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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil

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O CORRESPONDENTE

01
Jun22

OS BOLSONARO FATURAM FANTASMAS E LARANJAS

Talis Andrade

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A intrincada organização dos gabinetes da família Bolsonaro sugere um hábito longevo de preencher cargos comissionados com funcionários que nem sempre davam expediente em seus locais de trabalho. Um levantamento feito por ÉPOCA joga luz sobre essas movimentações e seus números, que hoje estão nas mesas dos investigadores. Do total pago aos 286 funcionários que o presidente Jair Bolsonaro e seus três filhos mais velhos contrataram em seus gabinetes entre 1991 e 2019, 28% foi depositado na conta de servidores com indícios de que efetivamente não trabalharam.

É como se de cada R$ 4 reais pagos, mais de R$ 1 fosse para as mãos de pessoas que hoje, em grande maioria, são investigadas por devolver parte dos vencimentos aos chefes. Ao menos 39 possuem indícios de que não trabalharam de fato nos cargos - 13% do total.

 

nathalia queiroz personal trainer

Nathalia (Nat) Melo de Queiroz

 

Enquanto recebiam como funcionários, esses profissionais tinham outras profissões como cabeleireira, veterinário, babá e personal trainer, como é o caso de Nathalia Queiroz, filha de Fabrício Queiroz, apontado pelo MP como operador do esquema da rachadinha no gabinete de Flávio. Juntos, os 39 receberam um total de 16,7 milhões em salários brutos (o equivalente a R$ 29,5 milhões em valores corrigidos pela inflação do período) durante o período em que trabalharam com a família.

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Queiroz é candidato e diz que “a família Bolsonaro é incorruptível” -  Flávio Chaves

 

 

No grupo de pessoas que constaram como assessores, mas possuem indícios de que não atuavam nos cargos, 17 foram lotadas exclusivamente no gabinete de Flávio Bolsonaro, outros dez no de Carlos, ambos alvos de investigação do Ministério Público. No gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro, três funcionários constam na lista. Há, ainda, outros nove que passaram por vários gabinetes do clã, parte do modus operandi hoje apurado pelo MP.

Marcia Aguiar, mulher do Queiroz, e Nathália Queiroz, são dois casos emblemáticos desde o início das investigações. Márcia se declarava cabeleireira em documentos do Judiciário em 2008 e Nathalia é conhecida entre atores e personalidades públicas por seu trabalho como personal trainer. Cada uma das duas recebeu ao longo de uma década um total de R$ 1,3 milhão atualizados pela inflação, mas nunca tiveram crachá na Alerj.

Os principais recebedores do recurso

 

 

Mas a maior parte dos casos está na família de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro. A maioria é investigada pelo Ministério Público nos casos de Flávio ou no de Carlos. No caso dos 10 assessores de Flávio que são parentes de Ana Cristina, o MP descobriu que eles sacaram até 90% dos salários no período em que constaram como servidores, num total de R$ 4 milhões.

Ex-mulher que nega ameaça de morte concorre à Câmara com nome de Bolsonaro

A história de Andrea Siqueira Valle, irmã de Ana Cristina e ex-cunhada de Bolsonaro, é o ponto mais extremo da curva. Desse grupo, ela é quem mais recebeu.

Entre os gabinetes de Jair, Carlos e Flávio, Andrea somou 20 anos de cargos comissionados e recebeu em salário bruto R$ 1,2 milhão (R$ 2,25 milhões, corrigido pela inflação). Fisiculturista, ela mantinha uma rotina de malhação de duas a três vezes por dia na academia Physical Form. Nos intervalos, atuava como faxineira em residências e vivia em uma casa construída no fundo do terreno onde moram seus pais. Mas seguia trabalhando como faxineira e com grandes dificuldades financeiras.

 “Ela também me ajudou com faxina na academia. Ela faz esse tipo de serviço aqui na academia”, contou Renata Mendes, dona da nova academia que Andrea frequentava em Guarapari, no Espírito Santo. Procurada, disse que não tinha nada a declarar.

