Juíza que difamou Marielle barrou demolição de prédio no mesmo condomínio de imóveis que desabaram
Marília de Castro Neves Vieira, que também atacou Jean Wyllys e Guilherme Boulos, votou contra a demolição de prédios próximos aos que ruíram, favorecendo proprietários milicianos
Revista Forum - Marília de Castro Neves Vieira, a desembargadora que difamou Marielle Franco com postagem de notícias falsas, além de ter atacado o ex-deputado federal Jean Wyllys e o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, votou contra a demolição de prédios que se localizam no mesmo condomínio dos edifícios em Muzema, no Rio de Janeiro, que desabaram nesta sexta-feira (12), matando onze pessoas, e os bombeiros trabalham com o número de pelo menos 13 desaparecidos.
A desembargadora, inclusive, foi alvo de denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suas postagens ofensivas.
Boa parte dos prédios do local é irregular e controlada pelas milícias chefiadas pelo major Ronald Paulo Alves Pereira, que já foi homenageado por Flávio Bolsonaro, quando o filho do presidente era deputado estadual.
Em sua decisão, a desembargadora afirma que “a edificação de um edifício que conta com quatro andares, possuindo em cada um deles, quatro apartamentos de frente, não se faz de um dia para outro, devendo levar cerca de um ano, no mínimo, para tanto”.