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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

09
Out22

Contra o fascismo genérico

Talis Andrade

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Diante do absurdo, qualquer neutralidade é abominável

 

por João Carlos Salles /A Terra É Redonda

 

1.

Quem flerta com o fascismo e aceita sua possibilidade já se entregou a ele de corpo e alma. A lição histórica é dura e inequívoca, mas ela também se aplica ao enfrentamento de posturas assemelhadas às do fascismo, ao fascismo genérico. Ou seja, são exemplos de uma moralidade pusilânime e cúmplice a indiferença diante de crimes ambientais ou de manifestações racistas, o silêncio diante dos ataques ao conhecimento, às artes ou à cultura e a omissão diante de ameaças ou do desrespeito à vida. Diante do absurdo, qualquer neutralidade é abominável, não podendo ser interpretadas como destreza técnica ou como argúcia política atitudes que naturalizam o mal.

É verdade que o termo ‘fascismo’ não é suficiente nem exato para descrever o que tem ocorrido em nosso país. Contextos e traços do fascismo histórico são distintos das atuais manifestações autoritárias. Entretanto, o que temos enfrentado (ameaças às instituições, conservadorismo, violência) não é menos repugnante que o fascismo que outrora também converteu multidões e mesmo ganhou eleições. Diversa a situação histórica, seria indigência analítica usar o mesmo conceito para quadros históricos afastados, mas seria ainda mais obtuso e puro preciosismo acadêmico não identificar uma perturbadora semelhança de família.

O servidor público deve sim sempre agir com competência e, no interesse do comum, deve ser capaz de lidar com quem quer que seja. Não há aqui do que se gabar, pois se trata de uma obrigação institucional, consignada, aliás, nos códigos de conduta da administração pública. É preciso, afinal de contas, separar a conduta do servidor da filiação do político. Não se pode, todavia, fazer dessa necessidade virtude, nem suprimir, por conta disso, o dever ainda maior de reagir com toda força e dignidade contra manifestações de autoritarismo, grosseria, preconceito, ignorância.

A postura de ACM Neto ao dizer que governará bem com qualquer presidente, quer a apresente como neutralidade, quer como sinal de competência, termina por significar conivência com o absurdo de se ter um presidente autoritário e obscurantista. É um grave erro como posição, para além de mera esperteza política ou cálculo pragmático. Tal silêncio equivale a uma postura tecnocrática de baixa estatura, sendo ainda mais grave tal “neutralidade” quando o país se defronta com a eleição de nossas vidas. Não é, porém, de estranhar, pois esse gesto se generalizou como um sintoma a mais da degradação de nosso sistema partidário, reduzido este em grande medida a agregados sem a mais mínima unidade ideológica, com interesses acima de tudo e valores abaixo de qualquer coisa.

 

2.

Durante a apuração dos votos do primeiro turno, recebi de um amigo de outro estado uma mensagem entusiasmada. Afirmava que a Bahia haveria de salvar o Brasil.

A mensagem é de bom agouro e espero que vingue sua melhor expectativa. Para tanto, porém, a Bahia precisa confirmar que, em nossa terra, não há mesmo espaço para tiranetes de qualquer estatura ou de qualquer matiz. Além de votos, de muitos votos, precisamos dizer ainda mais e melhor nesta eleição. Precisamos mostrar programaticamente que não comungamos com medidas que tornam hoje tão parecidos governantes que deveriam estar em extremos opostos, mas estão igualmente inclinados a medidas privatizantes e à defesa de valores conservadores e neoliberais, de modo que, ao fim e ao cabo, se unificam na ideia de que a boa governança é mensurada por um conjunto de realizações.

Governantes atuais se jactam de resultados, como o faziam governos pretéritos, e terminam por competir em números e não em valores. Tudo parece poder reduzir-se à condição de instrumento na gestão pública, que valeria na proporção de suas entregas. Alardeia-se assim a quantidade de obras, estradas, policlínicas, empregos. Enquanto isso, por exemplo, aceitam-se uma imagem de cultura em muito reduzida ao interesse da economia do turismo, uma visão de segurança militarizada ou uma educação orientada sobretudo aos interesses imediatos do mercado. E essas, quero insistir, não são questões secundárias, pois afetam escolhas de largo alcance.

