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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

26
Out22

As 7 pragas que acompanham o Brasil de Bolsonaro, por Luis Nassif

Talis Andrade

 

Como as 7 pragas do Egito, estamos condenados a nos submetermos à escrotidão, ao imoral, ao abjeto, até que sejam purgadas as culpas da Justiça e da mídia

 

por 

 

Converso com a moça católica, de uma cidade pequena do Sul de Minas. É educada, tem bons princípios, bons exemplos na família, mas é bolsonarista. Perdeu um irmão para a Covid por falta de vacina e por excesso de demora na fila do hospital. Nem isso mudou sua opinião, como não mudaram as cenas escabrosas de bolsonaristas invadindo o sacrário de Aparecida. Logo ela, católica de fazer caminhadas pela fé.

Ontem, a televisão dava a declaração do deputado bolsonarista, de que os universitários deveriam ser queimados vivos. E ela:

– Voto no Bolsonaro, mas não penso assim.

No dia-a-dia é gentil, tem alguns trabalhos beneficentes, educa bem os filhos. Qual a razão, então, do voto em Bolsonaro? 

Explicação simples:

– Nojo do PT! Votaria em qualquer um que fosse contra o PT.

De onde surgiu esse sentimento? Certamente não foi de nenhum membro da família saudoso da ditadura. Nem ela tem idade nem os pais tiveram qualquer posição mais radical em defesa da ditadura.

O seu antipetismo, que sustenta o voto em Bolsonaro, deve-se exclusivamente ao discurso de ódio iniciado em 2005 pela mídia e potencializado pela campanha da Lava Jato, a sequência de reportagens do Jornal Nacional mostrando os canos de onde saíam notas de dólares, as acusações diárias vazadas por repassadores de releases, o carnaval de jornalistas que cavalgaram as ondas do lavajatismo para vender livros e palestras.

E, no entanto, como boa bolsonarista e lavajatista, detesta a mídia. A mídia conseguiu esse feito: criou uma multidão de seguidores da Lava Jato, não dos jornais. As primeiras redes digitais nasceram do lavajatismo, com a mídia servindo apenas de mote para as campanhas digitais, com suas manchetes enviesadas.

Foi um curso recorrente e prolongado ensinando como odiar o PT e Lula. Hoje em dia, é um sentimento tão arraigado que, em nome do antipetismo, perdoam-se todos os erros, todos os crimes de Bolsonaro, as ligações com as milícias, com pessoas envolvidas com a morte de Marielle, as casas adquiridas com dinheiro vivo, as mansões compradas em Brasilia. Tudo é aceito porque a mídia encravou na cabeça do brasileiro o ódio intemporal a Lula e ao PT. E, por tabela, aos partidos políticos e à democracia. 

Saudemos a verdade reestabelecida pela Globonews. Mas qual sua eficácia a esta altura do campeonato.

Como diz só agora O Globo:

 

 
 
Sabiam disso desde o início, mas a desumanização de Lula foi tão intensa, que procuradores da Lava Jato celebraram a morte de sua esposa, dona Marise.
 
 

Não respeitaram sequer a morte do neto, sugerindo que deveria haver o mesmo tratamento dado por Dias Toffolli na morte do irmão de Lula: a autorização apenas para que o cadáver fosse levado à base aérea.

 
Era esse o clima de ódio de pessoas que perderam totalmente o senso de humanidade, que tornaram-se monstros morais. Qual a surpresa com o fim das regras morais em relação a Bolsonaro? 
 

Vera Magalhães, agora vítima do bolsonarismo ululante, difundia twitters ironizando o velório de dona Marise, insinuando que Lula o utilizaria para comício.

Foi a grande noite, que eclipsou o senso de humanidade deste país. Desde então, como as 7 pragas do Egito, estamos condenados a nos submetermos à escrotidão, ao imoral, ao abjeto, até que sejam purgadas as culpas da Justiça e da mídia.

Esperemos que um dia, perdoado de seus crimes, o país possa reencontrar o caminho da paz.

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08
Ago22

Canalhices contra Manuela

Talis Andrade

Canalhices contra Manuela

 

 

por Juremir Machado da Silva

 

Talvez o maior paradoxo da humanidade seja este: a tecnologia não para de avançar, o imaginário continua atrasado. Na era da internet – triunfo de séculos de saber acumulado pela ciência – racismo, homofobia e machismo continuam, para usar a linguagem das redes nem tão sociais assim, bombando. Basta ver o que aconteceu em Portugal com os filhos negros dos atores brasileiros Bruno Gagliasso e Giovana Ewbank.

