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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

18
Nov23

Entre amigos: promotor que investiga rachadinha de Carlos Bolsonaro vai ao aniversário da advogada de Flávio

Talis Andrade

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Festa foi realizada no Iate Clube do Rio de Janeiro

Ivan Longo
POR , Revista Forum
 

Alexandre Murilo Graça, promotor que investiga corrupção por meio da chamada "rachadinha" no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), foi no último sábado (22) à festa de aniversário de Luciana Pires, advogada do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que assim como seu irmão Carluxo também é investigado por rachadinha em seu gabinete, porém em outro processo.

Segundo o jornal O Globo, a festa de Luciana, realizada no Clube Iate do Rio de Janeiro, reuniu cerca de 150 pessoas, entre elas outros advogados, promotores e advogados de polícia.

A investigação sobre rachadinhas no gabinete de Carlos Bolsonaro é feita pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, mas está parada. O inquérito foi aberto após denúncia publicada na revista Época, em 2019, de que a ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, organizava esquema para que funcionários de Carluxo devolvessem parte de seus salários.

Questionado pelo jornal O Globo sobre sua presença na festa da advogada de Flávio, o promotor Alexandre Murilo Graça afirmou, por meio de nota, que "não há, no Código de Processo Penal, impedimento legal em relação à situação descrita".

 

Ex-funcionário diz que Bolsonaro sabia de corrupção dos filhos

Ex-funcionário da família Bolsonaro, Marcelo Luiz Nogueira dos Santos disse em depoimento ao Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal que o presidente Jair Bolsonaro sabia dos esquemas de corrupção de seus filhos Flávio e Carlos Bolsonaro em seus gabinetes na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro.

Segundo informações da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, Marcelo Luiz contou que Bolsonaro tirou o comando das mãos de sua então esposa, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, e passou para os filhos quando descobriu estar sendo traído por ela.

O ex-empregado atuou na campanha de 2002 de Flávio para deputado estadual e, entre 2003 e 2007, foi lotado no gabinete de Flávio na Alerj. Em entrevista exclusiva à coluna, ele afirmou que, todos os meses, sacava 80% do seu salário e entregava o dinheiro em espécie nas mãos da ex-esposa do presidente – com o conhecimento dele.

Todos os assessores de Flávio, de acordo com o ex-empregado, faziam o mesmo, bem como os de Carlos. Ele trabalhou por quase 14 anos para o filho 01 do presidente e pediu demissão no mês passado, por não receber o salário que havia pedido.

Marcelo confessou ter devolvido 80% de tudo o que recebeu no gabinete de Flávio nos quase quatro anos em que foi seu servidor: cerca de R$ 340 mil no total.

 

Ex-assessor também admite rachadinhas

Waldir Ferraz, servidor aposentado da Marinha Mercante que se identifica como amigo “Zero Zero” do presidente Jair Bolsonaro (PL), admitiu em entrevista à Revista Veja que foram montados esquemas de rachadinha em três gabinetes do clã Bolsonaro. Ferraz, conhecido como Jacaré, no entanto, tentou culpar Ana Cristina Valle, ex-esposa do presidente, pelo esquema.

“Ela [Ana Cristina] fez nos três gabinetes. Em Brasília, aqui no Flávio e no Carlos. O Bolsonaro deixou tudo na mão dela para ela resolver. Ela fez a festa. Infelizmente é isso. Ela que fazia, mas quem é que assinava? Quem assinava era ele. Ele vai dizer que não sabe? É batom na cueca. Como é que você vai explicar? Ele está administrando. Não tem muito o que fazer”, disse Jacaré à jornalista Laryssa Borges, da Veja. Ele e o presidente são amigos há mais de três décadas.

Ferraz, que era servidor do gabinete de Bolsonaro antes da chegada da ex-esposa do presidente, deu detalhes do esquema: Ana Cristina recolhia documentos de algumas pessoas, abria contas bancárias e embolsava parte dos salários. Segundo ele, muitos dos envolvidos nem sabiam do esquema, eram funcionários fantasmas.

O amigo do presidente tentou isentar o mandatário da responsabilidade: “Ele quando soube, ficou desesperado, era uma fria. O cara foi traído. Ela que começou tudo. Bolsonaro nunca esteve ligado em nada dessas coisas. O cara não tinha visão do que estava acontecendo por trás no gabinete. Às vezes o chefe de gabinete faz merda, e o próprio deputado não sabe. Mesmo o deputado vagabundo não sabe, só vem a saber depois”.

27
Nov22

O NEGÓCIO DO JAIR - JULIANA DAL PIVA

Talis Andrade

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Título: O Negócio do Jair: A história proibida do clã Bolsonaro

Autora: Juliana Dal Piva

Editora: Zahar

Gênero: Política/Ciências Sociais

Ano: 2022

Páginas: 328

 

Por Flavia Penido

- - -

Sinopse: Resultado de mais de três anos de apuração, O Negócio do Jair: A história proibida do clã Bolsonaro desvenda o passado secreto da família que hoje comanda o Brasil. A jornalista Juliana Dal Piva parte do escândalo das rachadinhas exposto pelo caso Queiroz, a partir de dezembro de 2018, para contar uma história que remonta à entrada de Jair Bolsonaro na política na década de 1990.

