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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

09
Out20

Contra o ultracapitalismo, as velhas armas não servem

Talis Andrade

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Corporações tornaram-se muito mais poderosas que Estados, e blindaram-se contra a democracia. A riqueza social é capturada na esfera financeira, um limite à luta sindical. Superar o sistema é mais urgente que nunca — mas por novos caminhos. O Capitalismo se desloca, livro mais recente de Ladislau Dowbor

Acesse o Capítulo 1, o Capítulo 2 [primeira parte |segunda parte] e o Capítulo 3 [primeira parte]

28
Jun17

Jesus nunca usou a palavra pecado

Talis Andrade

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Jesus usava a palavra certa. Crime. Chamar um crime de pecado é querer suavizar,  camuflar, esconder um ato profundamente corrupto, repugnante, imundo, horrendo, indiscutivelmente nojento, segundo os padrões da moral vigente.

 

Sou pela volta dos pecados capitais, e assim sendo favorável à reforma trabalhista, pela felicidade do povo em geral.

 

Os crimes praticados contra o trabalhador começaram com o primeiro ato institucional da ditadura militar de 64, quando foi cassada a estabilidade no emprego. E o rasga da CLT continuou nos chamados governos democráticos de Fernando Henrique, criando os pejotas, a terceirização perpetrada por Joaquim Levy ministro de Dilma Rousseff, indicado pelo Bradesco.

 

O Henrique Meireles, que continua a política econômica adotada por Roberto Campos e Delfim Neto, é o mesmo Mei reles ou todo reles presidente do Banco Central nos tempos de Lula.

 

Pretender tirar todos os direitos trabalhistas não é reforma. Nunca foi.

A reforma costuma ser uma iniciativa ou um projecto que procura implantar uma inovação, uma melhoria nalgum sistema.

A reforma pretendida por Michel Temer, como chefe da Orcrim, visa beneficiar o patronato, as empresas multinacionais do império capitalista, os banqueiros agiotas conforme os ditames do FMI.

 

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OS PECADOS CAPITAIS DO SÉCULO XXI

 

Não vou citar o atual Papa Francisco, que a direita condena como "comunista" e "ateu". E sim um Papa chamado de "nazista", Bento XVI, alemão de nascença, e que pertenceu à juventude de Hitler, e combateu contra os Aliados na Segunda Grande Guerra.

Pontificou Bento que os humanos desenvolveram sete pecados capitais modernos. Eles são:

 

Pressa: Uma pessoa apressada não tem tempo para Deus.

Pela carga horária desejada por Temer, o trabalhador não tem tempo para descanso, para dedicar à família, o que explica o atual abandono de crianças e adolescentes, o que motiva suicídios.

Fica desmoralizada a invenção da lenda da baleia azul, existente apenas nos países em crise no Terceiro Mundo. A baleia azul assume os crimes do governo e outros.

 

Para Bento XVI, outro pecado capital Causar Pobreza: Retirar dinheiro dos outros por avareza. Prática comum da agiotagem bancária, dos prestamistas, do roubo do empréstimo consignado para funcionários públicos, que cobra os impagáveis

juros sobre juros, tal como acontece com a dívida externa do Brasil.

  

Também constitui pecado capital Ser muito rico: Causa desigualdade social, o que é inaceitável, pois todos são iguais perante Deus.

 

E causar Injustiça Social: Nada mais injusto que o nababesco, principesco salário acima do teto constitucional em um país que paga o salário mínimo do mínimo, e as existências de duas justiças, de duas polícias.

 

Existem mais dois pecados capitais:

Interferir no Meio Ambiente: Adicionar imperfeições na Criação de Deus. Permitir a multiplicação das favelas. Mil e cem favelas na Capital Rio de Janeiro. Mais de duas mil na Capital São Paulo. Nada mais absurdo que a construção de moradias indignas, principalmente em áreas de risco.

 

Interferir no próprio corpo: Usar drogas como acontece com as prostitutas infantis. Que entorpecem o corpo para suportar de oito a dez estupros diários. As vaginas pequenas e estreitas sangram. O sexo das meninas uma dolorida, uma ferida aberta.

