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“Seria bom você fazer, na ponta de linha… tem um hospital de campanha perto de você, um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer pra mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda”, mentiu Jair Bolsonaro para atiçar, revoltar seus partidários da extrema direita.
A declaração, que foi feita na live semanal do presidente na noite de quinta-feira 11, repercutiu como mais uma das atitudes de Bolsonaro que duvida dos impactos da pandemia no País, e coloca, irresponsável e criminosamente, pessoas em risco.
No vídeo, ele questionou se os mortos por coronavírus faleceram por falta de respiradores ou UTIs no País, e disse que a checagem da situação atual dos leitos poderia ser feita por quem está na "ponta da linha".
Disse mais o presidente sobre as serventias de suas polícias e serviços de espionagem: que repassa para a Polícia Federal e a Abin as informações. Revelou que o que chega para ele por meio das redes sociais é “filtrado” e encaminhado para a Polícia Federal ou Abin (Agência Brasileira de Inteligência). “Lá eles veem o que fazem com esses dados. Não posso prevaricar… o que chega ao meu conhecimento, eu passo pra frente”, afirmou.
Os bolsonaristas começaram a invadir, desrespeitosa, temerária, agressivameente hospitais.
Um grupo de pelo menos seis pessoas entrou no Hospital municipal Ronaldo Gazolla, unidade de referência no tratamento da Covid-19 no Rio, e invadiu alas restritas a médicos e pacientes na tarde desta sexta-feira.
Segundo informações do jornal O Globo, uma mulher, pertencente ao grupo, muito alterada, teria chutado portas, derrubado computadores e até tentado invadir leitos de pacientes internados.
"Eles gritavam, pelo quinto andar da unidade, que tinham direito de verificar os leitos, para ver se estavam mesmo ocupados, e por vezes, ainda segundo relatos de quem presenciou tudo, também gritavam: 'Mentira! mentira!'", diz o jornal.
A confusão só teria terminado quando Guardas Municipais intervieram e retiraram os manifestantes", diz o jornal.
Agressão aos pacientes e profissionais de Saúde ocorre um dia depois de Jair Bolsonaro pedir, durante sua live semanal na internet, que apoiadores invadam hospitais e filmem as condições do local, pondo em dúvida se há realmente pacientes internados com coronavírus.
Um caso semelhante chegou a acontecer em São Paulo, onde deputados estaduais da bancada da bala invadiram uma ala vazia do Hospital de Campanha do Anhembi. O vídeo chegou a ser compartilhado amplamente pelas redes sociais dos apoiadores de Bolsonaro.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que “os deputados e assessores invadiram o HMCamp do Anhembi de maneira desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente, colocando em risco a própria saúde porque inicialmente não estavam usando EPIs e a própria vida dos cidadãos que estão internados e em tratamento na unidade.”