No centro do passado que o clã tenta abafar, está um esquema de corrupção conhecido entre os participantes como o “Negócio do Jair”. O arranjo ocorria nos gabinetes funcionais ocupados pela família de Bolsonaro em seus mandatos políticos, seja de vereador, deputado estadual ou federal, e envolvia seus três filhos mais velhos, as duas ex-esposas e a atual, amigos, familiares ― muitos deles atuando como funcionários fantasmas ―, além de advogados e milicianos.

Com base em depoimentos exclusivos, cópias sigilosas dos autos judiciais, mais de cinquenta entrevistas, mil páginas em documentos, vídeos e gravações de áudio, a autora demonstra como, à sombra dos grandes esquemas partidários, o clã acumulou milhões de reais e construiu o projeto político autoritário e regressivo que conduziria o chefe da família ao posto mais alto da República.

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Resenha: Lançado pouco antes das eleições de 2022, O Negócio do Jair é o resultado de uma pesquisa investigativa minuciosa feita pela jornalista investigativa Juliana Dal Piva sobre a família Bolsonaro e tudo aquilo que tentam camuflar. Logo no início a jornalista já evidencia algumas cenas presenciadas por ela mesma, descrevendo situações ocorridas desde 2013 envolvendo Jair Bolsonaro enquanto deputado federal e ex-capitão do exército.

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Em 2018, com a candidatura de Jair à presidência da república, Juliana passou a investigar melhor a fim de levantar as evidências no que diz respeito à vida de Bolsonaro e quem é esse homem, que foi deputado por mais de trinta anos e que, até então, ninguém sabia nada sobre ele. O conteúdo aborda os inúmeros esquemas de enriquecimento ilícito dos integrantes dessa família, assim como as manobras políticas que fazem usando o poder que têm para saírem ilesos dos crimes de corrupção que cometem. Além dos filhos, do esquema de lavagem de dinheiro da loja de chocolates de um deles, há também os fatos acerca das outras figuras presentes nos bastidores desses esquemas, como a família Nóbrega, os Queiroz, a ex-esposa, e até mesmo a atual esposa.

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O livro é narrado de forma cronológica mostrando os acontecimento mais importantes, ilegais e imorais da ascensão de Bolsonaro e família, e vemos o que está por trás das supostas motivações que os mantém como uma das famílias mais poderosas do país.

Os fatos levantados no livro já são de conhecimento público, porém são trazidos de forma clara e com uma riqueza de detalhes impressionante, como a negligência em relação a pandemia e as vítimas, a forma como ele trata a imprensa, o escândalo das rachadinhas e dos funcionários fantasmas que já vinham ocorrendo há anos e anos, as dezenas de imóveis comprados com dinheiro vivo, a constante troca de delegados da polícia federal, ministros e procuradores que engavetam processos, ou interrompem as investigações que resultariam na prisão dos envolvidos (mesmo que haja pilhas e pilhas de provas), e muito mais. Saber que um candidato chegou ao poder com a promessa de combater a corrupção, quando ele é um dos maiores líderes de um esquema de corrupção descarado é uma vergonha, ainda mais quando milhões de brasileiros se recusam a enxergar a verdade em nome do fanatismo político e acreditam que ele é o único que pode salvar o Brasil. Ao final, a sensação de indignação e impotência é enorme, principalmente porque ninguém sabe qual será o desfecho de tudo isso.

Eu, como brasileira, e na falta de uma terceira via, me sinto descrente e desanimada com a política nesse país. Ao finalizar a leitura, o sentimento de trocar seis por meia dúzia é inevitável, pois os escândalos vem de todos os lados e não temos pra onde fugir.

O Negócio do Jair, ao meu ver, é um livro necessário que faz um grande "exposed" de Bolsonaro e família. Eu gostaria muito de indicar a leitura desse livro, assim como vários outros que tratam com imparcialidade e verdade os feitos de determinados políticos, pra todos os brasileiros conhecerem mais sobre os candidato e assim poderem votar com consciência, mas é complicado quando boa parte da população tem a convicção de que qualquer informação contra seu político de estimação é "fake news".

Só tenho que parabenizar a autora pela coragem de trazer tais informações, e por fazer com que o leitor possa tirar as próprias conclusões diante desses fatos.

 

07
Nov22

Ex-mulher de Bolsonaro fugiu para a Noruega e Carla Zambelli para os EUA

Talis Andrade

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Por Altamiro Borges

Está muito estranha essa história de Ana Cristina Valle, segunda esposa de Jair Bolsonaro e mãe do filhote 04, Jair Renan. Na semana do segundo turno das eleições presidenciais, ela viajou às pressas para a Noruega. Agora, a candidata derrotada do PP a deputada no Distrito Federal é acusada de não prestar contas à Justiça Eleitoral. 

