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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

19
Mar22

Joaquim de Carvalho sobre caso Marielle: Vivendas da Barra não foi investigado propositalmente e Braga Netto tem que ser cobrado

Talis Andrade

Mohana também foi indiciadaRenan Bolsonaro diz que namoraria petista e irrita família - 12/08/2021 -  Celebridades - F5

Mohana Lessa, traficante de armas, namorada do filho mais novo de Bolsonaro?

 

O namoro de Jair Renan Bolsonaro com Mohana Lessa, traficante de armas residente nos Estados Unidos, nunca existiu. O condomínio onde Jair Bolsonaro e Ronnie Lessa viviam não foi investigado devidamente, disse o jornalista Joaquim de Carvalho na TV 247. Assista

 

O jornalista Joaquim de Carvalho, na TV 247, apontou lacunas na investigação sobre o assassinato de Marielle Franco, que completou 4 anos. Ele lembrou das constantes ligações entre as casas de Ronnie Lessa, PM aposentado acusado e preso pelo crime, e de Jair Bolsonaro na época do assassinato, quando os dois moravam no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, no Rio.

labirintob marielle vivendas da barra ronnie lessa

A versão oficial sustenta que as ligações telefônicas ocorriam devido a um suposto namoro entre a filha de Lessa e o filho mais novo do então deputado federal, Jair Renan. 

“Se inventou a história de que o Jair Renan tinha namorado a filha do Lessa e, por isso, havia muitas ligações entre as casas. Mas o Ronnie Lessa já disse que naquela ocasião a filha nem estava no Brasil, estava estudando no exterior. Então, fica a pergunta: por que tantos telefonemas? Por que isso não foi investigado?”, questionou. “Isso é uma lacuna gigantesca que deveria ser investigada”. 

casa-vivendas lessa.jpg

Vera Araújo, em reportagem publicada no Extra, define a ação de Mohana Lessa no tráfico de armas dos Estados Unidos para o Brasil:

"Os diálogos entre o sargento reformado da PM Ronnie Lessa e a filha Mohana Lessa, por meio de um aplicativo de mensagens, são de afeto. Seria uma conversa normal, entre pai e filha, se não fosse o assunto tratado: compra de peças de fuzis. A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP do Rio analisaram o teor das conversas e constataram que Lessa orientava Mohana a enviar as peças que ele comprava no Brasil e mandava entregar no endereço dela, em Atlanta, nos Estados Unidos. Posteriormente, ele encarregava Mohana de mandar a encomenda para o Rio. Os dois foram indiciados pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) por tráfico internacional de armas. O PM reformado está preso desde 2019 sob a acusação de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.Morte de Marielle: Ronnie Lessa explica origem de seu patrimônio milionário

Ronnie Lessa, o assassino de aluguel, que metralhou Marielle Franco

 

Nas mensagens, Lessa usa como forma de tratamento 'filha'. Ele explica, de maneira metódica, como separar o material que ele comprava pela internet de casa, na Barra da Tijuca, no Rio, e mandava entregar na casa dela, em Atlanta. A jovem, que contava na época com 22 anos, trabalhava como treinadora de futebol em Atlanta, onde morava. Segundo os investigadores, o PM instruía a jovem a colocar o material em embalagens menores, retirando-as dos pacotes originais, para não chamar atenção quando passassem pelo setor alfandegário.

Os diálogos ocorreram entre junho e setembro de 2018 e foram extraídos de um dos celulares de Lessa. O sargento é apontado como autor dos homicídios da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Lessa foi preso no ano seguinte ao crime. Lessa não disfarçava a pressa que tinha pela chegada das peças. Num diálogo do dia 5 de junho de 2018, Mohana pergunta ao pai o que ele prefere DHL ou Fedex".Morte de congolês é a terceira na orla da Barra da Tijuca em um mês | Band

O Vivendas da Barra volta às páginas policiais com o brutal assassinato de Moïse Kabagambe. No condomínio reside o proprietário do quiosque na Barra da Tijuca e mandante do brutal assassinato do congolês. Crime estranha e rapidamente esquecido pela polícia e o jornalismo investigativo.Élcio de Queiroz é interrogado e afirma que armas apreendidas em sua casa  eram de sua época de policial | Rio de Janeiro | G1

Élcio de Queiroz

 

Élcio Queiroz, ex-PM acusado de participação no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, também entrava com frequência no Vivendas da Barra. Planilhas de controle de acesso indicam que, em 11 dessas visitas, Queiroz sempre teve como destino a casa 65, de Lessa. 

