Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

18
Abr19

Construção de prédios em Muzema tem 'muito capital envolvido'. Vinte mortos no desabamento de dois prédios

Talis Andrade

 

 

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Desabamento em Muzema

São mais de 100 horas de buscas. Bombeiros utilizam britadeiras e até cães farejadores . Chegam a 20 as mortes confirmadas

 

RBA – Depois do desabamento de dois prédios na Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 12, chegam a 20 as mortes confirmadas até o momento. A suspeita é de que os imóveis tenham sido construídos e vendidos irregularmente pela milícia que atua no local.

Enquanto a contagem de vítimas sobe, as investigações caminham a passos lentos. "Eles passaram a invadir terrenos para comercializa-los e construir neles. Você tem um aumento na construção de prédios irregulares em toda a região oeste, o que impressiona é que são muitos prédios, e isso é indicação de que há muito capital envolvido, gente aplicando seu dinheiro (em construções irregulares) para ganhar mais ainda", afirmou a antropóloga Alba Zaluar, em entrevista à repórter Viviane Nascimento, da TVT.

No cenário do desastre, o trabalho segue com cuidado, sem excluir a possibilidade remota de sobreviventes. Já são mais de 100 horas de buscas entre os escombros e os bombeiros utilizam britadeiras e até cães farejadores na procura por vestígios.

Nos arredores é fácil identificar que o perigo está longe de ser afastado. Pedras e barrancos podem não resistir à próxima chuva. Apesar disso, a expansão não para. Pelas inúmeras obras no caminho, o número de prédios na região – 118 – vai aumentar.

Alba considera uma mostra do poder das milícias. "Têm uma penetração muito grande no estado e existe um comprometimento de pessoas que estão nos três poderes: Judiciário, Legislativo e no Executivo. Quão profunda é essa penetração também não se sabe", disse.

Entre os moradores sobra medo dos milicianos. A resistência à imprensa é grande, e o discurso costuma ser elogioso as condições de moradia. "Morar aqui é bom, nunca tinha visto as crianças brincarem em outro lugar como aqui", relata a dona de casa Tânia Maria Pereira.

Há também revolta com o descaso do poder público. "Aqui a gente tá abandonado pela prefeitura. A gente tem que trabalhar pela própria moradia, porque se for esperar pelo governo vamos morrer pagando aluguel", lamenta a moradora Cláudia de Lima.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub