de Jussara Salazar
Alice nos vê por
detrás da vidraça
por detrás do logos olho
me o sempre vemos uma alice agora
grã e seu vestido muito
clara
seus os olhos no bordado
peaux a pele vai alice
vítrea
aos rosados animais e ao relevo
rumo saltitante se da rapidez a
razia invisível lava na pureza
a reza no vermelho no espelho
sem alguma quase elipse há
um quase instar um quase amor
pontos-cruz saltam à glosa
o feltro sobre os cabelos portanto
laços flutuando na água.
Águas de luz
o ar em ondas agita a cambraia leve
lúnulas de sol e a luz
no desvio de suas águas
trama ecos de si e derrama
corpúsculos que submergem
ao fundo do lago e a hera amorosa
navega, enlaça o espelho do rio
e seus delfins
romãs entre os cordeiros em brancas
as raízes enroscam se pela pele
e pêlos de alice.
(O mapa)
a palavra água molha
o verso e beija
e seus olhos atrás do meu
olhar quando o silêncio
atravessa a noite:
o território líquido
das distâncias sem dor
___
De Inscritos da casa de Alice
Seleta Antonio Miranda
Fotografia Lewis Carroll e Alice