OMS alerta que jovens e crianças também correm riscos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta nesta quinta-feira de que crianças e jovens também correm o risco de ser infectados e potencialmente morrer devido ao coronavírus.
"A noção de que a 'covid-19 afeta apenas pessoas idosas' está factualmente errada", disse Hans Kluge, diretor regional da OMS na Europa, em pronunciamento pela internet.
Ele observou que de 10% a 15% dos infectados com menos de 50 anos foram atingidos pela doença de forma moderada ou severa. Na Europa, a vítima mais jovem a não resistir à infecção foi uma menina de 12 anos na Bélgica. Já os EUA relataram a morte de um bebê de seis semanas. "Idade não é o único risco de doença grave", acrescentou Kluge.
O alerta vai na contramão de um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na semana passada, em que ele usou o argumento de que idosos são o grupo de risco e disse que 90% da população não apresentaria sintomas da doença se for infectada para defender a reabertura das escolas e do comércio no país.
Mais da metade da população mundial está confinada
Mais de 3,9 bilhões de pessoas – mais da metade da humanidade – estão confinadas em suas casas devido à pandemia de coronavírus, segundo contagem mantida pela agência de notícias francesa AFP. Medidas de prevenção ao vírus, que incluem confinamentos obrigatórios ou recomendados, toques de recolher e quarentenas, já foram implementadas em mais de 90 países e territórios.
Austrália terá creches gratuitas por seis meses
A Austrália anunciou nesta quinta-feira (02/07) que creches serão gratuitas por seis meses, como parte de uma tentativa para manter algumas empresas operando durante a pandemia. Segundo dados preliminares, as medidas de contenção adotadas pelo governo indicam sinais precoces de que a curva de contaminação está achatando. A Austrália registrou cerca de 5,2 mil infecções e 25 mortes.
De acordo com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, o subsídio de 1,6 bilhão de dólares manterá cerca de 13 mil creches abertas. O valor se soma ao pacote de apoio de cerca de 121 bilhões de dólares do governo para tentar fazer "hibernar" a economia até a crise passar. Após seis meses, o subsídio das creches será reavaliado.
Manter os centros infantis abertos também permitirá que profissionais como os da área da saúde, de limpeza e de distribuição de alimentos continuem trabalhando, reforçou Morrison.
As restrições adotadas pela Austrália devem levar a economia do país à primeira recessão em quase três décadas e dobrar o índice de desemprego.