Sabe perfeitamente que, neste momento, tem duas obrigações; conquistar votos para ser presidente e apoio (quando impossível, neutralidade) para poder, de fato, governar.
O resto é firula e vontade de aparecer. Lula não terá um “Posto Ipiranga” nem um “teórico de esquerda” como seu Ministro da Economia, terá um nome que lhe garanta um período de bonança política no setor, para que possa dedicar os primeiros meses do governo a uma reversão do quadro de crise em que a economia está mergulhada.
No front político, não vai adotar “purismos” e Alckmin não será o único da centro-direita que levará para o governo. Ele espera, sim, ter uma bancada de partidos de centro-esquerda poderosa, perto de 200 deputados, mas sabe que isso é pouco para não ficar refém do Congresso.
Lula tem dito para quem quiser ouvir – embora poucos entendam que ele está tocando no que é mais importante – que só quer ser candidato e vencer se puder fazer um governo de mudanças.
Quem precisa “indicar” coordenadores e porta-vozes para impressionar é candidato sem luz própria, como tem Lula.
Quem quiser não ser ouvido por ele que fique fazendo, seja para que lado for, vetos a pessoas, sejam do “mercado”, sejam os “ideológicos”.