Em seguida, surge, o veterinário Francisco Siqueira Guimarães Diniz, de 36 anos, primo de Ana Cristina. Ele tinha apenas 21 anos quando foi nomeado em 2003 e ficou lotado no gabinete de Flávio por 14 anos. Recebeu um total de R$ 1,2 milhão - R$ 1,95 milhão, corrigido pela inflação. Em 2005, ele começou a cursar a faculdade de Medicina Veterinária no Centro Universitário de Barra Mansa, cidade a 140 quilômetros do Rio e próxima a Resende.

O curso era integral e ele se formou em 2008. Em 2016, ele trabalhou para a H.G.VET Comércio de Produtos Agropecuários e Veterinários. Apesar de ter ficado mais de uma década nomeado, só teve crachá nos últimos dois meses em que esteve lotado, em 2017. Procurado, Diniz disse que trabalhou para Flávio, mas não recordava por quanto tempo.

 

Funcionários fantasmas do clã Bolsonaro receberam mais R$29,5 milhões em  salários | bloglimpinhoecheiroso

 

A dona de casa Ana Maria Siqueira Hudson, tia de Ana Cristina, aparece em seguida. Foi nomeada no gabinete de Flávio em 2005 e ficou lotada até meados de 2018. Ela obteve um total de R$1,22 milhão (R$ 1,85 milhão, corrigido pela inflação). Nesse período, ele sempre viveu em Resende e, por um período, cuidou de uma loja de decoração da família. Ela é mãe de Guilherme de Siqueira Hudson, que constou como chefe de gabinete de Carlos por 10 anos quando também vivia em Resende e sequer teve crachá da Câmara de Vereadores. Ambos são investigados pelo MP.

Na lista dos 10, consta ainda Marta Vale, cunhada de Ana Cristina. Ela sempre morou em Juiz de Fora, em Minas Gerais, e constou como assessora de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores do Rio entre 2001 e 2009. Nunca teve crachá funcional e, procurada por ÉPOCA, no ano passado, disse que nunca trabalhou para Carlos. Ela recebeu R$ 550 mil em salários (R$ 1,2 milhão, corrigido pela inflação). Hoje é investigada no procedimento do MP sobre o "02".

Outro caso que chama atenção no gabinete de Carlos é o de Andrea da Cruz Martins. Ela esteve lotada 2005 até fevereiro de 2019. Em novembro de 2013, no entanto, quando Andrea deu entrada nos papéis de seu casamento no cartório de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ela identificou-se como “babá”. Ela recebeu um total de R$ 1,26 milhão (R$ 1,83 milhão atualizado pela inflação). Procurada na casa da família, os parentes disseram que não sabem onde ela vive. Andrea é investigada pelo MP no caso de Carlos.

Em Santa Cruz, bairro da Zona Oeste do Rio, vive outra família que lidera o ranking de parentes nomeados e de valores recebidos no gabinete da família Bolsonaro. Lá moram Edir e Neula Góes. Ela constou como assessora de Carlos de 2001 até fevereiro deste ano. Ele está nomeado desde 2008. Ele já obteve vencimentos brutos da Câmara num total de R$ 1,3 milhão (R$ 1,7 milhão, atualizado) — Neula, de R$ 956 mil (R$ 1,5 milhão, corrigido)Bolsonaro indica Jorge Oliveira para cargo de ministro do TCU | Política |  G1

Jorge Oliveira

 

Marcia Salgado Oliveira, tia do ministro Jorge Oliveira,  da Secretaria-Geral da Presidência, apareceu nos registros da Alerj como funcionária de Flávio de 2003 até fevereiro de 2019. Em 2014, porém, num processo que tramitou no Juizado Especial da Comarca de Mesquita, na Baixada Fluminense, quando acionou uma empresa de telefonia, Márcia apresentou uma procuração escrita de próprio punho, na qual informou que sua ocupação era “do lar”. Além disso, em 16 anos, ela jamais teve crachá emitido pela Alerj. Ela recebeu um total de R$ 1 milhão (R$ 1,6 milhão, corrigido). Procurada, não se pronunciou.

