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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

07
Nov20

De quantos estupros se compõe um estupro?

Talis Andrade

assédio suicídio Kavehadel.jpg

 

Um estupro foi registrado no país a cada oito minutos em 2019

 
por Wilson Gomes /Cult
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O mundo está assim agora: a gente vai dormir na terceira década do século 21, mas no outro dia acorda lidando com problemas do início do século 20, quando não com questões e mentalidades que faziam parcamente sentido em algum ponto bem remoto do passado. Acho que era a isso que o filósofo Ernst Bloch chamava de acontemporaneidade, com o alfa privativo mesmo. Não é que as coisas sejam extemporâneas, fora do seu devido tempo, é que comportamentos e mentalidades típicas de temporalidades diferentes convivem e colidem, hoje, apesar de tudo. 

O fato é que há certas formas arcaicas de pensar e de existir que teimam em não ir embora e ficam nos assombrando, mesmo quando incompatíveis com o estágio esperado de progresso histórico e de evolução da humanidade. Mais que incompatíveis, são desmoralizantes, uma vez que jogam na nossa cara que a natureza humana reluta em abrir mão de comportamentos que hoje nos desumanizam, nos rebaixam. Olhando-nos no espelho e vendo tantas sobras de fases atrasadas, brutas e imorais da humanidade, quem acredita que o ser humano é fundamentalmente bom e pode melhorar tem um momento de ceticismo e vergonha. Muita vergonha.

Como não se sentir repugnado com o fato de que ainda em 2020 pelo menos metade da humanidade, as mulheres, tenham medo da outra metade, os homens, e tenham boas razões para temê-la? Falei “pelo menos metade” pois também as crianças, de ambos os sexos, poderiam basear em dados empíricos o medo do predador masculino, apesar de séculos de humanismo cristão, de Iluminismo e de democracia liberal. 

Dados, por certo, não faltam. A 14ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que no Brasil se estupra com uma frequência assombrosa. Um estupro foi registrado no país a cada oito minutos em 2019. “Registrado”, quer dizer, consignado em boletins de ocorrência por quem conseguiu coragem e teve recursos para tanto. Ninguém sabe quantos estupros, de fato, ocorrem, mas o número deve ser muito maior. Não é inquietante que no tempo que você leva para ler esta coluna pelo menos uma mulher ou menina esteja sendo estuprada no Brasil? Tem mais. 58% das vítimas de estupros registrados no ano passado eram crianças de até 13 anos. A maioria nem estava na rua ou exposta a estranhos, pois em 84% dos casos a própria casa é o suplício das mulheres e o estuprador é um conhecido da vítima, um familiar ou uma pessoa da sua confiança.  

É assustador e revoltante para todos os que creem em uma sociedade baseada em igualdade, liberdade e respeito à dignidade humana, os que estão convencidos de que cada um tem o direito de buscar a felicidade e de viver a sua vida como melhor lhe pareça. Mas gostamos de achar, para o conforto da nossa consciência, que somos um mar de civilização e respeito, com algumas ilhas eventuais de brutalidade e selvageria moral. Será mesmo?

Não faz muitas semanas e estávamos discutindo o caso de Robinho, o jogador de futebol, condenado na Itália por ter abusado sexualmente, em grupo, de uma garota bêbada em uma boate italiana. Não foram pouco os que saíram em defesa do jogador, alegando que, afinal, uma moça que se coloca em certas situações não teria o direito de alegar estupro quando recuperasse a consciência e percebesse que serviu aos caprichos sexuais dos machos que a cercavam. Candidamente, o jogador alegou absoluta inocência, pois, afinal, “tão somente” enfiou o pênis na boca de uma menina inconsciente; sexo, explicou, é apenas quando há penetração vaginal. Multidões correram em socorro do argumento do jogador, coitadinho, tão garoto, tão inconsciente, tão vítima da messalina italiana. 