Falta então civilidade e sobra rudeza no fundamento de muitos discursos, de modo que as marcas ideológicas de uma Bahia retrógrada, excludente e autoritária ainda se mostram pervasivas e resistentes. Nossos governantes progressistas devem, então, oferecer mais do que isso, pois não se medem nem se diferenciam apenas por seus resultados, mas sim por representarem princípios democráticos e esperanças igualitárias.

 

3.

Resultados certamente importam e, por óbvio, costumam valer nas urnas mais do que quaisquer princípios. Entretanto, para além de qualquer pragmatismo, é nosso dever guardar uma verdade utópica, qual seja, a de que é possível ter resultados ainda melhores e mais duradouros se tivermos por horizonte uma nação radicalmente democrática. Há, afinal, algo estranho e deveras incômodo quando todos falam a mesma linguagem do progresso e compartilham os mesmos critérios do que seja o sucesso de uma gestão.

Um voto é sempre uma aposta no futuro. Neste momento, porém, é bem mais do que uma simples aposta. Votar em Lula é uma questão de sobrevivência como nação e expressa a melhor reação diante da ameaça da pura e simples barbárie. Ou seja, não queremos Lula apenas porque ele fará mais. Certamente, fará. Mas queremos Lula sobretudo porque ele fará de modo diferente. E queremos Jerônimo ao lado de Lula porque esperamos que outros serão os princípios, os métodos e, logo, no essencial, os benefícios para nosso povo.

Ao declarar voto em Jerônimo, acredito que para ele não deve valer a regra pragmática de que “tanto faz”. Tendo ele outra experiência de vida, precisamos acreditar que saberá decidir com a altivez que a Bahia necessita, até diante de questões para as quais não sei se já apresentou um posicionamento claro, mas às quais, acredito, responderá em conformidade com valores progressistas, fazendo depois valer suas respostas, quando estiver enfim respaldado pela legitimidade que as urnas (e apenas as urnas) conferem.

Assim, devendo reverência tão somente ao interesse do comum, o futuro governador enfrentará com clareza questões deveras delicadas. Como progressista, deve saber, por exemplo, que não basta levar água e garantir saneamento a todas as regiões, pois importa sim, e muito, como isso será feito. Água não é mercadoria, mas sim direito. E Jerônimo não deve ocultar sua posição a esse respeito nem deve se esquivar de uma resposta clara. Deve, sim, com todas as letras, afirmar seu compromisso de reverter tudo que já foi feito visando a privatizar a Embasa.

Um governante progressista também tem enorme e ainda maior compromisso com a segurança de nossa comunidade. Isso, porém, só pode significar uma outra compreensão de segurança pública, uma que não vitime nosso povo e não seja um instrumento perverso de opressão nem de discriminação. Uma postura progressista deve falar mais alto do que as visões que preferem resolver os graves problemas de segurança em nosso estado apenas com mais polícia e não com políticas públicas.

Afinal, é inaceitável que, em nossa terra, ainda se louvem ou se desculpem procedimentos de extermínio, que não se corrigem com mero aumento de recursos ou de efetivos, mas sim com outra visão dos laços entre a segurança e o combate à fome, ao desemprego, aos preconceitos, à exclusão.

Um governante progressista tampouco pode descuidar da ciência. A Bahia é lugar de cultura, de arte, de pesquisa científica – e essa deve ser uma parte essencial da gestão do nosso estado, na contracorrente do obscurantismo que nos ameaçou nos últimos anos e que havemos agora de superar. Nosso próximo governador não pode deixar então de investir no conhecimento.

É tempo, pois, de afirmar e garantir com toda clareza que será cumprido o artigo 5 da Lei 7.888/2001, de criação da FAPESB, no qual se afirma: “O Estado destinará, anualmente, recursos à FAPESB correspondentes a 1% (hum por cento) da sua receita tributária líquida”. Cumprir tal meta certamente contribui para conformar um cinturão iluminista duradouro, que fortaleça a produção do conhecimento em nosso estado e apoie ademais todas as áreas do saber. Não há, afinal, governo realmente progressista que descuide das ciências, das culturas, do patrimônio histórico e das artes.

Também a educação precisa contar com sua palavra altiva. Nesse caso, fala com altivez quem sabe escutar. A altivez não é arrogância, mas disposição e força para aprofundar e multiplicar diálogos. Para conservadores, o exercício da representação substitui a comunidade representada. Os que, ao contrário, têm espírito democrático, sabem que a representação autêntica amplia a presença do povo e cria condições para o povo ser, enfim, o verdadeiro protagonista de sua história. Nesse sentido, é importante a escuta, o acolhimento, a criação de condições para parcerias institucionais de natureza pública.

