivo do Catarse, expôs a sistemática influência dos Estados Unidos na Operação Lava Jato.

Desde a cooperação jurídica internacional entre as autoridades do Brasil com as norte-americanas para obter tal interferência; como a bandeira anticorrupção, tão aclamada e utilizada pela força-tarefa de Curitiba, foi também bandeira para uso político dos EUA; os interesses geopolíticos por trás da Operação; os processos a que a estatal brasileira Petrobras foi submetida no país, até o boom da indústria do compliance no Brasil.

A série completa “LAVA JATO LADO B” foi produzida com o financiamento coletivo pela plataforma Catarse e todos os episódios estão disponíveis na TV GGN.


LAVA JATO LADO B (2019)

Argumento: Luis Nassif
Roteiro, pesquisa e entrevistas: Cintia Alves e Luis Nassif
Imagens e edição: Nacho Lemus
Locução: Marco Aurélio Carvalho
Coordenação geral: Cintia Alves e Lourdes Nassif
Colaboradores: André Sampaio (entrevista Mark Weisbrot) e Zé Bernardes (imagens Pedro Serrano)
Agradecimento especial: Estúdio do Criar Brasil.

 

Acompanhe todos os episódios aqui

23
Jul23

Os mais altos juros do planeta, de 13,75%, derruba crédito ao consumidor e de micro e pequenas indústrias

Talis Andrade

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Política de Campos Neto, indicado de Bolsonaro ao Banco Central, asfixia economia ao frear consumo e produção e elevar recuperação judicial de empresas

Mais duas consequências da nefasta política de juros altos do Banco Central, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto.

A restrição de crédito tanto para consumidores quanto de micro e pequenas indústrias, um dos setores que mais geram emprego no Brasil.

Pesquisa da Serasa Experian aponta que o Brasil sofreu a maior queda histórica de pedidos de consumidores por crédito desde 2008, quando a empresa passou a acompanhar esse indicador. Apenas no primeiro semestre deste ano, esse índice caiu -12,5%.

O recuo ocorreu em todas as faixas de renda dos brasileiros, mas os mais pobres foram os mais atingidos. Para quem ganha até R$ 500, a redução foi de -14,4%. De R$ 500 a R$ 1 mil, -13,8%; de R$ 1 mil a R$ 2 mil, -11,5%; de R$ 2 mil a R$ 5 mil, -10,6%; de R$ 5 mil a R$ 10 mil, -10% e acima de R$ 10 mil, -9,5%.

O levantamento da empresa que atua em monitoramento e negociação de dívidas foi realizado por estados. Nesse caso, o com maior redução foi o Amapá, com -25% e o menor Santa Catarina (-5,80%). Veja a tabela completa abaixo.

Nem durante a pandemia a retração do crédito foi tão drástica. E o motivo é simples, na ocasião, a taxa básica de juros era quase sete vezes menor que a praticada pelo Banco Central de Campo Neto neste ano (13,75%). Em dezembro de 2020, a Selic estava em 2% ao ano.

A esse cenário desestimulador soma-se a recusa de crédito para 46% das micro e pequenas indústrias, consequência da Selic de 13,75% ao ano, segundo dados do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo (Simpi).

A pesquisa Simpi/Datafolha mostra que, entre os bimestres de fevereiro/março e abril/maio, cresceu de 11% para 17% o número de consultas na tentativa de obtenção de crédito, porém, efetivamente, cerca de 46% das empresas tiveram seus pedidos de crédito rejeitados. Para 39% dos entrevistados, o principal problema para concessão de recurso é o alto patamar da Selic.

Os juros altos sufocam as empresas em duas pontas: ao ser consequência de aumento de pedido de recuperação judicial e em negativas de instituições financeiras a pedidos de crédito do setor. A isso se soma restrição também de crédito a consumidores e a elevação de inadimplência.

Segundo o presidente do Simpi, Joseph Couri, a raiz do problema é alta taxa de juros; mantida por Campo Netos à revelia do cenário econômico que há meses indica queda da inflação sem a consequente redução da Selic.

“O mote principal deste cenário difícil é, indiscutivelmente, a taxa de juros. Porque quando se toma o empréstimo do dinheiro, não é 13,75%. Isso é só o valor referencial da Selic. Na prática, qualquer financiamento está começando em 20%, 30%. Se cair num cartão de crédito é mais de 400%”, diz Couri.

Confira a demanda de crédito para consumidor por estado

Amapá: -25%

Rio de Janeiro: -22,5%

Alagoas: -21,5%

Rio Grande do Norte: -17,6%

Piauí: -16,8%

Bahia: -16,4%

Ceará: -15,9%

Pernambuco: -15,6%

Roraima: – 15,5%

Pará: -15,2%

Paraíba: – 14,9%

Distrito Federal: -14,8%

Goiás: -14,5%

Sergipe: -14,2%

Mato Grosso do Sul: -14,1%

Maranhão: -13,3%

Minas Gerais: -12,4%

Amazonas: -10,7%

Espírito Santo: -10%

Rondônia: -9,8%

Paraná: -9,7%

Tocantins: -9,3%

São Paulo: -8,4%

Rio Grande do Sul: -6%

Santa Catarina: -5,8%

* Fonte: Serasa Experian

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23
Jul23

A economia destroçada por quatro anos de gestão criminosa de Bolsonaro

Talis Andrade

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Banco Central ponta de lança dos interesses do capital financeiro

 

por Wellington Duarte

Saiu o dado do Banco Central (BC), sobre a atividade econômica, o IBC-BR, recuou 2,0% em maio, quando relacionado a abril. No ano acumula alta de 3,61% no ano e de 3,43% em 12 meses. A divulgação desse dado provocou reação diversa, na esquerda, que teve um surto de desespero, pois esperava que Lula tivesse uma varinha mágica, bastando dar um “pirlimpimpim” e a economia, destroçada por quatro anos de gestão criminosa de Bolsonaro, voltaria a se comportar como “uma China dos trópicos”; do outro a direita fascista, que comemorou o fato, apenas e tão somente por ser uma “derrota” de Lula.

Mas o que é real, nesse resultado, é o papel que o Banco Central, transformado em “entidade independente” a partir de 2021, tornou-se a ponta de lança dos interesses do capital financeiro já que manter uma taxa de juros em 13,75% estrangula qualquer tentativa de retomada de crescimento. Uma Lei Complementar tronou-se um dos principais instrumentos da luta de classe, que os incautos acreditam ter sido superada pelo fim da URSS, há mais de 30 anos, e o poder emanado dessa “entidade” agora se mostra claramente.

Os especialistas (ah os especialistas!) já afirmaram que o “mercado”, esse ente onipresente, projetou o crescimento do PIB em 2,24%, com base no crescimento de 1,9% no primeiro trimestre e é bom lembrar que no começo de 2023, a projeção era de 0,78%. Ora se esses mesmos especialistas estão (ou estavam) esperançosos de um crescimento superior ao de 2022, omitem que esse resultado é consequência direta da atividade predatória do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cujo mandato, de acordo com o que foi aprovado em 2021, só terminará em 31 de dezembro de 2024, é o principal trunfo do mercado financeiro.

Obviamente que é necessário ponderar que acreditar que recuperar um país literalmente devastado por 6 anos de desmonte, e aqui eu coloco o governo Temer na conta, um apenas 6 meses de governo é um delírio, creditado aos ufanistas mais ousados, visto que a recuperação econômica se dá pela conjunção de vários elementos, endógenos e exógenos, que exigem uma condução de política econômica orientada para o desenvolvimento.

Se olharmos o ambiente externo, marcado pelas agruras de uma economia mundial marcada por uma guerra europeia, que afeta o mercado mundial de alimentos e de combustíveis; e o ambiente interno, caracterizada pela permanente busca do governo em ter condições de governabilidade, num ambiente hostil, visto que o parlamento eleito em 2022 é dominado pelas forças reacionárias e conservadoras, além de um conjunto de governadores nada simpáticos ao governo.