Esta semana, uma nova história bizarra nos mesmos moldes veio à tona com a divulgação de uma sessão online de julgamento de um caso de estupro em Santa Catarina. Diferentemente da Itália, o acusado não foi condenado. O que se destaca no caso são as cenas de constrangimentos e humilhações da vítima a que todos puderam assistir em mídias digitais. Uma moça que havia sido abusada sexualmente em uma boate de ricos, depois de drogada e inconsciente, foi atacada ferozmente e humilhada pelo advogado do réu, sem que tenha sido devidamente defendida pelo juiz do caso. Independentemente do que eu pense da sentença, foi infame o que foi feito naquela sessão do tribunal à moça que foi buscar justiça. Assim como foi definitivamente infame o modo como todos se comportaram com ela naquele julgamento.

O que aconteceu naquele tribunal foi gravíssimo no presente e para o futuro. Chama-se vitimização secundária ou revitimização, e consiste em submeter a pessoa estuprada a ondas sucessivas de humilhação e dor. A segunda vitimização costuma se dar na família ou na própria delegacia – e as delegacias de mulheres foram criadas como forma de reconhecer e mitigar o fato. A terceira vitimização pode acontecer na opinião pública, seja na esfera pública tradicional, produzida pela cobertura dos jornais que muitas vezes transforma a vítima em culpada, quanto nas formas não tradicionais das mídias digitais, onde os feios, sujos e malvados concorrem para ver quem tira mais pedaços de quem teve a ousadia de denunciar o violador e ir buscar o amparo da Lei. 

Às vezes temos ainda uma outra onda de revitimização, ainda mais repugnante quando se dá, como neste caso, no espaço institucional onde a vítima deveria ter do seu lado a força do Estado e não ser violada e humilhada sob o olhar complacente de quem deveria fazer-lhe justiça.

 

Já é suficientemente grave
para o Estado de Direito a
vitimização secundária nas
delegacias de polícia e na
esfera pública, mas a
revitimização em um
tribunal é um escândalo.

 

 

O curioso deste caso é que enquanto uma parte da sociedade ficou chocada com os eventos e pediu que os envolvidos fossem responsabilizados, outra parte refazia o processo na esfera pública para condenar a moça estuprada. Como tudo no Brasil, de vacina a jogos de futebol, até os estupros foram politizados e se tornaram objeto de polarização, mesmo que nada tenha a ver com política partidária. Agora, se você é de esquerda, de centro, e até da direita civilizada, fica do lado de quem sofreu o estupro e acha que haverá justiça se houver condenação e punição social; se você é bolsonarista, transforma o estuprador em vítima e o estuprado em réu, como nos dois exemplos acima. 

Foi assim que Rodrigo Constantino, por exemplo, o comentarista que se tornou a voz mais engajada do bolsonarismo em mídias digitais, 600 mil seguidores no Twitter, 300 mil no Facebook, legiões de fãs na Jovem Pan, na Record e em mais uns três veículos da imprensa, fez da causa o seu palanque. Em lives e tuítes, condenou as “feministas amargas lutam [que] pelo ‘direito’ de tomar todas num quarto com homens, consentir em fazer sexo bêbada, e depois bancar a vítima de estupro, sem aceitar ainda a opinião dos outros de que tem comportamento indecente”, disse. 

Para este lado moral e político do Brasil, do qual Constantino é a face mais visível e abusada, há mulheres respeitáveis e há as outras, que não têm o direito de alegar terem sido estupradas mesmo não tendo concordado com o sexo a que foram submetidas, posto que se colocaram em situações que “a decência” não autorizaria. Não é que os bolsonaristas defendam o estupro. Antes, creem demonstrar isso cabalmente uma vez que defendem a castração química dos violadores e o porte de armas para mulheres como forma de impedir o estupro. Os que defendem que o estupro é um tipo penal que não se aplica a todas as relações sexuais não consentidas com qualquer mulher, mas apenas com as mulheres que obedecem ao código de decência do bolsonarismo. 

Depois finge-se não se entender por que tantas vítimas de estupro sofrem caladas, às vezes por ano, mas não denunciam o crime. Denunciar para serem julgadas e revitimizadas? Ou por que tantas vítimas não resistem à violência do estupro somada à projeção das outras violações que sofrerão por consequência, e se suicidam. No Brasil do século 21, infelizmente, por causa de dessa mentalidade, um estupro é sempre composto de muitos estupros. 

