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O CORRESPONDENTE

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O CORRESPONDENTE

03
Ago22

Menos de 40% dos homicídios praticados no Brasil são esclarecidos

Talis Andrade

Ex-capitão do Bope do Rio, Adriano Magalhães da Nóbrega morreu, na Bahia

 

 

Um levantamento do Instituto Sou da Paz, divulgado nesta terça-feira (2), mostra que de cada dez homicídios, em apenas quatro um suspeito é identificado e levado à Justiça no Brasil. O Jornal Hoje mostrou casos não resolvidos.

O estudo compilou dados sobre homicídios dolosos, quando há intenção de matar, registrados em 2019. O instituto usa uma metodologia que considera "esclarecido" um assassinato que tenha resultado em ação penal até o fim do ano seguinte, ou seja, quando a investigação identificou um suspeito que foi levado à Justiça. Dos 39 mil assassinatos em 2019, só 37% geraram denúncia.

 

É muito grave o fato do Brasil esclarecer tão pouco os homicídios, porque gera uma série de consequências negativas. Primeiro, as famílias dessas vítimas ficam sem direito à justiça, sem direito a verdade, essa sensação de impunidade num crime que é dos mais graves. E aí, um criminoso contumaz, aquele que mata sempre, ou o crime organizado sabendo que esse é um crime que não vai ser esclarecido, não vai haver responsabilização, também se sente muito mais à vontade para continuar matando. Então é negativo por muitos aspectos e é uma pena que a gente ainda não consiga avançar mais na resposta aos homicídios do nosso país”, explica Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.

 

 

O levantamento usou dados de 18 estados e do Distrito Federal. Oito estados não enviaram informações suficientes. Rondônia e Mato Grosso do Sul foram os que mais conseguiram apontar culpados. Amapá e Rio de Janeiro são os que menos denunciam suspeitos.

Sobre a morte do adolescente Igor Bernardo, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo disse que o inquérito foi finalizado em julho - sem indiciamento - e remetido para análise do Poder Judiciário.

[Coronéis deputados federais e estaduais dão o exemplo. Matar rende votos. Os assassinos juram crimes de lesa-majestade, ameaçam Lula de morte, enquanto Bolsonaro promete um golpe de estado neste Brasil republiqueta de bananas. Viva a sangreira!, bando de homicidas em massa.

Ameaçaram matar Lula os deputados general Eliezer Girão Monteiro, os coronéis Marcio Tadeu Anhaia de Lemos, André Luiz Vieira de Azevedo, Washington Lee Abe, Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, cabo Junio Amaral. Até Carla Zambelli por ser esposa de um coronel, Aginaldo de Oliveira. Pasmem! o pastor Otoni de Paula. Na lista criminosa o sargento vereador Anderson Simões, o delegado Paulo Bilynskj e outros safados. Vide tags]

 
Rastro de assassinatos do Escritório do Crime
 
Supostas vítimas do Escritório do Crime — Foto: Editoria de Arte/G1
 

 

por Rafael Soares /Extra

- - -

Morto por policiais militares na Bahia, o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega deixou um rastro de assassinatos sem solução no Rio. O Escritório do Crime, consórcio de matadores que criou com outros dois agentes que também haviam sido expulsos da PM, é suspeito de participar de 18 homicídios desde 2004. O EXTRA teve acesso a inquéritos e à ficha disciplinar de Adriano na corporação e consultou agentes que investigaram a quadrilha para montar a linha do tempo das mortes. A lista de vítimas tem bicheiros, policiais militares, presidentes de escolas de samba, políticos e até um casal executado por engano.

Há casos já arquivados sem solução em que há a menção, em depoimentos, da participação do grupo. Outros seguem em andamento, sem denúncia à Justiça. Os inquéritos mais recentes estão no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP do Rio, que investiga a atuação do consórcio de matadores. Adriano morreu sem nenhuma condenação por homicídio.

Seis das mortes, entre 2004 e 2009, se relacionam com a guerra pelo espólio criminoso do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho. A execução do contraventor, aliás, é a primeira da lista: o caso foi arquivado em 2018 sem que ninguém fosse indiciado. Na época, Adriano era ligado a um dos melhores amigos do bicheiro, o pecuarista Rogério Mesquita, a quem chamava de “padrinho”. Mesquita acabou ficando com parte dos bens e recrutou Adriano para sua quadrilha em 2006.