Em 14 de março de 2018, data do crime, a planilha manuscrita indica que a autorização de acesso na portaria foi dada por alguém da casa 58, onde vivia Bolsonaro. 

De acordo com Joaquim de Carvalho, a liberação de informações do condomínio foi feita de maneira seletiva. 

“Quando o policial apontou o Élcio e o Ronnie como os executores, mostra as câmeras a partir de determinado momento e não mostra o Vivendas da Barra. Tudo deveria ter começado dali, porque os dois saíram dali”, apontou. “A investigação foi mal feita, e propositalmente”. 

Ele cobrou a responsabilização do ministro Braga Netto, por conta da ineficiência da Secretaria de Segurança na ocasião. 

“Necessariamente a investigação tem que se debruçar sobre o Vivendas da Barra, levantar câmeras. A medida que vai passando o tempo, vai ficando muito mais difícil. Estamos falando de 4 anos, passou muito tempo. Ainda é possível, mas embaralharam essa investigação. O Braga Netto deve ser responsabilizado por ineficiência, porque isso deveria ser a prioridade número 1 da Secretaria de Segurança naquela ocasião”, prosseguiu.

O crime envergonha nosso país, e é um absurdo que não haja uma resposta sobre o mandante do assassinato da Marielle Franco”

 
 
 
 
 
29
Nov21

1.514 tiros no Salgueiro, a morte em rajadas de balas

Talis Andrade

 

por Fernando Brito

- - -

A simples contagem, feita por eles próprios, dos disparos feito pelos policiais militares – 1.514! – , apresentada ontem pelo Fantástico, mostra que não foi um mero confronto o que aconteceu na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

Não foram tiros, foram rajadas.

Não foi reação, foi massacre, porque se tiverem sido disparados 10% desta quantidade de projéteis por criminosos entrincheirados no mangue, como se alega, é impossível que nenhum policial tenha sofrido sequer um tiro de raspão.

Nem se fale do festim que teria antecedido a incursão, uma macabra antecipação do que ocorreria a seguir.

E também não de “grupo de policiais”: a quantidades, os postos e a reação oficial da PM mostram que foi a instituição que, por meio de seus integrantes, quem produziu a chacina.

Aos mortos, couberam cota de cinco a nove tiros, muitos na nuca, muitos no braço, ferimento típico de vitimas que instintivamente tentam se proteger de um disparo de execução.

Delta Force, eles se denominam, transformados em cães de guerra de um combate que só alimenta o seu poder.

Se alguém puder apontar um ganho sequer na segurança pública derivado desta estratégia de fuzilaria, que o faça.

Se for para agir com esta “contabilidade”, melhor trocar a polícia por carros blindados com metralhadoras ou helicópteros artilhados, se é simplesmente um extermínio.

E assumamos que queremos ser um país selvagem, sem leis e onde decidir entre a vida e a morte de alguém seja tarefa de um cabo e um soldado, fuzilamento incluído.

justiça morte polícia juiz indignados.jpg

 

 

07
Mai21

Mourão defende execução de negros no Rio de Janeiro: “tudo bandido”

Talis Andrade

Vice-presidente da República, Hamilton Mourão

ONU condena chacina de Jacarezinho e quer investigação imparcial

 

247 - O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos condenou a chacina que deixou 25 mortos durante uma ação da Polícia Civil na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (6). O porta-voz da ONU, Ruppert Colville, cobrou para que “o Ministério Público realize uma investigação imparcial, completa e independente sobre o caso, seguindo os padrões internacionais”.

