Nem o PiG aguenta mais o Bolsonaro!
In Conversa Afiada
Os jornais e revistas do PiG dedicaram um bom espaço nos últimos dias para - finalmente! - criticar duramente o governo de Jair Bolsonaro.
A Folha de São Paulo, por exemplo, chamou Bolsonaro de "chefe de bando" com "espírito de facção".
Já o Estadão descobriu - com atraso... - que o Brasil enfrenta um "desgoverno".
A IstoÉ disse que Bolsonaro é imoral e a Veja afirmou que, por conta da incapacidade do Jair Messias, o Carnaval de 2020 será dominado por temas políticos.
Em boa parte, trata-se de uma reação da grande imprensa aos ataques do presidente Jair Bolsonaro contra a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha.
O jurista Pedro Serrano acha que a imprensa é vítima porque se calou enquanto Bolsonaro atacava apenas a esquerda e os movimentos sociais. Já o ex-deputado Jean Wyllys, do PSOL, acredita que a imprensa é esquizofrênica e merece as "bananas" do presidente.
Na TV Afiada, a jornalista Cynara Menezes também criticou a passividade de o corporativismo do PiG.
Em sua coluna na Folha de São Paulo, o jornalista Janio de Freitas deu sua sentença sobre o governo Bolsonaro:
"Uma certeza se pode ter. A maluquice perversa a que o Brasil está entregue não terminará bem", afirma Janio. "As palavras 'impeachment', 'queda', 'saída', 'providências das instituições' e mais variantes há mais de ano caídas em conformado silêncio voltaram com força a tema de conversas e mesmo da imprensa".
E continua: "a repetida agressão de Bolsonaro às mulheres, bem representadas por Patrícia Campos Mello, teve um efeito na opinião nacional que abalou até bolsonaristas graníticos, com exceção do empresariado graúdo, associado à Bolsa, a Paulo Guedes e daí a Bolsonaro".
Ou seja: para Janio, o governo só dura enquanto durar o ministro Paulo Guedes.
E, como sabe o amigo navegante do Conversa Afiada, Guedes está por um fio...
Em tempo: leia a íntegra do artigo de Janio de Freitas na Folha.