Importa, portanto, o compromisso, claro e explícito, do governador em respeitar a autonomia das Universidades, em valorizar o diálogo com as associações que representam as categorias de trabalhadores, em contribuir para o bem-estar e o respeito do funcionalismo público, em garantir que os direitos da educação não sejam subtraídos por restrições orçamentárias, uma vez que projetos civilizatórios jamais podem ser objeto de políticas de austeridade.

E diálogo é também parceria autêntica, como a que deve ser mantida com as instituições de ensino superior públicas, estaduais e federais, pois a cooperação entre instituições públicas, se levada a sério, não pode ser uma figura de retórica, abandonada talvez na primeira hora por alguma conveniência, sobretudo em áreas de produção de conhecimento e de formação de cidadãos.

 

4.

São apenas alguns pontos. Outros podem ser elencados, como uma contribuição para uma candidatura que há de unir na Bahia, juntamente com Lula, todos que desejam combater a barbárie. Líderes democráticos autênticos, sabemos bem, não são gerentes, não fazem meros cálculos de interesses; e o jogo duro da política não há de lhes retirar a ternura e o respeito. Jerônimo precisa dar toda atenção a pontos como esses, corrigindo erros, mas também reafirmando virtudes de um governo estadual que, por sua feita, aprofundou políticas públicas importantes e mostrou firmeza e coragem, resistindo a desmandos negacionistas e autoritários do governo federal.

Jerônimo deve assim mostrar, de forma inequívoca, compromisso com uma pauta civilizatória básica, sabendo afastar práticas conservadoras, privatizantes, autoritárias, com a integridade de um completo líder progressista, como a Bahia precisa e merece. Jerônimo, afinal, tem preparo, história e talento; não amadureceu em carbureto. Tenho certeza que a benção das urnas lhe trará ademais a força e a autonomia necessárias, que lhe fará engrossar o pescoço como um líder independente, capaz de decidir e, enfim, de fazer o que há de melhor e mais certo para nosso povo, tendo por horizonte uma sociedade radicalmente democrática.

Enuncio assim princípios, manifesto minha opinião, declaro meu voto. Minha declaração de voto, aliás, já está nas redes e a reitero aqui. Ficarei certamente alegre caso nosso candidato se manifeste sobre tais pontos, mas compreendo bem que, assim como a palavra, também pode ser significativo o silêncio. Afinal, a palavra marca com tinta, enquanto o silêncio marca com fogo.

O sentido do que faremos, do nosso futuro, está em aberto. Agora, temos pressa. É tempo de arregaçar as mangas e não paralisar pela justeza de “considerandos” e temores, compartilhados talvez por outros companheiros. Vamos juntos, na Bahia, centro do universo, ao combate das forças reacionárias e oportunistas; enfrentemos unidos o fascismo genérico, presente em diversas formas de obscurantismo e autoritarismo. E vamos à vitória, sim, com Lula e Jerônimo!

A Tarde

07
Abr22

Merval, chamado de ‘Moro’ na CBN, diz já não crer em 3ª Via’

Talis Andrade

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por Fernando Brito

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A coisa está tão difícil para o “bolsonarismo sem Bolsonaro’ da 3a. Via que até os “fortes” vão cedendo.

Hoje, na CBN – curiosamente chamado de “Moro”, num ato falho do apresentador Carlos Alberto Sardenberg – Merval Pereira admite que “seria uma boa oportunidade” formar-se uma chama com Ciro Gomes e Simone Tebet, apoiada pelo União Brasil, mas que não crê que isso se consume, porque o partido de Bivar quer ficar longe das polêmicas com Lula e Bolsonaro na campanha presidencial e que o partido de ACM Netto e Luciano Bivar não aceitaria Ciro como seu candidato a presidência.

O decano do jornalismo lavajatista já jogou a toalha para seu tonteado herói e também não vê possibilidades de Eduardo Leite “derrubar Doria”e não está otimista com sua última alternativa, Ciro Gomes:

—É uma manobra complicada, assim como foi a do Moro, que não deu certo. É preciso ter uma liderança natural, que esse grupo não tem. Os únicos que se impõem são Moro e Ciro Gomes. Nenhum partido quer Moro, os políticos não querem dar força a ele. E Ciro seria uma solução, se eles quisessem realmente apresentar candidato competitivo. Mas não acredito.