 

O tráfico de órgãos rende bilhões. Vender parte do corpo `a medicina de vanguarda passou a ser um meio de vida ou morte.

 

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24
Jun17

Sonegação do Bradesco tem perdão de cinco bilhões pelo maior tribunal do mundo

Talis Andrade

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A cada dia que passa ficam devasados os valores do dinheiro roubado pela sonegação. O sagrado dinheiro que seria investido em ser√iços e obras essencias para o povo em geral sem escola, sem postos de saúde, sem hospitais, sem creches, sem minha casa minha vida, sem bolsa família, sem salário cidadania.  

Em outubro de 2015

 

A letalidade da roubalheira do Carf

 

 

por Elio Gaspari

 

A Operação Zelotes, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, está comendo o pão que o tinhoso amassou. Ela começou em março e explodiu uma quadrilha de ex-conselheiros, parentes e amigos de conselheiros que vendiam decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, um órgão do Ministério da Fazenda (Carf). Depois de dois anos de investigações sigilosas e 2.300 horas de escutas telefônicas, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão.

Passados na peneira, separaram-se 74 processos com cheiro de queimado, todos de peixes gordos. Num grampo autorizado pela Justiça, um ex-conselheiro disse o seguinte: “Aqui no Carf só os pequenos devedores pagam. Os grandes, não.” Ou, noutra versão, mais crua: “Quem não pode fazer acordo, acerto — não é acordo, é negociata — se fode”.

A coisa funcionava assim, há muitos anos: uma grande empresa ou um grande banco era autuado em R$ 100 milhões pela Receita Federal, recorria ao Carf e liquidava a fatura reduzindo a autuação para algo como R$ 5 milhões.

Essa modalidade de corrupção é muito mais daninha do que tudo que se viu na Lava-Jato. Num raciocínio cínico, a tia de um empreiteiro que cobrou R$ 100 milhões por uma obra que valia R$ 50 milhões, sempre poderá dizer que, apesar de tudo, a obra do seu sobrinho está lá. Já a tia de um magano que alugava por R$ 150 milhões um navio-sonda que o mercado oferece por R$ 100 milhões também dirá que o navio está no litoral de Campos, fazendo seu serviço.

No caso do Carf, a empresa que devia R$ 100 milhões pagou R$ 5 milhões à Receita e uns R$ 3 milhões à quadrilha. Só se produziu prejuízo e propina. Nem refinaria, muito menos navio-sonda.

Coisas estranhas aconteceram com a Operação Zelotes. Quando ela foi desencadeada, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, julgou desnecessário prender pelo menos quatro acusados, contentando-se com os mandados de busca e apreensão. Jogo jogado. Em junho, o Ministério Público pediu e conseguiu seu afastamento.

Noutra ponta, saiu da Câmara dos Deputados um pedido de informações com algumas perguntas banais ao Ministério da Fazenda: Quais os valores de cada processo milionário julgado no Carf? Quais recursos foram aceitos? Em junho, o doutor Carlos Alberto Freitas Barreto, presidente do Conselho, informou que devido a uma mudança no sistema de armazenamento de dados esse detalhamento só poderia ser apresentado “em breve”. Passaram-se três meses e nada.

Numa nova surpresa, o coordenador-geral de investigação da Receita Federal, Gerson Schaan, deu uma entrevista à repórter Andreza Matais na qual disse o seguinte: “O que a quadrilha fazia era direcionar o julgamento para uma turma que tinha entendimento a favor do contribuinte. Trata-se de um caso de corrupção, não de sonegação”. Em tese, tudo bem, na prática, a ver. O centro dessa questão só será melhor entendido “em breve”, quando o Carf fulanizar nomes e cifras.

Nos pixulecos do Carf podiam ocorrer três situações:
1) O contribuinte sabia que estava sonegando e dava a pedalada tributária porque esperava ganhar a parada no Carf. Nesse caso há corrupção e sonegação.

