Esquema das vacinas: Intermediário diz a revista que perdoou traição da própria esposa com Ciro Nogueira para manter amizade
De acordo com o jornal O Globo, informações obtidas pela CPI da Pandemia mostram que, entre abril de 2020 e junho de 2021, o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teve 135 ligações com Andreia Lima, CEO da VTC Operadora Logística.
Roberto Fereira Dias
A empresa está na mira da CPI desde que o Jornal Nacional mostrou que Dias deu um aditivo de valor 1.800% superior ao que a equipe técnica havia recomendado para um contrato de prestação de serviço da VTC. Ainda de acordo com as informações da quebra de sigilo, Dias também entrou em contato com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros.
O general Roberto Severo Ramos, admitido como consultor da VTCLog, foi o número dois da Secretaria-Geral da Presidência na gestão Bolsonaro.
General Roberto Severo Ramos

Em reportagem de capa, a revista Crusoé revela que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) seriam os parlamentares a quem o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, atribuiu pedidos de “pixulés” — que mencionou em seu discurso de despedida do cargo.
Os três teriam atuado em defesa da empresa VTCLog, do empresário Carlos Alberto de Sá, que tinha contrato com o Ministério da Saúde para transportar vacinas mas queria aproveitar a pandemia para conseguir reajustes.
Pazuello teria rejeitado os aumentos e ameaçado romper o contrato.
A denúncia foi apresentada reservadamente à CPI pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF).
O dono da VTCLog, então, teria recorrido a um intermediário muito próximo dos três parlamentares: Flávio Loureiro de Souza.
Flávio se dá tão bem com os parlamentares que perdoou Ciro Nogueira por ter tido um caso extraconjugal com sua esposa — a de Flávio, sempre de acordo com a Crusoé.
Trecho:
“A pressão política envolvendo o contrato começou justamente porque a gestão Pazuello, que assumiu o ministério no meio da pandemia, não queria atender aos pedidos de reajuste contratual feitos pela empresa e ameaçava rescindir o contrato.
A partir deste momento, outros dois personagens graúdos aparecem na trama: os senadores Ciro Nogueira e Flávio Bolsonaro.
De acordo com as informações encaminhadas à CPI, o dono da VTCLog, Carlos Alberto de Sá, conhecido como Carlinhos, pediu a ajuda de um amigo chamado Flávio Loureiro de Souza, que é próximo de Ciro, do filho 01 do presidente, Flávio Bolsonaro, e do próprio Arthur Lira, para solucionar o impasse dentro do ministério (…).
À Crusoé, Flavinho admitiu não apenas cultivar relação com os políticos citados, incluindo Flávio Bolsonaro, que jogaria ‘futebol em sua casa’, como afirmou, em nome da manutenção da ‘amizade com Ciro Nogueira’, ter perdoado um caso extraconjugal de sua própria mulher com o senador que hoje integra a tropa de choque do governo na CPI.”
