Polícia não prende, mata
O secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) do Estado, Ricardo Balestreri, falou nesta terça-feira (28) sobre as mortes do auxiliar de produção Tiago Messias Ribeiro, de 31 anos, e de um assaltante que o fazia refém após roubar seu carro na porta da chácara onde morava com a família, em Senador Canedo, Goiás.
Imagens do circuito de segurança de um posto de combustíveis próximo ao local onde a ação ocorreu (veja acima) mostra os policiais descendo da viatura e já atirando contra o veículo, um VW Gol, roubado pelo assaltante e que pertencia à Tiago.
De acordo com uma perícia preliminar, 18 tiros acertaram o veículo, fazendo buracos apenas na parte da frente, sendo seis de dentro para fora. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), esses seis disparos foram uma tentativa por parte dos agentes da GPT de simular uma troca de tiros que não ocorreu.
Um boletim de ocorrência realizado pelos militares diz que todos os disparos dados foram em legítima defesa, já que os ocupantes do veículo não teriam obedecido uma ordem de prisão.
No Brasil sem lei, o abuso de autoridade faz parte do cotidiano da corrupção ampla, geral e irrestrita. Os assassinatos justificados com o slogan bandido bom é bandido morto, os estupros com o relaxa e goza, o falso moralismo com o recebimento de salário acima do permitido pela Constituição.