Image

Foram vítimas do racismo mais explícito possível. No programa global de Ana Maria Braga, que repercutia esse caso, entraram no ar, em lugar da reportagem prevista, imagens de macacos. A pessoa responsável foi devidamente demitida. Por aqui, nos pagos, a gaúcha Manuela D’Ávila é alvo permanente dos seres mais abjetos. Mais uma vez, um deles a ameaçou de estupro e referiu-se a filhinha dela em termos sexuais inomináveis. Por que esse ódio todo?

Ao longo dos muitos anos em que trabalhei em rádio sempre me impressionou o ódio das mensagens de ouvintes contra Manuela D’Ávila (PCdoB), Maria do Rosário (PT), Fernanda Melchionna (PSOL), Luciana Genro (PSOL) e Sofia Cavedon (PT). Era uma mistura de misoginia, machismo, reacionarismo, estupidez, ignorância e recalque, tudo isso embalado como anticomunismo. Na guinada da Rádio Guaíba para o bolsonarismo mais rasteiro, uma entrevista com Fernanda Melchionna, no Esfera Pública, que eu apresentava ao lado de Taline Oppitz, serviu de gota d’água. Ela provocava urticária na base bolsonarista no poder. Homens assinavam a grande maioria das mensagens mais brutais, patológicas e repugnantes.

 

 

Manuela é bem-sucedida, inteligente, famosa, competente, bonita, defende causas justas, tem uma linda família e um futuro político sempre promissor. É isso que enfurece os seres toscos que a atacam? Li nas redes antissociais que ela é ofendida por ser de classe média e comunista. Manuela é vítima constante de fake news sobre sua vida privada. Mesclam o ódio mais grosseiro contra o feminismo ao antiesquerdismo visceral, num pacote de infâmias no qual vale tudo para desqualificar alguém. Junta-se a isso a vulgata espalhada por liberais sem grandeza intelectual pela qual comunistas não poderiam se beneficiar da evolução tecnológica, ter um iPhone, por exemplo, nem viver confortavelmente. Não sou comunista, nunca fui, mas li bastante sobre o assunto. Entendi que comunistas não querem a pobreza para todos, mas o compartilhamento da riqueza, a elevação do nível da vida de todos, etc. Não foi nem é assim na prática? Ouso dizer que o capitalismo também não tem cumprido as suas promessas mais básicas.

O liberal raiz, individualista radical, julga a ideologia do outro pela sua, transformando uma proposta coletivista em ação individual. Assim, confunde uma proposta de transformação estrutural com atitudes individuais, como se o comunista devesse praticar uma espécie de filantropia, doando seus bens. Digo isso com a tranquilidade de quem se vê como anarquista de utopia e social-democrata na prática, encantado com a Suécia. A conversa aqui, porém, é outra. Manuela e as mulheres que citei são atacadas vilmente por serem mulheres. O fato de que argumentam bem, com veemência, firmeza e precisão, enfurece os machistas de plantão. 

O comunismo não ameaça o Brasil. O perigo é o bolsonarismo. A Carta em Defesa da Democracia, assinada por empresários, professores, artistas, intelectuais e profissionais dos mais diversos setores, mostra com que setores que não podem ser chamados de comunistas estão, de fato, preocupados. A ameaça mais sorrateira, contudo, é essa que atinge mulheres como Manuela, infiltrando-se no cotidiano, a ameaça da violência produzida pela estreiteza mental e pelo horror às transformações comportamentais que buscam eliminar o pior de um longo passado patriarcal e falocêntrico.

Somos todos Manuela e Giovana Ewbank.

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09
Fev22

A banalização do absurdo

Talis Andrade

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por Eric Nepomuceno

Alguns amigos repetem seu espanto diante daquilo que chamam de minha infinita capacidade de ser masoquista.

A razão desse masoquismo: acompanho fielmente Jair Messias nas redes sociais e trato de não perder uma só de suas transmissões ao vivo nas quintas-feiras. Desde que ele iniciou, rompendo regras e leis eleitorais, sua campanha pela reeleição, ou seja, desde seu primeiro dia na poltrona presidencial, adotei esse hábito.

E de um tempinho para cá, esse masoquismo meu se reforçou: também acompanho outra aberração abjeta, Sérgio Moro. Sei bem que sua campanha eleitoral muito provavelmente irá naufragar ainda no cais, e que o mais provável é que essa figurinha de juiz manipulador acabe buscando imunidade numa vaga de Deputado ou, quem sabe, senador. Mas é interessante acompanhar seu cinismo estrondoso, confirmar a ausência de qualquer vestígio de decência e conteúdo ético e moral da sua constrangedora pessoa.