Segundo reportagem do site Metrópoles, “a última entrega de relatório financeiro da ex-mulher de Bolsonaro foi feita no dia 23 de setembro. Àquela altura, a campanha de Ana Cristina Valle informou ter arrecadado R$ 303 mil. As despesas registradas até o momento somavam pouco mais de R$ 26 mil. Ou seja: ela ainda precisaria informar à Justiça Eleitoral se – e como – foram gastos os R$ 276 mil restantes”. Mas essa informação não foi prestada e pode caracterizar crime eleitoral! 

Poucos dias antes do segundo turno, em 30 de outubro, ela viajou para a Noruega, onde residiu – ou se escondeu – por longos anos após se separar do “capetão”. Muitos encararam a viagem como uma nova fuga. Afinal, a sinistra figura está envolvida em vários rolos – das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro à compra suspeita de uma mansão em Brasília. A própria candidatura era vista como tentativa de conseguir imunidade e impunidade. 

Mansão no Lago Sul e outros rolos

Como lembra o site Metrópoles, “recentemente, a Polícia Federal pediu à Justiça a abertura de uma investigação para apurar se a mãe de Jair Renan cometeu crime de lavagem de dinheiro na compra de uma casa de luxo no Lago Sul... Embora dissesse que morava na casa de aluguel, ao registrar a sua candidatura a ex de Bolsonaro incluiu a propriedade em sua lista de bens. Após a PF propor a abertura da investigação sobre a compra da propriedade, o filho 04 de Jair Bolsonaro deixou a casa”. 

Ana Cristina Valle obteve apenas 1.485 votos na disputa para uma vaga de deputada distrital do DF. Sua derrota, segundo as colunas de fofocas da mídia, foi festejada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, a vingativa Micheque. Segundo Juliana Dal Piva, do site UOL, “Ana Cristina decidiu viajar sem uma data definida para voltar. Ela é investigada pela PF devido a compra de uma mansão de R$ 3 milhões em Brasília com o uso de uma laranja... Interlocutores de Cristina também contaram que ela está pensando em vender o imóvel e teme o aprofundamento das investigações” após a derrota do seu ex-marido. 

“Além dessa investigação, Cristina está com o seu sigilo bancário quebrado junto com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) no procedimento que apura a nomeação de funcionários fantasmas e da prática ilegal de rachadinha no gabinete de Carlos. Ela foi chefe de gabinete do ex-enteado de 2001 até 2008. Nesse período, ao menos sete familiares dela foram nomeados no gabinete de Carlos. Todos também funcionários fantasmas e agora investigados pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio)”.

 

Carla Zambelli foge para os EUA

 
 
09
Out22

O presidiário "mau militar" que virou líder supremo das forças armadas e presidente do Brasil

Talis Andrade

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Bolsonaro foi preso pelo Exército por planejar terrorismo dentro dos quartéis. O capitão Bolsonaro tramava a continuação da ditadura militar.

Expulso do Exército ensinou corrupção a primeira esposa, que ele elegeu vereadora do Rio de Janeiro.

Ensinou corrupção ao filho Zero 1, que ele elegeu vereador no lugar da mãe, que traiu para entregar os negócios da corrupção da família - a grana dos funcionários fantasmas, dos laranjas - a segunda esposa. 

Para aumentar as rachadinhas, elegeu os filhos Zero 2 e Zero 3 parlamentares. 

Também desconfiou da segunda esposa, e casou com uma terceira, que recebia dinheiro vivo e cheques do miliciano Fabrício José Carlos de Queiroz, sócio do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime no Rio das Pedras, na ex-Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro, hoje zona de guerra. 

Adriano da Nóbrega, com atuação e mando nos territórios eleitorais que elegiam Jair Bolsonaro deputado federal, Flávio Bolsonaro deputado estadual, e Carlos Bolsonaro vereador, foi morto na Bahia em uma queima de arquivo. 

Eis que chegou a grande empreitada: o golpe eleitoral que derrubou Dilma Rousseff, prendeu Lula, fez Michel Temer presidente, que colocou o Rio de Janeiro sob a intervenção militar do general Braga Neto, o judiciário domado pela Lava Jato, e elegeu o sucessor com o apoio dos partidos da milícia e militar, da direita e extrema direita. Um mando que, pelas urnas ou na marra, pretende continuar mais quatro anos no mínimo, pela ocupação dos marechais de contracheque e pensões vitalícias de suas filhas parasitas que se casam, malandramente, apenas no religioso.

Marcelo Pimentel JS
Enquanto esteve na ativa do Exército Brasileiro (EB), de 1978 a 1988, o Cap Bolsonaro foi um oficial indisciplinado, desleal e mentiroso.
Todos nós, oficiais da geração AMAN 70 (a dele) e 80 (a minha), sabíamos disso.
O próprio comando EB o disse em 1988 

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Marcelo Pimentel JS
O cap Bolsonaro foi “mau oficial”, como disse o Gen Geisel.
Em 1987/88, Tribunal de Honra do Exército o condenou, unanimemente, por deslealdade, indisciplina crônica e mentira contumaz.
Todos nós, oficiais do Exército (AMAN 70 e 80), sabíamos disso.
Em 2018, não me calei +

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25
Set22

Bolsonaro e os gabinetes do crime

Talis Andrade

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por Cristina Serra

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Em 30 anos de carreira parlamentar, Bolsonaro marcou seus mandatos pela mediocridade e pela capacidade fenomenal de multiplicar o patrimônio da família. No livro “O negócio do Jair” (editora Zahar), a jornalista Juliana Dal Piva identifica o DNA e a extensão tentacular do esquema que transformou os gabinetes de Jair e de seus três filhos mais velhos em escritórios do crime.