De acordo com reportagem da coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, a ONU disse considerar o caso como "especialmente perturbador”, uma vez que existe uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) proibindo que operações do gênero sejam realizadas nas favelas durante a pandemia de Covid-19. 

Colville também afirmou que o massacre confirma o uso excessivo de força por parte das forças de segurança e que o modelo de policiamento nas comunidades deve ser repensado. "Relembramos às autoridades brasileiras que o uso da violência deve ser usado apenas quando estritamente necessário e que deve sempre respeitar o princípio da legalidade, precaução e proporcionalidade", disse.

"Também pedimos que haja uma discussão ampla e inclusiva no Brasil sobre o modelo atual de policiamento das favelas, que estão presas num ciclo vicioso de violência letal com dramático impacto em uma situação já difícil para a população", completou. 

Em 2019, a alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, já havia criticado a violência policial e as violações dos direitos humanos no Brasil. No ano passado, o Comitê sobre Desaparecimentos Forçados cobrou do governo de Jair Bolsonaro explicações sobre a violência policial e o desmonte dos mecanismos de monitoramento e prevenção da tortura. Em 2020, parlamentares brasileiros denunciaram à ONU 69 casos de suspeita de execuções sumárias no país e pediu que as mortes fossem investigadas.

 

Mourão defende execução de negros no Rio de Janeiro: “tudo bandido”

negro alvo.jpg

 

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, (PRTB) afirmou, na manhã desta sexta-feira (7), que os 25 mortos em consequência de uma operação policial na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio, são "todos bandidos". Foi considerada a maior chacina da história da capital fluminense
 

"Tudo bandido! Entra um policial numa operação normal e leva um tiro na cabeça de cima de uma laje. Lamentavelmente, essas quadrilhas do narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sob determinadas áreas e é um problema da cidade do Rio de Janeiro", disse. "É um problema sério da cidade do Rio de Janeiro que vamos ter que resolver um dia ou outro", acrescentou. Seu relato foi publicado pelo site Metrópoles

De acordo com a diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, as ações no Jacarezinho não deveria ser chamada de "resultado de operação policial" ou de "tiroteio", mas frutos de uma "chacina" ou um "massacre".

A operação desrespeitou uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu a realização de operações policiais nas favelas durante a pandemia do coronavírus.

A ação gerou protestos no Jacarezinho.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) anunciou uma ação de seu partido junto com o PT, da deputada federal Benedita da Silva (RJ), e a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), contra o governo do Rio de Janeiro pela chacina.

O Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou um levantamento apontando que, entre janeiro de 1998 e março deste ano, 20,9 mil pessoas morreram em confronto com a polícia no estado do Rio. O número representa uma morte a cada dez horas, em média, nestes 23 anos.

 

Gleisi: Mourão acha que todo morador de comunidade é bandido

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, usou suas redes sociais para rebater fala preconceituosa do vice-presidente, Hamilton Mourão, que defendeu execução de negros no Rio de Janeiro.  “tudo bandido”, disse ele ao comentar a chacina na comunidade do jacarezinho (RJ) que matou 24 civis e um policial.

Gleisi Hoffmann
@gleisi
Mourão acha que todo morador de comunidade é bandido. É a cara da política de ódio de Bolsonaro, a criminalização da pobreza e racismo. O caminho da humanização é longo. Não é só nas periferias que se combate tráfico de drogas. Vidas pobres e negras importam, e muito!
Image

Moradores e ativistas protestam contra a chacina de Jacarezinho

jacarezinho.jpg

 

Manifestantes foram às ruas protestam contra a chacina do Jacarezinho, que aconteceu nessa quinta-feira (6) durante uma operação policial para desmantelar um esquema de aliciamento de crianças e adolescentes para ações criminosas, como assassinatos, roubos e sequestros de trens da Supervia.

 

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