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por Fernando Brito
Os dois marombeiros idiotas que foram provocar os adolescentes do Colégio Pedro II deram-me saudades da minha juventude, um tempo distante onde, embora não houvesse liberdade, havia ovos e tomates.
Os dois, que são par constante desde que quebraram a placa de homenagem à vereadora Marielle Franco, deveriam aproveitar a manhã ociosa de sexta-feira para, quem sabe, passearem na praia, exibindo suas hipertrofias musculares sem precisar mostrar suas atrofias civilizatórias.
Os pistolinhas, apologistas das armas que são, porém, preferiam causar tumulto numa das tradicionais e qualificadas escolas públicas brasileiras, o Colégio Pedro II, em São Cristóvão. Foram fazer, como fizeram outro dia num colégio – aliás, também Pedro II – em Petrópolis, uma”fiscalização ideológica”.
Um destes energúmenos apresentou, pasmem, um projeto de lei para que professores usem spray de pimenta e arma de eletrochoque em sala de aula.
Duvida? Está aqui.
Imagine o leitor ou a leitora o seu filho ou sua filha, na escola, sujeitos a levarem uma descarga “neuroparalisante” da arma de choque do professor, se não estiver “se comportando”.
Um imbecil que use este método em sala de aula pode formar o que, senão mentecaptos?
Vê-se que tipo de prática pedagógica defendem.
O par de valentões, claro, não vai fazer vistoria nas escolas da Maré ou do Alemão, onde os tiroteios fazem as crianças terem de deitar no chão, nem naquelas que estão caindo aos pedaços.
O mais inflado deles, o PM Daniel Silveira, que já disse à revista Piauí que não matou “ninguém, só 12, por aí, dentro da lei”, disse que não se mata muito no Rio: “só bandido”.
Triste de minha cidade, submetida à “marombocracia” dos Witzel, dos Bretas, dos dois rapazes “vistoriadores”.
A hora em que agredirem um adolescente mais ousado, que fale deles o que de fato são, estaremos à beira de uma tragédia.
Peça-se tudo a um jovem, menos que seja covarde.