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27
Ago21

Filho 04 e ex de Bolsonaro mudam para mansão de R$ 3,2 milhões em Brasília (vídeos)

Talis Andrade

por Juliana Dal Piva e Eduardo Militão

- - -

Jair Renan Bolsonaro, o filho '04' de Jair Bolsonaro, e sua mãe, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher do presidente, são desde junho deste ano os mais novos moradores de uma casa no Lago Sul de Brasília. O imóvel, avaliado em R$ 3,2 milhões, fica a quatro minutos da ponte JK, uma das áreas mais nobres e valorizadas da capital.

A família do presidente alugou a casa de um homem que comprou o imóvel por R$ 2,9 milhões (cerca de R$ 300 mil abaixo do valor avaliado da residência), em 31 de maio, dias antes da mudança de Jair Renan e Ana Cristina. O corretor Geraldo Antônio Machado, dono da casa, vive em uma outra, uma edificação modesta a 30 quilômetros do local, num condomínio em Vicente Pires, região administrativa de classe média no Distrito Federal.

"Eu ia mudar para lá [casa do Lago Sul], mas infelizmente a pessoa declinou do meu negócio aqui [casa onde vive]. Eu tive que, infelizmente, alugar. É um sonho morar no Lago [Sul] né. É bem localizado", justificou Machado, ao explicar o motivo de alugar a casa.

Por duas vezes, ele disse à coluna que é o proprietário de fato da casa no Lago Sul. A mansão é o único imóvel registrado em nome dele no Distrito Federal. Machado afirmou que possui outros bens, mas sem escritura.

geraldo - Eduardo Militão/UOL/ - Eduardo Militão/UOL/

O dono da casa no Lago Sul vive em uma residência modesta em Vicente Pires, região administrativa do DF Imagem: Eduardo Militão/UOL

 

A casa no Lago Sul estava à venda até dias antes da mudança de Ana Cristina e Jair Renan, que ocorreu em meados de junho. A coluna registrou imagens dos dois já vivendo no local no dia 22 daquele mês. Antes disso, eles moravam em um apartamento de 70 metros quadrados que está no nome do presidente Jair Bolsonaro.

A coluna apurou que casas com tamanho próximo à de Ana Cristina estão sendo alugadas na mesma quadra por cerca de R$ 15 mil. A advogada, que é assessora da deputada federal Celina Leão (PP-DF), possui um salário líquido de R$ 6.200. Nem a ex-mulher de Bolsonaro, nem Machado quiseram revelar o valor do aluguel.

O imóvel possui um terreno de 1.200 metros quadrados e cerca de 800 metros quadrados de área construída em dois pisos. Ainda tem quatro suítes. Como comparação, essas características se enquadram no que a Prefeitura de São Paulo define como "categoria F", as casas de mais alto padrão da cidade. No anúncio de venda, obtido pela coluna, o imóvel é descrito com diversos requintes.jair renan - Reprodução/UOL - Reprodução/UOL

A casa onde mora Jair Renan e Ana Cristina no Lago Sul em Brasília Imagem: Reprodução/UOL

 

"Quatro suítes, com fino acabamento e todas com closet. Escada em mármore. Suíte master ampla com cerca de 100 m², abre para grande terraço com potencial para jardim, espaço fitness, solarium e outros. Closet amplo na suíte master, com excelentes armários planejados. Banheiro da suíte master com acabamento também elegante e de tamanho avantajado proporcionando conforto e espaço luxuoso. Duas suítes amplas localizadas na parte anterior da casa com amplas varandas que possibilitam vista parcial do Lago", dizia um trecho do anúncio.

 

Local é privativo, destaca proprietário

Na nova residência, Jair Renan e Cristina têm vista privilegiada para a ponte JK, um dos cartões postais do Distrito Federal.

As instalações, segundo o anúncio de venda, possuem "salas amplas com quatro ambientes" e ainda "portas em painéis de vidro para varandas amplas, conferindo excelente ventilação, luminosidade e integração com o jardim e área de lazer". O espaço da sala de jantar possui pé direito duplo o que, segundo o anúncio, traz "modernidade e elegância ao ambiente".

A mansão possui uma piscina com 50 metros quadrados e conta com sistema de aquecimento solar. Há também escritório de "26 metros quadrados" e "dependência completa de empregada com armário". A casa tem sistema de gás encanado e um lavabo "elegante, com acabamentos em mármore e granito".

ana cristina - Reprodução/UOL - Reprodução/UOL

Foto externa da nova casa de Jair Renan e Ana Cristina, localizada no Lago Sul em Brasília Imagem: Reprodução /UOL

 

Seguranças e viagem

A coluna esteve no local na quinta-feira (26) de manhã e chegou a ver o momento em que Jair Renan estava saindo do imóvel empurrando uma mala de viagem.

Ana Cristina acompanhava o filho e falou com a coluna no portão. "Não vou dar entrevista. Não quero comentar não", disse. Questionada se a casa lhe pertencia, a advogada disse: "Claro que não".

Na última pergunta, antes de se despedir, a coluna perguntou se ela alugou o imóvel, e Ana Cristina disse que não iria comentar. Na última semana, mãe e filho chegaram a receber uma festa de uma cervejaria dentro da casa.

mansão - Eduardo Militão/UOL/26.ago.2021 - Eduardo Militão/UOL/26.ago.2021

A casa de Ana Cristina e Jair Renan fica no Lago Sul em Brasília, um dos endereços mais valorizados da capital Imagem: Eduardo Militão/UOL/26.ago.2021

 

"Probleminha" interrompeu planos do dono

O dono da casa no Lago Sul onde estão morando Ana Cristina Valle e Jair Renan Bolsonaro é o corretor de imóveis Geraldo Antônio Machado. Ele diz que atua no mercado do Distrito Federal há 13 anos.

A coluna localizou-o na casa onde vive a 30 quilômetros na mansão, também na quinta-feira (26) à tarde, horas depois de visitar a residência do filho "04" do presidente e sua ex-mulher.

Na frente da residência de Machado, uma pessoa pediu que a coluna aguardasse. Depois de 20 minutos, Machado veio à porta e contou que ainda não mora no Lago Sul por causa de um "transtorno". Ele afirmou que comprou a casa para viver lá, mas não conseguiu se mudar.

"Comprei a casa exatamente para mudar para a casa. Deu um probleminha na venda da minha casa aqui. Acabei tendo que alugar", disse ele.

Segundo Machado, ele alugou o imóvel há cerca de dois meses com a ajuda de um escritório em Águas Claras, pertencente a um advogado, e só soube que a casa estava alugada por Ana Cristina nesta semana.

"Fiquei sabendo esta semana", afirmou ele. "Eu odeio política."

Segundo os dados da escritura da casa no Lago Sul, ele pagou com "recursos próprios" uma entrada de R$ 580 mil e financiou o restante, R$ 2,32 milhões, no BRB (Banco de Brasília). O mesmo banco financiou a mansão do senador Flávio Bolsonaro (Patriota), ex-enteado de Ana Cristina, este ano no total de R$ 6 milhões.

Pela negociação feita com o BRB, se Geraldo Antônio Machado pagar a prestação do financiamento em dia ela custa um total de R$ 14.844,11.

Geraldo Machado destacou a privacidade do local. "É uma quadra mais fechada, mais exclusiva, por isso me levou a comprar."

lago sul - Reprodução - Reprodução

Ana Cristina e Jair Renan passaram a morar no local em junho deste ano Imagem: Reprodução

 

Dono alugou mais barato "apesar de ter 3 propostas"

Machado disse que teve três propostas de locação. No entanto, o corretor também disse que fechou o negócio rapidamente porque tinha pressa.

"A princípio, eu ia pedir um valor alto, mas eu pedi um valor de mercado mesmo para alugar rápido e eu resolver meu problema."

Machado disse que não queria revelar o valor do aluguel porque é algo "particular".

"A gente não pode abrir os negócios. Prefiro nem comentar", afirmou o dono do imóvel. Ele também não quis falar sobre o modo como estão ocorrendo os pagamentos. 

A coluna pesquisou os bens no nome de Geraldo Machado e não identificou nenhum outro imóvel no nome dele na região onde ele vive em Vicente Pires e em outros sete cartórios do Distrito Federal. Somente a casa no Lago Sul foi localizada no nome do corretor.