2) O contribuinte pode ter razão mas comprou o “direcionamento”. A Receita errou, mas falta explicar melhor como uma turma entende uma coisa e outra vai na direção oposta, sobretudo sabendo-se, há anos, que uma quadrilha orientava o trânsito. Nesse caso há um atravessador corrupto e um empresário corruptor.

3) No pior dos casos, o contribuinte tinha razão, mas foi informado de que iria para a lâmina se não pagasse o pedágio. Segundo um dos integrantes da quadrilha. “se eu participar (...) eles têm mais ou menos 95% de chances de ganhar. Caso contrário, perderão, com certeza.”

Essas diferenças poderão ser esclarecidas se a Operação Zelotes entrar no estilo da Lava-Jato. Pelo andar da carruagem, apesar dos esforços da Polícia Federal e do Ministério Público, ela está devagar, quase parando. Corre o risco de ficar parecida com a “Castelo de Areia”, aquela que livrou a empreiteira Camargo Corrêa de qualquer suspeita. Passaram-se seis anos e agora a empresa está colaborando com o juiz Sérgio Moro.

 

De 19 para 500 bilhões roubados

 

Dois anos depois, os dados de Gaspari estão totalmente desatualizados. 

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Para o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), a arrecadação de imposto poderia aumentar 23,6% caso fosse eliminada a sonegação. “Calcula-se que no ano passado, a sonegação alcançou no Brasil um montante de R$ 518,2 bilhões, levando-se em conta a estimativa do PIB do ano de 2014”.

 

A Operação Zelotes apresenta uma lista com centenas de empresas envolvidas no esquema de sonegação de impostos.

Entretanto, a mídia brasileira não tem abordado o caso com a mesma exaustão que a Operação Lava Jato. Até o momento, não há indícios de que políticos estejam envolvidos no esquema. Os protagonistas dessa vez são empresários e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

 

Os grandes tubarões sonegam impostos e não vão para a cadeia, pois existe um arcabouço legal que os protege. Se houver desvio no recolhimento de tributos, um processo administrativo será aberto no Carf. Se perderem seus recursos no Carf, os contribuintes ainda podem recorrer à Justiça para contestar o débito. Já a União, se perder a disputa no Carf, a decisão será definitiva.

 

O Carf acumula, atualmente, cerca de 105 mil processos cujo valor ultrapassa 520 bilhões de reais. Até então esquecidos dentro da estrutura do Ministério da Fazenda.

 

216 conselheiros atuam no Carf como julgadores de recursos de contribuintes autuados pela Receita Federal. 216 conselheiros formam o maior e mais safado tribunal do mundo, sendo metade representando a Receita (auditores fiscais concursados) e a outra metade representando os contribuintes (profissionais indicados por confederações e entidades de classe).

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As doze principais empresas envolvidas no esquema de sonegação de impostos: os bancos Santander, Safra e Bradesco; as companhias Cimento Penha, Boston Negócios, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio e Mundial-Eberle; as montadoras Ford e Mitsubishi; o grupo Gerdau; e a maior afiliada da rede Globo, a RBS.

 

Parece brincadeira junina, que R$ 518,2 bilhões roubados, sonegados, sejam considerados perdidos, sumidos em um grande queima da corrupção, devorados por uma festiva suruba ao redor de uma grande fogueira de São João.

 

Conforme o esperado, no Brasil das duas justiças, dos 1001 tribunais, o presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, foi recentemente inocentado da acusação de pagar propinas em troca de perdões fiscais.

 

O Bradesco, segundo maior banco privado do país, é uma das empresas investigadas em um esquema de compra de sentenças no corrupto Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, descoberto pela Operação Zelotes.


Resutado da sacanagem jurídica: Trabuco não pode mais ser condenado no caso em que outros executivos do Bradesco são acusados de pagar lobistas para se livrarem de cobranças da Receita Federal no valor de R$ 4 bilhões.