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O delegado, o promotor, o juiz esqueceram o suicídio de Thalia Mendes Meireles, 16 anos. O caso se deu no Maranhão. Não culparam o boto cor-de-rosa. E sim a 'baleia azul', que estava na onda.

A menina foi estuprada quando tinha onze anos.

Depois de muitos estupros, preferiu a morte. Deixou um lindo poema em prosa como carta de despedida:

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03
Set18

Os golpistas matam

Talis Andrade

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A crise mata. Mata por falta de medicamentos e de socorro médico. 

 

A crise mata por falta de alimentos. Pobreza encurta a vida mais que obesidade, álcool e hipertensão. O Brasil, com os golpistas, voltou ao mapa da fome.

 

Escreve Jeana Laura da Cunha Santos: "Segundo o anuário estatístico do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou novo recorde com 63.880 mortes violentas intencionais em 2017, uma média de 30,08 mortes por 100 mil habitantes, um morticínio superior ao de países em conflitos armados; a mortalidade materna voltou a crescer no Brasil, registrando, em 2016, 64,4 óbitos de mulheres para cada 100 mil nascidos vivos; os subocupados e desempregados no país somam 26 milhões de pessoas, um quarto da força de trabalho de 104 milhões; 84% dos trabalhadores estão com problemas financeiros e 32% dos brasileiros que pedem empréstimo pessoal o fazem para pagar dívidas".

 

Há uma estística que o governo Temer esconde: o aumento de suicídios.

 

O jornal O Tempo publicou ontem: 

 

Minas Gerais tem média de três casos de suicídio por dia


Estado registrou aumento de 14,4% dos autoextermínios cometidos em 2017 em relação a 2016. 

 

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A revelação mineira causa espanto que a imprensa brasileira sempre engavetou as notícias sobre suicídio.  É um tema tabu apesar do sensacionalismo escandaloso da Polícia Federal com a onda da Baleia Azul. Vide o suicídio da menina poetisa Thalia Mendes Meireles, abusada sexualmente pelo pai desde os doze anos. 

 

 

 

13
Out17

Brasil, país proibido para menores

Talis Andrade

Matar criança.
Prender criança junto com adultos.
Prostituir crianças.
Ninguém liga.

 

O Brasil tem 500 mil prostitutas infantis, e não entra nessa contagem maldita e infame as meninas que foram estupradas em casa (o incesto no Brasil não é crime), curradas nas escolas, engravidadas pelos namorados, que "casaram" com o consentimento dos pais, ou que passaram a ter relações sexuais com os "noivos", seguindo o modelo das artistas da TV Globo.

 

Os safados do Brasil diziam que as meninas engravidavam cedo para receber bolsa família. Nos meses de março e abril deste ano de 2017 inventaram, para cobrir estupros, incestos e assassinatos, que suicídios de crianças e adolescentes eram cousas da baleia azul, uma lenda sem pé nem cabeça, que a imaginária vítima era obrigada a fazer, por mando de um curador e por um assistente como testemunha, durante cinquenta dias, cinquenta exercícios masoquistas, extremamente dolorosos, de automutilação.

 

Policiais corruptos, promotores e juízes sacanas ajudaram, com a imprensa bandida a espalhar as estórias da baleia, como acontece com o folclore do boto, ou com os sequestros praticados por "papa-figos" no tráfico de crianças para o trabalho escravo, para o mercado de sexo, para adoção internacional, para transplante de órgãos.

 

Publica Causa Operária:

Não precisa de idade mínima, basta ser pobre para ser preso

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Recente caso do garoto de 13 anos encontrado sob a cama de um detento no Piauí, mostra que o sistema carcerário brasileiro é um calabouço infernal, desorganizado, cuja única finalidade servir de depósito de pobres.

 

Conforme o caso ganha luz, os absurdos vão se acumulando. Já se sabe que o garoto chegou a trabalhar na carvoaria de uma colônia penal, como escravo.