O único cartório que não retornou ainda a pesquisa foi o 5º registro de imóveis, que abrange os imóveis das regiões administrativas do Gama e de Santa Maria.

Machado disse que tem outros imóveis, mas não tem como comprovar a propriedade com escrituras em cartório. Em Vicente Pires, uma parte das residências ainda não tem documentos em tabelionatos, mas apenas a chamada "cessão de direitos", pois, antigamente, eram terras de zona rural pertencentes à União.

O corretor afirmou que está vendendo esses imóveis, inclusive sua residência, para quitar as despesas com a compra da casa no Lago.

"Eu comprei a casa [no Lago] e aluguei. Infelizmente, eu passei por esse transtorno de não realizar outro negócio que eu fiz. Estou trabalhando para vender a casa [em Vicente Pires] o mais rápido possível, a minha, os meus imóveis."

Machado diz que espera poder ir morar no local daqui um ano.escritura - Reprodução - Reprodução

A casa é avaliada em R$ 3,2 milhões, mas foi adquirida por R$ 2,9 milhões, de acordo com escritura Imagem: Reprodução

 

Negócios de Ana Cristina

Ana Cristina atualmente é investigada com outros parentes devido ao tempo em que foi chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) entre 2001 e 2008. O MP-RJ apura as denúncias de existência de rachadinha e funcionários fantasmas no gabinete do filho "02" do presidente.

Em junho, o podcast "UOL Investiga - A vida secreta de Jair" mostrou a fisiculturista Andrea Siqueira Valle, irmã de Ana Cristina, admitindo que devolvia 90% do salário e que Jair Bolsonaro demitiu um irmão das duas chamado André Valle porque ele não concordou em devolver o que recebia como assessor do gabinete do então deputado federal, hoje presidente da República.

O episódio 2 do podcast mostra como Ana Cristina começou a montar o seu patrimônio no período em que se uniu a Jair Bolsonaro. Juntos, eles compraram, entre 1998 e 2008, um total de 14 imóveis, cinco deles quitados em dinheiro vivo. Em uma década, o casal trocou o apartamento no Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro, por uma mansão na Barra da Tijuca, na zona oeste, com direito a piscina e à vizinhança do ex-jogador de futebol Zico. O patrimônio chegou a cerca de R$ 3 milhões em 2008 - atualizado pela inflação, ultrapassa hoje R$ 5 milhões.

Já no período da separação, ela ficou com dois terços desses bens. A advogada ficou com nove imóveis. No acordo, porém, ela abriu mão da guarda de Jair Renan, que cresceu aos cuidados de Bolsonaro e de Michelle, a terceira mulher do presidente e atual primeira-dama. Ouça os detalhes desta história no episódio abaixo do podcast "UOL Investiga - A vida secreta de Jair".

Com a venda de um apartamento e cinco terrenos, Ana Cristina obteve mais de R$ 2 milhões e passou alguns anos vivendo na Noruega, onde se casou novamente. Quando retornou ao Brasil, seguiu fazendo negócios com dinheiro em espécie. Em 11 de outubro de 2013, comprou um terreno de 420 metros quadrados e, conforme a escritura, pagou R$ 135 mil em dinheiro vivo. Nesse local, no bairro da Morada da Colina, em Resende (RJ), ergueu uma casa de dois pisos, quatro quartos e piscina - o mesmo imóvel que ela deixou para voltar a Brasília, em fevereiro deste ano.

Além desse imóvel, avaliado em mais de R$ 1 milhão, o patrimônio de Ana Cristina é composto pela casa dos pais, também em Resende, estimada em mais de R$ 260 mil; duas salas comerciais no centro do Rio, que valem cerca de R$ 1 milhão; e um apartamento na Barra da Tijuca, também avaliado em R$ 1,2 milhão. Um total de, pelo menos, R$ 3,5 milhões.

Veja aqui vídeos "A vida secreta de Jair" de Juliana Dal Piva

 

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06
Jul21

O que segura é a Ormetà

Talis Andrade

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por Carol Proner

- - -

No mundo da máfia o primado é o silêncio (*) 

Ao tempo em que o silêncio é atributo associado à humildade e à solidariedade na preservação do espírito de corpo, a omertà é também condição de sobrevivência e se exprime numa regra de vida ou morte: não falar, não expor e, imperativamente, não cooperar com autoridades mesmo quando sob pressão de uma acusação ou processo injusto.

