Os crimes de Moro e a máfia de Curitiba
Novo documentário de Joaquim de Carvalho
Um juiz fora da lei
Neste novo documentário do 247, o jornalista Joaquim de Carvalho esmiuçou as denúncias de Tony Garcia, ex-agente infiltrado de Moro, com novas entrevistas do empresário e uma investigação sobre os fatos apontados por ele. Foi ao TRF-4, fóruns e Ministério Público. Obteve documentos e ouviu autoridades que confirmaram as denúncias. Também reconstituiu outros casos de abusos que ocorreram no sistema de justiça de Curitiba, que de forma direta ou indireta tinham Moro no comando. Também esteve no local onde funcionava um prostíbulo frequentado por poderosos na região de Curitiba, inclusive magistrados, e outro que ainda funciona, em Porto Alegre. Entrevistou dezenas de pessoas e confirmou a existência do vídeo de uma festa que reuniu desembargadores do TRF-4 e garotas de programa em Curitiba, que teria sido usado para chantagear magistrados. Foram dois meses de apuração, cujo resultado o público confere agora.
O jornalista Joaquim de Carvalho, que pesquisou a vida corrupta do criador da farsa da lava jato, defende: "o Moro tem que ser preso. É que não existe crime de lesa-pátria no Brasil, mas tem que investigar, e é possível fazer uma investigação sobre outros crimes do Sergio Moro. O lugar do Moro é na cadeia, eu tenho certeza. O que ele fez, aí sim, aí é maldade. Ele tinha um projeto político e era doloso, ele era consciente, ele prestava um serviço".
Joaquim ressaltou que o ex-juiz suspeito traiu o Brasil por agir a serviço do imperialismo estadunidense, boicotando a economia brasileira com a Operação Lava-Jato: "eu tenho certeza de que, um dia, liberados os arquivos dessa época, nós teremos essa história por completo. Ele fez o curso dos Estados Unidos dois anos depois de ser juiz, era um jovem juiz e foi pros Estados Unidos fazer um curso de jovem liderança, e depois foi outra vez fazer um outro curso, depois foi treinado pelo Departamento de Justiça dos EUA. E vou dizer uma coisa pra vocês, o Moro é um caso de prisão por traição à pátria. Por lesa-pátria".