Prisão de Queiroz ameaça expor vísceras da milicia
por Fernando Brito
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A leitura dos documentos anexados à ordem de prisão emitida pelo juiz Flávio Itabaiana contra Fabrício Queiroz mostra que o ex-braço-direito dos Bolsonaro estava sendo regiamente mantido durante seu “sumiço” e, antes disso, em sua missão de “apanhador” de dinheiro para a família.
As situações descritas ali são estarrecedoras.
Queiroz pagava, em dinheiro vivo, mensalidades escolares e plano de saúde da Família 01, recolhia recursos do falecido miliciano Adriano da Nóbrega, encobria (e continuava encobrindo, após o escândalo) provas do esquema de “fantasmas” do qual coletava dinheiro para abastecer os gastos de Flávio Bolsonaro.
Era, afinal, uma espécie de arremedo tosco de Paulo César Farias.
E acabará por tornar Jair Bolsonaro um ainda mais tosco arremedo de Fernando Collor.
A diferença – grave e perigosa – é que no seu caso as Forças Armadas foram levadas, por oficiais saudosos do autoritarismo, a embarcar nesta loucura medíocre.
Erro do qual, ao que parece, os fatos estão os fazendo desembarcar.