Estranho e exótico é um juiz manter casos que não lhe pertencem porque se supõe ser ele o único em condições de… fazer justiça
Culto a Moro dos partidos da extrema direita
por Reinaldo Azevedo
A Constituição consagra o princípio do juiz natural. Vale dizer: a acusação — no caso, o Ministério Público — não pode escolher o juiz. Nem a defesa. Quando, no entanto, um determinado caso guarda íntima relação com o que já está sob os cuidados de um magistrado, vigora então o princípio da “prevenção”. E, por prevenção, Sérgio Moro tornou-se o titular de todos os casos que dizem respeito a falcatruas na Petrobras. Vamos dar concretude às coisas: Sérgio Moro é o juiz natural do que se chamou “petrolão”. Se a estatal não está metida no imbróglio, o juiz é outro, não ele.
Perguntas objetivas com resposta idem:
PERGUNTA: O caso do sítio tem alguma relação com algum contrato celebrado entre Petrobras e Odebrecht?
RESPOSTA: Não!
PERGUNTA: O caso do apartamento de São Bernardo e do tal terreno em que não foi construído o instituto tem algo a ver com a Petrobras?
RESPOSTA: Também não!
PÉRGUNTA: Então por que Sérgio Moro é o juiz de ambos?
RESPOSTA: Porque ele quer. E, quando quer, então acha que pode.
A verdade é que os casos não lhe cabiam desde sempre. [Transcrevi trechos. Leia mais]