Merval está num mato sem cachorro. E sem marreco, coitado.

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30
Dez21

"Lamentável. Bolsonaro não ajuda e recusa ajuda da Argentina", diz Lula

Talis Andrade

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Chico Pinto
Tá de boa, enquanto a gente se fode!
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As fortes chuvas na Bahia já mataram 24 pessoas. Enquanto isso, Bolsonaro curte férias em Santa Catarina
www.brasil247.com - Lula

 

247 - Após Jair Bolsonaro (PL) se pronunciar nesta quinta-feira (30) sobre a recusa à ajuda humanitária do governo da Argentina para auxiliar as vítimas das fortes chuvas no sul da Bahia, o ex-presidente Lula (PT) criticou a atitude.

Para o petista, Bolsonaro, além de não ajudar, já que está de férias em Santa Catarina, ainda atrapalha. "É lamentável você ver um presidente que não ajuda recusar ajuda de outras pessoas".

Bolsonaro afirmou que a ajuda argentina 'não é necessária'. As fortes chuvas e enchentes na Bahia já mataram 24 pessoas e 37,3 mil pessoas estão desabrigadas.

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De férias na praia, Bolsonaro diz que apoio da Argentina para Bahia “não é necessário” 

 

247 - Em suas férias sem fim em Santa Catarina, Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou nesta quinta-feira (30) sobre a recusa à ajuda humanitária do governo da Argentina para auxiliar as vítimas das fortes chuvas no sul da Bahia. 

Segundo o mandatário, o “fraterno oferecimento argentino” foi feito quando as Forças Armadas, em coordenação com a Defesa Civil, já estavam prestando aquele tipo de assistência à população afetada, inclusive com o apoio de três helicópteros da Marinha e do Exército.

O país vizinho ofereceu apoio psicossocial e se comprometeu a mandar profissionais especializados em saneamento para a região, ajuda que foi prontamente recusada pelo Itamaraty. 

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23
Ago21

O aumento dos índices de desemprego, com a alta da inflação, e com o crescimento da fome

Talis Andrade

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Dem, MDB e PSDB: Apenas o diálogo será capaz de guiar esse percurso em busca de soluções para as crises econômica, de saúde, e social que assolam o país. Manifestamos nossa solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, alvo de injustificado pedido de impeachment 

 

 

A democracia é o único caminho a ser seguido

Mais uma vez, reafirmamos o nosso compromisso com a democracia, a independência e a harmonia entre os Poderes, e o nosso total respeito à Constituição Federal.

Diante dos últimos acontecimentos, manifestamos nossa solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, alvo de injustificado pedido de impeachment - claramente revestido de caráter político - por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro.

É lamentável que em momento de tão grave crise socioeconômica, o Brasil ainda tenha que lidar com a instabilidade política e com o fantasma do autoritarismo. O momento exige sensibilidade, compromisso e entendimento entre as lideranças políticas, as instituições e os Poderes.

A pandemia causada pelo coronavírus trouxe reflexões preocupantes para o dia a dia do país, onde as incertezas geradas pela atuação do governo federal contribuem para o aumento dos índices de desemprego, com a alta da inflação, e com o crescimento da fome.

Acreditamos que apenas o diálogo será capaz de guiar esse percurso em busca de soluções para as crises econômica, de saúde, e social que assolam o país. E para isso, é imprescindível que as instituições tenham capacidade de exercer suas funções com total liberdade e isenção.

Essa é a garantia que o país precisa para seguir fortalecendo sua democracia e os anseios da nação.

ACM Neto (DEM)

Baleia Rossi (MDB)

Bruno Araújo (PSDB)

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29
Dez20

Maia diz que bloco na Câmara é ensaio de chapa de centro-direita em 2022 e que agenda neoliberal prosseguirá no Congresso

Talis Andrade

QUADRILHEIROS OFICIAIS – Contra o Vento

PRESIDÊNCIA DA CÂMARA. O candidato da direita de Bolsonaro contra o candidato da direita de Maia e Temer e Doria

 

Maia e Baleia Rossi (Michel Temer) não têm qualquer compromisso com a esquerda

247 -  O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que o bloco de oposição ao candidato de Jair Bolsonaro à Presidência da Casa é o embrião de uma chapa de centro-direita em 2022. A chapa à Mesa “é um sinal forte de que parte desse bloco pode estar junto em 2022”, disse Maia. Ele garantiu também que a agenda neoliberal será retomada no Congresso em 2021: “O nosso campo vota majoritariamente a favor da agenda econômica do governo. Após a sucessão, é óbvio que a agenda econômica vai continuar sendo liberal”.