Desde 2018, já se sabe do esquema das rachadinhas de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Mas com uma investigação obstinada e meticulosa, Dal Piva coloca Jair Bolsonaro na cena do crime, mostrando que os quatro gabinetes do clã, em três casas legislativas, eram uma coisa só e sob o comando do atual presidente.

Parentes e apaniguados contratados tinham que entregar até 90% dos salários. A repórter joga luz sobre uma miríade de personagens menos conhecidos, como a segunda mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle, gerente da máfia enquanto o casamento durou, além dos notórios Fabrício Queiroz e o miliciano Adriano da Nóbrega.

O livro também reconstitui intrigas e disputas entre comparsas e traz revelações exclusivas. Uma delas se refere a Kassio Nunes Marques, agente do clã no STF, e paro por aqui para não dar spoiler.

Sabe-se hoje que a rede criminosa rendeu a propriedade de 107 imóveis, metade deles pagos em dinheiro vivo, revelação de Dal Piva e de Thiago Herdy, publicada no UOL e censurada judicialmente a pedido de Flávio Bolsonaro. É mais uma de muitas decisões benevolentes do judiciário (para não dizer cúmplices) e que devolveram a investigação do Ministério Público fluminense sobre as rachadinhas à estaca zero.

O livro de Juliana Dal Piva é jornalismo de primeira grandeza, que honra o ofício. Ela chegou a receber ameaças do advogado Frederick Wassef, mas não se deixou intimidar. Seu trabalho fornece provas e indícios abundantes para quem quiser investigar a teia de crimes que envolve o presidente e sua família. Basta querer.

Blog do Noblat
@BlogdoNoblat
Onde já se viu um presidente, candidato a um novo mandato, a 7 dias da eleição, sair de moto em Brasília, acompanhado por seguranças em duas motos, para ir comer um frango com farofa em uma barraca à beira de estrada? Não foi ato de campanha, foi não ter o que fazer.Image
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Eles poderiam estar vivos

 

Conheça a verdade sobre Bolsonaro

 
 
24
Set22

Queiroz, amigo com papel central na vida familiar do clã Bolsonaro | UOL Investiga T1E3

Talis Andrade

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O terceiro episódio do podcast "UOL Investiga - A vida Secreta de Jair" conta como o policial Fabrício Queiroz assume um papel fundamental junto ao clã e os gabinetes após o fim do casamento de Jair Bolsonaro com Ana Cristina Siqueira Valle. Também revela como eram os bastidores, brigas e o relacionamento da família Queiroz com o presidente Jair Bolsonaro.

24
Set22

As origens do esquema de entrega de salário nos gabinetes dos Bolsonaro | UOL Investiga T1E2

Talis Andrade

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O segundo episódio do podcast "UOL Investiga - A vida Secreta de Jair" conta a história da união de Jair Bolsonaro com Ana Cristina Siqueira Valle. E como ela é peça-chave para entender as origens do esquema ilegal de devolução de salários nos gabinetes da família Bolsonaro.

23
Set22

Tales: Família Bolsonaro dá tiro no pé e cairá nas pesquisas após censura

Talis Andrade

Jair Bolsonaro, o presidente do tiro no pé |CHARGE FALADA #06 - A "humilde residência" de Flávio Bolsonaro e um papo  com Claudius by CHARGE FALADA

Em participação no UOL News, o colunista do UOL Tales Faria falou sobre as possíveis consequências do pedido do senador Flávio Bolsonaro (PL) de censurar as reportagens do UOL sobre o uso de dinheiro vivo em 51 dos 107 imóveis comprados pela família Bolsonaro nos últimos 30 anos. Para Tales, isso poderá refletir nas pesquisas eleitorais e nas eleições.

"Eles estão dando um tiro no pé e isso vai se refletir mais ainda na campanha e nos índices dele junto à opinião pública, vai cair mais ainda", disse.

"Você vê pela repercussão que politicamente é um tiro no pé. Um tiro no pé do juiz, em termos acadêmicos, porque ele mostrou que não entende nada de Constituição nem de censura, e um tiro no pé politicamente da família Bolsonaro, porque eles não explicaram e vão chamar muito mais atenção sobre essa compra de imóveis com dinheiro vivo", completou.

O colunista do UOL ainda falou sobre a atitude da ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, que comprova não haver explicação para as compras e a origem do dinheiro.

"Não tem explicação, a ex-mulher do Bolsonaro, que também comprou uma mansão muito acima do dinheiro que ela tem, qual foi a explicação que ela deu? 'Não tenho explicação a dar para ninguém', é assim que eles veem".