 

A criança, analfabeta, usou impressão digital para “assinar” o depoimento.

 

 

 

23
Set17

Professora presa após fazer sexo com quatro alunos adolescentes e o caso da estudante poetisa Thalia Mendes Meireles

Talis Andrade

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Jessie Lorene Goline ao lado do marido

 

Professora casada é presa por fazer sexo com quatro adolescentes, sendo que três deles são seus próprios alunos. Se condenada, ela pode pegar de dez a 40 anos de prisão ou até prisão perpétua

 

 

Hediondo, o holocausto, o comércio e o cativeiro e o tráfico e o trabalho escravo de 500 mil prostitutas infantis no Brasil, e ninguém vai preso.


Mais grave a tradição do incesto, que não é crime no Brasil.


Preocupante, inquietante e dramático os estupros de crianças e adolescentes nas escolas, nas igrejas, e ninguém vai preso.


Quando as violências sexuais resultam em suicídio, policiais, juízes, promotores, professores, jornalistas colocam a culpa na lenda da baleia azul, que no Brasil prendeu um negro quilombola camponês na Bahia, e um pedreiro também pobre e analfabeto no Rio de Janeiro. Vide o caso da estudante, poetisa Thalia Mendes Meireles, 15 anos, aluna da Escola Horas Alegres, em Santa Inês, Maranhão

 

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 Thalia era forçada a trabalhar como modelo e vendedora da rede de supermercados de José Meireles da Silva, seu próprio pai incestuoso e estuprador desde quando a linda menina tinha apenas doze anos 

 

Pragmatismo Político - Jessie Lorene Goline, de 25 anos, de Arkansas (EUA), que dava aula de Artes na Marked Tree High School, foi presa na quarta-feira (20) depois que o pai de um dos adolescentes a denunciou para a polícia. Ela agora enfrenta acusações de abuso sexual em primeiro grau. As informações são do Daily Mail.


Quando a polícia interrogou um dos menores, o jovem revelou que Jessie (que na foto acima aparece ao lado do marido) mandava mensagens de cunho sexual, que se tornaram cada vez mais picantes. “Queria ir para cama com você, mas você é muito jovem”, foi uma das primeiras. Posteriormente, a professora pediu que ele fosse ao apartamento dela, onde acabaram transando.


Outro adolescente declarou que a mulher chegou a buscá-lo na escola e o levou para sua casa, onde acabaram fazendo sexo duas vezes. Esse mesmo jovem declarou que outro estudante teria aparecido no local na mesma noite, de acordo com a emissora “KAIT-TV”.


Jessie confirmou as acusações, mas disse acreditar que um dos adolescentes tinha 18 anos, quando na verdade “era muito mais novo do que dizia”. Os atos ocorreram de janeiro a abril de 2016.


A professora foi presa nesta quarta-feira, mas acabou liberada no mesmo dia após pagar uma fiança de aproximadamente R$ 15 mil. O julgamento da mulher está marcado para o dia 31 de outubro. Se condenada, Jessie pode pegar de dez a 40 anos de prisão ou até prisão perpétua.

 

 

 

 

 

30
Jul17

A cada cinco dias, uma criança é estuprada dentro da escola, no Rio

Talis Andrade

O Brasil, um país nada cordial. Da tradição do incesto, que não é crime, e da cultura do estupro. Das 500 mil prostitutas infantis. De meninas que realizam trabalho escravo. O bullying nas escolas. Uma cruel realidade que causa suicídios e tentativas de suicídio de crianças e adolescentes. 

 

Apenas o estado do Rio tem, em média, um caso de estupro em escolas a cada cinco dias. De janeiro de 2016 a abril deste ano, 89 casos foram registrados em unidades de ensino, como mostra um levantamento inédito feito pelo EXTRA com base em microdados do Instituto de Segurança Pública (ISP) obtidos via Lei de Acesso à Informação.