Anos depois, ameaçado pelo “afilhado”, ele apontou, em depoimento à polícia, Adriano como autor das mortes de Carlos Alberto Alano, o Carlinhos Bacalhau, funcionário de Maninho assassinado no Centro do Rio, e do ex-deputado Ary Brum, executado na Linha Amarela — ambas em 2007.

 

A quadrilha fundadores mortos

 

Os fundadores do Escritório do Crime: Capitão Adriano, tenente João e o ex-PM Batoré — Foto: Reprodução

Os fundadores do Escritório do Crime: Capitão Adriano, tenente João e o ex-PM Batoré

Os três fundadores do Escritório do Crime foram mortos num intervalo de pouco mais de três anos em situações distintas. Adriano foi baleado numa ação do Bope da Bahia. O ex-tenente João foi executado perto da casa onde morava, na Ilha do Governador. Já Bator é foi morto num carro junto com o traficante Fernando Gomes de Freiras, o Fernandinho Guarabu, por PMs na Ilha do Governador.

 

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Novo chefe

 

A polícia e o MP já sabem que o grupo tem um novo chefe. Ele não é policial. É ligado à milícia que domina a Praça Seca e já foi alvo da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco.

 

O nome

 

A quadrilha foi batizada em referência ao local onde os integrantes se encontravam: um bar na Favela Rio das Pedras, chamado de “escritório” pelos matadores.

 

Outras mortes

 

Velório do dirigente portelense Marcos Falcon, que foi morto dentro de seu comitê de campanha

Velório do dirigente portelense Marcos Falcon, que foi morto dentro de seu comitê de campanha Foto: Márcio Alves / Agência O Globo

 

Entre as mortes em que há suspeita de participação do grupo, há um caso em que o tráfico é investigado por encomendar o crime. É o assassinato do major Alan Luna, lotado no batalhão da Ilha do Governador. Ele foi executado em Nova Iguaçu,na Baixada Fluminense, a caminho da unidade. O MP apura se o chefe do tráfico da Ilha, Fernandinho Guarabu, contratou o grupo para matar o oficial. Outras mortes investigadas por ligação com o grupo são a do subtenente reformado Geraldo Pereira, a do soldado Márcio Allevato e do comerciante Marcos Souza.

 

Executados por engano

 

Quando foi recrutado por Mesquita, Adriano chamou seu melhor amigo para trabalhar com ele, o ex-tenente João André Martins — com quem se formou no curso de Operações Especiais. Os dois foram apontados, em relatos à polícia, como responsáveis pelas mortes do casal Rafael Mendes Figueiredo, de 24 anos, e Juliana Roberto Alves, de 25, na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, em 2007.

De acordo com o depoimento de Rogério Mesquita, os dois “fizeram merda”. Ambos foram contratados pelo genro de Maninho, José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, para matar Guaracy Paes Falcão, então vice-presidente do Salgueiro e postulante a uma parte do espólio. Na saída de um ensaio da escola, a dupla perseguiu um carro errado e acabou matando o casal a tiros. Guaracy e sua mulher, Simone Moujarkian, foram executados no Andaraí semanas depois. As quatro mortes seguem sem esclarecimento.

Guaracy Falcão, vice-presidente do Salgueiro, foi fuzilado com a mulher no carro

Guaracy Falcão, vice-presidente do Salgueiro, foi fuzilado com a mulher no carro Foto: Fernando Quevedo

 

Adriano e João ainda eram suspeitos de matar um funcionário de Maninho num haras, Rogério Mesquita e também Zé Personal. O objetivo era ascender na quadrilha.

 

R$ 200 mil por crime

 

Após Adriano e João serem expulsos da PM, em 2014, por envolvimento com a contravenção, os dois se juntaram com o também ex-PM Antônio Eugênio Freitas, o Batoré, e formaram o Escritório do Crime. A partir daí, deixaram de trabalhar exclusivamente para herdeiros de Maninho. Já famoso no submundo do crime pelos assassinatos “perfeitos”, o trio passou a cobrar até R$ 200 mil pelos serviços.

