Leandro Demori e Aanda Audi, do The Intercept Brasil, em live no youtube (assista abaixo) que o corregedor-geral do Ministério Público, Oswaldo Barbosa, em acerto com Deltan Dallagnol, abafou e arquivou uma investigação sobre um dos integrantes da Operação Lava Jato.
Em áudios e mensagens, revela-se a fala do procurador Orlando Martello, outro integrante da LJ, onde ele diz que o procurador Diogo Castor de Mattos praticou uma “traição” ao pagar um out-door louvando a “República de Curitiba”. Diogo é irmão de Rodrigo Castor de Matos, advogado que negociou delações premiadas, entre eles as do casal João Santana e Monica Mattos.
No segundo, após de vários debates sobre as alegações com que Diogo, justifica sua saída do grupo, alegando razões de saúde, Martello diz que o colega “poderia voltar se o caso não tivesse repercussão”.
Depois, os procuradores comentam como escapar da revelação do pagamento ilegal. Jerusa Burmann Viecili, uma das procuradoras, diz que eles “irão para o sal”, se episódio viesse à tona.
A razão está na mensagem de Deltan Dallagnol reproduzida acima, em que ele diz que o corregedor “pediu pra eu fazer ofício (o feito acima) e ele suspenderia apuração e mandaria ofício pro CNMP pra suspender tb a apuração da turma do abafa, tudo com sigilo 4 [grau mais elevado de sigilo na PGR]”
Como resultado, o relator do processo do processo sobre a colocação do out-door, Luiz Fernando Bandeira de Mello, mandou arquivá-lo dizendo que “a publicidade não foi contratada por nenhum membro do Ministério Público”, embora Diogo tenha confessado que usou outra pessoa para formalizar o pagamento à empresa de publicidade.
A live está reproduzida abaixo e a matéria do Intercept aqui.