Apesar da articulação com partidos de esquerda, Maia não considera a possibilidade de negociar uma nova agenda no Congresso. Ao mencionar possíveis candidatos para 2022, ele explicita a exclusão da esquerda. Além de Luciano Huck e João Doria, mencionados pelas jornalistas Danielle Brant e

Julia Chaib ele relacionou mais três possíveis candidatos: “Tem o próprio ACM Neto [presidente do DEM] que é um ótimo nome, tem o Ciro Gomes [PDT] que é um ótimo nome, o Paulo Câmara [PSB] está terminando o governo [de Pernambuco], quem sabe ele também queira participar. Então acho que a gente tem que dialogar”.

Na entrevista, Maia sublinhou que não tem qualquer compromisso com a esquerda. Diante da pergunta das jornalista sobre isso (“Há o compromisso com a oposição de não pautar privatizações?”), o presidente da Câmara foi taxativo: “Não. Não há compromisso de deixar de pautar matéria alguma”.

Baleia Rossi foi indicado por Michel Temer. 

07
Jan19

Hora da solidariedade a um dos maiores jornalistas do Brasil independente

Talis Andrade

Fernando Brito publica hoje no seu blog, que tem como lema "A política, sem polêmica, é a arma das elites":

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"Explicação aos leitores

Todos notaram que o blog não é atualizado, e a razão é que: seu autor voltou a ser internado para exames, que vão definir a extensão e as características da cirurgia que terá de fazer, provavelmente, no fim de janeiro e início de fevereiro.

É difícil, no ambiente de hospital, conservar – não só a lucidez – mas a agilidade necessária para acompanhar as notícias. Ainda mais quando o governo se especializa em “bater cabeça” e se desmentir, sucessivamente.

Igualmente, é difícil acompanhar digressões filosóficas como a do ministro das relações exteriores – dizendo que o Brasil não deve se aliar com outros países, deve aliar-se a si mesmo. Dá pra escrever um tratado sobre tal sandice.

É claro que se houver possibilidade, necessidade e condições de escrever, eu o farei. É o meu trabalho, minha utilidade social e o meu ganha pão. Mas, é meio de vida, não de morte.

Em princípio, então, fico uma semana fora do ar, desta vez. E sei que conto a compreensão e a solidariedade de todos."

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Quem faz hoje jornalismo verdadeiro e livre não está empregado nos meios de comunicação de massa, construídos nos tempos de chumbo da ditadura militar de 1964. Nas concessões entregues pelo presidente Sarney, via seu ministro das Comunicações, Antonio Carlos Magalhães, dono da Arena que virou PFL, que virou Dem, partido aliado a Jair Bolsonaro, e que deve eleger Rodrigo Maia, filho de César Maia, e genro de Moreira Franco, presidente da amaciada Câmara dos Deputados, que votou o impeachment de Dilma Rousseff, e fez Michel Temer presidente. Nas concessões de Rádios e Televisões que compraram a reeleição de Fernando Henrique presidente.

Não conheço Fernando Brito, sou apenas um velho jornalista e professor que admira o "Tijolaço", que divulga, com coragem e sonho, a História do Brasil.

O "Tijolaço" é escrito e editado por um único, e admirado, e verdadeiro, e patriota jornalista, amigo do povo.

Se você luta pela Independência, pela Liberdade, pela Democracia, pela Igualdade, pela Fraternidade, vai entender ... clique aqui 

 

 

24
Ago18

Justiça cobra cem mil reais de quem ousa protestar contra Moro em campanha política da direita volver

Talis Andrade

 

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Apesar da proximidade das eleições, marcadas para o dia 7 de outubro, um juiz de Salvador proibe atos populares contra o juiz Sergio Moro, que foi a Salvador realizar campanha contra a eleição de Lula da Silva que, conforme as pesquisas, obterá uma vitória consagradora logo no primeiro turno.