Em perfeito funcionamento, a omertà garante a teia de cumplicidade. Nas adaptações milicianas dos pactos de sangue, bem distantes da Cosa Nostra siciliana, o que prevalece como instrumento de coesão dos bandos não é o código de honra, mas o medo. São os jogos psicológicos, as ameaças e a truculência que garantem o silêncio, sempre como passo prévio ao fatídico castigo.

Há quem sustente que a ex-cunhada corre perigo. Andrea Siqueira Valle falou demais, vacilou, contou a uma terceira pessoa o esquema original da familícia e expôs o feito das rachadinhas envolvendo diretamente o Presidente da República. Ao ser procurada, Andrea evitou a imprensa, silenciou. Mas um áudio foi exposto. 

Inevitável pensar em Adriano da Nóbrega como queima de arquivo, ou na morte do ex-ministro Gustavo Bebianno que, após rompimento com Jair Bolsonaro, alertou que sua vida corria perigo. Bebianno gabava-se de uma tal carta-bomba contendo os bastidores das eleições de 2018 e morreu aos 56 anos após sofrer um infarto enquanto dormia. 

O ex-governador Wilson Witzel, antigo aliado de Bolsonaro, também tornou público o risco de vida. Recentemente denunciou, na CPI da pandemia, que a desgraça de Bebianno estava associada ao esquema de milícias em hospitais federais do Rio de Janeiro e prometeu mais detalhes em audiência reservada.

A omertà diria: cuidado, ex-governador, também é proibido interferir no negócio dos outros. Mas, pelo andar da carruagem e com o isolamento do governo, o temor corporativo dá lugar a outras razões. De pessoas de bem a predestinados, a política fornece saídas para os arrependidos. Nos próximos meses e anos serão muitos os áudios e vídeos e as testemunhas a ilustrar a decadência de um país que permitiu a chegada de miliciano genocida ao poder.

Enquanto isso, a sociedade reage e toma as ruas para fazer o que as instituições não fazem. É extremamente constrangedora a postura do procurador-geral da República aguardando o melhor momento para exercer o mandato constitucional. E o superimpeachment cai como uma bomba no colo do presidente da Câmara, expondo interesses espúrios. Mas tenhamos paciência, afinal o Ministro Roberto Barroso acaba de descobrir que foi golpe.

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09
Dez19

Envolvidos com Flávio Bolsonaro têm sigilo quebrado

Talis Andrade

Por que Sergio Moro acabou com o Coaf?

coaf moro.jpg

 

Em abril de 2019, o Ministério Público do Rio de Janeiro quebrou o sigilo de mais de 90 pessoas e empresas ligadas a Flávio Bolsonaro que podem estar envolvidas nos repasses de grana fácil, nas rachadinhas (pelos laranjas e fantasmas). Há também suspeitas de lavagem de dinheiro com transações de imóveis & diferentes negociatas. Entre as pessoas que tiveram o sigilo quebrado, estão parentes da segunda esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, inclusive o primeiro marido.

por Ana Karoline Silano e Bruno Fonseca, colaborou Caroline Ferrari

Publica

Fabrício Queiroz

Ex-assessor

Em 2018, a COAF identificou movimentações suspeitas — de R$ 1,2 milhão em doze meses — nas contas de Queiroz, que levaram à quebra de sigilo de 95 pessoas e empresas para investigação, sob suspeita de rachadinha e funcionários fantasma. Por ter sido o primeiro alvo das investigações, o esquema ficou conhecido como "Caso Queiroz".

 

Nathália Queiroz (Filha de Fabrício Queiroz)

Ex-assessora

Ex-assessora parlamentar de Jair Bolsonaro (PSL), a personal-trainer trabalhava em uma academia enquanto recebia pelo gabinete, isso sem registro de entrada na Câmara dos Deputados para o exercício da função. Nathalia Queiroz é citada em relatório do Coaf (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras), que identificou movimentações financeiras atípicas do policial militar Fabrício Queiroz, seu pai e ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo de abril deste ano, o caso segue sob sigilo e investigado pela promotoria de Justiça.

