Juiz Moro prenderia o empresário Moro, comprova Reinaldo Azevedo
247 - "Segundo os critérios com que o então juiz Sergio Moro conduziu a Lava Jato — e ele a conduziu, não é mesmo?—, o agora 'sócio-diretor' da Alvarez & Marsal estaria em prisão preventiva, que seria decretada no mesmo dia em que se efetuaria um espalhafatoso mandado de busca e apreensão em seus endereços, devidamente acompanhado por ao menos uma equipe de televisão, previamente avisada. Tudo combinado com os parças do MPF", escreve o jornalista Reinaldo Azevedo na Folha de S.Paulo.
"Homens de preto invadiriam a sua casa. Com algum requinte, um helicóptero sobrevoaria a residência para indicar a periculosidade da pessoa sob investigação. Ato contínuo, haveria uma entrevista dos procuradores e do delegado federal encarregados da operação. Nessa oportunidade, então, acusações novas se fariam, ausentes do despacho do juiz que autorizou o espetáculo. E pronto! A defesa não teria o que dizer porque sem acesso aos autos".
"No dia seguinte, um repórter farejador de procuradores e delegados vazaria uma informação exclusiva contra o preso".
"Moro mandaria prender Moro com base em que fundamento? 'Garantia da ordem econômica e conveniência da instrução criminal', conforme estabelece o artigo 312 do Código de Processo Penal, uma vez que o suposto crime investigado é grave: corrupção passiva, segundo dispõe o artigo 317 do Código Penal".