 

Sob o pretexto de um simpósio de combate à corrupção, delegados da Polícia Federal promovem simpósio em um cinema do Shopping Barra, contra Lula, com a adesão de oficiais das polícias militares. 

 

Para proteger os armados homens da lei, as forças de repressão do golpe que colocou Temer na presidência (parece piada antidemocrática) um juiz proibiu qualquer manifestação pró-Lula.

 

A folclórica decisão (leia no jornal direitista o CORREIO), foi assinada pelo juiz de direito Carlos Cerqueira Júnior, da 6ª Vara Cível e Comercial (tinha que ser uma vara comercial). 

 

O texto diz (leia a aberração jurídica aqui) que estão proibidas “quaisquer tipos de atos de tumulto, vandalismo, violência, agressões ruidosas, lançamentos de objetos, ameaça, protesto, sedição, conturbação, desordem e repúdio violento, interdição de ruas, passagens, trânsito de veículos e tráfego de pessoas.

 

O medo dos golpistas porque no dia 11 de agosto último foi realizado um espontâneo "trompetaço" nas dependências do centro de compras.

 

Trágico e cômico delegados da polícia federal, homens treinados e armados, rogarem por proteção contra o povo livre e democrático, pacífico e ordeiro, que sofre com a reforma trabalhista, com o fim dos serviços sociais criados pelos governo petistas, e com uma crise que provoca desempregos em massa, despejos judiciais, prisões sob vara, suicídios, chacinas de camponeses sem terra e de operários sem teto. 

 

Cerqueira Júnior determinou multa diária de R$ 100 mil ao Lula Livre, em caso de descumprimento da decisão.

 

Veja o vídeo da manifestação que os delegados da Política Federal, os coronéis da Polícia Militar da Bahia, e o juiz Sergio Moro e os saudosos dos tempos da ditadura militar da Bahia, sob o mando do cacique Antonio Carlos Magalhães, o velho, consideram ilegal e criminosa:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

24
Ago18

ACM Neto o maior aliado de Sergio Moro na Bahia

Talis Andrade

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Sergio Moro deitou falação em uma cinema alugado no Shopping Barra, em Salvador, para uma plateia de 917 pessoas - formada por delegados da Polícia Federal, oficiais das polícias militares e estudantes de colégios militares e ciências jurídicas. 

 

Moro aproveitou a oportunidade para declarar apoio à determinação de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, de que deva existir execução da pena em segunda instância. “É essencial que isso aconteça”, afirmou.

 

O prefeito de Salvador ACM Neto, também conferencista, fez questão de parabenizar Sérgio Moro pela atuação no âmbito da Lava Jato. O gestor municipal corrobora com as ideias do juiz quanto à execução da pena em segunda instância. “Para mim está muito claro: quem tem condenação em segunda instância não poderá ser candidato a qualquer cargo, não interessa se está disputando cargo de deputado estadual ou de presidente da república. A lei da ficha limpa é clara: condenação por órgão colegiado, em segunda instância, inabilita que a pessoa possa ser candidato”, declarou.

 

ACM Neto, herdeiro de um político que praticou todos os crimes, ainda fez uma comparação entre fotografia e filme quanto ao cenário de corrupção no país. “Quando vemos uma fotografia, ainda há muitos problemas de corrupção; agora, como filme, a gente consegue ter uma visão mais otimista e enxergar um futuro do Brasil mais transparente. E o juiz Sérgio Moro é um dos grandes exemplos de cumprimento do serviço público do país”, concluiu o prefeito.

 

Tonho Malvadeza, o avô, quando ministro das Comunicações de José Sarney se autobeneficiou com um império de rádios e televisões doadas pelo governo federal.

 

A alcunha de "Malvadeza", veio de aberrantes crimes. ACM mandou assassinar o marido de uma das filhas durante a lua de mel. Uma outra filha fez prisioneira em seu palácio, porque desconfiou que a jovem era lésbica e mantinha um caso com uma subordinada na empresa jornalística que dirigia. A jovem que se suicidou lembra o caso de uma sobrinha de Hitler. O filho mais velho, que hoje nomeia vários prédios de Salvador, morreu de um enfarte, o coração enfraquecido nas dogas pesadas. Uma filha casou com o proprietário da empresa de construção OAS, chamada pelo povo de "Obrigado Amigo Sogro". Que bem indica que a corrupção, o pagamento de propinas no serviço público foi a prática dos regimes militares, que teve ACM, Antonio Carlos Magalhães como um dos princiais chefes feudais, endeusado por Sergio Moro. O Moro usou acordos com proprietários e dirigentes da OAS para condenar Lula da Silva sem provas. 

