Outro empresário bolsonarista na mira da CPI
por Altamiro Borges
Depois do fujão Carlos Wizard e do "Véio da Havan", mais um empresário bolsonarista está na mira da CPI do Genocídio. O site Metrópoles informa que a comissão deseja investigar o Instituto Força Brasil, uma sinistra entidade que tem como vice-presidente o picareta Otávio Fakhoury, acusado de financiar disparos de fake news em plena pandemia da Covid-19.
A proposta de apurar as sujeiras da ONG foi apresentada pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Esse Instituto Força Brasil tem feito campanhas negacionistas em relação à pandemia, em relação às vacinas, e intermediou um negócio para uma vacina fake. Um golpe". A entidade teve as portas abertas no laranjal bolsonariano.
O sinistro Instituto Força Brasil
Cristiano Carvalho chegou a afirmar que o advogado da entidade dirigida por Otávio Fakhoury foi buscá-lo no aeroporto e o levou a uma reunião anterior na sua sede. “O Instituto Força Brasil, a meu ver, foi o braço que a Senah utilizou para chegar frente a frente com [o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde] Elcio Franco”, afirmou o depoente.
Defensor da ditadura militar e de armas
Vale recuperar um perfil traçado pelo jornal O Globo, em maio do ano passado, sobre o empresário fascista e bravateiro. Diz o jornal:
“O investidor Otavio Fakhoury, 45 anos, trabalhou no mercado financeiro, foi sócio da Mauá Investimentos e hoje atua com um fundo próprio, que investe em imóveis. Colecionador de armas e frequentador de clubes de tiro, costuma chamar atenção até mesmo de seus pares conservadores pela defesa do período da ditadura militar, a quem atribui boa parte do desenvolvimento do país. Fakhoury se define como anticomunista, antiglobalista e apoiador voluntário de movimentos conservadores. Agitado e falante, costuma andar armado”.
“É apontado como financiador do site conservador Crítica Nacional, editado por Paulo Eneas, que ao lado do Vista Pátria, de Allan Frutuoso, foram apontados pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que rompeu com Bolsonaro, como parte de um esquema que cria e replica campanhas de ódio ou difamação atribuídas ao chamado ‘gabinete do ódio’, comandado pelos filhos do presidente”.