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O CORRESPONDENTE

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09
Jan22

Herodes Tropical atrasa vacinação de crianças

Talis Andrade

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Em uma entrevista à TV Nova Nordeste nesta quinta-feira (6), Bolsonaro negou as mortes de crianças pela Covid-19 e colocou em dúvida a honestidade dos profissionais da Anvisa por terem aprovado a vacinação infantil contra Covid.

"Você vai vacinar o teu filho contra algo que o jovem por si só, uma vez pegando o vírus, a possibilidade dele morrer é quase zero? O que que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina?", declarou o Herodes Tropical.

A resposta de Antonio Barra Torres veio em tom pessoal, e diretamente ao presidente Bolsonaro.

O diretor-presidente da Anvisa disse, em nota emitida pelo neste sábado (8) que, caso o presidente tenha informações que "levantem o menor indício de corrupção" contra ele, que "não perca tempo nem prevarique" e que "determine imediata investigação policial".

"Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar. ", disse Barra Torres.

Barra Torres também pediu que, caso não tenha indícios, Bolsonaro se retrate da acusação feita contra a agência.

"Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate. Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente", disse Barra Torres.

Anvisa autorizou o uso da vacina Pfizer para vacinação infantil contra a Covid-19 no dia 16 de dezembro. No entanto, as regras para a imunização de crianças foramdivulgadas pelo Ministério da Saúde apenas nesta quarta-feira (5)após umaconsulta pública realizada pela pasta.

O jornalista Josias de Souza diz que Bolsonaro faz sabotagem, retardando o início da vacinação. 

Presidente da Anvisa Antonio Barra Torres responde a Bolsonaro

 

Em relação ao recente questionamento do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, quanto à vacinação de crianças de 05 a 11 anos, no qual pergunta "Qual o interesse daAnvisapor trás disso aí?", o Diretor Presidente daAnvisa, Antonio Barra Torres, responde:

Senhor Presidente, como Oficial General da Marinha do Brasil, servi ao meu país por 32 anos. Pautei minha vida pessoal em austeridade e honra. Honra à minha família que, com dificuldades de todo o tipo, permitiram que eu tivesse acesso à melhor educação possível, para o único filho de uma auxiliar de enfermagem e um ferroviário.

Como médico, Senhor Presidente, procurei manter a razão à frente do sentimento. Mas sofri a cada perda, lamentei cada fracasso, e fiz questão de ser eu mesmo, o portador das piores notícias, quando a morte tomou de mim um paciente.

Como cristão, Senhor Presidente, busquei cumprir os mandamentos, mesmo tendo eu abraçado a carreira das armas. Nunca levantei falso testemunho.

Vou morrer sem conhecer riqueza Senhor Presidente. Mas vou morrer digno. Nunca me apropriei do que não fosse meu e nem pretendo fazer isso, à frente daAnvisa. Prezo muito os valores morais que meus pais praticaram e que pelo exemplo deles eu pude somar ao meu caráter.

Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje naAnvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar.

Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate.

Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente.
Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário.

 

Antonio Barra Torres
Diretor Presidente -
Anvisa
Contra-Almirante RM1 Médico
Marinha do Brasil

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Os 39 países que aprovaram imunização de menores de 12 anos contra covid em 3 de novembro último

por Redação BBC News

 

Em 3 de novembro de 2021, Ao menos 39 países já autorizaram ou já iniciaram o uso de vacinas contra Covid-19 em crianças (menos de 12 anos), sendo que a grande maioria aplica ou aplicará o imunizante da Pfizer/BioNTech para jovens de 5 a 11 anos.

Mas, além dessa, há diversas vacinas adotadas para essa faixa etária ao redor do mundo: Sinopharm, Sinovac (Coronavac) e Soberana 02.

Médicos, autoridades de saúde e cientistas têm afirmado que, dada a persistência da variante delta, o avanço acelerado da ômicron e a volta do ensino presencial, a vacinação de crianças é o próximo passo crucial no combate à pandemia.

"Os pais precisam entender a urgência da vacinação porque a pandemia ainda não acabou", disse à BBC James Versalovic, patologista-chefe do Hospital da Criança do Texas (EUA).

