O que não se falou sobre resolução da ONU e do STF sobre Lula
Ex-presidente mostrou "coragem, tenacidade e perseverança" ao buscar, sem medo e sem rancor, a reparação dos atos contra ele praticados
por Renato Souza /Jornal GGN
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Comentário sobre o post Vitória de Lula na ONU, vitória da civilização, por Urariano Mota
Posso estar errado e sendo injusto com alguns por desconhecer pronunciamentos ou registros sobre um fato marcante do caso Lula. Esse desconhecimento é que me levar a fazer aqui o registro de que todo o caso talvez nunca chegasse a esse desfecho no âmbito da ONU, do STF ou de qualquer outra instância ou entidade.
Refiro-me à coragem, à tenacidade, à perseverança, à obstinação de Lula em encarar com firmeza e altivez a decisão arbitrária dos justiçadores de Curitiba e buscar, de forma serena, sem medo e sem rancor, a reparação dos atos contra ele praticados por Moro, Dallagnol e sequazes, TRF-4, STJ, o próprio STF à época, a mídia corporativa, jornalistas e analistas sabujos, militares, Polícia Federal, políticos, empresários, financistas e outros infames.
Foi sobretudo a sua atitude, o seu brio, o seu gesto em não se insurgir de pronto a uma justiça falaciosa, sujeitando-se à condução coercitiva, à prisão arbitrária e ao “lawfare” a que foi submetido (poderia ter fugido do País) que, enfim, proporcionaram o resultado de agora.
Lula foi preso e humilhado, mas não baixou a cabeça; passou 580 dias encarcerado e eis que, finalmente, obtém o reconhecimento de sua integridade. Repito, poderia ter fugido do País, mas deixou-se ser preso, mostrou a força, o caráter e a valentia do bom nordestino, zeloso do seu passado de lutas.
Sim, não se pode deixar de registrar também a dedicação pessoal e profissional de seus advogados, que foram decisivos para vencer a batalha jurídica. Também são dignos de registros a dedicação e as ações dos incontáveis apoiadores de Lula, no acampamento em Curitiba e em tantos lugares no Brasil e no exterior.
Lula é um símbolo! Felizmente é mais que isto, é um ser real que nos dá uma grande e inestimável lição.
PS: O que também não se tem dito sobre a guerra Rússia–Ucrânia. Quem desencadeou e alimenta a guerra? Quem tem de fato condições e interesses de continuar a guerra?
Certamente o principal interessado é a indústria bélica norte-americana, que também controla a Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos.
Não é à toa que Biden, preposto da indústria armamentista (como os últimos que ocuparam seu lugar), está enviando e estimulando os países parceiros comerciais a enviarem continuamente armas para a Ucrânia.
Desgraçadamente a OTAN, com a política de extensão de seus tentáculos (a pretexto do quê, mesmo?), tem servido como aríete e avalista do escoadouro da guerra. Ignomínia!