Sérgio Moro estampa capa da Veja à lá Collor e Aécio (vídeo)

Sergio Moro estampa capa da Veja entre as emblemáticas "Caçador de Marajás" e "O Poder de Aécio" (Montagem/Reprodução Editoral Abril)
Criada para dar apoio à Ditadura, Veja segue sua saga de manipulação e mentira
Na edição que chega às bancas e aos assinantes que ainda não abandonaram a revista nesta sexta-feira (14), a Veja comete a gafe de fazer uma reportagem que fala do “plano do PT para apagar da história a ex-presidente Dilma Rousseff”, um dia depois da ex-presidenta se reunir com Lula para traçar estratégias eleitorais.
Com linguajar chulo, bem diferente do que é usado na entrevista de Moro, a revista escala Rafael Moraes Moura para dizer que a “ex-presidente Dilma Rousseff é candidata a puxar a fila dos expurgos. O plano do partido é ignorar o mandato dela, tratá-la como um experimento de continuidade que deu errado”, sem tocar, no entanto, no movimento golpista que ajudou a levar a cabo.
Desde 1968, quando foi financiada pelos EUA para dar suporte à experimentação neoliberal nos países da América Latina, Veja propagandeia, distorce e mente. Tudo em nome do mesmo projeto que fez com que o governo protofascista de Bolsonaro chegasse ao poder. Veja segue sendo Veja.
Criada em 1968 para dar guarida à Ditadura Militar e combater o “comunismo” pela editora da família Civita, que foi financiada pela estadunidense Time Life durante a Guerra Fria, a revista Veja estreou nas eleições 2022 com a velha tática de estampar seu candidato na capa com uma frase de efeito na reportagem.
Após “O Caçador de Marajás”, com Fernando Collor, em 1989, e “O Poder de Aécio”, com Aécio Neves em 2014, chegou a vez de Sergio Moro (Podemos) sair “da defesa para o ataque” na estratégia da revista em emplacar seu preferido para a fracassada terceira via.
Em entrevista patética – sem trocadilhos -, Veja pinça frase do ex-juiz e ex super ministro da Justiça para dizer que “eleger Lula ou Bolsonaro é suicídio”.
A publicação da família Civita ainda avisa que aquele que um dia foi um misteriosos e todo poderoso juiz da Lava Jato agora está “num tom mais agressivo que o habitual“.
De forma melodramática, a revista diz que se fosse perguntado há dois meses sobre Lula, Moro diria que “eu prefiro não falar sobre pessoas”, escreve Laryssa Borges, repórter escalada para a empreitada.