O aval das autoridades americanas, por exemplo, foi dado após um grupo de especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da agência local de controle e regulamentação de alimentos e remédios (FDA) avaliar riscos e benefícios da vacinação de crianças contra a Covid-19.

Nos EUA, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra covid. Ao justificar a necessidade de vacinar as crianças, o CDC dos EUA diz que elas podem desenvolver casos graves de Covid-19 e que também podem ter complicações de saúde de curto e longo prazo desenvolvidas a partir da covid.

Dados oficiais dos EUA apontam quase 1,8 milhão de casos de covid em criança de 5 a 11 anos no país. Quase 200 morreram, e a maioria delas já tinha problemas de saúde crônicos.

A vacina é eficaz e segura para as crianças, segundo pesquisadores, agências reguladoras de diversos países (inclusive a Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo análises de pesquisadores do órgão regulador dos EUA, a vacina da Pfizer/BioNTech tem eficácia de quase 91% na prevenção de covid em crianças pequenas, uma resposta imunológica comparável à observada em pessoas de 16 a 25 anos. Nenhum efeito colateral sério foi identificado pelos pesquisadores.

A vacina para a faixa etária de 5 a 11 anos tem uma dosagem diferente (um terço da aplicada em adultos) e demanda agulhas menores.

Estima-se que a segunda dose seja concedida três semanas depois. Em razão dessas mudanças, os países precisam fazer novas encomendas com a Pfizer/BioNTech, em vez de fracionar as doses já adquiridas.

Na Europa, ao menos 23 países já aprovaram ou já iniciaram vacinação desta faixa etária contra a Covid-19.

São eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Malta, Portugal, Reino Unido, República Tcheca e Suécia.

Há diversas diferenças nos programas adotados no continente europeu. Muitos decidiram imunizar todas as crianças dessa faixa etária, como Portugal.

Mas outros países vão começar a imunização apenas daquelas com alto risco de contrair a forma grave da Covid-19, como o Reino Unido, França, Finlândia e Suécia. Estima-se que a imunização seja ampliada nas próximas semanas nesses países.

Ao menos outros 16 países também já autorizaram ou começaram a vacinação de crianças, segundo dados reunidos pela agência de notícias Reuters e pela reportagem da BBC News Brasil.

São eles: Austrália, Bahrein, Brasil, Chile, China, Cuba, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Equador, EUA, Israel, Indonésia, Filipinas, Nova Zelândia, Singapura e Tailândia.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou em 16 de dezembro a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

Agora, a imunização desse público, na prática, depende do Ministério da Saúde. Mas o ministro Marcelo Queiroga disse que o assunto só terá uma definição em 5 de janeiro (entenda mais abaixo neste texto).

Países que já iniciaram vacinação de crianças contra a covid-19. .  .

O primeiro país a aplicar vacinas em crianças pequenas foi a China, em junho, quando autoridades aprovaram o uso emergencial da vacina da fabricante Sinovac (parceira do Instituto Butantan no Brasil na produção da Coronavac) para jovens de 3 a 17 anos.

O país estabeleceu uma meta aproximada de vacinar 80% de sua população de 1,4 bilhão até o final do ano, um número impossível de atingir sem contemplar também um grande número de menores de 18 anos.

Em teoria, a vacina contra a Covid-19 é voluntária na China, embora alguns governos locais tenham dito que os alunos não terão permissão para voltar à escola neste semestre a menos que sua família inteira tenha sido vacinada com duas doses.

Essa mesma vacina Coronavac foi aprovada para uso emergencial em crianças acima de 6 anos em outros países, como Chile (setembro), Equador (outubro) e Indonésia (novembro).

Cuba, por sua vez, começou no início do mês a vacinação em crianças de dois a 18 anos com as vacinas produzidas no país, tornando-se o primeiro país do mundo a imunizar crianças tão pequenas. A campanha será feita em etapas para viabilizar a volta às aulas.

Em novembro, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein também autorizaram o uso emergencial da vacina Pfizer/BioNTech para crianças de 5 a 11 anos. Ambos os países já haviam aprovado o uso de outro imunizante, Sinopharm, semanas antes para jovens de 3 a 17 anos e de 3 a 11 anos, respectivamente. Leia mais

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