E é nesse contexto que a Luta de Classes se mostra claramente. A luta histórica entre as diversas frações da burguesia e os diversos segmentos que formam o proletariado, dessa vez utilizando uma instituição republica, o Banco Central, mostra que a burguesia, um nome que parecia démodé, mantém incólume seus interesses, defendendo-os com unhas e dentes, ora financiando políticos reacionários, para formar uma base parlamentar para resguardar seus ganhos; ora apoiando governos reacionários e fascistas, no caso os governos Temer e Bolsonaro; ora controlando diversos segmentos do aparelho de Estado. A burguesia não dorme.

O proletariado, enfraquecido devido ao fato de que suas representações sociais se debilitaram ao longo dos anos, quer aceitando o conceito falacioso de “conciliação de classes”, que asseverava ser possível construir uma sociedade “onde todos ganham”, uma pilhéria convenhamos; quer perdendo espaço no campo institucional, atropelado pela aliança entre a burguesia e a extrema-direita mundial, que destroçou a social-democracia e os pretensos “socialistas”. O encolhimento da esquerda foi funesto para o proletariado e este vem pagando caro por essa derrota histórica.

Não se espere, nos próximos meses, o arrefecimento das contradições que hoje estão presentes na economia e na sociedade brasileira, mas é necessário, acima de tudo, preservar o pouco ganho que foi conseguido até agora, graças a um governo centrista, mas que tem a pretensão de recuperar o próprio capitalismo no Brasil, e isso implica numa grande coalizão de forças que enfrentem os interesses do capital financeiro e das forças reacionárias que,  derrotadas momentaneamente, continuam muito fortes e influentes.

23
Jul23

Entreguista preresidente do BC cogita terceirizar gestão das reservas do país e gera revolta de deputados

Talis Andrade

 

Roberto Campos, o neto do economista da ditadura militar de 1964, deu entrevista 'a investidora BlackRock e disse estar aberto a delegar administração de recursos do Estado. Por falta de competência, de conhecimento, da ignorância dos funcionários do banco, mentiu o traíra

 

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou em uma entrevista concedida ao banco de investimentos estrangeiro BlackRock que está disposto a terceirizar a gestão das reservas cambiais brasileiras. O país tem US$ 380 bilhões em reservas – cerca de R$ 1,8 trilhão –, que são usadas para aliviar a alta do dólar, por exemplo.

Essas reservas são hoje administradas pelo BC, que tornou-se autônomo no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Campos Neto, indicado por Bolsonaro, cogita transferir essa responsabilidade a terceiros.

:: 'Presidente do BC não é dono do Brasil', diz Lula ao sancionar Minha Casa Minha Vida ::

"A gente está aberto a essa terceirização, gestão externa vamos dizer... Hoje a grande parte da gestão não é terceirizada, mas a gente está aberto a fazer isso nessa área, principalmente, porque a gente está olhando agora para novas classes de ativos", afirmou.

Nessa terceirização, uma empresa como a própria BlackRock definiria onde seriam investidas as reservas nacionais. Campos Neto disse que o BC poderia aprender com a gestora terceirizada.

"A gente entendeu que alguns programas de gestão terceirizada a gente podia fazer dentro do Banco Central, e isso ia gerar uma sinergia positiva, porque o pessoal da equipe operacional do Banco Central ia aprender sobre ativos e aprender sobre ativos ajuda muito a atividade do dia a dia do Banco Central", disse.

Leia mais: Dívida de países quintuplica em 20 anos e compromete orçamento de nações mais pobres

O presidente do BC ressaltou que a terceirização teria de levar em conta princípios hoje adotados pelo BC: preservação de capital, governança e sustentabilidade.

 

Protestos e críticas

 

A ideia de Campos Neto foi duramente criticada por parlamentares do PT. A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, questionou o que seria feito com os recursos que pertencem ao Estado.