 

Os dados do ISP não discriminam se o crime ocorreu numa escola municipal, estadual, particular ou mesmo num estabelecimento de ensino superior. Das 82 vítimas com data de nascimento identificada no registro, porém, 74 eram menores de idade na época do crime, e 50 tinham 10 anos ou menos. Levando-se em consideração os locais onde os crimes aconteceram, casos de abusos sexuais em escolas superam os registros em estabelecimentos comerciais, em prédios públicos e meios de transporte. Ao todo, 65% dos crimes do tipos acontecem na própria casa da vítima.

 

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Para esconder este Brasil nada cordial, os governos estaduais, municipais e federal espalham, desde abril último, a lenda da baleia azul, o jogo da morte. Como se fosse da natureza de toda criança o desejo de sofrer, de automutilação durante 50 dias de abandono dos pais e escola.  

 

Foram registrados, no período, 6.222 casos de estupro no estado, média de 13 por dia. Quatro em cada dez vítimas são crianças, com menos de 12 anos — 444 delas, 7% do total, são bebês de até 3 anos.

 

Na semana passada, a Polícia Civil apreendeu cinco adolescentes acusados de participar de um estupro coletivo contra uma estudante de 13 anos dentro do Colégio estadual Padre Mello, em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense.

 

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26
Jul17

Prisão de pedófilos no Brasil das 500 mil prostitutas infantis

Talis Andrade



A Polícia Federal anuncia a prisão de, pelo menos, 31 pedófilos. Entre eles médicos e professores. Parece uma campanha visando desmoralizar duas profissões que lutam por salários dignos.



Parece uma notícia dos tempos da "guerra fria", quando um deputado federal da família dos Bolsonaro apresenta projeto de lei que coloca na ilegalidade os partidos comunistas.



Publica a imprensa: A investigação teve como base o monitoramento de um site russo utilizado como uma espécie de “ponto de encontro” de pedófilos do mundo todo, e resultou na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso. Leia mais

 

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A repetição das velhas estórias: roleta russa, tráfico russo, jogo da morte russo (baleia azul) e, agora, pedofilia russa.

 


Em maio de 2015, apareceram nas escolas públicas as listas top 10 de crianças e adolescentes vadias, um bullying sexual que motivou uma onda de suicídios. Em abril desde ano, uma nova onda de suicídios que a polícia pretende culpabilizar a lenda da baleia azul, um jogo que apenas oferece dor e morte. O diabo que é o mesmo site dos pedófilos. Não dá para acreditar.



Os governos estaduais e municipais não combatem o assédio sexual nas escolas, e são frequentes os casos de estupro e curra, que provocam suicídios. E a baleia azul esconde incesto, prostituição infantil e outros abusos contra crianças e adolescentes.



A Polícia Federal e a Unesco reconhecem a cruel e infame existência de 250 mil prostitutas infantis, quando as ONGs acreditam que são 500 mil. Com a volta do Brasil ao mapa da fome essa estatística degradante de um país nada cordial só irá aumentar sem o pão nosso de cada dia. O que fazer?

 

07
Jul17

BALEIA AZUL O linchamento de um negro

Talis Andrade

A polícia que mata jovens negros apresenta o curador do jogo da morte no Brasil e em vários países. 

 

Cantanhede chefe curador da baleia.jpg

 

 

Jardson Catanhede Amorim, 19 anos, um pobre morador de uma comunidade rural quilombola, formada por descentes de escravos, em Cumbila, povoado de Bequimão, no Maranhão, uma região atrasada do Brasil terceiromundista (veja no vídeo a moradia miserável do acusado, semi-analfabeto, monoglota, camponês, trabalhador de enxada). 

 

Desse coitado diz uma delegada, em um programa sensacionalista de televisão comprada com o dinheiro do tráfico da Colômbia:


"O local simples não impediu que aspectos negativos propiciados pelos avanços das tecnologias da informação, a exemplo da internet, propiciem aos criminosos revelar a extrema crueldade que um ser humano pode cometer se escondendo através de um perfil falso nas redes sociais, de forma a lhe garantir 'anonimato' e, assim, orientar jovens a se mutilarem fisicamente e psicologicamente para depois subtraírem sua vida", acusa a delegada Vanessa Lee, gaguejante e insegura.

