Dois dias antes da greve, Moro estava confraternizando com Pedro Parente nos Estados Unidos
Joaquim de Carvalho, DCM
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As panelas estão em silêncio, mas paneleiros renitentes, com a cabeça feita pelos analistas da Globo, continuam tagarelando nas redes sociais, e tentam colocar a culpa do caos gerado na vida dos brasileiros aos governos de Dilma e Lula.
Incrível.
Basta olhar os números para ver o que fizeram ao Brasil: com Dilma, a gasolina custava R$ 2,99, o gás de cozinha R$ 50,00, e a taxa de desemprego estava em 4,8%.
A gasolina está agora a R$ 4,90 (mas no dia de hoje é mais fácil encontrar uma nota de 100 reais na rua do que o combustível no posto).
O gás de cozinha custa R$ 75,00.
O desemprego atinge 14% da população e o dólar está em R$ 3,95.
Os números não mentem, mas os mentirosos manipulam os números. Na Globo, os analistas continuam tentando, de alguma maneira, culpar Dilma pelo caos:
Ao comentar o locaute, Alexandre Garcia deu um jeito de enfiar o PT na história: nesta manhã, ele disse que a corrupção quase destruiu a Petrobras e agora o que a ameaça é a fraqueza do governo Temer.
A greve não é por benefício nem por salário. É para que o governo deixe os petroleiros trabalhar. As refinarias estão trabalhando com carga baixa a mando do governo, para que os importadores tragam combustíveis mais caros para o país.
Bingo!
Quem defende uma política que inclua o pobre no orçamento é o PT e os partidos de esquerda. Entende agora por que seus líderes estão sendo presos?
É nesse ponto que assume relevância a figura do juiz Sergio Moro.
Pedro Parente continuaria com sua empresa de gestão de fortunas ou como executivo de alguma multinacional, como a importadora e exportadora Bunge, se Moro não tivesse fornecido o argumento para destruir a economia brasileira, com a farsa do maior escândalo de corrupção na história da Via Láctea encontrado na Petrobras.
A atuação direta de Pedro Parente nos negócios do governo terminou em 2003 (quando Lula assumiu), depois de gerir o Ministério das Minas e Energia, no período em que houve racionamento de energia.
Com o golpe, a mudança de governo, Pedro Parente foi chamado para tomar conta da Petrobras, justo ele que era chamado de “ministro do apagão”.
Sem Moro, não existiria Parente na Petrobras. Sem a Petrobras sob gestão de Parente, certamente Moro não seria homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos como Personalidade do Ano.
É por razões como esta que a eleição de outubro se tornou a mais importante da história do Brasil.
Só o eleitor pode dar um basta nesta política que não atende aos interesses dos brasileiros.
Muitos paneleiros continuarão ligados no que diz a Globo, como robôs, mas ainda há uma parcela que pode se libertar.