Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores

Ernesto Araújo

Indicado por Carvalho para o posto, ocupava até então a chefia do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do ministério. Aos 51 anos, é um dos mais jovens chanceleres da história do país.

Em artigo na revista The New Criterion, Araújo diz que Olavo "talvez tenha sido a primeira pessoa no mundo a ver o globalismo como um resultado da globalização, a entender seus propósitos horríveis e a começar a pensar sobre como derrubá-lo". Após a posse do chanceler, Olavo disse que o discurso do discípulo – que misturou citações em grego e tupi a menções a Raul Seixas e à banda Legião Urbana – "tem, desde já, um lugar garantido em qualquer antologia séria dos grandes discursos brasileiros".

Filipe Martins, assessor da Presidência para Assuntos Internacionais

Carlos Bolsonaro e Filipe G. Martins

É considerado por Olavo um dos seus alunos mais brilhantes. Aos 31 anos, desempenhará papel equivalente ao que o professor Marco Aurélio Garcia (1941-2017) tinha nos governos Lula e Dilma.

Nascido em Sorocaba (SP) e formado em Relações Internacionais na Universidade de Brasília (UnB), é diretor de assuntos internacionais do PSL. Para ele, "não é possível compreender o nascimento (ou renascimento) do conservadorismo brasileiro, ou a ascensão do antipetismo, sem considerar o impacto" da obra de Olavo.

Ele costuma comparar o mestre a um hápax legómenon (expressão de origem grega que designa palavras ou ideogramas que aparecem uma única vez na literatura de um determinado idioma), "um personagem tão singular no contexto cultural em que está inserido que acaba por se tornar indecifrável para seus pares".

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Ricardo Vélez Rodriguez, ministro da Educação

Ricardo Vélez Rodriguez

Também indicado por Olavo para o posto, nasceu na Colômbia há 75 anos. Segundo o filósofo, Vélez é, "no mundo, a pessoa que mais entende de pensamento político-social brasileiro". Foi membro do Instituto Brasileiro de Filosofia, fundado pelo jurista e filósofo Miguel Reale, e é considerado por Carvalho um dos maiores pensadores da história do Brasil.

Escreveu livros sobre assuntos diversos, como o conflito armado na Colômbia, o governo Lula e a obra do economista John Maynard Keynes. Antes da nomeação, Vélez vivia em Londrina (PR) e dava aulas na Faculdade Positivo. No discurso de posse, disse que sua gestão se inspirará "em dois grandes educadores", Olavo de Carvalho e Antonio Paim. "Deles emergem a inspiração liberal e conservadora de nossas propostas educacionais."

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Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC)

Carlos Nadalim

Também aluno do Curso Online de Filosofia (COF) de Carvalho, Nadalim era até a nomeação coordenador pedagógico da escola infantil Mundo do Balão Mágico, em Londrina (PR), e mantinha um blog com dicas sobre a educação infantil.

Em 2015, Olavo escreveu no Facebook que Nadalim havia feito mais pela educação brasileira "do que todos os iluminados do MEC juntos" ao desenvolver um método para alfabetizar crianças em casa. Nadalim diz que as técnicas já foram usadas por 2.758 pais e mães.

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Murilo Resende Ferreira, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) do MEC

Murilo Resende Ferreira

Aluno de Carvalho desde 2009, a quem se refere como "meu grande professor", é doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e integra o movimento Escola Sem Partido. No MEC, supervisionará a elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em audiência pública em 2016, Ferreira disse que educação brasileira vive sob uma "ditadura marxista", na qual crianças são expostas a teorias que promovem o incesto e a pedofilia. Foi membro do MBL (Movimento Brasil Livre), mas deixou o grupo após divergências.

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Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia

Adolfo Sachsida

Ex-pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e doutor em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), tornou-se aluno de Olavo há 14 anos. "Foi como encontrar a luz em meio às trevas", ele relatou no Facebook.

Em 2016, Olavo e Sachsida gravaram um vídeo em que comentaram temas como a "doutrinação ideológica" nas escolas e riscos que eles atribuíam à presença de muçulmanos na "onda migratória na Europa e no Brasil".

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

Bia Kicis (PRP-DF), deputada federal 

Bia Kicis

Eleita pela primeira vez em 2018, é procuradora aposentada e se refere a Olavo como "nosso querido Mestre". Para ela, o filósofo "é um grande Pai de muitos brasileiros, que despertaram por meio de seu conhecimento e de sua generosidade".

Durante a campanha, Olavo gravou um vídeo dizendo que, caso fosse eleitor do Distrito Federal, votaria em Kicis, que também frequentou seu Curso Online de Filosofia (COF). Ela ganhou projeção entre a "nova direita" ao militar nos últimos anos em movimentos contra o PT e pelo impeachment de Dilma Rousseff.

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Joice Hasselmann (PSL-SP), deputada federal 

Joice Hasselmann

Jornalista, Joice teve sua candidatura apoiada publicamente por Olavo e foi a mulher mais votada da história na eleição para a Câmara. "Vou apoiá-la até a morte, ela é antimídia, condensa em si a verdade do jornalismo brasileiro, que foi sufocada por todos esses bandidos ao longo de várias décadas", afirmou o filósofo.

Joice agradeceu o endosso, definindo Olavo como um "parceiro, leal, amigo, protetor, além de um GÊNIO". "Você conhece meu coração e sabe que não vamos te decepcionar!", afirmou.

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Paulo Martins (PSC-PR), deputado federal 

Paulo Martins

Também jornalista, foi eleito em 2018 ao concorrer pela segunda vez para a Câmara. É aluno de Olavo, que ele considera "o grande responsável pelo início da reação cultural do Brasil".

Quando era comentarista do Jornal da Massa, transmitido pelo SBT no Paraná, Martins recomendou no programa o livro O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, de Olavo. Na ocasião, definiu o filósofo como "um homem de inteligência absolutamente sublime e argumentação acachapante".

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Marcel van Hattem (Novo-RS), deputado federal 

Marcel van Hattem

Formado em Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre em Ciência Política, Hattem também atuou como jornalista antes de ingressar na política, em 2004, como vereador em Dois Irmãos (RS).

Em 2018, elegeu-se deputado federal pela primeira vez. Aluno de Olavo, diz que o filósofo foi o responsável por seu "despertar político", tendo descrito "como as doutrinas revolucionárias e os partidos totalitários, socialistas e comunistas, levariam nosso país ao ponto em que chegou". Em 2016, o filósofo elogiou o discípulo. "Por que acho o Marcel van Hattem um sujeito sério? Porque antes de se meter na política federal ele derrotou a esquerda na sua universidade – e pagou alto preço por isso."

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Carla Zambelli (PSL-SP), deputada federal 

Carla Zambelli

Gerente de projetos, candidatou-se pela primeira vez em 2018. Aproximou-se de Olavo enquanto militava no Movimento nas Ruas, que ganhou projeção nos protestos contra o governo Dilma Rousseff. Em 2017, Olavo, Zambelli e o músico Lobão gravaram um vídeo em defesa da liberação da posse de armas.

Até conhecer o filósofo, em 2011, Zambelli diz que "não era nem de direita nem de esquerda, só contra a corrupção". O contato com Olavo fez com que ela percebesse a afinidade com seus valores. "Não é que virei conservadora, eu me identifiquei com as coisas que ele falava."

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