O general interventor do Rio de Janeiro sabe tudo e não sabe nada sobre o martírio de Marielle
Em resposta à versão usada pelo ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, na sexta-feira (16), a superintendência dos Correios na Paraíba informou neste sábado (17) não ter “conhecimento” de que a munição usada no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) tenha sido furtada de sua sede no Estado, de acordo com o G1. Na sexta (16), Jugmann havia afirmado que a munição pertencia à Polícia Federal e que havia sido furtada da sede dos Correios em 2006.
“A Superintendência dos Correios na Paraíba não tem conhecimento sobre o suposto furto de carga pertencente à Polícia Federal. Estamos disponíveis para fazer tudo que estiver ao nosso alcance para ajudar a elucidar esse crime, na parte que nos couber”, divulgou o órgão.
Jungmann deu a informação ao comentar o fato de a munição encontrada na cena do crime pertencer a um lote vendido à Polícia Fedeal de Brasília em 2006. “Essa munição foi roubada na sede dos Correios, pela informação que eu tenho, anos atrás na Paraíba. E a Polícia Federal já abriu mais de 50 inquéritos por conta dessa munição desviada”, afirmou o ministro.
Confira aqui nota oficial dos correios na íntegra
Lote de balas que mataram Marielle foi usado em chacina de Osasco
Munições fazem parte do lote UZZ18, que continha 10 mil balas. Ele foi vendido à Polícia Federal e distribuído em vários estados do país. Leia aqui
Repetindo para o conhecimento de Jungmann: A munição utilizada para matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, fazia parte do lote UZZ-18, que já havia sido usado na maior chacina do Estado de São Paulo, em 2015, na qual 23 pessoas foram mortas. O caso aconteceu em 13 de agosto, nas cidades de Osasco e Barueri.
Foram ouvidos os criminosos já condenados pela chacina de São Paulo? Eles sabem das balas assassinas:
tos de um PM e de um guarda em assaltos dias antes. Na ocasião, três policiais militares e um guarda-civil são acusados de executarem 23 pessoas e ferirem mais sete em um intervalo de duas horas em ataques ocorridos nas duas cidades da Grande São Paulo.
Em setembro de 2017, o PM da Rota Fabrício Eleutério foi condenado a 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão; o policial militar Thiago Henklain a 247 anos, 7 meses e 10 dias; e o guarda-civil Sérgio Manhanhã a 100 anos e 10 meses.
O último a ser julgado foi Victor Cristilder Silva dos Santos, de 32 anos. Ele foi condenado no início de deste mês 119 anos, 4 meses e 4 dias de prisão por envolvimento na chacina de Osasco.
O que falta para desvendar o atentado político?
A polícia sabe a origem das balas e tem as imagens da tocaia
Imagens obtidas mostram o momento em que Marielle entra no carro com a assessora e o motorista. Um carro que sai logo depois que o veículo de Marielle sai.
O carro dos assassinos é um Cobalt prata. Segundo investigadores, os ocupantes do carro ficaram cerca de 2 horas no veículo, que só saiu do local depois da saída de Marielle - tirando o momento em que um homem sai do carro falando de celular. Veja vídeo
O ministro Jungmann fala e não diz nada. O silêncio do general interventor de Temer diz tudo. Eis o enigma