Mais uma vez, a casa da ativista trans Renata Borges foi invadida
Casa de Renata Borges revirada
Militante entende as invasões como ameaças à sua luta pelos direitos humanos
Recentemente, o Plural publicou uma reportagem sobre a investigação insuficiente conduzida pela forças de segurança de Apucarana em 2018, quando a Delegacia da Mulher se negou a apreender duas facas deixadas sobre a cama de Renata durante outra invasão. Na ocasião, ela também estava fora, cumprindo agenda na defesa dos direitos humanos em Curitiba.
No último fim de semana, o amigo de Renata responsável por cuidar da casa registrou novo boletim de ocorrência mencionando as constantes ameaças sofridas pela ativista e sinalizou que “este poderia ser o motivo para o ocorrido nesta data, como já ocorrera em outras datas”, conforme consta no documento lavrado pela Polícia Civil.
Ele ainda relatou que “ao chegar na residência percebera que esta estaria com a porta aberta, não apresentando sinais de arrombamento, e o interior desta, com os móveis desarrumados, objetos e roupas jogados pelos cômodos.” Nenhum pertence de Renata foi furtado.
Na segunda (18), Renata foi à delegacia exigir uma investigação séria. Hoje, uma viatura se deslocou até sua residência. “Eu consegui trocar as fechaduras e quero fazer uma vaquinha para colocar câmeras”, fala a militante trans. A Polícia Civil informou à reportagem que está apurando a situação. “Uma equipe foi deslocada para apurar indícios de autoria e materialidade.”