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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

21
Out22

Jornalistas fazem ato em defesa da democracia e debate sobre voto evangélico (charges curralzinho)

Talis Andrade

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A relevância nestas eleições do voto evangélico e a defesa do jornalismo e da democracia são temas de dois eventos, organizados por entidades de jornalistas relacionados às eleições. O primeiro deles, pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, avaliará em que proporção a população evangélica está no centro do debate eleitoral deste ano. Isso em razão da sua relevância numérica e, principalmente, por ser por ela que a extrema direita se aproveita da chamada pauta de costumes para implementar sua agenda ultraconservadora.

A organização do debate avalia que as eleições deste ano podem ser definidas como “um plebiscito entre a civilização e a barbárie”. “(A população evangélica foi) decisiva em 2018, na eleição que alçou o fascista Jair Bolsonaro ao poder impulsionada por uma impiedosa máquina de mentiras e desinformação fortemente calcada em temas como costumes e religião, a escolha eleitoral de milhões de brasileiros pode não estar selada como antes”, afirma o Barão, em nota.

Três especialistas participaram do debate sobre o voto evangélico: A pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), Romi Bencke; o sociólogo e líder ecumênico metodista Anivaldo Padilha; e o repórter autor do livro O Reino – A história de Edir Macedo e uma biografia da Igreja Universal, vencedor de 10 prêmios de jornalismo pelo conjunto de sua obra, Gilberto Nascimento

 

O reino: A história de Edir Macedo e uma radiografia da Igreja Universal  (Portuguese Edition) eBook : Nascimento, Gilberto: Amazon.de: Kindle-Shop

 

Jornalismo e democracia

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Entidades jornalísticas e organizações que defendem a liberdade de imprensa e os direitos humanos, entre elas a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), realizaram, na noite desta terça-feira (27/09), um ato em defesa das e dos profissionais de imprensa e da Democracia, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), na zona oeste de São Paulo.

“Estamos reunidos aqui hoje porque o jornalismo e a própria democracia estão sob forte ataque nos últimos anos. E essa gravíssima situação chegou agora ao ápice. Estamos aqui juntos para dizer que basta!”, afirmou Paulo Zocchi, vice-presidente da FENAJ, que discursou em nome das 16 entidades organizadores do evento.

“Em situações normais, o jornalismo não é, nem poderia ser, uma profissão de risco. Mas no Brasil, nos últimos anos, a violência contra profissionais é preocupação constante e crescente de nossa categoria”, disse Zocchi.

Segundo Zocchi, os profissionais são agredidos pelo poder de Estado, notadamente pela Polícia Militar; são perseguidos judicialmente, e aí se inclui infelizmente até mesmo o Supremo Tribunal Federal; e também são agredidos, em grande medida, por Bolsonaro e por apoiadores incentivados pelas ações do presidente.

O dirigente sindical citou levantamento da FENAJ de acordo com o qual, em 2018, foram registrados 135 casos de agressões a jornalistas, contra 430 em 2021. “Com Bolsonaro no governo, há três vezes mais agressões a jornalistas do que havia antes. É mais do que uma por dia! Desde que chegou à Presidência, ele é o principal agressor: em 2021, Bolsonaro realizou 147 agressões a jornalistas, 34% do total nacional”, destacou.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) registrou 353 ataques a jornalistas entre o início deste ano e a semana passada. Outra entidade do setor, a Repórteres Sem Fronteiras, contabilizou no primeiro mês de campanha eleitoral mais de 2,8 milhões postagens com conteúdos ofensivos a jornalistas brasileiros.

 

A repórter da Folha de S. Paulo, Patrícia Campos Mello, participou do evento e fez relatos sobre as agressões que tem sofrido nos últimos anos. Ela foi vítima de ataques sexistas de Bolsonaro.

Patrícia é autora de uma série de reportagens que revelou um esquema de contratação de empresas para realizar disparos em massa durante as eleições de 2018, que fizeram dela alvo preferencial de bolsonaristas nas redes sociais.

“É muito estranho que, desde 2018, nós jornalistas, nós repórteres, tenhamo-nos transformado em alvo. Em um país democrático, supostamente democrático, que tem um governo eleito democraticamente, mas que a imprensa se transformou em um alvo, especialmente as mulheres”, disse Patrícia.

Ela lembrou os ataques que recebeu, entre eles, ligações, e ameaças de agressão física. Ela também recebeu muitas mensagens com conteúdo pornográfico.

O Negócio do Jair - Juliana Dal Piva - Grupo Companhia das Letras

Além de Patrícia, Bianca Santana, Juliana dal Piva, Flávia Oliveira, Carla Vilhena e outras jornalistas de diversos veículos de todo o Brasil participaram do evento com depoimentos em vídeo.

As profissionais contaram alguns dos casos de ataques sofridos e falaram sobre as consequências das agressões. Medo de exercer a profissão, depressão, e danos a saúde mental, foram alguns dos efeitos relatados.

Daniela Cristóvão, da Comissão de Liberdade de Imprensa da OAB, também esteve no evento e afirmou que quando um jornalista é ameaçado no desenvolvimento da sua profissão a cidadania de todos está ameaçada.

