O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou investigar políticos suspeitos de desvio de recursos de emendas parlamentares no Maranhão – e um dos alvos é o corregedor do Senado, o senador bolsonarista Roberto Rocha (PTB).

Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, foram analisadas mensagens trocadas via WhatsApp, onde os suspeitos trocaram tabelas e anotações com valores, nomes e cidades maranhenses – e o nome de Rocha foi um dos que apareceram nos diálogos.

Lewandowski baseou sua decisão em manifestação realizada pela Procuradoria-Geral da República, que analisou os dados do grupo suspeito recuperados pela Polícia Federal.

Segundo a PGR, os repasses e o possível desvio de recursos creditados ao senador bolsonarista ocorreram no ano de 2019 – ou seja, comprova a temporalidade entre a vigência do mandato e a “suposta negociação de compra de emendas parlamentares destinadas a municípios maranhenses”. O ministro do STF seguiu a PGR, determinou a abertura de inquérito e validou os atos do Juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária do Maranhão.

No mês passado, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão que mirou apenas três deputados do PL, partido de Jair Bolsonaro. Um deles é Josimar Maranhãozinho, flagrado com maços de dinheiro vivo de emendas, como revelado pela Crusoé. Bosco Costa, de Sergipe, e Pastor Gildenemir (Gildenemir de Lima Sousa), do Maranhão, também foram alvos.

Ao jornal, o senador Roberto Rocha disse desconhecer (?) a investigação e que não foi procurado pela polícia.

Segundo a Procuradoria, os desvios de recursos aos municípios nos quais consta referência a Rocha ocorreu em 2019 e, portanto, presente “a temporalidade entre o mandato, ainda vigente, com a suposta negociação de compra de emendas parlamentares destinadas a municípios maranhenses”.

No flagrante feito pela PF, Maranhãozinho aparece manusenado maços de dinheiro. Leia reportagem na Crusoé