Jair Messias repete o mesmo bordão por tudo que é canto onde passa. Menciona cifras de supostos prejuízos e desvios, sempre na casa das centenas de milhões e algumas vezes na de bilhões, acusando os “vermelhos” de não terem feito absolutamente nada pelo país. Inaugura obras iniciadas justamente no período de seus inimigos (ele desconhece a palavra “adversários”), algumas já bastante avançadas, e quando não tem nenhuma à mão inaugura pontes de madeira de quinze metros de extensão. O importante é perambular por aí, já que trabalhar cansa.

E enquanto isso, o país continua a ser literalmente destroçado até mesmo em sua memória: as alterações no relatório final da Comissão da Verdade, autorizadas por juizecos da escola de Moro&Cia., é parte dessa destruição que ocorre de maneira incessante enquanto a plateia se distrai com as andanças e o bestialógico de Jair Messias.

Já Sérgio Moro naufraga solitário, apesar dos vigorosos esforços dos grandes meios oligopólicos de comunicação para viabilizar sua estilhaçada candidatura presidencial. De juiz desonesto e manipulador a ministro de Jair Messias, eleito em boa parte graças precisamente a ele, foi um pulo. E de ministro demissionário a funcionário de uma empresa misteriosa dedicada a reestruturar justamente as empresas que ele e sua turma quebraram, outro.

Nessa empresa, a Álvarez&Marsal, ele tinha por companheiros de diretoria antigos funcionários do FBI, antigos policiais, de tudo um pouco. Ninguém sabe qual era exatamente a função de Moro, se é que tinha alguma, para receber a pirâmide de dinheiro que recebeu. E nem ele nem a empresa contam qual foi seu trabalho, supondo que teve algum.

As andanças de Jair Messias e as virações de Moro encobrem crimes de todo tipo da parte do presidente e suspeitas mais que sólidas de outros tantos da parte do juiz manipulador e desonesto. Que um continue fazendo o que faz e o outro ainda não tenha sido levado aos tribunais são absurdos irremediáveis. Mas que nos tempos que o Brasil vive são considerados parte da rotina, puras banalidades.

É isso que constato no meu masoquismo: como este pobre país se acostumou a banalizar absurdos concretos.  

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27
Jan22

A verdadeira cremação de Olavo

Talis Andrade

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por Eric Nepomuceno

Leio o anúncio do sepultamento do jornalista e astrólogo Olavo de Carvalho no cemitério St. Joseph na cidadezinha de Petersburg, estado de Virgínia, onde ele vivia refugiado há uns dezesseis anos. 

Leio e sinto que há no anúncio um grande equívoco.

 Aprendi com meu avô paterno, o velho patriarca José Augusto Nepomuceno, que não se deve celebrar morte de ninguém – exceto as de Adolf Hitler e Benito Mussolini.

Cada vez que, ao longo da minha já um tanto longa vida, senti vontade de festejar alguma das tantas mortes, lembrei do meu avô José Augusto. Assim que não vou festejar, para nada, o sumiço dessa figura dantesca e abominável chamada Olavo de Carvalho, que se autodenominou filósofo.
 

Tropecei com ele lá por 1967 ou 68, quando me juntei à equipe do então revolucionário, no sentido de formato e conteúdo, “Jornal da Tarde”. Foram contatos ocasionais, rapidíssimos, e mal e mal lembro dele. 

Tornei a tropeçar com essa figura quando ele desandou a publicar nos principais jornais e revistas deste pobre país, e foi demitido de um em um não só porque escrevia muito mal, mas porque era de um reacionarismo sem pé nem cabeça. E aí ele virou um fenômeno nas tenebrosas redes sociais.

Virou “o professor”, o “filósofo”, virou qualquer coisa que teve um espaço enorme dentro desta catástrofe que vivermos a cada segundo de cada minuto de cada dia das nossas vidas.

 É bem verdade que essa influência veio perdendo espaço no governo, mas entre os seus seguidores, não. E esses seguidores continuam absolutamente leais a Jair Messias, apesar do distanciamento.

bolsonaro guedes moro olavo.jpg

 O que Olavo de Carvalho fez depois que descobriu e utilizou de maneira intensa as redes sociais foi espalhar mentiras, absurdos, pura escatologia, cinismo soberano. E trouxe para a superfície um poderoso contingente de extremistas não apenas da direita, mas da elevadíssima ignorância que estava abrigada em armários e nos últimos anos saiu não para a luz do dia, mas as trevas do absurdo. 