 

Durante a palestra, Moro afirmou que nunca usou do papel de membro do judiciário para tomar partido. “Eu nunca falei nada que não estava nos autos processuais. Nunca. Tudo o que disseram que eu vazei para a mídia, desde decisões a petições, foi a própria imprensa que descobriu. Basta acessar os portais eletrônicos dos tribunais. Todo jornalista deve saber fazer isso”, ressaltou.

 

O magistrado também destacou que a “publicidade dos atos é a principal responsável pelo apoio da opinião pública aos atos da Operação Lava Jato”. Para ele, “em processos envolvendo pessoas poderosas, a opinião pública, a imprensa livre, funcionam como um anteparo à obstrução da Justiça”.

 

Manifestação


Durante toda a manhã desta quinta-feira (23), durante a palestra de Sérgio Moro, um grupo de manifestantes pró-Lula se reuniu no canteiro central da Avenida Centenário, nas proximidades do Shopping Barra. Eles protestavam contra a prisão do ex-presidente Lula e, principalmente, contra a determinação da Justiça baiana que proibiu qualquer ato contra o juiz federal. A decisão foi assinada pelo juiz de direito Carlos Cerqueira Júnior, da 6ª Vara Cível e Comercial, e foi estipulada multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento.

 

O grupo não quis conversar com o CORREIO e apenas se resumiu a dizer que “a decisão é uma afronta à democracia”. Uma das manifestantes declarou que “o juiz Sérgio Moro perseguiu o petista e é o maior defensor da manutenção da prisão dele”. Outro participante do ato disse que “não existe isso de juiz herói”, ao criticar o fato de algumas pessoas estarem com cartazes à espera de Moro dentro do shopping.

 

Números da Lava Jato


A Operação Lava Jato completou 4 anos em março de 2018 e acumula números que foram destacados pelo juiz Sérgio Moro durante a 3ª edição do Simpósio Nacional de Combate à Corrupção. Para ele, mesmo com recursos limitados, “o sucesso da Lava Jato se deve ao foco de todos os agentes e instituições envolvidos".

 

Moro defende que “não se pode esperar o fim da ação penal para pedir a prisão preventiva de quem comete crimes reiteradamente”. O magistrado ainda mencionou que, “dada a magnitude dos casos, as 115 prisões preventivas representam muito pouco do que poderia ser feito”.

 

De acordo com dados da Polícia Federal, até 14 de agosto do ano passado, a Lava Jato já somava 844 mandados de busca e apreensão, 326 inquéritos policiais instaurados e 187 em andamento, 1.397 processos eletrônicos abertos.

 

Malandra e safadamente a Polícia Federal, os procuradores, e Sergio Moro escondem os números e os nomes das delações premiadas concedidas.  Pela contagem do portal Plataforma de Portugal: 1. 063 colaborações. Um mil e sessentra três. Um indústria de delações. Para Tacla Durán, cada uma tem o preço mínimo de 5 milhões. Cinco milhões de dólares. Vêm promovendo a fortuna da corriola de Curitiba.    

 

 

 

 

 

 

08
Ago18

ACM Neto solta os cachorros em cima dos professores (video)

Talis Andrade

ACM é mesmo neto de Tonho Malvadeza. Deu uma de Beto Richa. Soltou os cachorros em cima dos professores em greve

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Professores da rede municipal de Salvador foram agredidos pela Guarda Municipal da Prefeitura da capital baiana na manhã desta terça (7) durante protesto na avenida Anita Garibaldi, no bairro Ondina. Em greve há 28 dias, os professores pretendiam ocupar o prédio da Secretaria de Educação e foram impedidos de adentrar o prédio pela Guarda Municipal.

 

Elza Melo, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), diz que a ação da Guarda Municipal “é prova da truculência do Executivo Municipal de Salvador, liderado pelo prefeito ACM Neto”. Os professores foram recebidos com spray de pimenta, gás lacrimogêneo, balas de borracha e tiveram armas letais apontadas contra suas cabeças”, relata a diretora.