 

Maierovitch: Censura judicial provoca dano a eleitores e rasga Constituição

"O estado democrático de direito garante a liberdade de imprensa e isso que ocorreu é uma censura, estamos diante de uma censura. Uma decisão que rasga a Constituição e coloca o Brasil em uma situação de República bananeira", disse o jurista e colunista do UOL Wálter Maierovitch.

Ele também afirmou que a decisão provoca um dano irreparável ao omitir informações da população na véspera das eleições. "É provocar dano se tirar a informação, se deixar até em véspera de eleição o povo em branco, as mentes em branco. É surrupiar informações, então essa decisão é absolutamente equivocada ao ofender a Constituição".

 

Kotscho: Censura ao UOL é fundo do poço e parte da ação para melar eleição

 

"É gravíssimo isso que aconteceu, não é a censura a uma reportagem que não gostei e tal, o que está em jogo é a democracia brasileira. É o que está em jogo nessa eleição e é por isso que estão fazendo de tudo para melar a eleição. Isso faz parte de um processo para melar a eleição e não aceitar o resultado", disse o colunista do UOL Ricardo Kotscho.

Ele também afirmou que com o indicativo da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial, o governo de Jair Bolsonaro (PL) passou a operar em modo de desespero.

"O governo está operando já faz muito tempo no modo desespero, eles sabem que vão perder a eleição. Toda essa onda que o Bolsonaro fez com as Forças Armadas para fazer apuração paralela e interferir no processo eleitoral já é um absurdo".

 

Ameaça” à eleição e Bolsonaro assume: “Eu sou Centrão” – Opiniões

22
Set22

Ex-mulher de Bolsonaro movimentou R$ 9,3 milhões e fez 'transações atípicas', diz PF (vídeos)

Talis Andrade

O que fez Ana Cristina, ex-mulher de Bolsonaro, no 7 de Setembro | VEJA

Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, nega qualquer irregularidade, afirma que Coaf 'mentiu e praticou fraude' e que pedirá investigação contra o órgão

 

Veja comentários de Reinaldo Azevedo e Juliana Dal Piva

 

A candidata a deputada distrital Ana Cristina Valle (PP-DF), ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, movimentou R$ 9,3 milhões em operações financeiras entre março de 2019 e janeiro de 2022 e realizou transações atípicas, aponta a Polícia Federal ao analisar um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro.

O documento foi utilizado para fundamentar um pedido à Justiça Federal para investigar uma transferência bancária realizada por Ana Cristina na compra de uma mansão em Brasília avaliada em R$ 2,9 milhões.

Ex-mulher de Bolsonaro se muda para mansão em Brasília | VEJAEx-mulher de Bolsonaro se muda para mansão em Brasília | VEJA

Ex-empregado do clã Bolsonaro diz que mansão de Ana Cristina e Jair Renan  em Brasília foi comprada por laranjas - Brasil 247

Desses recursos movimentados pela ex-mulher de Bolsonaro, segundo análise da PF, a maior parte ocorreu entre junho de 2019 e junho de 2021, sendo registradas transações em sua conta bancária que somaram R$ 4,2 milhões em crédito (entrada) e R$ 4,3 milhões em débitos (saída).

Nesse período, Ana Cristina trabalhou como assessora do vereador Renan Marassi (PL) na Câmara de Vereadores de Resende (RJ), com remuneração de R$ 6,2 mil, e como auxiliar parlamentar da deputada federal Celina Leão (PP-DF) em Brasília, com salário de R$ 8,1 mil.

Em junho deste ano, a advogada deixou o seu cargo no Congresso para concorrer a deputada distrital.

Para a Polícia Federal, o fluxo financeiro na conta da ex-mulher de Bolsonaro é aparentemente incompatível com a sua principal fonte de renda.

 

Ex-mulher de Bolsonaro e candidata a deputada omite da Justiça Eleitoral  casa que possui na Europa - Brasil - Extra Online

Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, nega qualquer irregularidade, afirma que Coaf 'mentiu e praticou fraude' e que pedirá investigação contra o órgão

 

A candidata a deputada distrital Ana Cristina Valle (PP-DF), ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, movimentou R$ 9,3 milhões em operações financeiras entre março de 2019 e janeiro de 2022 e realizou transações atípicas, aponta a Polícia Federal ao analisar um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro.

O documento foi utilizado para fundamentar um pedido à Justiça Federal para investigar uma transferência bancária realizada por Ana Cristina na compra de uma mansão em Brasília avaliada em R$ 2,9 milhões.

Desses recursos movimentados pela ex-mulher de Bolsonaro, segundo análise da PF, a maior parte ocorreu entre junho de 2019 e junho de 2021, sendo registradas transações em sua conta bancária que somaram R$ 4,2 milhões em crédito (entrada) e R$ 4,3 milhões em débitos (saída).

Nesse período, Ana Cristina trabalhou como assessora do vereador Renan Marassi (PL) na Câmara de Vereadores de Resende (RJ), com remuneração de R$ 6,2 mil, e como auxiliar parlamentar da deputada federal Celina Leão (PP-DF) em Brasília, com salário de R$ 8,1 mil.