 

"O local" mostra um Brasil real da mais extrema miserabilidade.  

 

Jardson Catanhede foi denunciado por uma adolescente de Belém, capital do Pará, que confessa desejar o suicídio, porque não se sente amada pela mãe. Estudante, 17 anos, não revela os motivos de se sentir abandonada.

 

A TV mostra a vítima que veste blusa de mangas curtas e short curt. No lindo corpo, nenhuma marca do jogo.

 

Desafio 1: Com uma navalha, escrever "a sigla F57" na palma da mão.

 

Desafio 2: Cortar o braço com uma lâmina. "Três cortes grandes".

 

Desafio 5: Escrever "Sim", com uma gilete, na perna. 

 

São 50 desafios.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

05
Jul17

O jogo agora é outro: Aulas de corte e costura substituem os exercícios da baleia azul

Talis Andrade

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Estão aparecendo vários sinais de que o final do mundo se aproxima. Preso o negro curador da baleia azul no Maranhão, em uma comunidade subversiva e terrorista quilombola, um jogo aparece inspirado no medieval cinto da castidade, mas que não ousa tanto, para o contentamento de incestuosos, estupradores, pedófilos e outros tarados.

 

Os novos exercícios de sanidade e modernidade visam costurar os lábios, pescoço e braços para modificar e 'embelezar' o corpo, baseados na teoria comportamental de que crianças e adolescentes gostam porque gostam de jogos masoquistas.

 

O objetivo do jogo: Copiar um desenho animado japonês e ser o 'melhor' do grupo de amigos.

 

O desafio Tokyo Ghoul começou na China em setembro de 2011, quando os jovens passaram a imitar Juuzou Suzuya, uma personagem jovem com aparência andrógena, a pele branca e olhos grandes, que faz com que as pessoas pensem que é uma garota a primeira vista.

 

Aficionado por modificação corporal, exibe grande parte do seu corpo costurado por linhas vermelhas, geralmente em forma de x. Sua franja é prendida por clipes formando o numero 13 em romano.


Usa uma camisa social branca (desabotoada no topo e na parte superior), calça social preta dobrada até os joelhos, com um suspensório vermelho com bolinhas amarelas. No lugar de sapatos, calça uma espécie de pantufa vermelha.


O nome do chefe grupal foi mudado de curador para chanceler. Veja aqui um desafio  .

 

Outras personagens da série possuem o mesmo tipo de costuras.

 

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Tudo vale em um mundo que existe o prazer em torturar nas ditaduras militares, nos assédios da polícia, da justiça, dos serviços de cobrança bancária. Nos assédios moral e sexual no trabalho. No bullying nas escolas.  

 

Tudo politicamente correto, desde que o jovem não pense, não participe de movimentos como 'ocupa escola', de greves e passeatas estudantis por um ensino melhor, ou um mundo de felicidade para o povo em geral. 

 

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04
Jul17

Ameaçado de morte o adolescente negro preso como curador internacional do Baleia Azul

Talis Andrade

Boatos registram vítimas em diferentes países. Monoglota, o brasileiro conseguiu o feito de convencer jovens na Sérvia, Itália, Geórgia, China e países de língua espanhola

 

 No Brasil, o garoto semi-analfabeto, de 19 anos, aliciou e induziu a inteligente, criativa e poeta Thalia Mendes Meireles se enforcar, depois de 50 dias de exercícios masoquistas, inclusive autoflagelação, conforme denuncia a corrupta polícia do Maranhão.

 

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 Poeta Thalia Mendes Meireles 

 

 

Também para a polícia bandida do Pará, o garoto camponês, monoglota, morador em Cumbila, um povoado quilombola da atrasada e pequena cidade de Bequimão, no estado do Maranhão, persuadiu crianças e adolescentes em países de diferentes continentes, inclusive universitários, a praticar o jogo da baleia azul.

 

O comandante em chefe do Baleia Azul está preso em Belém, capital do estado do Pará, e proibido de falar com jornalistas, e sem advogado. 