 

Agostinho Moraes da Silva

Ex-assessor

Agostinho é Policial Militar no Rio de Janeiro. Em depoimento ao GAOCRIM, o policial confirmou que repassava parte do salário para Fabrício Queiroz, porém com a justificativa de ser um investimento no negócio de compra e venda de carros de Queiroz. Outro ponto levantado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, é que Agostinho continuava recebendo como policial, ainda que afastado da função, para cumprir sua carga horária como assessor.

 

Alessandra Cristina Ferreira de Oliveira
Ex-assessora e tesoureira do PSL RJ

O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Amanda Prado Simoni
Ex-assessora

O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Alessandra Esteves Marins
Ex-assessora

O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Angela Melo Fernandes Cerqueira
Ex-assessora

O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Andrea Siqueira Valle
Ex-assessora

Andrea é irmã de Ana Cristina Valle, ex-esposa de Jair Bolsonaro. O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Ana Amélia Gambazza Gomes Soares
Ex-assessora

O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Ana Maria de Siqueira Hudson
Ex-assessora

Ana é tia de Ana Cristina Valle, ex-esposa de Jair Bolsonaro. O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Claudio Cristina dos Santos Vidal
Identificado na denúncia do MP como compradora do imóvel Av Prado Júnior 297/603

 

Charles Anthony Eldering
Identificado na denúncia do MP como vendedor do imóvel Av Prado Júnior 297/603

 

Catarina Ramos Mota
Ex-assessora

O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Celione da Cruz
Ex-assessora

O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Claudir Gomes da Silva
Ex-assessor

O sigilo foi quebrado para identificar possíveis agentes no esquema de laranjas. O MP alega que apenas quebrando o sigilo dos assessores é possível identificar até onde se estendeu o esquema.

 

Claudionor Gerbatim de Lima (Sobrinho da atual esposa de Fabrício Queiroz)
Ex-assessor

Já esteve lotado no gabinete dos irmãos Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Carlos Bolsonaro (PSC), como mostrou reportagem do Estadão. A Justiça determinou a quebra do sigilo de Claudionor e investiga a sua participação no esquema de repasse de salário. Ele também é investigado por lavagem de dinheiro no gabinete do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), entre 2007 e 2018.

 

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Era finalidade do Coaf: "Reunir, processar e analisar informações, base para abertura de processos pelo Ministério Público". Fica explicada a pressa de Bolsonaro e Moro

 

Estamos no ABC da lista. A seguir os nomes de D a L. É um mundão de gente. Olha que a lista não apresenta ninguém do Escritório do Crime, sediado no Rio das Pedras, milícia dos Queiroz, o Fabrício chefe de gabinete de Flávio, segurança e motorista de Jair, e Élcio, que dirigiu o carro para o pistoleiro Ronnie Lessa metralhar Marielle Franco.

Pela lista o entendimento da pressa de Sergio Moro, a mando do Presidente, mudar o nome do Coaf (Conselho de Controle de Atividade Financeira) por meio de medida provisória.

O Coaf foi criado pela Lei 9.613/1998, que tem como atividade principal verificar indícios da Lavagem de Dinheiro. Em sua primeira formação, integrava a estrutura do Ministério da Fazenda, com a missão de produzir inteligência financeira e promover a proteção dos setores econômicos contra a lavagem de dinheiro.

A transferência do Conselho para o Banco Central (BC) é uma “aberração administrativa” sem paralelo no Brasil e no mundo. A avaliação é do ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, que participou de audiência pública interativa sobre a Medida Provisória (MP) 893/2019. A matéria transforma o Coaf, antes ligado ao Ministério da Economia, na Unidade de Inteligência Financeira (UIF), agora vinculada administrativamente ao BC.

— O Coaf e o BC são órgãos de mesmo nível hierárquico, um subordinado ao outro. O BC e o Coaf são órgãos de segundo escalão que costumam estar vinculados à Presidência da República ou a ministro de Estado. A vinculação do Coaf ao BC significa uma redução da importância do Coaf do ponto de vista administrativo — afirmou o ex-ministro da Fazenda.