Em junho deste ano, a advogada deixou o seu cargo no Congresso para concorrer a deputada distrital.

Para a Polícia Federal, o fluxo financeiro na conta da ex-mulher de Bolsonaro é aparentemente incompatível com a sua principal fonte de renda.

Com base nessa suspeita, os investigadores pediram autorização judicial para apurar como a advogada adquiriu um imóvel localizado em uma região nobre da capital federal.

Procurada pelo GLOBO, a candidata a deputada negou a movimentação financeira milionária, disse que "o Coaf mentiu e praticou fraude" e que pedirá a abertura de investigação contra o órgão.

"Não existe nada do que alegaram. Nunca recebi estes milhões em minha conta e provo. Fui ao meu banco e descobri que não existiu nenhuma comunicação de movimentação financeira atípica para o Coaf. Criaram esta mentira apenas para iniciarem um inquérito na Polícia Federal contra mim sem justa causa com o objetivo de prejudicar a campanha do presidente Jair Bolsonaro", afirmou Ana Cristina em mensagem.

 

09
Set22

Conheça dez casos de corrupção que assombraram o clã Bolsonaro e Sérgio Moro ministro da Justiça e da Segurança Pública tratou de abafar

Talis Andrade

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Conta El País, da Espanha:

Embora o núcleo duro do clã Bolsonaro seja claramente masculino, ele também inclui mulheres, as três com quem o presidente compartilhou sua vida, as mães de seus filhos. Por motivos diferentes, elas também são notícia. A atual esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, nasceu em 22 de março de 1982, em Ceilândia, DF, protagonizou um fenômeno viral, por conta de um dinheiro de origem suspeita que recebeu de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. A segunda mulher, Ana Cristina Valle nasceu em 13 de maio de 1967, em Resende, RJ, uma advogada também sob suspeita por esse mesmo caso de desvio de dinheiro público. E a primeira, Rogéria Nantes Nunes Braga, de 67 anos, mãe dos três filhos mais velhos do mandatário, os três políticos profissionais com vários mandatos legislativos nas costas.

Pragmatismo Político narrra que Rogéria Nantes Braga acusou Jair Bolsonaro (PSL) de ter sido o mandante do espancamento de um assessor político e seu ex-colega de Exército, Gilberto Gonçalves, ocorrido em uma rua da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, no mês de setembro do ano 2000.

O motivo, de acordo com o depoimento de Rogéria, foi o fato de Gonçalves estar trabalhando, à época, como cabo eleitoral de sua candidatura à 2ª reeleição a vereadora do Rio. Quando o fato ocorreu, ela já não era mais esposa de Bolsonaro, e o ex-capitão do Exército tentava eleger para o seu lugar na Câmara o filho Carlos, então um estudante do ensino médio com 17 anos de idade.Tudo isso consta em registros e depoimentos dados à Polícia Civil do Rio de Janeiro pela própria Rogéria Bolsonaro, que afirmou à imprensa na ocasião que seu ex-marido sofre de “desequilíbrio psicológico e mental”.

 Ana Cristina Siqueira Valle também denunciou o marido por atos de violência e instabilidade emocional. Conforme publicou a revista “Veja”,  Ana Cristina Siqueira Valle acusou Bolsonaro não apenas de agressão, mas de ameaçá-la de morte, ao ponto dela fugir do país para escapar do ex-marido.

Juntas, compõem uma árvore genealógica complexa, uma família com vários ramos cujo lema poderia ser “política (ou o poder) acima de tudo”, parafraseando seu lema de Governo, “Brasil a cima de tudo, Deus acima de todos”. Os laços −incluindo os trabalhistas e políticos− sobrevivem às rupturas sentimentais. Desde que se casou pela primeira vez, em 1978, Jair Bolsonaro nunca chegou a ficar um ano solteiro.Image

 

Conheça dez casos de corrupção que assombram o clã Bolsonaro no primeiro ano de governo

Conforme reportagem do DCM:

Durante toda a sua campanha eleitoral, Jair Bolsonaro prometeu “acabar com a mamata”. A promessa não durou nem até a posse. No início de dezembro, o caso Queiroz – uma mistura de milícias e desvio de dinheiro público por meio de fantasmas na Assembleia do rio de Janeiro –  foi revelado, envolvendo seu filho mais velho e senador Flávio (sem partido). Desde então, o que ficou provado nesse primeiro ano de governo é que entre kit gay, terraplanismo e olavismos, a maior fake news disseminada pelo presidente foi o “combate à corrupção”.

 

Caixa 2 laranja

 

Em novembro, Jair Bolsonaro decidiu fundar o próprio partido: Aliança pelo Brasil.

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Após acabar com a já fraca reputação do PSL, Bolsonaro tem se esforçado para se afastar ao máximo da sigla, representada por ele nas eleições do ano passado. O distanciamento é nada mais que um recurso de Jair para abafar seu envolvimento com o “laranjal” do PSL. O partido está sendo investigado desde o início do ano por candidaturas laranjas em dois estados: Pernambuco e Minas Gerais. Algumas candidatas mulheres da legenda receberam grandes repasses do fundo partidário para suas campanhas, mas obtiveram números inexpressivos nas urnas. O esquema era comandado pelo atual ministro do Turismo, o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), bancado por Bolsonaro no cargo apesar do “laranjal”.