"Campos Neto, responsável pelo Brasil ter o maior juro do planeta, agora quer terceirizar ativos do BC. É isso, tirar do Estado e deixar ao bel prazer do mercado. E o que acontece com as reservas de US$ 340 bilhões?", declarou Gleisi, numa postagem no twitter.

Campos Neto, responsável pelo Brasil ter o maior juro do planeta, agora quer terceirizar ativos do BC. É isso, tirar do Estado e deixar ao bel prazer do mercado. E o que acontece com as reservas de U$ 340 bilhões? Não explicou até agora o tal erro contábil de R$1 trilhão no banco… — Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 21, 2023

Ela ainda pediu a saída de Campos Neto do BC.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) também acusou Campos Neto de sabotagem. "Na mesma semana em que tentou censurar os diretores do BC, ele aparece em entrevista à BlackRock dizendo que planeja dar a gestores privados a administração das reservas internacionais do Brasil", postou, lembrando que um novo diretor do BC indicado por Lula não pôde conceder entrevistas por normas editadas por Campos Neto.

Chega de sabotagem! É FORA CAMPOS NETO já! Assine https://t.co/xjegPJhhZ4 pic.twitter.com/vkC6Epwgrz — Lindbergh Farias (@lindberghfarias) July 20, 2023

 

Embate com Lula

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem criticado abertamente a gestão de Campos Neto no BC por conta da alta taxa básica de juros da economia. A Selic está hoje em 13,75% ao ano. Isso, segundo Lula, atrapalha o crescimento da economia.

22
Jul23

Banco Central é o último refúgio bolsonarista no governo, diz Lindbergh Farias

Talis Andrade

Deputado federal fez duras críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, após a tentativa de censura a seus diretores

 

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) concedeu uma entrevista à TV 247, na qual fez duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em meio a uma série de escândalos envolvendo o chefe da autoridade monetária. Segundo ele, graças a Campos Neto, o BC é o "último refúgio bolsonarista" dentro do governo do presidente Lula, trabalhando para sabotar a economia brasileira e prejudicar a popularidade da nova administração. 

O BC é responsável por definir a taxa básica de juros, atualmente em 13,75%. O presidente Lula repetidamente pressionou Campos Neto a reduzir a taxa, que é considerada a maior do mundo em termos reais. Isso porque os indicadores econômicos já apontam para um cenário deflacionário e a economia esfriou após os primeiros meses de governo, conforme a última prévia do Produto Interno Bruto (PIB)

Lindbergh é presidente da Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos. Em junho, ele protocolou denúncia no Conselho Monetário Nacional (CMN) Campos Neto por descumprimento dos objetivos da instituição. O parlamentar pede que o órgão avalie a possibilidade de pedir ao Senado Federal a exoneração do presidente do BC. 

O deputado destacou que a política de aperto monetário conduzida por Campos Neto persiste há meses mesmo diante dos sinais positivos da economia. Para Lindbergh, essa postura pode travar a trajetória de crescimento e impedir a geração de empregos, prejudicando os esforços de retomada econômica. 

"A autonomia do BC é como se fosse o último refúgio bolsonarista no governo. Campos Neto trabalha para prejudicar a economia, fazer com que a economia fique travada, a gente não consiga gerar tantos empregos e o Lula perca popularidade. Temos um Congresso conservador, mas essa é a grande batalha nossa nesse período, fazer a pressão contra Campos Neto", afirmou o deputado.

Leonardo Attuch, José Reinaldo Carvalho, Dafne Ashton, Florestan Fernandes Júnior, Marcelo Auler, Paulo Moreira Leite, Alex Solnik e Tereza Cruvinel debatem o entreguismo de Roberto Campos, o neto, com Breno Altman, Marcia Carmo, Joaquim de Carvalho, Brian Mier, Mario Vitor Santos, Eduardo Guimarães, Pedro Paiva, André Constantine, Luís Costa Pinto, Deyvid Bacelar, Nathália Urban, Hildegard Angel, Rodrigo Vianna.

Roberto Campos Neto segue os passos do avö quinta-coluna 
 

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