Maílson ressaltou que o Coaf é resultado do Acordo de Viena, assinado pelo Brasil, e compõe um sistema internacional de troca de informações que se relaciona com órgãos similares de todo o mundo com o objetivo de aperfeiçoar o combate à lavagem de dinheiro.

— Por que nos Estados Unidos a unidade de inteligência financeira não é vinculada ao Banco Central americano? Porque não faz o menor sentido. O Banco Central é um órgão regulador do sistema financeiro, que tem a responsabilidade de assegurar a estabilidade da moeda e do sistema financeiro. O Coaf é conhecido pela qualidade do serviço que presta, tem sua qualidade atestada por instituições que tratam do mesmo assunto nos Estados Unidos — afirmou.

Maílson da Nóbrega insistiu que a transferência do Coaf para o BC é uma medida “impensada”, adotada pelo governo “sem discussão e conveniência”.

— A pressa foi tanta que eles não se deram ao trabalho de verificar que ‘unidade de inteligência financeira’ é denominação genérica desses órgãos, é como mudar o nome de Brahma para cerveja — afirmou.

O ex-ministro da Fazenda ressaltou ainda que a atividade do Coaf é "estranha" às funções do BC, que constitui um órgão que “nada tem a ver” com inteligência financeira.

— O fato de regular o sistema não significa que o BC tem atividade semelhante à inteligência financeira, a qual consiste em reunir, processar e analisar informações, base para abertura de processos pelo Ministério Público. O BC não é nada disso. As responsabilidades do BC são cumpridas por meio da política monetária, regulação e fiscalização. Nada a ver com inteligência financeira. Quem falou que o Coaf parece com o BC disse uma bobagem — afirmou.

Ao concluir sua exposição, Maílson recomendou a rejeição da MP.

— A melhor atitude dessa comissão é propor a rejeição dessa extemporânea e equivocada MP. Essa é uma MP esquisita e surpreendente. Essa vinculação é um enorme retrocesso. É um claro e inequívoco desvio de função, significa consumir energia da diretoria e dos funcionários do BC, em vez de aplicá-la no que é mais nobre. O BC pode sair chamuscado disso. As questões políticas envolvendo a coleta de dados pelo Coaf pode repercutir negativamente na gestão e na imagem do BC, o que afeta o seu papel de regulador eficiente — afirmou.

O debate contou com a participação de servidores da autoridade monetária, que também questionaram a eficácia da proposição. O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Paulo Lino Gonçalves endossou as palavras de Maílson da Nóbrega.

— O ideal seria recusar integralmente a MP, inconveniente, mal feita, e que trará problemas nos próximos anos — afirmou.

Gonçalves ressaltou ainda que o BC goza hoje de “reputação excelente” e está “blindado” contra indicações externas, mas apontou pontos que considera “preocupantes” na MP.

— A escolha dos membros do Conselho Deliberativo da UIF será feita pelo presidente do BC entre brasileiros com reputação ilibada, sem remuneração. Isso já é uma porta aberta para todo tipo de ingerências. A UIF lida com dados protegidos pelo sigilo da pessoa física e jurídica. Ninguém melhor que servidores públicos de carreiras especializadas para lidar com esses dados. Eles estariam protegidos das pressões em razão de suas prerrogativas, como a estabilidade e as regras definidas na Lei 8.112 [de 1990, que institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União e das autarquias]. Como transferir a jurisdição do Coaf do Ministério da Economia para o BC, que nem sequer teve sua autonomia consolidada? — questionou.

O presidente da Associação Nacional dos Analistas do Banco Central, Henrique Seganfredo, disse que a entidade está apreensiva com “a possível vinda de agentes sem a devida experiência e conhecimento, como costuma ser em cargos de livre nomeação”.

— Qual será a autonomia técnica dessa UIF sendo dominada por pessoas sem vinculação e ligadas ao BC, que hoje não goza de independência? A casa não está arrumada para esse rearranjo. Hoje temos mais perguntas que respostas — concluiu.

 

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