Em outubro, reportagem da Folha de S. Paulo aponta que o depoimento de um ex-assessor do ministro e uma planilha apreendida em uma gráfica sugerem o desvio de recursos do esquema de candidaturas laranjas para as campanhas de Jair Bolsonaro à presidência da República e de Marcelo Álvaro a deputado federal. A prática configuraria caixa 2, movimentação de recursos de campanha sem declaração oficial à Justiça.

O ministro foi indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais acusado dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa. Ao invés de retirá-lo do governo, Bolsonaro resolveu dar mais poder a Marcelo Álvaro. Em novembro, a Secretaria Especial de Cultura foi transferida para a pasta do Turismo. A ação também evidencia as intenções de Jair de desmontar as políticas públicas voltadas à cultura.Image

 

 

Caso Marielle

 

No dia 14 de março de 2018, a vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados, vítimas de treze disparos dados por dois homens que estavam em um carro ao lado. O caso continua sem solução. A investigação da polícia possui dois principais suspeitos: os ex-policiais Ronnie Lessa, citado como autor dos disparos, e Élcio Queiroz apontado como motorista do veículo.

À época do crime, Lessa morava no condomínio Vivendas da Barra, onde moram Jair Bolsonaro (em uma casa) e seu filho Carlos (em um apartamento) e o filho O4 Renan (em outro apartamento). 

PM Ronnie Lessa, preso por morte de Marielle, já foi ...

De acordo com reportagem do Jornal Nacional, no dia em que matou Marielle e Anderson, Élcio Queiroz visitou Lessa no Vivendas da Barra. Porém, ao chegar na portaria, o ex-policial teria dito ao porteiro que ia à casa 58, onde vive Jair.

Para piorar, o presidente declarou que pegou o áudio das ligações da portaria de seu condomínio para impedir que o material fosse “adulterado”, segundo ele. A atitude é clara obstrução de Justiça. Carlos Bolsonaro, outro residente do Vivendas, publicou vídeo em seu Twitter, rede social favorita da família, confessando que ele acessa todas as ligações gravadas do condomínio, colocando em risco a integridade do material a ser investigado.

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Caso Queiroz

 

Em dezembro de 2018, Fabrício Queiroz, então motorista e assessor do deputado Flávio Bolsonaro, foi convocado pelo Ministério Público do Rio de janeiro para prestar depoimento sobre movimentações bancárias suspeitas no valor de R$ 1,2 milhão. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informou que as transações bancárias eram “incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira” do policial reformado. O relatório financeiro também identificou depósitos de Queiroz na conta de Flávio, o que levantou suspeitas sobre um possível esquema de “rachadinha”.

O ex-assessor faltou ao depoimento duas vezes, alegando ter sido “acometido por inesperada crise de saúde”. Desde então, Queiroz sumiu, teve suas relações com milicianos descoberta e continua negociando cargos na Câmara do Rio de Janeiro. Até hoje, nem ele e nem Flávio prestaram seus devidos depoimentos ao MP-RJ.

O Ministério Público cumpru um pedido de busca e apreensão contra o senador e vários outros integrantes do esquema. O pedido foi baseado em um relatório que aponta que Flávio e sua mulher, Fernanda, compraram em dinheiro vivo, de forma ilegal, dois imóveis no valor de R$ 638 mil, localizados em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro (RJ). O então deputado estadual teria usado o dinheiro proveniente da ‘rachadinha’ na compra

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FAB – Família nos Aviões Brasileiros

 

Em maio, o deputado Eduardo Bolsonaro usou um helicóptero da Presidência da República para transportar parentes para o seu casamento. Os vídeos do “passeio” foram compartilhados nas redes sociais por Osvaldo Campos Bolsonaro, sobrinho de Jair.

Familiares da região do Vale do Ribeira, em São Paulo, se deslocaram de helicóptero entre o aeroporto de Jacarepaguá e Santos Dumont, próximo ao local da cerimônia. De carro, o trajeto de 35 km demora só 35 minutos mas a família preferiu fazer o uso da aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Nas imagens publicadas, é possível ver um grupo de 10 pessoas chegando à pista de embarque, com as irmãs de Jair Bolsonaro e o deputado federal Helio Lopes (PSL-SP), amigo pessoal do presidente.

 

Amor financiado pelo fundo partidário

 

A farra do casamento de Eduardo não se limitou ao uso do helicóptero. O deputado também usou dinheiro do fundo partidário para pagar a sua viagem de lua de mel com a coach e psicóloga Heloísa Wolf. A negociação teria sido feita pela advogada do PSL, Karina Kufa. Relatos obtidos pela reportagem da IstoÉ mostram que Kufa, contratada pelo partido a pedido de Eduardo e conhecida por cumprir diversos favores ao deputado, teria sido a responsável por acertar os detalhes da viagem de lua de mel.

