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O CORRESPONDENTE

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O CORRESPONDENTE

11
Mar23

Destruir ianomamis sempre foi obsessão para Bolsonaro

Talis Andrade

por Fernando Brito /Tijolaço

Ótima reportagem de Lira Neto, publicada hoje no Diário do Nordeste,(leia aqui) documenta a história que é indispensável para entender a tragédia que se passa na reserva ianomami, onde pessoas estão morrendo como moscas por conta da devastação e do envenenamento dos rios provocados pelo garimpo ilegal estimulado durante o governo Jair Bolsonaro.

É a trajetória do Projeto de Decreto Legislativo apresentado pelo então deputado de primeiro mandato, em 1993, pretendendo anular a demarcação das terras indígenas para aquela etnia, assinado um ano antes, por Fernando Collor, sob o argumento que não se poderia destinar áreas de fronteira para reservas e, entre outras razões, que a área era “riquíssima em madeiras nobres e minerais raros”.

O projeto chegou a ir a plenário, para votação em urgência, recusada pela maioria da Câmara.

Bolsonaro jamais desistiu de tirar a terra dos índios e, em 2003, conseguiu desarquivar seu projeto, para ser novamente rejeitado quatro anos depois.

Sempre foi sua ideia fixa, uma espécie de Mein Kampf, ao ponto de ser objeto de 44 pronunciamentos em seus mandatos. Em 2015, ele bradava:

“A reserva ianomâmi, lá em Roraima, e um pedacinho no Amazonas, tem duas vezes o tamanho do Rio de Janeiro, para 9 mil índios! Isso é um crime! O Brasil tem que ser nosso!

É possível acreditar que o desastre humanitário que está sendo revelado agora é resultado apenas de desídia ou incompetência deste homem?

Os antecedentes mostram que a destruição daqueles índigenas – aliás na mesma região onde ele disse ter se interessado em “ver o índio sendo cozinhado” – sempre foi uma obsessão de Bolsonaro.

É uma questão de honra para o nosso país levar esta monstruosidade aos tribunais. E não é possível fugir, desta vez, da palavra infamante: genocídio.

 

 

 

14
Out22

Foto de Bolsonaro em caminhão "canibal" viraliza após declaração sobre "comer índio"

Talis Andrade

Image

 

Registro é do fotojornalista parceiro da Fórum, Eduardo Matysiak, feito na Marcha Para Jesus de Curitiba; presidente foi ao TSE para censurar vídeo em que aparece dando declaração absurda. Charges de Marcio Vaccari

 

por Ivan Longo

- - -

O vídeo resgatado por internautas esta semana que mostra Jair Bolsonaro (PL) falando em "comer índio" segue repercutindo e, nesta sexta-feira (7), uma imagem viralizou graças ao assunto. 

Trata-se de uma foto que mostra o presidente em um caminhão de som com a inscrição "canibal". O registro foi feito pelo fotojornalista Eduardo Matysiak, parceiro da Fórum, durante a Marcha Para Jesus de Curitiba (PR), em 21 de maio deste ano.

 

Confira

Bolsonaro: Problema é PT e tipo de gente saída de rincões - 16/09/2022 -  Poder - Folha

 

Entenda 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista ao jornal americano The New York Times, em 2016, na época em que ainda era deputado federal, que só não comeu carne humana de um indígena em Surucucu porque ninguém quis ir com ele.

Além disso, ele disse também que só não teve relações sexuais com mulheres famintas no Haiti por falta de higiene. O vídeo com a íntegra da entrevista está no canal do YouTube do presidente.

 

Assista

 

Tentativa de censura 

A campanha de Bolsonaro entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o vídeo da campanha de Lula (PT), onde o presidente fala que comeria carne humana, seja retirado do ar. 

O vídeo em questão é uma entrevista de Bolsonaro para o The New York Times onde, o então deputado federal Jair Bolsonaro (PL) declara ao jornalista Simon Romero que só não comeu a carne humana de um indígena porque ninguém quis acompanhá-lo. 

Irritada, a direção da campanha de Bolsonaro declarou que a frase do presidente "foi tirada de contexto" e alegam que na entrevista Bolsonaro fala sobre a sobrevivência na selva e que, às vezes, é necessário comer "carne humana, de índio, de animal, de qualquer coisa". 

Bolsonaro diz o seguinte ao jornalista do NYT: "Eu queria ver o índio ser cozinhado. Daí o cara: se for, tem que comer. Eu como [...] morreu um índio e eles estão cozinhando [...] eles cozinham o índio, é a cultura deles. Cozinha por três dias e come com banana [...] eu comeria o índio sem problema nenhum".

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09
Out22

Delírio antropofágico de Bolsonaro é informação, tem de ser público (vídeos)

Talis Andrade

 

 

por Fernando Brito

- - -

Muito mais que à campanha de Lula, era dever da imprensa ter noticiado o que agora, finalmente, está em algumas ( e só algumas) das homepages dos grandes jornais e sites de notícias, porque foi ao ar na televisão: a declaração de Jair Bolsonaro dizendo que queria “ver o índio sendo cozinhado” em Roraima e teria pedido para ir a um ritual mesmo tendo, para isso, de comer carne humana: “Comeria o índio sem problema nenhum”, disse, em entrevista de 2016, a Simon Romero, do The New York Times, que está em seu próprio site (ou estava, nem fui verificar pois a tenho gravada).

Jair Bolsonaro foi ao TSE pedir a proibição da veiculação do vídeo, alegando que tira de contexto a fala do presidente. Não tira e qualquer um pode conferir isto assistindo os nauseantes minutos em que ele fala do assunto.

Os jornais estão – e isso vem sendo dito aqui, há dois dias – se omitindo criminosamente. O fato de que a entrevista seria “antiga” – e não é tanto assim, é de 2016, quando Jair Bolsonaro era deputado e tinha responsabilidades públicas absolutamente diversas de um “contado de vantagens” (vantagens na visão dele). O vídeo era público e estava no próprio canal do atual presidente. Não há nenhuma dúvida de sua veracidade e a entrevista ao NYT realmente ocorreu.

Isso não tem interesse jornalístico?

Para verificar, basta imaginar o que aconteceria se fosse Lula quem tivesse dito estas abjeções.

Bolsonaro, claro, não está sendo acusado de canibalismo (ou de antropofagia, mais especificamente), até porque não consumou o “comeria o índio”. Mas é, evidentemente, um psicopata, que se orgulha da compulsão mórbida de ver um ser humano ser cozinhado!

Está mentindo, até porque os yanomamis, índios aos quais se refere (aldeia Surucucus) não tem sequer tradições antropfágicas ancestrais.

Saber dos desvios mentais de Bolsonaro é relevante para que as pessoas tomem a sua decisão sobre quem presidirá o país. Mostrar o que este homem disse, apenas dois anos antes de se tornar presidente, é informação.

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O jornalismo não pode omitir informação, real e devidamente checada, como é esta, ou será cúmplice de uma mentira.

Aí está, de novo, o vídeo, para que se veja que não foi uma manipulação.

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