Na mesma linha ocorreu a participação de Ana Amélia, advogada e membro do grupo Prerrogativas. “A liberdade de imprensa é essencial ao jornalismo. Não existe democracia sem a liberdade de imprensa e sem o papel essencial, sério, informativo do jornalista”, disse.

“A principal aliada é a imprensa na luta pelos direitos humanos”, disse Ariel de Castro, do Tortura Nunca Mais. “Imagina o que acontece com os jornalistas que estão na periferia, no interior, que não estão em grandes órgãos de imprensa. E o assédio judicial?”, questiona.

O evento foi organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), FENAJ, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Abraji, Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Repórteres sem Fronteiras (RSF), Instituto Vladimir Herzog, Associação Profissão Jornalista (ApJor), Barão de Itararé, Intervozes, Fotógrafas e Fotógrafos Pela Democracia, Associação Paulista dos Jornalistas Veteranos, Centro Acadêmico Vladimir Herzog e Centro Acadêmico Benevides Paixão.

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04
Ago18

Ana Amélia, vice de Alckmin, surfa na ignorância dos eleitores dela

Talis Andrade

Da direita volver, falsa puritana do Partido Progressista, fundado pelo ladrão Paulo Maluf, Ana Amélia militou com o marido senador Otávio Cardoso, na Arena e no PDS dos militares da ditadura de 1964

 

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Escreve Joaquim de Carvalho:

 

É tentador colar na senadora Ana Amélia Lemos, que é jornalista, a etiqueta de ignorante, por associar o pronunciamento da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na TV Al Jazeera ao Estado Islâmico.

“Eu só espero que essa exortação feita pela senadora presidente do PT não tenha sido para convocar o Exército Islâmico para vir ao Brasil fazer as operações de proteção ao partido que perdeu o poder e agora parece ter perdido também a compostura e o respeito, e o apoio popular”, disse.

 

É tentador, mas não é correto.

Ana Amélia é tudo menos ignorante.

Seu discurso serve como uma luva para o eleitorado que acredita, mesmo, que o Brasil pode ser alvo de atentados terroristas ou de uma ofensiva comunista, gente que, ao invadir o Congresso tempos atrás, viu na bandeira do Japão, branca com um círculo vermelho no meio, o protótipo de uma nova bandeira do Brasil.

 

Em maio do ano passado, quando estive com o cineasta Max Alvim em Curitiba, para cobrir o depoimento de Lula a Sergio Moro, entrevistamos manifestantes que haviam viajado à capital do Paraná para apoiar o juiz da Lava Jato.

Eram seis pessoas, entre eles um empresário e uma dentista, que diziam coisas como considerar Fernando Henrique Cardoso comunista e o PSDB, um partido de esquerda, além de criticar a lei de imigração apoiada pelo chanceler tucano Aloysio Nunes Ferreira, que teria aberto as portas do Brasil para o terrorismo.

“Já estão acontecendo atentados terroristas no Brasil”, disse a dentista, olhos arregalados, com ênfase na palavra “atentados”. “Estão sim”, insistiu ela, ao ser cobrada por mim para apontar os locais onde teriam ocorrido.

 

A senadora Ana Amélia sabe que há um terreno fértil no Brasil para semear inverdades, principalmente no campo da direita, do conservadorismo xucro.

Não é por outro motivo que o MBL se destaca hoje como a maior fonte de fake news nas redes sociais.

Ana Amélia Lemos é heroína nesta turma, se alimentando da farsa de que o mal se abriga no campo progressista.

 

A senadora é, antes de tudo, uma ingrata, porque, de família pobre, só chegou aonde está porque contou com a ajuda de um governo trabalhista no Rio Grande do Sul.

Aos 9 anos, trabalhou como dama de companhia em Porto Alegre e, ao voltar para sua cidade natal, Lagoa Vermelha, no norte do Estado gaúcho, só permaneceu nos estudos, entre o final dos anos 50 e e início dos anos 60, porque enviou uma carta ao então governador do Estado, Leonel Brizola, com um pedido de bolsa de estudos.

Foi atendida.

Ana Amélia, alguns anos depois, se formou em jornalismo, fez carreira na RBS (afiliada da Globo), se casou com o advogado e político Otávio Omar Cardoso, mais tarde senador, que ajudou a sustentar a ditadura militar.

 

Na frase em que estabelece, com malícia, uma relação entre a Al Jazeera (alguém que chefiou a RBS em Brasília não sabe o tamanho da Al Jazeera?), Ana Amélia diz dois outros disparates:

 

O PT perdeu o poder, disse ela.

Errado.

O PT não perdeu o poder, o poder lhe foi tirado na mão grande, com apoio de Ana Amélia.

 

O PT perdeu o apoio popular.

Errado.

Segundo todas as pesquisas, o PT é disparado o partido que conta com o maior índice de simpatia do eleitor, mesmo de quem não é filiado.

Na última pesquisa Vox Populi, realizada entre 13 e 15 de abril, o partido é o primeiro nesse quesito, com 18% dos eleitores que o consideram simpático.

 

O segundo colocado, o PSDB, tem 1%. O PP de Ana Amélia é traço.

Ana Amélia, esperta, tira da ignorância de seu eleitor médio combustível para continuar no poder.

 

 

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