Trabuco era réu na Justiça Federal de Brasília, onde corre a Operação Zelotes, ao lado de outros três executivos do Bradesco. A decisão vale apenas para o presidente do banco.

 

Certamente que 4 bilhões não são nada. Coisa pouca para o rico Brasil que perderá mais de 520 bilhões. Assim sendo, nada mais justo e piedoso, esperado e natural que o banqueiro Trabuco fosse perdoado.

 

 

O trambique dos 4 bilhões vai aumentar o lucro deste ano do Bradesco, um banco que cobra altos juros, e por pura ganância, avareza, agiotagem, crueldade, confisca o depósito do salário do funcionalismo público da ativa do governo de Pernambuco, e dos aposentados e pensionistas, otários que fizeram empréstimos consignados. Tal sacanagem apenas mais um crime, entre muitos, do Bradesco, com o aval de Trabuco, de Joaquim Levy, secretário da Fazenda e Planejamento do governador ladrão Sérgio Cabral, e ministro das pedaladas que cassaram Dilma.

 

 

 

 

 

15
Jun17

Baleia Azul apenas ataca os países em crise

Talis Andrade

O jogo da Baleia Azul apenas mata crianças e adolescentes do Terceiro Mundo. A Wikipédia lista os seguintes países - em crise econômica - com suicídas que participaram do jogo:

 

Argentina, Brasil, Chile, China, Colômbia, Espanha, Geórgia, Itália, Paraguai, Portugal, Quénia, Rússia, Sérvia, Uruguai e Venezuela.

 

Desenvolvido constitui uma classificação política e/ou econômica, com origem na Guerra Fria.

 

Vamos novamente citar a Wikipédia:

 

A expressão país desenvolvido é utilizada para descrever os países que têm alto nível de desenvolvimento econômico e social, tomando como base alguns critérios. Quais critérios devem ser utilizados e quais países podem ser classificados como "desenvolvidos" são questões controversas e há um debate feroz sobre isso. Critérios econômicos têm vindo a dominar as discussões. Um dos critérios utilizados é a renda per capita e o valor do produto interno bruto per capita de cada país. Outro critério econômico é a industrialização. Os países onde os setores terciário e quaternário da indústria predominam na economia são considerados desenvolvidos. Mais recentemente, uma outra medida, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), começou a ser utilizado. O IDH mede três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida e é uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma determinada população. Os países desenvolvidos geralmente são os que apresentam IDH elevado. Países que não entram em tais definições são classificados como países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos.

 

Termos semelhantes a "países desenvolvidos" incluem países avançados, países industrializados, países mais desenvolvidos (PMD), países mais economicamente desenvolvidos (PMED), país de primeiro mundo e país pós-industrial.

 

Assim sendo, estão livres do ataque da Baleia:

 

Noruega, Austrália, Suiça, Países Baixos, Estados Unidos, Alemanha, Nova Zelândia, Canadá, Singapura, Dinamarca, Irlanda, Suécia, Islândia, Reino Unido, Hong Kong, Coréia do Sul, Japão, Liechtenstein, Israel, França, Áustria, Bélgica, Luxemburgo, Eslovênia. Citei apenas 25 países pela ordem de classificação, mas poderia nomear mais vinte, todos livres da Baleia assassina. Confira.


A pobreza sempre foi uma causa escondida nos suicídios de crianças e adolescentes. Culpar a Baleia Azul faz parte da propaganda política de que tudo vai bem economicamente.

 

 

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Quando às causas do suicídio, nos países desenvolvidos a prática está mais relacionada com distúrbios mentais, e com a depressão. Já nas nações de média e baixa rendas, como o Brasil, as principais causas são a pressão e o estresse por problemas socioeconômicos.

 

No Brasil dos juros abusivos dos bancos, dos prestamistas, dos agiotas, dos despejos coletivos, do êxodo rural, onde o incesto não é crime, nem publicada a lista negra das empresas escravocratas, os suicídios de crianças prostitutas (são 500 mil) e de adolescentes que realizam trabalham terceirizados estão sob segredo de justiça.

 

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