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12
Nov20

Os dados da Covid estariam sendo escondidos devido às eleições?

Talis Andrade

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Milagrosamente, sem fazer testes em massa, sem ter vacina, o Brasil vem diminuindo o número de mortes por coronavírus. 

Informa hoje DW, agência alemã:

O Brasil registrou oficialmente 566 mortes ligadas à covid-19 e 48.655 casos da doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11/11) pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).

O Conass, porém, não contabilizou os números do dia anterior no estado do Amazonas, em razão de problemas técnicos no acesso às bases de dados dos sistemas de informação. Confira aqui

O jornal O Globo destaca: 

É o maior registro de casos em 24 horas desde o dia 2 de setembro. Isso pode ser reflexo de represamento causado após problemas de acesso ao sistema do Ministério da Saúde (e-SUS), que reúne os registros.

O estado de Minas Gerais não atualiza o número de mortes pela doença desde o sábado (7). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o motivo segue sendo a dificuldade em acessar o sistema e-SUS. Isso após cinco dias de problemas relatados por diversos estados". Confira aqui

Ainda no G1:

O mundo registrou um novo recorde diário de casos e de mortes por Covid, segundo balanço da Universidade Johns Hopkins.

Foram 666.955 novos infectados e 12.220 óbitos na quarta-feira (11).

Confira entrevista com o infectologista Paulo Lotufo e os comentários de Luis Nassif sobre economia e política nesta quarta-feira, 11 de novembro

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 “Os últimos dados no Ministério da Saúde são de 4 de novembro”.

No mundo, os EUA tiveram mais de 147 mil casos registrados, enquanto não se tem ideia do que ocorre com o Brasil. Em termos de óbitos, os países do Leste Europeu – como Polônia e Bulgária – são destaque.

Uma análise do pico de casos entre a primeira e a segunda onda de covid-19 mostra o aprendizado de alguns países ao lidar com a pandemia, mas isso não impede que países como Espanha e Itália apresentem recordes sucessivos de alta. “Em suma: você tem Europa e EUA como epicentro, que são os casos mais emblemáticos”

Nassif destaca a dificuldade em se obter dados de covid-19 no Brasil, “o que passa a suspeita de que possa ser algo com o processo eleitoral”.

Nassif entrevista o infectologista Paulo Lotufo, que analisa o papel da Anvisa, do Instituto Butantan e os reflexos dessa disputa. “Quando eu assisti a entrevista da Anvisa, fiquei assutado com o que aconteceu”.

“Todo mundo tá achando que foi uma ação política, deliberada, mas eu tenho um medo pior ainda. Quando você faz uma ação política deliberada, você tem uma certa competência, um certo domínio da matéria para você poder manipular”

“Mas, veja só: a informação saiu no dia 29/10 (…) Aquilo foi colocado no sistema, depois houve ataque de hackers no Ministério da Saúde que atingiu a Anvisa e eles não ficaram sabendo disso, mas tinham a informação de que o Conselho Nacional de Ética e Pesquisa (CONEP) já tinha avaliado”, diz Lotufo

“As informações que são faladas naquela entrevista me dão medo, pois eles falam ‘tivemos informação de que a CONEP’… Como assim tivemos a informação?

“Você está no órgão mais importante em termos de regulação sanitária, você pega o telefone e vai atrás de todo mundo que está envolvido para saber o que está acontecendo. Você não vai depender de sistema”, afirma o infectologista.

“A sensação que eu passei a ter é que é uma coisa inadmissível. E na segunda-feira, mandaram mais um e-mail para o Instituto Butantan. Será que eles não tem o telefone do diretor do Instituto Butantan?(…) É uma situação grave

O medo que eu tive é que talvez não tenha sido uma armação. Realmente, são pessoas que não tem preparo, que não entendem a responsabilidade do cargo. Quem está na Anvisa é autoridade maior do país, ele representa o país.

“As empresas farmacêuticas sediadas nos EUA, Suíça (…) Elas só conseguem trabahar em países onde as agências regulatórias sigam as boas práticas de pesquisa e independência do poder”.

“Há um risco muito grande de sermos penalizados no futuro, pois algumas empresas pelo compliance interno não vão poder trabalhar no Brasil”, alerta Lotufo

Sobre a demora em liberar os dados sobre a covid-19, Lotufo diz que o Ministério da Saúde tem um sistema de informação muito antigo, do antigo Dataprev, e ele é feito com uma estrutura que permite edições

“Uma das ações que se faziam no passado é que estados e municípios ficavam com a plataforma, editavam e depois informavam, como acontece com o Imposto de Renda”

“Agora, é um sistema que você vai automaticamente alimentando. Com isso, você não precisa ter hardware. Mas o preço disso é justamente quando você tem um problema no hardware central”

“Agora, que a eleição está causando alteração no número de casos, não tem como duvidar. Existe relaxamento, pode com certeza ter omissão de casos

Sobre a compra de vacinas, Lotufo diz estar convencido que “conseguimos segurar o vírus sem usar nenhum medicamento. Isso foi o isolamento social, e que agora tá todo mundo tentando ver o que funciona e o que não funciona”

“Essas medidas não-farmacológicas, nós vamos continuar a ter (…) E descobri que várias coisas vão ser adotadas de forma efetiva, e a vacina vai se juntar a isso”

Sobre as vacinas: “A Pfizer fala que tem uma eficácia de 90%, mas a efetividade dessa vacina vai ser muito baixa por depender de uma cadeia de frio que nenhum lugar do mundo consegue ter”

 

 

 

 

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