Ex-deputado Ary Brum foi executado na Linha Amarela, em 2007

Ex-deputado Ary Brum foi executado na Linha Amarela, em 2007 Foto: Fábio Guimarães

 

Segundo o MP, as mortes cometidas pelo grupo têm o mesmo ‘‘modus operandi’’. São disparados muitos tiros nas vítimas, quase sempre com fuzil. Quatro assassinatos sob investigação no Gaeco se encaixam neste roteiro: o de Marcos Falcon, presidente da Portela e candidato a vereador, executado em seu comitê de campanha; os de Haylton Escafura, filho do bicheiro José Escafura, o Piruinha, e sua namorada, a PM Franciene Soares, mortos num quarto de hotel; e o do empresário Marcelo Diotti, fuzilado no estacionamento de um restaurante. Nos dois primeiros casos, a suspeita é que bicheiros tenham pago pelos crimes. No último, a hipótese mais forte é a de guerra entre milícias.

Num relato à polícia, um comparsa expôs o método de Adriano para cometer “crimes perfeitos”: “Ele usa um fuzil com a coronha cortada e se coloca no banco de trás do veículo, de forma que posiciona somente o cano da arma para o lado de fora, evitando assim que as cápsulas deflagradas sejam ejetadas para fora do veículo”.

 

 

 

08
Dez21

Série Pistoleiros: Mad e a execução de Haylton Escafura num hotel na Barra da Tijuca

Talis Andrade

r7rio-062017-escafura morto no motel

 

por Rafael Soares /Extra

Era madrugada quando um carro com pelo menos três ocupantes embicou na entrada do estacionamento do Hotel Transamérica, na frente da praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Um funcionário fez um sinal com o polegar para o motorista, e a porta da garagem se abriu. Lá dentro, dois homens encapuzados e armados com fuzis desembarcaram do veículo e foram em direção à escada. Subiram oito andares e se encaminharam, sem sequer olhar o número, para um dos quartos. A porta foi arrombada a chutes e tiros e, lá dentro, novas rajadas foram disparadas. Os hóspedes, que foram alvo de mais de 20 tiros e morreram na hora, eram um bicheiro e uma policial militar: Haylton Escafura, herdeiro de um dos clãs que dominam pontos de jogo ilegal no Rio, e sua então namorada, a soldado Franciene de Souza.

Depois da execução, os atiradores saíram do quarto, desceram as escadas e fugiram do hotel pela garagem, sem serem incomodados. O crime aconteceu em 14 de junho de 2017 e, até hoje, ninguém responde por ele. No entanto, o Ministério Público encontrou, espalhados na internet, rastros que apontam para a participação da segunda geração do Escritório do Crime no assassinato.

Série Pistoleiros: a caminhada em busca das histórias de assassinos

O quarto episódio de Pistoleiros, um podcast original Globoplay produzido pelo GLOBO, revela que o homicídio no hotel marca uma transformação no consórcio de matadores de aluguel criado pelo ex-capitão Adriano da Nóbrega. Com os antigos capangas mortos ou foragidos, o ex-caveira passou a recrutar numa das milícias mais antigas do Rio a mão de obra que precisava para renovar sua quadrilha. Ao longo de cinco capítulos diários, a série — resultado de um trabalho de um ano e meio de apuração — vai revelar histórias inéditas sobre o submundo da pistolagem carioca. O primeiro episódio conta a história de Ronnie Lessa, principal suspeito de assassinato de Marielle Franco. Já o segundo, fala sobre o capitão Adriano, chefe do Escritório do Crime. O terceiro, conta a história de Batoré, o assassino de confiança do capitão Adriano.

Série PistoleirosTranscrição do Episódio 4

Segunda geração

No dia 3 de fevereiro de 2017, quatro meses antes do crime, Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad, fez buscas no Google por “Haylton Escafura”. Ele sabia quem estava procurando, afinal acertou a grafia incomum do primeiro nome. Já em 17 de abril daquele ano, Mad — que quer dizer “louco” em inglês — procurou, num aplicativo de mapas, a rota até o Hotel Transamérica, local onde o crime aconteceria dois meses depois. Os dados fazem parte de um relatório do MP obtido com exclusividade pelo GLOBO.

O homem por trás das buscas, segundo o MP do Rio, é o chefe da segunda geração do Escritório do Crime, o matador de aluguel que virou o braço direito de Adriano a partir de 2017. Para policiais que investigaram o crime, ele era um dos dois encapuzados que subiram as escadas do hotel naquela madrugada. Esse homicídio, inclusive, marca o início da atuação de Mad como homem de confiança do chefão do consórcio de pistoleiros.