 

Quando um coitado é escondido da imprensa, com certeza está sendo torturado.

 

Dizem que vai ser morto pela lei de talião que existe em presídios para quem pratica abusos contra crianças e adolescentes.

 

Eis o sem terra, trabalhador de enxada e plantador de macaxeira Jardson Catanhede Amorim, 19 anos, chefe comandante do Baleia Azul

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O jornal O Globo publica a seguinte farsa: A primeira pessoa a ser presa acusada de atuar como "curador" do jogo Baleia Azul foi preso no interior do Maranhão e trazido para Belém, capital do estado do Pará, na noite de quinta-feira (29). Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (30) pela Polícia Civil, ele teve mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça paraense após ser identificado como intermediador do Grupo “Blue Whale”, página no Facebook que era usada para orientar crianças e adolescentes a cumprirem o jogo que conta com uma série de desafios, desde a mutilação do próprio corpo com cortes e até provas que podem levar ao suicídio.


O crime tem duas penas previstas. Uma delas é de 1 a 3 anos, caso resulte em lesão corporal da vítima, ou de 2 a 6 anos, caso resulte na morte. Após prestar depoimento, o preso foi conduzido para o Sistema Penitenciário para ficar recolhido à disposição da Justiça.


A operação “Blue Whale” foi deflagrada por policiais civis da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT) do Pará, na zona rural do município de Bequimão, a 77 quilômetros de São Luís, capital do Maranhão. No local, foi preso o estudante maranhense Jardson Cantanhede Amorim, 19 anos. Ele foi trazido a Belém e prestou depoimento nesta sexta-feira, na sede da DPRCT, no bairro do Telégrafo, pela delegada Vanessa Lee.


Vítimas


Segundo a delegada, até o momento, duas vítimas já foram identificadas. Uma delas é uma jovem de 18 anos, moradora em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, que chegou a cortar as mãos e braços durante os desafios. A outra vítima é uma jovem que mora em Portugal, que também se lesionou com cortes. Ouvido em depoimento, o preso negou ser curador do jogo da Baleia Azul. As investigações foram iniciadas há três meses, após a mãe da jovem de 18 anos ter procurado inicialmente a Seccional Urbana de Ananindeua, de onde foi encaminhada para a DPRCT, em Belém. Ouvida pela delegada Vanessa Lee, a mãe da jovem informou que a filha estava cumprindo desafios do chamado jogo da Baleia Azul e que chegou a cortar o próprio corpo com uma navalha para cumprir as provas repassadas em uma página na rede social Facebook.

 

[A página possuía mais de um curador do jogo...]

 


Após ouvir os depoimentos, a delegada apurou, na época, que a página possuía mais de um curador do jogo. Um deles, que seria o maranhense, explica a delegada, efetuou o aliciamento da vítima paraense pelo Facebook, por meio de um perfil falso e, posteriormente, enviou um convite para a vítima para participar do grupo.

Os jovens eram orientados a acessar uma outra rede social de origem russa denominada “VK”. Segundo informações coletadas na rede mundial de computadores, além do Pará, ocorreram casos semelhantes nos estados do Mato Grosso e Minas Gerais. Ao todo, as investigações identificaram no grupo um total de 88 participantes, mas o número de pessoas com as quais ele se comunicou nas redes sociais não pode ser mensurado.


Mutilação


As investigações realizadas mostraram que os criminosos, através da internet, cooptaram crianças e adolescentes, em geral, fragilizados emocionalmente por traumas e em estados depressivos, por problemas familiares, a participarem dos jogos. "Facilmente, elas foram impressionadas pelas exigências e orientadas a realizarem as tarefas, caso contrário eram ameaçadas ou tinha os familiares ameaçados", explica.