Não, eu seguirei a lição de meu avô e não celebrarei a morte dessa figura abjeta e perigosa que deixa como herança um imenso bando de seguidores tão fanáticos quanto imbecis. 

Apenas corrijo o anúncio de seu funeral: depois de enterrado, Olavo de Carvalho será de imediato cremado no fogo do inferno. Que o Diabo o tenha para sempre.

 

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09
Set21

7 de setembro acabou ou recém começou?

Talis Andrade

 

um dia depois o mesmo bozo .jpeg

 

 

por Jeferson Miola

 

Na assembléia geral de bandidos de 17 de março de 2016 presidida pelo bandido Eduardo Cunha, como um jornalista português se referiu à sessão do impeachment fraudulento da Dilma, Bolsonaro dedicou seu voto ao facínora e torturador Brilhante Ustra, “o terror de Dilma Rousseff”. Em outra circunstância, ele também definiu critérios para mulheres que “merecem” ser estupradas.

Bolsonaro também criticou a ditadura por não ter assassinado mais de 30 mil opositores e disse que o governo militar que hoje preside não veio para construir algo, “mas viemos para desconstruir muita coisa”.

Ele, enfim, já disse e diz tanta coisa aberrante, incivilizada e dantesca que fomos nos acostumando a não levá-lo a sério. Acostumamo-nos a tratá-lo como um fanfarrão; como um ser abjeto, irresponsável e inconsequente. Como uma figura folclórica e bizarra.

Há quem o considere, além de sociopata, uma pessoa mentalmente incapaz, que deveria estar interditada e ser afastada da presidência da República.

No governo, porém, Bolsonaro tem sido coerente com sua visão de mundo criminosa e anti-civilizatória. Ele materializa esta cosmovisão por meio de políticas racistas, genocidas, ecocidas, totalitárias e destrutivas, como temos visto e padecido.

É preciso, por isso, abrir os olhos, desentupir os ouvidos e levar a sério o que Bolsonaro diz e faz. Como, por exemplo, quando ele disse que “nunca uma outra oportunidade para o povo brasileiro foi tão importante ou será tão importante quanto esse próximo 7 de setembro”.

Nos atos antidemocráticos e inconstitucionais que promoveu no 7 de setembro em Brasília e em São Paulo financiados com dinheiro público e de empresários e latifundiários bandidos, Bolsonaro mostrou sua absoluta incompatibilidade com a democracia e com o Estado de Direito e deu o assobio para a matilha fascista avançar na guerra contra o pouco que ainda resta de democracia no Brasil.

No dia seguinte aos ataques terroristas dele à democracia, e com 24 horas de atraso, o presidente do STF foi tíbio, o presidente da Câmara subiu no muro, o presidente do Senado se aferrou ao seu barroquismo retórico e o procurador-geral elogiou a “festa cívica” [sic].

Enquanto os próceres da República refestelavam-se com esta verborragia vazia, hipócrita e historicamente covarde, nesta 4ª feira [8/9] uma horda fascista ameaçava invadir os prédios do Supremo e do Congresso com possantes caminhões dos “agro” que não são nada pop.

Ao mesmo tempo, fora da capital federal, outra horda fascista atua aos moldes chilenos, ou seja, promove um locaute de empresários de transporte que já atinge, no dia de hoje [8/9], 14 estados da federação.

O governo, ao invés de se preocupar com as consequências do desabastecimento e da crise que a sabotagem dos empresários pode provocar, estimula o movimento e não intervém para normalizar a situação, como todo governo responsável faria.

Não se observa, por exemplo, nenhuma ação da PRF ou alguma reação oficial para tentar regularizar o transporte e o abastecimento que já prejudica a população. Na realidade, o governo fica inerte porque quer ver o circo pegar fogo.

Neste 7 de setembro Bolsonaro esgarçou a tampa da cloaca e liberou ainda mais energia fascista do esgoto.

Bolsonaro fez do 7 de setembro um ensaio geral para o “Capitólio de Brasília” de 2022; um capítulo da espiral de violência política que marca este período que vai até a eleição de outubro de 2022 e que marcará os próximos – e, espera-se, nem tão longos – anos pela frente.

Ao que parece, o pesadelo do 7 de setembro ainda não acabou; recém começou.

Bolsonaro e os militares criam um simulacro de crise institucional para fabricar um caos funcional aos atentados terroristas contra a democracia e a Constituição para escalarem um empreendimento ditatorial de recorte fascista-militar no país [aqui].

um dia depois do golpe de 7 de setembro.jpeg

 

 

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