 

Os professores tinham como reivindicação inicial um reajuste salarial de 12,5% e a prefeitura oferecia 2,5%. Os docentes reduziram o pedido para 6,5%. No entanto, segundo a diretora do Sindicato, o prefeito continua impassível e se recusa a receber os docentes: “O prefeito mantém a intransigência e diz que só receberá os professores caso a greve seja encerrada”.

 

Ainda segundo Elza, a postura do prefeito dificulta as negociações pois a categoria tentou negociar com a administração antes de paralisar as atividades: “Enviamos a proposta à Secretaria de Educação em 3 de abril e só entramos em greve apenas em 11 de julho”. Além do reajuste, os professores pedem que a prefeitura reveja o nível dos docentes na carreira: “Estamos há quatro anos sem mobilidade na carreira”, critica a diretora.

 

 

14
Jun18

12 homens e uma sentença

Talis Andrade

 

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É sabido que neste país parte da justiça brasileira, entre estes grupos do Ministério Público, fazem o que querem e não se importam qual vai ser o resultado de suas acusações. O que, para eles, importa é estar em evidência na mídia jornalística. Se tornaram mariposas em busca do brilho da luz e mesmo que morram queimadas se jogam intensamente ao brilho artificial. Sofrem de atração suicida.

 

Vejamos o caso do chamado "escândalo Bancoop". Segundo a denúncia inicial do MP, o Partido dos Trabalhadores teria sido beneficiado, através de caixa dois, entre os anos de 2002 a 2004. Em 2010 foi feito a denúncia e aceita 5ª Vara Criminal de São Paulo.

 

Acusação feita, eis que aparece o nome do ex-presidente Lula, que, teria sido beneficiado com um apartamento tríplex no já famoso edifício Solares, no Guarujá no Estado de São Paulo. Acusado, a justiça de Curitiba tratou logo de pedir o desmembramento do processo e envolver na operação lava jato um único caso especifico. Diziam eles que ao "ser beneficiado" o maior líder político do mundo na atualidade, teria recebido "propina" de empresas ligadas aos escândalos na Petrobrás.

 

Em Curitiba como já se sabe, Lula foi condenado, mesmo o juiz Sérgio Moro reconhecendo que não há provas contra ele, e que o tríplex está em nome da construtora OAS, antigamente conhecida como "Obrigado Amigo Sogro", em referência a Antônio Carlos Magalhaes que tinha uma das suas filhas casada com César de Araújo Mata Pires, um dos sócios da empresa. A acusação e condenação ocorreu porque parte dos empreendimentos da Bancoop teria sido transferida para a construtora depois que a cooperativa entrou em crise.

 

Agora, a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira decidiu absolver sumariamente aqueles que foram acusados e ficaram na responsabilidade da justiça paulista. Ela resolveu que não ouvirá, por acreditar que a acusação não tem provas suficientes, os 12 acusados. Nem "testemunhas" foram consideradas.

 

Agora com a absolvição dos 12 acusados há algumas indignações a serem feitas; quem vai pagar pela exposição do nome de cada um dos acusados na imprensa durante todos esses anos? Porque a imprensa não está dando o mesmo destaque para a absolvição de todos, que deu quando da acusação? A condenação única de Luís Inácio Lula da Silva em um processo claramente político será reformulada pelo Superior Tribunal Federal?

 

A sentença que absolveu os 12 acusados condena um único homem nesta história toda, o juiz federal Sérgio Moro de Curitiba.

 

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A OAS foi uma empresa que nasceu e enriqueceu com a ditadura militar de 1964, que prendeu Lula como esquerdista, subversivo, sindicalista, por liderar greves de trabalhadores. A OAS - Obrigado Amigo Sogro cresceu com o apoio de Antônio Carlos Magalhães, como governador nomeado duas vezes pelos generais, e ministro de Sarney, que pela Arena que virou PFL que virou Demo, sempre foi adversário do PT. Incrivelmente não aparece nenhum político da Bahia nos escândalos da OAS.  Um proprietário ou executivo da OAS oferecer falso testemunho contra Lula faz parte do jogo da empresa que sempre atuou politicamente, aliada a um político corrupto apelidado de Tonho Malvadeza. E mais quando a delação premiada no Brasil liberta o sujeito da cadeia, lava o dinheiro sujo, e livra para todo sempre de qualquer processo civil ou criminal. Vale por anistia antecipada para todos os crimes. 

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