Usando o nome de Eduardo, a advogada teria ligado para Antonio Rueda, vice-presidente nacional do PSL, pedindo dinheiro do fundo do partido. De acordo com a revista, Rueda teria desabafado com colegas próximos que não aguentava mais “essa mulher me telefonando para pedir dinheiro para o Eduardo”. No entanto, ele liberou o que faltava para arcar com a viagem do casal.

 

Câmara e faculdade ao mesmo tempo

 

Com apenas 18 anos, Eduardo Bolsonaro foi nomeado para um cargo comissionado na liderança do PTB em Brasília, partido de seu pai em 2003. De acordo com reportagem da BBC Brasil, o emprego exigia que o “filho 03” de Jair trabalhasse 40 horas semanais, com remuneração de R$ 3.904 por mês (R$ 9.780 na cotação atual). Só existia um detalhe: três dias antes da nomeação, Eduardo foi aprovado no curso de Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

As normas da Câmara vigentes à época determinavam que esse tipo de cargo tinha “por finalidade a prestação de serviços de assessoramento aos órgãos da Casa, em Brasília. Desse modo, (os servidores) não possuem a prerrogativa de exercerem suas atividades em outra cidade além da capital federal”.

Ou seja, durante um ano e quatro meses, Eduardo tinha obrigação de trabalhar 40 horas por semana em Brasília e, inexplicavelmente, cursou Direito no Rio de Janeiro, à 1.100 km de distância. No curso desses 16 meses, o atual deputado ganhou R$ 160 mil de dinheiro público, na cotação atual.

 

Parentes fantasmas

 

Carlos virou alvo de investigação do Ministério Público (MP) do estado do Rio de Janeiro por denúncias de colocar ao menos sete parentes como funcionários fantasmas em seu gabinete. Os familiares seriam contratados para a prática da “rachadinha”, deixando parte dos salários com o filho de Jair.

O esquema foi divulgado em maio pela revista Época, que revelou que Carlos empregou a madrasta, Ana Cristina Siqueira Valle, e outros sete parentes dela em seu gabinete. Esses funcionários fantasmas chegavam a devolver 90% do salário ao vereador.

 

Envolvimento com Itaipu

 

No início de agosto, deputados paraguaios do Partido Pátria Querida (PPQ) protocolaram pedido de julgamento político do vice-presidente do país, Hugo Velázquez, sob acusação de tentar beneficiar uma empresa brasileira num acordo entre os dois países envolvendo a venda de excedente de energia da hidrelétrica Itaipu Binacional. Um pedido de impeachment do presidente Mario Abdo Martinez, mas a Câmara já rejeitou o processo.

Mensagens divulgadas entre o presidente da estatal elétrica do Paraguai e José Rodríguez, assessor de Velásquez, revelaram possível participação da família Bolsonaro no esquema. Nos chats, Rodríguez tentava marcar uma reunião entre o diretor da empresa pública e representantes da empresa brasileira Leros, interessada na compra de energia paraguaia. A Leros seria representada por Alexandre Luiz Giordano, suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP), e que falaria, segundo as mensagens, em nome da “família presidencial do país vizinho”, referência clara ao clã Bolsonaro.

 

Assessores de “sorte”

 

Logo no início do ano, surgiram denúncias contra os filhos de Jair: Eduardo usou verba da Câmara para contratar empresa de mulher de assessor, enquanto Flávio beneficiou uma assessora e parentes em seu gabinete. Tudo sempre em família.

Eduardo pagou R$ 960 à Locar1000, locadora de veículos que pertence à mulher de um assessor de Jair, pelo aluguel de um carro em fevereiro, de acordo com a revista Época. A Locar1000 pertence a Ghislaine Maria de Oliveira, mulher de Joel Novaes da Fonseca, assessor do gabinete pessoal da Presidência da República desde 18 de janeiro. Joel é velho conhecido da família, já que trabalhou com o próprio Eduardo entre 2015 e 2017.

Já Flávio, o filho mais velho, usou dinheiro do fundo partidário entregue a candidatas do PSL para pagar empresa de uma ex-assessora dele na Assembléia Legislativa do estado, segundo informou a Folha. A empresa Ale Solução e Eventos, da contadora Alessandra Ferreira de Oliveira, primeira-tesoureira do PSL carioca, recebeu R$ 55,3 mil vindos de pagamentos de 42 candidatos do partido dos Bolsonaro no Rio de Janeiro.

 

Mamata é tradição familiar

 

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Desde 1991, o atual mandatário da república e seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo empregaram ao menos 102 pessoas com algum laço familiar ou parentesco entre si, além de 37 funcionários com fortes indícios de que não trabalhavam de fato em seus cargos. A apuração feita pelo jornal O Globo evidencia velha política de cabide de empregos e o uso dos gabinetes como reduto de funcionários fantasmas.

Este foi o primeiro ano do governo Bolsonaro presidente.

Neste primeiro ano Sergio Moro era o ministro super. Ministro da Justiça e da Segurança Pública.

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