 

[Os traumas não mencionados, sem que a polícia investigue os criminosos: incestos, desvirginamentos, estupros, curras, bullying, assédio sexual, assédio moral, gravidez indesejada, abortos, abondono dos pais, trabalho escravo, prostituicão infantil, castigos físicos e outros abusos] 

 

A dinâmica do jogo começava por links contidos em grupos no Facebook, os quais redirecionam os jovens para a rede social russa. Depois, os adolescentes eram selecionados a participar do jogo e a cumprir 50 desafios. Neste jogo, detalha a delegada, o “curador” convidava os jovens para o jogo e enviava os desafios a serem cumpridos por meio de um bate-papo. 

 

[Como é possível um jovem negro, pobre de marré deci, passar o dia no celular? isolado em uma comunidade rural, ameaçar de morte os participantes do jogo e seus familiares em distantes capitais do Brasil e diferentes países?] 


Nas conversas, os jovens eram instigados a pegar uma navalha ou faca e riscar a palma da mão com uma numeração fornecida pelo "curador". Depois, tinham que enviar a foto da mão para mostrar que haviam cumprido a prova para poder passar para a próxima prova.


Investigações


A equipe policial da DPRCT efetuou a identificação de IPs e de dados telemáticos para localizar e identificar o endereço do “curador” responsável pelo jogo. Jardson Amorim foi preso na casa onde mora com os pais, em uma comunidade rural, no interior do município maranhense. No local, detalha a delegada, o acusado acessava a internet por meio do telefone celular. Para realizar as investigações, a equipe policial da DPRCT contou com apoio da Coordenação Geral de Inteligência (CGI) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio do programa Cyberlab.


As investigações resultaram na decretação de mandados judiciais pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Ananindeua no Pará. A operação policial no Maranhão, que foi coordenada pela delegada Karina Campelo, da DPRCT, foi realizada em conjunto com a equipe de policiais civis da Delegacia de Bequimão coordenada pela delegada titular do município maranhense, Martha Dayanne. O preso vai responder pelo crime previsto no artigo 122, do Código Penal, por induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio.


O preso é natural de Bequimão e morador de uma localidade do interior deste município chamada Cumbila. Esse fato chamou a atenção dos policiais civis. "O local simples não impediu que aspectos negativos propiciados pelos avanços das tecnologias da informação, a exemplo da internet, propiciem aos criminosos revelar a extrema crueldade que um ser humano pode cometer se escondendo através de um perfil falso nas redes sociais, de forma a lhe garantir 'anonimato' e, assim, orientar jovens a se mutilarem fisicamente e psicologicamente para depois subtraírem sua vida", ressalta a delegada Vanessa Lee.

 

[A delegada faz que não sabe, pelo jogo, cada candidata ou candidato ao suicídio tem que ser fiscalizado, pessoalmente, por uma baleia escolhida pelo curador, para quem prova está realizando os exercícios do jogo. São 50 exercícios. Não foi presa nenhuma baleia. Há uma diferença entre curador e baleia. O curador ordena. A baleia testemunha, vigia. No fantasioso caso relatado, que comprova quanto a polícia é incompetente, existe um curioso colegiado de curadores com suas baleias e suas vítimas]

 

 

04
Jul17

A baleia azul e o racismo

Talis Andrade

Belas adolescentes brancas se entregam

a um jovem negro para morrer

 

Cantanhede chefe curador da baleia.jpg

 

 

As polícias dos estados do Maranhão e do Pará informam oficialmente a prisão do curador no Brasil e vários países, inclusive Portugal, do jogo da baleia azul.

 

O comandante chefe um jovem de 19 anos, pobre, semi-analfabeto, quilombola (residente em comunidade de ex-escravos negros) em Bequimão - Ma, uma pequena cidade rural, originária de uma aldeia indígena, com apenas 20 mil habitantes.

 

Logo aparecem crianças e adolescentes que se dizem vítimas. Sempre crianças que temem revelar um estupro, um incesto. Ou adolescentes que escondem a perda da virgindade (que continua um tabu nas pequenas e atrasadas cidades como Bequimão), uma curra, uma gravidez com aborto. O bullying. O racismo. 

 

Nas mãos de um polícia que mata jovens negros, Jardson Cantanhede Amorim vai sentir na pele a flagelação dos 50 exercícios do jogo mortal. 

 

 

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