Até então, cabia ao ex-PM Antônio Eugênio de Souza Freitas, o Batoré, a função de número dois do grupo. Batoré e Adriano se conheciam, há décadas, da Polícia Militar e, de acordo com o MP, cometeram dezenas de homicídios juntos entre 2007 e 2017 — a primeira fase do Escritório do Crime. Ao final desse período, no entanto, Batoré seria afastado das ações do grupo. Em abril de 2017, ele foi alvo de uma operação da polícia — não por sua atuação como pistoleiro, mas sim por ser chefe de uma quadrilha que extorquia motoristas de vans — e virou um foragido da Justiça. Com o rosto do comparsa estampado nos jornais e TVs, Adriano precisou procurar novos matadores, criminosos que estivessem fora do radar da polícia.

E Mad se encaixava perfeitamente no perfil: na época, ele era um ilustre desconhecido para a polícia. No submundo do crime, porém, ele tinha alguma fama graças à sua atuação como um dos mais ativos soldados da milícia de Campinho, na Zona Norte. Mad era chefe de seu próprio grupo de mercenários, que agia a serviço do grupo paramilitar e, por vezes, também atuava como “freelancer”, recebendo “serviços” de outros interessados. Foi assim que o nome de Mad foi parar nos ouvidos de Adriano. Começava, então, a segunda fase do Escritório do Crime.

— A gente não sabe precisar quando nem como, mas o Mad é cooptado pelo Adriano e passa então a se tornar um matador do grupo dele, com características bem profissionais de atuação. O Mad é um peixe fora d'água, porque é um dos poucos não-policiais que a gente vê realmente galgando posições na hierarquia do grupo do Adriano — explica Marcelo Pasqualetti, policial Federal que investigou o Escritório do Crime.

Série Pistoleiros: Adriano, o prodígio da turma de galáticos do Bope que virou matador de aluguel

Carros clonados e celulares trocados

O período em que o consórcio de matadores foi encabeçado por Mad se caracterizou pela sofisticação das ações. Mesmo sem nunca ter sido policial, ele sabia como a polícia investigava crimes, e o que fazer para não ser pego. O bando só usava carros clonados, seus integrantes trocavam de celular todo semana e passavam meses monitorando suas vítimas. Mas as buscas que Mad e seus comparsas faziam na internet acabariam conectando a nova geração do Escritório do Crime a vários homicídios.

No caso do assassinato no hotel — que é apontado como o primeiro crime dessa fase do grupo —, não foi só Mad que procurou por informações sobre a vítima: outros dois integrantes do bando também fizeram buscas por fotos de Haylton Escafura. Um deles é o irmão de Mad, Leandro Gouvêa da Silva, o Tonhão, que é acusado de ser seu braço direito, e procurou reportagens sobre o crime poucas horas após a execução. Além dos indícios que apontam para Mad como executor, o Ministério Público também tem pistas sobre o que motivou o homicídio.

Série Pistoleiros: Batoré, o assassino de confiança do capitão Adriano

Num depoimento que deu no presídio federal de Mossoró durante a investigação do caso Marielle, o miliciano Orlando Araújo, o Orlando Curicica, forneceu várias informações sobre homicídios que teriam sido cometidos pelo Escritório do Crime. Um deles foi o de Haylton Escafura. Segundo Curicica, a execução foi encomendada a Adriano e Mad por um dos capos do jogo do bicho no Rio, Rogério Andrade, sobrinho de Castor de Andrade. De acordo com o relato, o interesse de Andrade seria dominar a área sob controle de Haylton — bairros da Zona Norte, como Cascadura e Madureira —, já que ele era o único herdeiro de um outro chefão do bicho, José Caruzzo Escafura, o Piruinha.

“Um dos motivos da morte do Haylton é justamente isso: Haylton é o herdeiro do (José) Escafura. Com a morte do Haylton, o Escafura não tem herdeiros… Então a intenção do Rogério foi de botar, de arrendar a área do Escafura. E com o poder que ele tá, ele vai arrendar. Só vai aumentar o poderio dele”, disse o miliciano. O inquérito sobre o crime ainda está em andamento.

Atualmente, Mad está preso. Em junho de 2020, ele foi alvo da operação Tânatos — referência ao deus da morte da mitologia grega —, que foi gerada a partir da investigação do caso Marielle. Mad e seus comparsas respondem, na Justiça, por dois outros homicídios que sucederam a ação no hotel: a execução de um bicheiro, Marcelo Diotti, no estacionamento de um restaurante, na Barra da Tijuca; e a de um PM, Anderson Claudio da Silva, o Andinho, também ligado a contraventores, no Recreio dos Bandeirantes.

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